Buscar

DESENVOLVIMENTO TCC - ADOÇÃO POR CASAIS HOHMOAFETIVOS

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 23 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 23 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 23 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

2 DESENVOLVIMENTO
2.1 A FAMÍLIA E SUA TRANSFORMAÇÃO NO DIREITO
No presente capítulo procurou-se abordar o conceito de família e os principais tipos de família existentes no Brasil. É inegável a importância da família para a sociedade, é nela que é depositado carinho e compreensão que cada membro dela necessita. 
Historicamente a família sempre esteve ligada a ideia sacralizada. Mesmo atualmente, com tantos avanços sociais, muitos defendem a família heterossexual, matrimonializada e hierarquizada. 
Em nome dessa "moral e bons costumes", muitas exclusões e injustiças foram realizadas. Em uma breve exposição é possível citar a proibição de casamento entre pessoas do mesmo sexo, a rejeição aos filhos havidos fora do casamento, a ausência de divórcio, dentre outras.
2.2 CONCEITO DE FAMÍLIA
Com o passar do tempo e a evolução a que passou a sociedade, o modelo familiar mudou, fora influenciado pela ideia da democracia, do ideal de igualdade e da dignidade da pessoa humana.
A família passou a ser mais democrática, o modelo patriarcal fora abandonado, sendo empregado um modelo igualitário, onde todos os membros devem ter suas necessidades atendidas e a busca da felicidade de cada indivíduo passou a ser essencial no ambiente familiar.
Porém, o maior avanço que o ideal de família passou fora no elemento que a constitui, hoje, as pessoas se unem por haver uma atração entre elas, um querer. A união das pessoas possui um fim egoísta, porém no melhor sentido da palavra, vez que esta se dá pelo fato de a outra pessoa lhe trazer prazer, felicidade e crescimento. Esse novo elemento para a criação da família é de suma importância, principalmente para entendermos as mudanças à que passa a família.
Como se percebe, não há mais que se falar em casamento como elemento de criação da família, afinal é o sentimento que une seus membros, a vontade de cada um em se unir ao outro, por isso, hoje é possível enxergarmos que uniões estáveis podem constituir família, que há a família monoparental (mãe ou pai solteiro) e que há família na união de pessoas do mesmo sexo, as famílias hoje em dia chamadas de homoafetivas. Tudo isso porque o elemento responsável pela constituição da família é subjetivo e decorre da vontade dos indivíduos de estarem juntos e assim constituir vossas famílias.
A família passou a ser vista como um instrumento de desenvolvimento pessoal de cada indivíduo, e não mais como uma instituição. Essa mudança filosófica e institucional ainda não está completamente difundida na sociedade atual, porém encontra-se em crescente consolidação.
Tal mudança se deu principalmente pelo princípio da dignidade da pessoa humana, vez que hoje há uma proteção maior à pessoa, à sua felicidade e a seus direitos individuais. Não há mais que se falar em obrigação matrimonial, hoje as pessoas podem se divorciar de forma imediata caso queiram, inclusive, sem o consentimento do outro cônjuge ou da família, não há mais a figura do chefe de família, sendo cada indivíduo responsável por suas escolhas, possuindo o livre arbítrio e não há mais que se falar em uma família patrimonializada, vez que a via que cria os laços familiares é subjetiva e depende do elemento volitivo das partes.
Portanto, temos que a ideia de família já avançou consideravelmente, logicamente ainda há resquícios de um conceito antigo de família na sociedade atual, afinal, não se trata de um conceito universal, sendo a família composta por indivíduos, cada qual com uma maneira única de pensar. Porém, em um contexto generalizado, percebemos que o ideal de família evoluiu juntamente com a sociedade, evolução esta que ainda não se findou, vez que, como já dito, o conceito e a ideia de família é volátil e está em constante alteração.
2.3 PRINCIPAIS TIPOS DE FAMÍLIA 
2.3.1 FAMILIA MATRIMONIAL
A família matrimonial é a primeira modalidade do instituto de família, desde tempos antigos existe a união entre homens e mulheres, sendo o casamento o instrumento de formalizar a família matrimonial, de acordo com o professor Dimas Messias de Carvalho¹:
“... família matrimonial é a formada com base no casamento pelos cônjuges e prole, natural e socioafetiva. A família deixa de ser singular e passa a ser plural com sua vasta representação social-famílias matrimonializadas, uniões estáveis hétero e homoafetivas, simultâneas,pluriparentais.” (CARVALHO, 2009,p.4).
 
Nesse sentindo, Maria Berenice Dias, argumenta que a família matrimonial pressupõe várias formalidades:
 
Apesar das mudanças, são enormes as exigências à celebração do casamento, de pouco ou quase nada valendo a vontade dos nubentes.
(...)
Cláusulas, condições, regras e até algumas posturas são prévia e unilateralmente estabelecidas por lei. Os direitos e deveres são impostos para vigorarem durante sua vigência e até depois de sua dissolução pelo divórcio e até pela morte. Até se poderia chamar o casamento de verdadeiro contrato de adesão. O alcance da expressão “sim” significa a concordância de ambos os nubentes com o que o Estado estabelece, de forma rígida, como deveres dos cônjuges. Os noivos podem, no máximo, mediante pacto antenupcial, eleger o regime de bens a vigorar quando da dissolução do casamento. (DIAS, 2015, p. 134, 135 ).
 
Família matrimonial é a base mais antiga das modalidades da família, uma modalidade originária, no qual se deu margem a novos arranjos dos tipos de família.
2.3.2 FAMILIA MONOPARENTAL
A família Monoparental é caracterizada pela ausência de um dos genitores que formava a base familiar, que por algum motivo teve seu casamento ou união dissolvidos. Este tipo de família é composto por um adulto que assumiu a responsabilidade por um ou mais filhos. Em geral, nestes tipos de famílias monoparentais, os indivíduos que não possuem uma das figuras de referência são mais independentes. Muitos adotam o papel daquele pai ou mãe ausente e adquirem responsabilidades maiores do que as exigidas na sua idade.
Importante tratar sobre a família monoparental, pois foi prestigiada com menção do art. 226 da Constituição Federal. O § 4º do referido dispositivo constitucional merece ser destacado:
“Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado.
[…]
§ 4º. Entende-se, também, como entidade familiar a comunidade formada por qualquer dos pais e seus descendentes”.
Desta maneira, podemos dizer que a família monoparental é aquela formada por apenas um dos pais (genitores) e seus filhos. De maneira simples, o pai e os filhos ou a mãe e os filhos.
2.3.3 FAMILIA HOMOAFETIVA
É evidente que o termo “família” foi ampliado, não sendo mais necessário que duas pessoas de sexo diferente se unam em matrimônio para formar uma família. Já existe a união estável, ou seja, existe família sem que haja casamento formal. Outro caso é a família monoparental, na qual apenas o pai ou a mãe vive com o filho, adotado ou natural. Também a família homoafetiva, que consiste na união entre duas pessoas de mesmo sexo. 
A professora Dóris de Cássia Alessi (2011, p. 45) fala sobre o assunto de uma forma interessante: “Amparada pelos princípios constitucionais, às uniões homoafetivas ganharam relevo a partir do momento em que o obsoleto modelo patriarcal e hierarquizado de família cedeu lugar a um novo modelo fundado no afeto. A propósito, as uniões entre pessoas do mesmo sexo pautadas pelo amor, respeito e comunhão de vida preenchem os requisitos previstos na Constituição Federal em vigor, quanto ao reconhecimento da entidade familiar, na medida em que consagrou a efetividade como valor jurídico”. 
Enquadrar hoje as uniões homoafetivas dentro do âmbito da família é mais do que uma questão constitucional, trata-se de uma postura ética. Como bem os diz Maria Berenice Dias, "Ao contrário do que se pensa, considerar uma relação afetiva de duas pessoas do mesmo sexo como uma entidade familiar não vai transformar a família nem vai estimular a prática homossexual. Apenas levará um maior número de pessoas a sair da clandestinidade e deixar de ser marginalizadas".
A natureza afetiva do vínculo em nada o diferencia das uniões heterossexuais,merecendo ser identificado como união estável.
Preconceitos de ordem moral não podem levar a omissão do Estado, nem a ausência de leis nem o conservadorismo do Judiciário serve de justificativa para negar direitos aos relacionamentos afetivos que não tem a diferença de sexo como pressuposto. 
É absolutamente discriminatório afastar a possibilidade de reconhecimento das uniões estáveis homoafetivas e não reconhecê-las como família.
2.4 DA DOAÇÃO
2.4.1 DA ADOÇÃO NO ESTATUTO DA CRIANCA E DO ADOLESCENTE
O Código Civil de 2002 não alterou, em princípio, a filosofia e a estrutura do Estatuto da Criança e do Adolescente, sua competência jurisdicional e seus instrumentos procedimentais. Desse modo, mantém-se a atribuição dos juizados da infância e da juventude para concessão de adoção dos menores, havendo que se compatibilizar ambos os diplomas. (VENOSA, 2005)
Como bem observa Silvio de Salvo Venosa (2005), no sistema atual do Estatuto da Criança e do Adolescente a adoção dos menores de 18 anos é uma só, gerando todos os efeitos da antiga adoção plena. O Estatuto, especificamente quanto à adoção, descreve que a criança ou adolescente tem direito fundamental de ser criado e educado no seio de uma família, natural ousubstituta.
O Estatuto considera criança a pessoa até 12 anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre 12 e 18 anos. Essa lei também se aplica excepcionalmente às pessoas entre 18 e 21 anos de idade. Esse diploma define como família natural a comunidade formada pelos pais ou qualquer deles e seus descendentes. Define-se também como família aunidade monoparental. Ao lado da família natural, coloca-se a entidade denominada família substituta, sendo que a colocação do menor em família substituta é medida excepcional de proteção destinada a amparar as crianças e adolescentes cujos direitos fundamentais se encontram suprimidos ou ameaçados.
A adoção estatutária é concebida na linha dos princípios constitucionais e objetiva a completa integração do adotando na família do adotante, desligando-se de qualquer vínculo com os pais e parentes, salvo os impedimentos matrimoniais. Sem sentença judicial não haverá adoção, para os menores de idade, de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente, nem para os maiores, de acordo com o Código Civil vigente. (VENOSA, 2005)
Para Venosa (2005, p. 313) “o estado de pobreza [...] não é elemento definitivo para possibilitar a adoção. A destituição do poder familiar deveanteceder a adoção, ainda que decretada na mesma sentença”. 
Segundo o estatuto, a adoção é ato que requer a iniciativa e presença dos adotantes, sendo proibida expressamente a adoção por procuração. O processo de adoção deve tramitar, sempre que existente na comarca, por vara especializada da infância e da juventude.
O cônjuge ou o companheiro pode adotar o filho do consorte, ficando mantido os vínculos de filiação entre o adotado e o cônjuge ou companheiro do adotante e respectivos parentes, a lei permite que, com a adoção, o padrasto ou a madrasta assuma a condição de pai ou mãe. (VENOSA, 2005)
A adoção, segundo o Estatuto, não somente iguala os direitos sucessórios dos adotivos como também estabelece reciprocidade do direito hereditário entre o adotado, seus descendentes, o adotante, seus ascendentes, descendentes e colaterais, até o 4º grau, observada a ordem de vocação hereditária.
No Estatuto, a idade mínima de adoção foi sensivelmente diminuída nessa modalidade, podiam adotar os maiores de 21 anos, independentemente do estado civil. O corrente Código Civil, levando em conta a maioridade que assume, permite que a pessoa maior de 18 anos possa adotar. A adoção por ambos os cônjuges ou companheiros pode ser concedida, desde que um dos consortes tenha completado 18 anos, de acordo com o presente Código.
Não é dado aos pais adotarem seus próprios filhos. A proibição é expressa vedando a adoção pelos ascendentes e irmãos do adotando. Não há qualquer restrição quanto ao estado civil do adotante, podendo ser solteiro, divorciado, separado judicialmente, viúvo, concubino.
A adoção pode ser singular ou conjunta. Para Silvio de Salvo Venosa (2005, p. 315) “poderá o individuo homossexual adotar, contudo, dependendo da avaliação do juiz, pois nessa hipótese, não se admite qualquer discriminação”.
Exige a lei que o adotante seja pelo menos 16 anos mais velho que o adotado. Os divorciados e os separados judicialmente poderão adotar conjuntamente, contando que acordem sobre a guarda e o regime de visitas, e desde que o estágio de convivência tenha sido iniciado na constância dasociedade conjugal.
Silvio de Salvo Venosa (2005, p. 317) esclarece que o Estatuto: permite que a adoção seja deferida quando o adotante vier a falecer no curso do procedimento, antes de prolatada a sentença. O procedimento já deve ter sido iniciado em vida, cabendo ao juiz analisar sobre a conveniência de adoção post mortem [...]. A adoção, como regra geral, produz efeito a partir do trânsito em julgado da sentença, exceto nessa situação post mortem, em que a lei determina o efeito retroativo à data do óbito.
O Estatuto também estabelece a proibição temporária para o adotante tutor ou curador, enquanto ele não prestar contas de sua administração e as tiver aprovadas, não pode adotar o pupilo ou curatelado.
O consentimento dos pais ou do representante legal do adotando é necessário. Em situações excepcionais, a adoção pode ser deferida ainda que na ausência da manifestação dos pais, quando desconhecidos, e mesmo contra sua vontade, quando destituídos do poder familiar.
O menor com mais de 12 anos de idade também deverá ser ouvido, e será necessário seu consentimento. O estágio de convivência tem por finalidade adaptar a convivência do adotando ao novo lar. O estágio é um período em que se consolida a vontade de adotar e de ser adotado. Nesse estágio, terão o juiz e seus auxiliares condições de avaliar a conveniência da adoção. O juiz poderá dispensar o estágio se o adotando tiver idade inferior a um ano ou se, qualquer que seja sua idade, já estiver na companhia do adotante tempo suficiente para poder ser avaliada a conveniência da constituição do vínculo. (VENOSA, 2005)
Silvio de Salvo Venosa expõe que: em se tratando de adoção internacional, o envio de crianças brasileiras para o exterior somente é permitido quando houver autorização judicial. Desse modo, na adoção por estrangeiro residente ou domiciliado fora do país nunca será dispensado o estágio, que será cumprido no território nacional, com duração mínima de 15 dias para as crianças de até dois anos de idade e de no mínimo 30 dias quando se tratar de adotando acima de dois anos de idade. [...] O estrangeiro, domiciliado no Brasil, submete-se às regras nacionais de adoção e pode adotar, em princípio como qualquer brasileiro. (VENOSA, 2005, p. 319)
A adoção deve ser deferida preferencialmente a brasileiro, pois a adoção por estrangeiros deve ser excepcional.
O pretendente estrangeiro, residente ou domiciliado no exterior, deverá comprovar a habilitação para adotar segundo as leis de seu país, devendo também apresentar estudo psicossocial elaborado por agencia especializada e credenciada no país de origem. O juiz, de ofício ou a requerimento do Ministério Público, poderá determinar a apresentação do texto pertinente à legislação estrangeira, acompanhado de prova da respectiva vigência. Nos termos da lei processual, o documento em língua estrangeira deve ser apresentado com tradução juramentada, devidamente autenticado pela autoridade consular. 
Não será permitida a saída do adotando do país, enquanto não consumada a adoção. (VENOSA, 2005)
O Estatuto dispõe que a adoção internacional poderá ser condicionada a estudo prévio e análise de uma comissão estadual judiciária de adoção, que fornecerá o respectivo laudo de habilitação para instruir o processo competente. A lei estabeleceu nesse dispositivo uma faculdade, não tendofixado obrigatoriedade do estudo prévio.
Para Silvio de Salvo Venosa (2005, p. 323) “a sentença que concede a adoção, seja nacional ou internacional, temcunho constitutivo. Quando prolatada a sentença de adoção, opera-se simultaneamente a extinção dopoder familiar anterior”.
Após o trânsito em julgado, será inscrita no Cartório de Registro Civil mediante mandado do qual não será fornecida certidão. É cancelado o registro original do adotado, não mais se fazendo menção quanto a modificação.
A adoção é irrevogável. Uma vez estabelecida a adoção, a sentença de adoção somente pode ser rescindida de acordo com os princípios processuais.
A morte dos adotantes ou do adotado não restabelece o vínculo originário com
os pais naturais. A adoção estatutária pressupõe perfeita integração do adotado em sua nova família, com ruptura de seus vínculos biológicos com os pais e parentes naturais. O poder familiar é assumido pelo o adotante, com todos os deveres respectivos, suprimindo-se o poder familiar dos pais biológicos a partir da sentença que defere a adoção.
A inscrição do adotado no registro civil consignará o nome dos adotantes como pais, bem como o nome de seus ascendentes, permitindo-se também, a pedido do adotante, a modificação do prenome. Se é a mulher casada que adota, é seu sobrenome que é conferido ao adotado e não o do marido e vice-versa. (VENOSA, 2005)
Para Silvio de Salvo Venosa (2005) impedimento matrimonial, por força do parentesco biológico, é irremovível na esteira de razões morais, éticas e genéticas. 
Nesse diapasão, os impedimentos atingem o adotado com relação a ambas as famílias, a adotante e a biológica.
Quanto aos efeitos materiais, consideramos que o adotado passa a ser herdeiro do adotante, sem qualquer discriminação, e o direito a alimentos também se coloca entre ambos de forma recíproca.
2.4.2 DA ADOÇÃO NO CÓDIGO CIVIL DE 2002
O Código Civil de 2002 preocupa-se com a adoção de menores e maiores, resta a questão da competência, pois os procedimentos relativos a menores serão processados pelo juízo da infância e da juventude, onde houver, e a adoção de maiores de 18 anos, deverá ter seu curso nas varas de família. Alguns dos dispositivos do Estatuto são substituídos pelo Código Civil, mas, em síntese, toda a base de direito material e de direito procedimental descrita nessa lei continua aplicável. Na ausência de outra norma regulamentadora, também deve ser aplicado o Estatuto analogicamente, no que for compatível, com relação a adoção por maiores. (VENOSA, 2005)
Desse modo, persiste a aplicação do Estatuto da Criança e do Adolescente em matéria de adoção, em tudo que não conflitar com normas inovadoras introduzidas no corrente Código Civil.
Conforme o Estatuto, essa lei regula a adoção dos menores de 18 anos, até a data do pedido, salvo se o adotando já estiver sob guarda ou tutela dos adotantes.
O atual Código manteve a mesma diferença de 16 anos entre adotante e adotado, tal como já constava no sistema de 1916.
O presente Código, em consonância com o estabelecido pela Carta Constitucional de 1988, permite a adoção pelo casal unido pelo matrimônio ou pela união estável, mantendo a regra relativa à adoção por divorciados e judicialmente separados. 
Na visão de Silvio de Salvo Venosa (2005, p.329) “não existe previsão legislativa para adoção por duas pessoas do mesmo sexo, pelos casais homoafetivos”.
Na opinião de Venosa (2005, p. 329) “a adoção deve imitar a família biológica, essa é a linha a ser seguida, ao menos em nosso atual estágio histórico. Muito se tem dito a respeito. O futuro nos indicará o caminho”.
O novo Código enfatiza que a adoção rompe os vínculos com os parentes biológicos, salvo os impedimentos para o casamento. Nenhuma distinção é feita entre os filhos adotivos e os biológicos, para todos os fins, inclusive os hereditários. (VENOSA, 2005)
O Código prevê a denominada adoção unilateral, já prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente.
O Código exige que a adoção de maiores de 18 anos seja formalizada por sentença e como assistência efetiva do Poder Público.
Verifica-se, portanto, que não há incompatibilidade, sendo simples a harmonização entre as disposições do vigente Código sobre a adoção e o Estatuto da Criança e do Adolescente, embora persista, porém, a inconveniência de termos dois diplomas legais tratando do mesmo assunto.
2.4.3 REQUISITOS BÁSICOS PARA ADOÇÃO
Não basta que se queira adotar, muito mais do que isso, é preciso genuíno interesse e capacidade de se tornar pai ou mãe. 
São muitos os requisitos exigidos para os adotantes. Os que visam a adoção, devem fazer inscrição no Cadastro Nacional de Adoção. O referido cadastro foi lançado pelo Conselho Nacional de Justiça no ano de 2008, no intuito de reunir as informações acerca dos pretendentes à condição de adotante, bem como das crianças e adolescentes aptas a serem adotadas. O ato de adotar envolve todo um. processo de habilitação. Trata-se de um procedimento no qual se verifica as condições biopsicossociais tanto dos adotantes quanto dos adotados; é em especial, um período de preparação, adaptação dos candidatos.
A nova Lei reforçou a obrigatoriedade e indispensabilidade do cadastramento das pessoas interessadas na adoção, em um registro mantido pelo judiciário, através da inclusão de inúmeros parágrafos ao art. 50 do ECA e A Lei da adoção introduziu a Seção VIII ao estatuto, que dispõe de forma categórica acerca da habilitação dos pretendentes à adoção.
Segundo Ferreira (2009), a importância desta nova seção está em oferecer maior segurança ao Cadastro Nacional de Adoção, pois, estabelece regras padronizadas que devem ser utilizadas pelos juízes para prévia habilitação, antes do deferimento de pedidos. É somente após o deferimento da habilitação, que os pretendentes à adoção serão inscritos no Cadastro Nacional de Adoção, sendo chamados para adotar, nos termos do art.197-E, na ordem cronológica de habilitação e de acordo com a disponibilidade de crianças ou adolescentes adotáveis. Convém mencionar, que a autoridade judiciária terá o prazo de 48(quarenta e oito) horas para inscrever aqueles que tiveram sua habilitação deferida no referido cadastro, sob pena de responsabilidade (art. 50, §8º ECA).
A Lei da Adoção determina que as pessoas e/ou casais já inscritos no referido cadastro ficam obrigados a frequentar, no prazo máximo de 1 (um) ano, a preparação psicossocial conforme citado no art. 6º da Lei 12010/09. (BRASIL, 2009).
Há situações em que a adoção poderá ser deferida em favor de candidato domiciliado no Brasil não inscritos no Cadastro Nacional de Adoção, nesta hipótese os requisitos necessários para ser adotante serão demonstrados no curso do procedimento, as situações em que isso é permitido, estão elencadas no art. 50 § 13 da Lei.
2.5 DOS PRINCIPIOS NORTEADORES
2.5.1 PRINCIPIO DA ISONOMIA DAS FAMÍLIAS
O art. 226, caput, da Constituição Federal dispõe: "a família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado". Dessa forma, o conceito de família se adaptou às mudanças sociais, pois não restringiu-se mais ao casamento. 
A Carta Magna de 1988 ampliou o conceito histórico de família, aceitando a existência de entidades familiares diversas do casamento e concedendo a elas os mesmos direitos antes inerentes apenas aos cônjuges. Assim, reconheceu-se que a família é um fato natural não atrelado ao matrimônio, pois este é apenas uma solenidade, uma convenção social que nem todos pretendem celebrar. 
Neste sentido, preleciona Cristiano Chaves de Farias: 
Dessa maneira, a família deve ser notada de forma ampla, independentemente do modelo adotado. Seja qual for a forma, decorrerá especial proteção do Poder Público. Gozam, assim, de proteção tanto as entidades constituídas solenemente (como o casamento) quanto as entidades informais, sem constituição solene (como a união estável)."
2.5.2 PRINCÍPIO DA AFETIVIDADE
O Princípio da Afetividade se consolidou no final do século passado e início dos anos dois mil quando a família deixou de ter uma função apenas econômica. Tal princípio difunde a ideia de que o seio familiar deve ser fundado na afetividade de seus membros. Assim, o carinho e o cuidado é que importam se sobrepondo muitas vezes ao vínculobiológico. 
O conceito de família sofreu diversas alterações ao longo do tempo. A doutrina atual aponta que a importância institucional cedeu lugar à ideia de ambiente próprio para o desenvolvimento e a expansão da personalidade dos membros, ressaltando-se a relevância do afeto na construção das relações. A ênfase recai sobre a realização pessoal passando-se a encarar a família como uma qualidade construída de interação humana e como um processo ativo. Deixou-se de lado a proteção da família como um fim em si mesma, sendo encarada agora como meio de permitir a cada um de seus integrantes sua realização como pessoa em ambiente de comunhão, suporte mútuo e afetividade. Neste sentido, o princípio apontado tem um papel preponderante para dar juridicidade a questões que via de regra não a teriam. 
Neste sentido, a afetividade foi fundamental para a jurisprudência atual permitir a adoção por casais homoafetivos, eis que tal condição não é impeditiva de proporcionar um lar carinhoso para a criança adotada desenvolver plenamente a sua personalidade.
2.5.3 PRINCÍPIO DO MELHOR INTERESSE DO MENOR
Outro princípio inerente ao instituto da adoção e assegurado quando ela é realizada por casais homoafetivos é o melhor interesse do menor. Ele teve origem na Convenção Internacional sobre os Direitos da Criança, vigente no ordenamento jurídico brasileiro, por meio do Decreto 99.710/90 e na chamada doutrina de proteção integral, adotada pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/90). 
Este princípio enfatiza o menor como um ser em desenvolvimento psicológico, físico e emocional; necessitando, portanto, de apoio durante o seu amadurecimento. Com isso, os operadores do direito devem observar o que realmente é o melhor para o menor, de modo a favorecer sua realização pessoal quando há a perda do poder familiar. 
O art. 43 do Estatuto da Criança e do Adolescente o consagra ao prever que a adoção será deferida quando apresentar reais vantagens para o adotando. Sob este prisma, o Superior Tribunal de Justiça adota o melhor interesse do menor como norteador de decisões sobre a permanência da criança em sua família natural ou sua colocação em família substituta. Neste sentido, segue jurisprudência contida no Informativo nº 477 do Superior Tribunal de Justiça: 
"Trata-se da ação de adoção ajuizada pelos recorrentes que buscaram,em liminar, a guarda provisória da menor impúbere para sua posterior adoção. A criança é fruto de violência sexual presumida de padrasto (incesto), sendo que a mãe da infante era também menor impúbere quando deu a filha para adoção. [...] Observa que, entre os direitos materno-biológicos e os parentais-socioafetivos, deve ser assegurado primeiro o interesse da criança como elemento autorizador da adoção (arts. 62 e 43 do ECA), garantindo-se as condições básicas para o seu bem-estar e desenvolvimento sociopsicológico. Afirma não ignorar o sofrimento da mãe biológica da adotanda nem os direitos que lhe são inerentes, porem, a seu ver, nem aquele nem esses são esteio suficiente para fragmentar a única família de fato que a criança conhece, na qual convive desde a tenra idade; se ocorresse a separação, seria afastar a criança de suas únicas referencias de amor, solidariedade, conforto e autoridade."
2.5.4 PRINCÍPIO DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA
O Princípio da Dignidade da Pessoa Humana, art. 1º, III, da Constituição Federal de 1988, um dos fundamentos da República Federativa do Brasil, estabelece que todos são merecedores de igual proteção de sua dignidade pelo simples fato de serem pessoas humanas.
Ingo Wolfgang Sarlet propôs uma conceituação jurídica para a dignidade da pessoa humana: "Temos por dignidade da pessoa humana a qualidade intrínseca e distintiva de cada ser humano que o faz merecedor do mesmo respeito e consideração por parte do Estado e da comunidade, implicando, neste sentido, um complexo de direitos e deveres fundamentais que assegurem a pessoa tanto contra todo e qualquer ato de cunho degradante e desumano, como venham a lhe garantir as condições existenciais mínimas para uma vida saudável, além de propiciar e promover sua participação ativa co-responsável nos destinos da própria existência e da vida em comunhão dos demais seres humanos".
Para Luís Roberto Barroso, dignidade da pessoa humana é uma locução tão vaga, tão metafísica, que embora carregue em si forte carga espiritual, não tem qualquer valia jurídica. Passar fome, dormir ao relento, não conseguir emprego são, por certo, situações ofensivas à dignidade humana.
A dignidade da pessoa humana encontra-se no epicentro da ordem jurídica brasileira tendo em vista que concebe a valorização da pessoa humana como sendo razão fundamental para a estrutura de organização do Estado e para o Direito. O legislador constituinte elevou à categoria de princípio fundamental da República, à dignidade da pessoa humana (um dos pilares estruturais fundamentais da organização do Estado brasileiro), previsto no art. 1º, inciso III da Constituição de 1988.
Os direitos fundamentais são definidos por Loewenstein como sendo o reconhecimento jurídico de determinadas esferas de autodeterminação individual como proteção à intervenção do Estado, anteriores à constituição e funcionando como controles verticais sobre o poder político. Este reconhecimento seria o núcleo essencial do sistema político da democracia constitucional.
A idéia da existência de um valor intrínseco da pessoa não é recente, e certamente Kant é um de seus mais bem sucedidos expositores. Ele concebe a dignidade da pessoa como parte da autonomia ética e da natureza racional do ser humano. Para ele, o homem existe como um fim em si mesmo e, portanto, não pode ser tratado como objeto.
A dignidade da pessoa humana tem uma dupla dimensão. Por um lado, constitui expressão da autonomia da pessoa, ou seja, é vista como algo inerente ao ser humano, que não pode ser alienado ou perdido, representando um limite à atuação do Estado e da comunidade (dimensão defensiva). De outra parte, também é algo que necessita da proteção por parte da comunidade e do Estado (dimensão protetiva, assistencial, prestacional). Assim, se a pessoa tem demência, a dimensão assistencial e protetiva da dignidade prevalecem sobre a dimensão autonômica. Portanto, pode-se afirmar que o Estado não apenas deve respeitar a dignidade da pessoa humana, que serve de limite à sua atuação, mas também tem o dever de promover essa dignidade e, para isso, deve gerar inclusão social.
2.6 DA ADOÇÃO POR CASAIS HOMOAFETIVOS
Assim como tempo, a relações sociais mudam constantemente. A interação entre os indivíduos sofre, diariamente, modificações e intensificações, cabendo à ciência jurídica acompanhar tal evolução social.
Todavia, nem sempre o direito consegue resguardar as novas modalidades de interação social que se desenvolvem no tempo. Como já dito, ausência de lei não significa impossibilidade de tutela, cabendo ao Judiciário legislar, aplicar e resguardar direitos quando acionado e se deparar com a omissão do legislativo.
Tão antiga quanto a heterossexualidade, as relações entre pessoas do mesmo sexo, durante séculos foram marginalizadas, assumindo status de crime, pecado e até mesmo, de doença.
Sem embargos, ante a resistência dos invivíduos homossexuais na luta por seus direitos e com a quebra de paradigmas em torno da homossexualidade, a visibilidade destas relações trouxe à tona a necessidade de se debater, dentro de um cenário jurídico, acerca dos direitos oriundos das relações entre casais homoafetivos.
Mesmo diante da omissão do Legislativo quanto à positivação e normatização dos direitos homoafetivos, inúmeras tutelas batem à porta do Judiciário, cabendo a este, assumir o papel hermenêutico, a fim de resguardar os direitos dessas novas entidades familiares.
Desconstruída a ideia de doença e banida do meio social a crença de ser, a homossexualidade, um crime, o aumento de visibilidade das relações entre casais do mesmo sexo, trouxe um novo desafio à ciência jurídica, uma vez que se faz necessário tutelar e resguardaros direitos advindos destas relações, já que as mesmas se deparam com a omissão do legislativo.
Nesta empreitada, doutrina e jurisprudência sendimentaram entendimento no sentido de reconhecer as uniões homoafetivas como entidade familiar. Até que, em 05.05.2011, em decião unânime e histórica, o Supremo Tribunal Federal reconheceu a união estável homoafetiva, como entidade familiar, devendo seus efeitos se darem análogos ao da união estável heteroafetiva. Ou seja, a decisão da Corte deu proteção e reconhecimento às uniões homoafetivas, igualando-as às uniões heterossexuais, em deveres e direitos. Ainda, a mencionada decisão possui eficácia erga omnes e efeito vinculante.
Conclui-se que os casais de pessoas do mesmo sexo gozam dos mesmo direitos patrimoniais, sucessórios, previdenciários e alimentícios que os casais que vivem em união estável heterossexual.
Porém, questiona-se: mesmo com o reconhecimento das uniões homoafetivas como entidade familiar, deferindo-lhes, dentre outros, direitos de cunho patrimonial e sucessório, tal fato tem o condão de possibilitar a estes casais o direito à adoção de crianças e adolescentes?
2.6.1 A JURISPRUDÊNCIA ROMPENDO PARADIGMAS
Inúmeros são os julgados que tem diferido a guarda e a adoção a pares homoafetivos. O entendimento dos nossos tribunais vem se ampliando e, muito tem contribuído para que não se possa mais negar um direito tão ansiado por pessoas capazes de cumprir uma função/missão tão significativa num país como é o Brasil. Negar aos casais homossexuais o direito a adotar é negar duplamente direitos fundamentais.
Quando se nega o direito de constituir uma família aos pares homoafetivos, também se está dizendo a uma parcela considerável de crianças e adolescentes que estão na fila da adoção, não, não há pais ou mães disponíveis para vocês. Assim crescem crianças que não realizam seus sonhos, vivem até atingir a maioridade numa instituição.
Quando saem das instituições é como se não tivessem passado, saem sem referência familiar nenhuma. Carregarão um vácuo na vida que somente perderam por preconceito e discriminações infundadas, baseadas em convicções pessoais de quem deveria ser mais imparcial. A chance de pertencer a um lar na infância e juventude lhes foi negada.
São situações como essas, que magistrados e operadores do direito procuram minimizar. Preocupados com o desenvolvimento da criança, do jovem e com a efetivação dos direitos e a manutenção das garantias fundamentais previstas no artigo 5° da Constituição Federal (BRASIL-1988); intentam oferecer a proteção que o próprio Estado prevê, colocando essas crianças e jovens de menor idade em famílias ou entidades que possam oferecer-lhes educação.
Poderão ser adotados por casais homoafetivos? Casais de união estável podem ser considerados como famílias para este fim?
Discorrendo sobre as interpretações do artigo 226, § 3°, da Constituição Federal (BRASIL, 1988), Maria Berenice Dias demonstrou que o fato de termos na letra da lei que: “para efeito de proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre homem e a mulher como entidade familiar, devendo, a lei facilitar a sua conversão em casamento”, não restringe de forma alguma, as uniões estáveis apenas a casais formados por duas pessoas de sexos diversos.
A correta exegese do tema consagra o princípio da pluralidade das entidades familiares, no qual toda e qualquer família /entidade familiar recebe proteção do Estado, independente de ser constituída ou não pelo casamento civil, ou união estável. “O que se requer aqui é que independente do regime de uniões, casamento civil, ou união estável, o que se exige é que esse agrupamento de família contemporânea,paute-se pelo amor familiar, isto é, o amor que vire uma comunhão plena de vida e interesses, de forma pública, continua e duradoura, [...] é o amor familiar o elemento valorativamente protegido pelo artigo 226, § 3° , da Constituição Federal, (BRASIL 1988), c/c o art. 1.723 do Código Civil de 2002 (união estável) e pelo artigo 1.514 do Código Civil de 2002 (casamento civil). Tem-se assim que toda a união amorosa, pautada pelo amor familiar (conjugal) deve ser protegida pelos regimes jurídicos do casamento civil e da união estável, a menos que um texto normativo expresso, tido como constitucional proíba tal mister” 
Verifica-se deste modo que há família e. famílias, e independente do tipo ou núcleo a que estas pertençam o que se procuram é que estejam dispostas e sejam capacitadas a fornecer educação aos jovens e crianças que tanto necessitam e se encontram à margem de seus familiares de origem. 
E os tipos de famílias diferentes, para as quais não há lei específica, como as homoafetivas por exemplo, como se encaixam aqui?
 Como concretização ao princípio da isonomia, estampado no artigo 5° da Constituição Federal, (Brasil, 1988), o encaixe se faz, com vistas a imparcialidade, a interpretação extensiva, ou analógica, em conformidade com parâmetros fornecidos no artigo 5° da LINDB – Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (DEC. – Lei n° 4. 657, de 4-9-1942), onde tem-se que, para julgar fatos em que existe lacuna na lei, os magistrados, ao usar de analogia, devem ser parcimoniosos e, atuar em harmonia com os princípios Constitucionais, nunca deixando de julgar o fato. 
Como consequência lógica deste princípio, devem ser tratados igualmente os iguais e os fundamentalmente iguais, até porque o princípio, ubi eadem ratio, ibi idem jus , significa que onde existir a mesma razão de fato, deve ser aplicado o mesmo direito, e aqui, em referência específica aos casais homoafetivos, não se pode agir de maneira diversa, pois isso implicaria em outras violações. 
Inegável a imparcialidade e clareza com que os magistrados interpretaram os artigos da LINDB – Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, para estender o termo família, a estes pares homoafetivos, que até há pouco tempo, viviam marginalizados e eram considerados indignos, ou incapazes de constituir suas próprias famílias. Felizmente, essa ideia equivocado ficou pra trás.
Corroborando a estas conclusões, houve inúmeros julgados que contribuíram, decisivamente, para tornar impossível a negativa, a pedido de adoções por casais ou pares homoafetivos, simplesmente pelo fato de estes terem orientação sexual diferenciada a maioria da população. 
Dentre os julgados mais expressivos, em referência ao tema em questão destacam-se: 
RECURSO ESPECIAL Nº 827.962 - RS (2006/0057725-5) (f) Relator: MINISTRO JOAO OTÁVIO DE NORONHA Recorrente: MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL Recorrido: C W E OUTRO EMENTA: CIVIL. RELAÇAO HOMOSSEXUAL. UNIÃO ESTÁVEL. RECONHECIMENTO. EMPREGO DA ANALOGIA. 
1. "A regra do art.226, 3º da Constituição, que se refere ao reconhecimento da união estável entre homem e mulher, representou a superação da distinção que se fazia anteriormente entre o casamento e as relações de companheirismo. Trata-se de norma inclusiva, de inspiração anti-discriminatória, que não deve ser interpretada como norma excludente e discriminatória, voltada a impedir a aplicação do regime da união estável às relações homoafetivas". 
2. É juridicamente possível pedido de reconhecimento de união estável de casal homossexual, uma vez que não há, no ordenamento jurídico brasileiro, vedação explícita ao ajuizamento de demanda com tal propósito. Competência do juízo da vara de família para julgar o pedido. 
3. Os arts. 4º e 5º da Lei de Introdução do Código Civil autorizam o julgador a reconhecer a união estável entre pessoas de mesmo sexo. 
4. A extensão, aos relacionamentos homoafetivos, dos efeitos jurídicos do regime de união estável aplicável aos casais heterossexuais traduz a corporificação dos princípios constitucionais da igualdade e da dignidade da pessoa humana. 
5. A Lei Maria da Penha atribuiu às uniões homoafetivas o caráter de entidade familiar, ao prever, no seu artigo 5º,parágrafo único, que as relações pessoais mencionadas naquele dispositivo independem de orientação sexual. 
Observa-se assim, que a partir do reconhecimento daunião estável entre homem e mulher, teria-se que por analogia reconhecer o mesmo direito as relações homoafetivas, pois todos são iguais perante a lei e não se permite discriminação de forma alguma. Destacou-se aqui a Lei Maria da Penha, pois foi ela que atribuiu caráter de entidade familiar aos casais homoafetivos.
RECURSO ESPECIAL Nº 1.183.378 - RS (2010/0036663-8) Relator: MINISTRO LUIS FELIPE SALOMAO Recorrente: K.R.O e L.P Recorrido: MINISTÉRIO PÚBLICO DO RIO GRANDE DO SUL 
EMENTA: DIREITO DE FAMÍLIA. CASAMENTO CIVIL ENTRE PESSOAS DO MESMO SEXO (HOMOAFETIVO). INTERPRETAÇAO DOS ARTS. 1.514, 1.521, 1.523, 1.535 e 1.565 DO CÓDIGO CIVIL DE 2002. INEXISTÊNCIA DE VEDAÇAO EXPRESSA A QUE SE HABILITEM PARA O CASAMENTO PESSOAS DO MESMO SEXO. VEDAÇAO IMPLÍCITA CONSTITUCIONALMENTE INACEITÁVEL. ORIENTAÇAO PRINCIPIOLÓGICA CONFERIDA PELO STF NO JULGAMENTO DA ADPF N. 132/RJ E DA ADI N. 4.277/DF. 
1. [...] não é possível ao STJ analisar as celeumas que lhe aportam "de costas" para a Constituição Federal, sob pena de ser entregue ao jurisdicionado um direito desatualizado e sem lastro na Lei Maior. Vale dizer, o Superior Tribunal de Justiça, cumprindo sua missão de uniformizar o direito infraconstitucional, não pode conferir à lei uma interpretação que não seja constitucionalmente aceita. 
2. O Supremo Tribunal Federal, no julgamento conjunto da ADPF n. 132/RJ e da ADI n. 4.277/DF, conferiu ao art. 1.723 do Código Civil de 2002 interpretação conforme à Constituição para dele excluir todo significado que impeça o reconhecimento da união contínua, pública e duradoura entre pessoas do mesmo sexo como entidade familiar , entendida esta como sinônimo perfeito de família . 
3. [...] a concepção constitucional do casamento - diferentemente do que ocorria com os diplomas superados - deve ser necessariamente plural, porque plurais também são as famílias e, ademais, não é ele, o casamento, o destinatário final da proteção do Estado, mas apenas o intermediário de um propósito maior, que é a proteção da pessoa humana em sua inalienável dignidade. 
4. O pluralismo familiar engendrado pela Constituição - explicitamente reconhecido em precedentes tanto desta Corte quanto do STF - impede se pretenda afirmar que as famílias formadas por pares homoafetivos sejam menos dignas de proteção do Estado, se comparadas com aquelas apoiadas na tradição e formadas por casais heteroafetivos. 
5. O que importa agora, sob a égide da Carta de 1988, é que essas famílias multiformes recebam efetivamente a "especial proteção do Estado", e é tão somente em razão desse desígnio de especial proteção que a lei deve facilitar a conversão da união estável em casamento, ciente o constituinte que,pelo casamento, o Estado melhor protege esse núcleo doméstico chamado família. 
6. Com efeito, se é verdade que o casamento civil é a forma pela qual o Estado melhor protege a família, e sendo múltiplos os "arranjos" familiares reconhecidos pela Carta Magna, não há de ser negada essa via a nenhuma família que por ela optar, independentemente de orientação sexual dos partícipes, uma vez que as famílias constituídas por pares homoafetivos possuem os mesmos núcleos axiológicos daquelas constituídas por casais heteroafetivos, quais sejam, a dignidade das pessoas de seus membros e o afeto. 51 
7. [...] o direito à igualdade somente se realiza com plenitude se é garantido o direito à diferença. Conclusão diversa também não se mostra consentânea com um ordenamento constitucional que prevê o princípio do livre planejamento familiar (7º do art. 226). 
8. Os arts. 1.514, 1.521, 1.523, 1.535 e 1.565, todos do Código Civil de 2002, não vedam expressamente o casamento entre pessoas do mesmo sexo, e não há como se enxergar uma vedação implícita ao casamento homoafetivo sem afronta a caros princípios constitucionais, como o da igualdade, o da não discriminação, o da dignidade da pessoa humana e os do pluralismo e livre planejamento familiar. 
9. [...] regra é o Poder Judiciário - e não o Legislativo - que exerce um papel contramajoritário e protetivo de especialíssima importância, exatamente por não ser compromissado com as maiorias votantes, mas apenas com a lei e com a Constituição, sempre em vista a proteção dos direitos humanos fundamentais, sejam eles das minorias, sejam das maiorias. Dessa forma, ao contrário do que pensam os críticos, a democracia se fortalece, porquanto esta se reafirma como forma de governo, não das maiorias ocasionais, mas de todos. 
10. Enquanto o Congresso Nacional, no caso brasileiro, não assume, explicitamente, sua coparticipação nesse processo constitucional de defesa e proteção dos socialmente vulneráveis, não pode o Poder Judiciário demitir-se desse mister, sob pena de aceitação tácita de um Estado que somente é "democrático" formalmente, sem que tal predicativo resista a uma mínima investigação acerca da universalização dos direitos civis. 
O STF no julgamento conjunto da ADPF n. 132/RJ e da ADI n. 4277/DF, conferiu ao art. 1723 do Código Civil de 2002 interpretação conforme a Constituição Federal. Desta forma, todo significado de entidade familiar foi estendido aos pares homoafetivos, reconhecendo-se assim o poliformismo familiar, em que todos os membros, das diferentes espécies de família se tornaram igualmente dignas de receber proteção do Estado. 
RECURSO EXTRAORDINÁRIO 846.102 ) 
Relator: MINISTRA CARMEN LUCIA 
Recorrente: MINISTÉRIO PÚBLICO DO RIO GRANDE DO SUL
Recorrido: A.L.M e D.I.H. 
EMENTA: RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL. RECONHECIMENTO DE UNIÃO ESTÁVEL HOMOAFETIVA E RESPECTIVAS CONSEQUÊNCIAS JURÍDICAS. ADOÇÃO. AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE N. 4.277. ACÓRDÃO RECORRIDO HARMÔNICO COM A JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.
1. Recurso extraordinário interposto com base na al. A do inc. III do art. 102 da Constituição da República contra o seguinte julgado do Tribunal de Justiça do Paraná: 
“APELAÇÃO CÍVEL. ADOÇÃO POR CASAL HOMOAFETIVO. SENTENÇA TERMINATIVA. QUESTÃO DE MÉRITO E NÃO DE CONDIÇÃO DA AÇÃO. HABILITAÇÃO DEFERIDA. LIMITAÇÃO QUANTO AO SEXO E À IDADE DOS ADOTANDOS EM RAZÃO DA ORIENTAÇÃO SEXUAL DOS ADOTANTES. INADMISSÍVEL. AUSÊNCIA DE PREVISÃO LEGAL. APELO CONHECIDO E PROVIDO. 
a. Se as uniões homoafetivas já são reconhecidas como entidade familiar, com origem em um vínculo afetivo, a merecer tutela legal, não há razão para limitar a adoção, criando obstáculos onde a lei não prevê. 
b. Delimitar o sexo e a idade da criança a ser adotada por casal homoafetivo é transformar a sublime relação de filiação, sem vínculos biológicos, em ato de caridade provido de obrigações sociais e totalmente desprovido de amor e comprometimento”.
 2. O Recorrente alega contrariado o art. 226, § 3º, da Constituição da República, afirmando haver “duas questões jurídicas que emergem do contexto apresentado, para que se possa oferecer solução ao presente recurso: i) se há possibilidade de interpretação extensiva do preceito constitucional para incluir as uniões entre pessoas do mesmo sexo na concepção de união estável como entidade familiar; ii) se a interpretação restritiva do preceito constitucional incorreria em discriminação quanto à opção sexual. E vamos além, a generalização, no lugar da individualização do tratamento jurídico a ser dado a situações materialmente diversas, poderá, sim, se não respeitadas e previstas as idiossincrasias e particularidades dos relacionamentos homoafetivos, vir em maior prejuízo que benefício aos seus integrantes, ferindo axialmente o princípio da igualdade, por tratar igualmente situações desiguais” . Apreciada a matéria trazida na espécie, DECIDO.
3. Razão jurídica não assiste ao Recorrente.
4. No julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade n. 4.277 e da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental n. 132, Relator o Ministro Ayres Britto, por votação unânime, este Supremo Tribunal Federal deu interpretação conforme ao art. 1.723 do Código Civil, “para dele excluir qualquer significado que impeça o reconhecimento da união contínua,pública e duradoura entre pessoas do mesmo sexo como entidade familiar, entendida esta como sinônimo perfeito de família. Reconhecimento que é de ser feito segundo as mesmas regras e com as mesmas consequências da união estável heteroafetiva” (DJe 14.10.2011). No voto, o Ministro Relator ressaltou que “a Constituição Federal não faz a menor diferenciação entre a família formalmente constituída e aquela existente ao rés dos fatos. Como também não distingue entre a família que se forma por sujeitos heteroafetivos e a que se constitui por pessoas de inclinação homoafetiva. Por isso que, sem nenhuma ginástica mental ou alquimia interpretativa, dá para compreender que a nossa Magna Carta não emprestou ao substantivo “família” nenhum significado ortodoxo ou da própria técnica jurídica. Recolheu-o com o sentido coloquial praticamente aberto que sempre portou como realidade do mundo do ser. Assim como dá para inferir que, quanto maior o número dos espaços doméstica e autonomamente estruturados, maior a possibilidade de efetiva colaboração entre esses núcleos familiares, o Estado e a sociedade, na perspectiva do cumprimento de conjugados deveres que são funções essenciais à plenificação da cidadania, da dignidade da pessoa humana e dos valores sociais do trabalho. Isso numa projeção exógena ou extramuros domésticos, porque, endogenamente ou interna corporis, os beneficiários imediatos dessa multiplicação de unidades familiares são os seus originários formadores, parentes e agregados. Incluído nestas duas últimas categorias dos parentes e agregados o contingente das crianças, dos adolescentes e dos idosos. [...] Assim interpretando por forma não-reducionista o conceito de família, penso que este STF fará o que lhe compete: manter a Constituição na posse do seu fundamental atributo da coerência, pois o conceito contrário implicaria forçar o nosso Magno Texto a incorrer, ele mesmo, em discurso indisfarçavelmente preconceituoso ou homofóbico. Quando o certo − data vênia de opinião divergente - é extrair do sistema de comandos da Constituição os encadeados juízos que precedentemente verbalizamos, agora arrematados com a proposição de que a isonomia entre casais heteroafetivos e pares homoafetivos somente ganha plenitude de sentido se desembocar no igual direito subjetivo à formação de uma autonomizada família. Entendida esta, no âmbito das duas tipologias de sujeitos jurídicos, como um núcleo doméstico independente de qualquer outro e constituído, em regra, com as mesmas notas factuais da visibilidade, continuidade e durabilidade”. O acórdão recorrido harmoniza-se com esse entendimento jurisprudencial. Nada há, pois, a prover quanto às alegações do Recorrente. 
5. Pelo exposto, nego seguimento a este recurso extraordinário (art. 557, caput, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal). 
Publique-se. Brasília, 5 de março de 2015. 
Diante destes julgados percebe-se que tanto a união estável quanto o casamento são institutos de pleno direito das pessoas. Por meio do princípio da isonomia e analogia torna-se vedado qualquer discriminação, por outro lado, a ausência de proibição normativa, torna também, juridicamente possível a união estável e o casamento entre casais ou pares homoafetivos. Em relação aos pares homoafetivos, as lições de Vecchiatti:
 “O Direito não regula sentimentos, mas define as relações com base nelas gerados, o que não permite que a própria norma, que veda a discriminação de qualquer ordem, seja revestida de conteúdo discriminatório” (2013, p.230).
Ainda em comento as jurisprudências, são reconhecidas como entidades familiares, as famílias homoafetivas, em virtude do princípio da isonomia. 
A Lei Maria da Penha, atribuiu o caráter de entidade familiar as uniões homoafetivas, ao mencionar que as relações pessoais independem de orientação sexual. 
Em relação ao recurso extraordinário, a Ministra Carmen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal declarou que, assim como o STF legalizou a união homoafetiva no país, assim também, não há impedimento constitucional para que a adoção por casais homoafetivos seja barrada na justiça. Na sequência, a ministra considerou homofóbica qualquer interpretação jurídica que barre direito de um casal gay. Nesta mesma ocasião, ponderou que os casais homossexuais integram o corpo social e contribuem com a sociedade como todas as famílias, por isso podem abrigar menores sem lar ou idosos, pois o lugar destes não pode ser em orfanatos ou asilos. 
A união estável homoafetiva, bem como a possibilidade do casamento entre pares homoafetivos, tornou a adoção conjunta desses pares uma possibilidade inegável. Ainda se está longe de atingir uma condição mundial privilegiada em relação aos pares homoafetivos e as crianças que aguardam em filas a adoção e integração numa família. Falta muito para que se possa dizer que a guerra em favor das crianças e menores abandonados está sendo vencida. Há muito que lutar, mas se olharmos para trás, seguramente, verificaremos que muitas e muitas batalhas nos brindaram algumas conquistas. O que conseguimos é graças ao árduo, incansável e imparcial trabalho dos nossos operadores de direito, doutrinadores e tribunais de todas as instâncias.

Outros materiais