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TCC adoção por casal homoafetivo

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
Curso de Direito
ADOÇÃO POR CASAIS HOMOAFETIVOS: POSSIBILIDADE DE ADOÇÃO DE ACORDO COM OS PRINCÍPIOS E NORMAS VIGENTES NO ORDENAMENTO JURÍDICO BRASILEIRO.
LOHANA XAVIER DA FRANÇA
Niterói
2019.1
LOHANA XAVIER DA FRANÇA
ADOÇÃO POR CASAIS HOMOAFETIVOS: POSSIBILIDADE DE ADOÇÃO DE ACORDO COM OS PRINCÍPIOS E NORMAS VIGENTES NO ORDENAMENTO JURÍDICO BRASILEIRO.
Artigo Científico Jurídico apresentado à Universidade Estácio de Sá, Curso de Direito, como requisito parcial para conclusão da disciplina Trabalho de Conclusão de Curso.
 Orientador (a) Prof. (a). Ana Lecticia Erthal Soares Silva
				
Niterói
Campus Niterói – Oscar Niemeyer
2019.1
RESUMO: O presente artigo trata da Adoção por Casal Homoafetivo e a possibilidade de adoção de acordo com os princípios e normas vigentes no ordenamento jurídico brasileiro. Verificou-se que ao longo dos anos a evolução do conceito de família, razão pela qual o direito de família evolui para atender as necessidades da sociedade. Este estudo visa conceituar os princípios norteadores do direito de família e demonstrar sua evolução e previsão no ordenamento jurídico brasileiro, bem como destacar doutrinas e jurisprudências favoráveis a adoções deste tipo de casal. Utilizou-se na produção deste TCC o método da referência bibliográfica científica.
Palavras-Chaves: Adoção, Família, Ordenamento Jurídico, Princípios, Evolução.
SUMÁRIO
1- Introdução. 2. Desenvolvimento: 2.1- A Evolução da Família no Direito Brasileiro; 2.2- A Família Socioafetiva; 2.3- Principais Princípios Norteadores do Instituto da Adoção; 2.3.1- Princípio da Dignidade da Pessoa Humana; 2.3.2- Princípio do Melhor Interesse do Menor; 2.3.2- Princípio da Afetividade; 2.4- A Evolução da Adoção por Casais Homoafetivos no Direito Brasileiro; 2.5- Reconhecimento Legal da Adoção por Casais Homossexuais: Jurisprudência Rompendo Paradigmas.
INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem por objetivo analisar a Adoção por Casal Homoafetivo e demonstrar a possibilidade desta adoção de acordo com os princípios e normas vigentes no ordenamento jurídico brasileiro, tendo como base o ramo do Direito de Família. Portanto, a metodologia utilizada na elaboração deste artigo científico foi uma revisão bibliográfica científica, com citações referenciadas em argumentos de juristas importantes, dentre alguns Maria Berenice Dias e Maria Helena Diniz.
	No primeiro capítulo é apresentada uma breve evolução da família no direito brasileiro, comparando a família no passado e atualmente, além de abordar também o conceito de família e como a mesma era constituída antigamente.
	 Quanto à estrutura dessa monografia, será abordada no segundo capítulo a família socioafetiva, abordando os novos arranjos familiares, a transformação da família de acordo com o momento histórico encontrado atualmente e a distinção e conceito dos novos tipos de família admitidos pelo ordenamento jurídico brasileiro.
	O terceiro capítulo em diante retrata a base principal da sociedade que é a família, analisando os princípios norteadores do Direito de Família, que são estes: princípios da dignidade da pessoa humana, melhor interesse do menor e princípio da afetividade e a importância da entidade familiar que deve ser protegida de forma ampla por toda a sociedade.
	Após abordar os princípios norteadores do Direito de Família, veremos no capítulo conseguinte a questão norteadora deste artigo científico que retrata uma das grandes mudanças sociais, qual seja: a adoção. Salientando que a própria Constituição Federal de 1988 não admite a distinção entre filhos adotados e biológico, visto que em muitos casos o casal desistia de criar a criança como se filho fosse e a abandonava. Sendo assim, este tipo atitude pode ser capaz de causar um trauma irreparável em um menor que está em fase de formação.
	Faz-se necessário, por fim que o presente artigo traz um capítulo que faz referência a jurisprudências rompendo paradigmas e reconhecendo legalmente a adoção por casais homoafetivos, contudo, o legislador não pode prever todas as situações que ocorrerão em uma sociedade, uma vez que está em constante evolução, a ausência de leis abre possibilidades de uma pessoal homossexual poder adotar uma criança normalmente, tendo o princípio da afetividade como pilar para resolver estes tipos de conflitos de interesses. Sendo possível destacar a importância do Princípio da Dignidade da Pessoa Humana diante das decisões dos magistrados que todos têm direito de viver com quem amam, cuidam, zelam, respeitam e protejam, e principalmente ter a possibilidade de dar amor a uma criança.
	Deve-se mencionar que os temas abordados neste artigo científico também tem fontes utilizadas de Códigos como a Constituição Federal de 1988, o Estatuto da Criança e do Adolescente sem detrimento do estudo em artigos científicos relacionados ao tema, bem como jurisprudência. 
2.1. A EVOLUÇÃO DA FAMÍLIA NO DIREITO BRASILEIRO
	Família é formada por indivíduos, unidos por laço de sangue ou afinidade, que ao longo dos anos vem passando por diversas transformações, sendo alterada com base no momento histórico que se encontra atualmente. Durante muito tempo, a entidade familiar foi considerada pela figura do marido e da esposa, a sociedade brasileira apenas considerava família decorrente à celebração do casamento, nominada patriarcal ou tradicional. Tratava-se de entidades familiares hierárquicas, heteroparental, tendo a produção e reprodução como base principal. Sendo assim, Rolf Madaleno relata a respeito das mudanças ocorridas no conceito tradicional da família:
A família matrimonializada, patriarcal, hierarquizada, heteroparental, biológica, institucional vista como unidade de produção cedeu lugar para uma família pluralizada, democrática, igualitária, hetero ou homoparental, biológica ou socioafetiva, construída com base na afetividade e de caráter instrumental.[1: MADALENO, Rolf, 1954 - Manual de direito de família/Rolf Madaleno. – 2ª ed. rev atual. e ampl. - Rio de Janeiro: Forense, 2015. p.36]
	
	Contudo, o conceito de família para Paulo Nader:
Família consiste em "uma instituição social, composta por mais de uma pessoa física, que se irmanam no propósito de desenvolver, entre si, a solidariedade nos planos assistencial e da convivência ou simplesmente descendem uma da outra ou de um tronco comum.[2: NADER, Paulo. Curso de Direito Civil. Vol. 5 - Direito de Família. 1. ed. Rio de Janeiro: Editora Forense, 2006.]
A sociedade vem a cada dia se transformando, se adaptando a realidade vivenciada pelas pessoas, sendo assim, o conceito de família passou a ser visto de maneira mais ampla. Atualmente, podemos dizer que existem vários tipos de família, sendo alguma delas: a família matrimonial que é formada pela celebração do casamento, família informal que é formada pela união estável, família monoparental formada por qualquer um dos pais com seu filho(a), família anaparental que é formada apenas pelos irmãos, sem seus pais, família homoparental que trata-se de família formada por casais homoafetivos com adoção de filhos, família eudemonista que é formada apenas pela união dos indivíduos por afinidade, entre outros. No entanto, cabe ressaltar que foram apresentados apenas algumas maneiras possíveis de constituir uma família além de haver outras possíveis formas, portanto é inquestionável a importância da família para sociedade, relata Ana Carolina Brochado Teixeira, Gustavo Pereira Leite Ribeiro e Alexandre Miranda Oliveira que:
O que se observa hoje na família brasileira do novo milênio é um verdadeiro descompasso entre os movimentos de busca do respeito à liberdade individual – liberdade esta que o próprio Estado assegura – para efetivação do sonho da felicidade e a incessante interferência do Estado nesta individualidade, procurando cercar todas as formas, situações e consequências possíveis na busca deste sonho,um verdadeiro paradoxo.[3: TEIXEIRA, Ana Carolina Brochado; RIBEIRO, Gustavo Pereira Leite; OLIVEIRA, Alexandre Miranda. Manual de Direito das Famílias e das Sucessões. 2 ed. Belo Horizonte. Del Rey, 2010. P. 25]
	
No entanto, a família atual, de modo geral, passou a ser constituída apenas com base no amor, no afeto, na vontade de estar juntos, podendo ser considerado família pessoas que residem na mesma residência e possuem alguma relação afetiva, mesmo que não sejam do mesmo sangue ou casados, portanto, firma Paulo Lobo:
A família sofreu profundas mudanças de função, natureza, composição e, consequentemente, de concepção, sobretudo após o advento do Estado social, ao longo do século XX. No plano constitucional, o Estado, antes ausente, passou a se interessar de forma clara pelas relações de família, em suas variáveis manifestações sociais. Daí a progressiva tutela constitucional, ampliando o âmbito dos interesses protegidos, definindo modelos, nem sempre acompanhados pela rápida evolução social, a qual engendra novos valores e tendências que se concretizam a despeito da lei. Como a crise é sempre perda dos fundamentos de um paradigma em virtude do advento de outro, a família atual está matrizada em paradigma que explica sua função atual: a afetividade. Assim, enquanto houver affectio haverá família, unida por laços de liberdade e responsabilidade, e desde que consolidada na simetria, na colaboração, na comunhão de vida.[4: LÔBO, Paulo. Direito Civil-Família. 6. 11 ed. Saraiva. São Paulo, 2011. p.18]
	Contudo, historicamente a família sempre esteve ligada a ideia sacralizada, mesmo com tantos avanços sociais, muitos ainda defendem a família heterossexual, matrimonializada e hierárquica. Felizmente com a evolução da sociedade e também da legislação, hoje é possível falar em inúmeras possibilidades de se constituir uma família. A partir da Constituição de 1988, passou-se a reconhecer outras formas de família, mesmo que na realidade sempre existisse, porém ignoradas no mundo jurídico. Segundo Alexandre Alves Lazzarini:
O reconhecimento da família sem casamento representa uma quebra de paradigmas, institucionalizando-se a realidade e organizando as relações sociais.[5: COLTRO, Antônio Carlos Mathias (Org.) O direito de família após a Constituição Federal de 1988. São Paulo, Instituto Brasileiro de Direito Constitucional, 2000, p. 30.]
Além disso, podemos acrescentar a respeito do reconhecimento da constituição familiar de forma diversa do casamento dando-se de forma gradativa:
A união entre um homem e uma mulher, legalizada ou não, com certa duração, enquadra-se nos moldes de um núcleo familiar, um agrupamento de pessoas unidas por laços de sangue, vínculos afetivos e comunhão de interesses.[6: LAZZARINI, Alexandre Alves. Et al. Repertório de jurisprudência e doutrina sobre direito de família, vol. 2 - Aspectos constitucionais, civis e processuais. Coordenadora: Teresa Arruda Alvim. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1995, p. 73.]
Visto a importância do conceito de família na sociedade, onde o afeto é principal motivo para se constituir a mesma, podemos estudar neste artigo a seguir, o conceito de família socioafetiva.
2.2 A FAMÍLIA SOCIOAFETIVA
	Ao longo dos anos, o instituto família se tornou cada vez mais moderna e flexível, a família era baseada em uma definição muito restrita e específica. Família socioafetiva ou também chamada de filiação socioafetiva ou conhecida também como filiação do coração, são aquelas em que os pais tratam a criança como se filho fosse, independentemente do laço sanguíneo ou laços civis, estando tal relação fundamentada no componente principal das relações familiares atuais: o amor. Dos ensinamentos de Cristiano Chaves de Farias e Nelson Rosenvald, podemos extrair que:
Filiação é a relação de parentesco estabelecida entre pessoas que estão no primeiro grau, em linha reta entre uma pessoa e aqueles que a geraram ou que a acolheram e criaram, com base no afeto e na solidariedade.[7: FARIAS, Cristiano Chaves de; ROSENVALD, Curso de Direito Civil. Nelson. 2ª ed., p. 542]
O vínculo afetivo tem um papel fundamental para a estrutura familiar, a qual os sentimentos de amor, carinho e respeito devem ser cultivados diariamente, sendo considerado o pilar norteador da vida, e da solução de pleito judicial, conforme entendimento de Bertrand Arthur William Russell:
A felicidade sempre foi alvo de muita discussão e desejo de conquista de todo indivíduo e sociedade. Todavia, ser feliz é um termo considerado amplo demais, devendo o indivíduo para buscar essa felicidade aliar-se a pratica do amor, do afeto e de realizar o bem ao próximo, sobretudo se essa relação for oriunda da entidade familiar.[8: RUSSEL, Bertrand. A conquista da felicidade. Tradução: Luiz Guerra. Rio de Janeiro: Ediouro, 2004.]
 		
	Podemos dizer que o afeto é o elemento formador das famílias, passando a ser considerado os pontos mais relevantes na formação da estrutura familiar. Houveram muitas mudanças no Direito de Família e uma delas foi a eliminação da discriminação existente entre filhos, garantindo aos mesmos havidos ou não de casamentos, os mesmos direito e qualificações, apresentando um novo conceito de família, instaurando o princípio da dignidade da pessoa humana e o princípio da igualdade entre o homem e a mulher, passando a proteger de forma igualitária todos os membros da sociedade, reconhecendo a relevância fática que estava desamparada pelo mundo jurídico. Consoante o ensinamento de Washington de Barros Monteiro:
As profundas transformações ocorridas na sociedade no decorrer do século XX receberam a devida atenção no plano constitucional, tendo em vista que a almejada e merecida proteção aos membros de uma família, como se verifica na consagração dos princípios da absoluta igualdade entre pessoas casadas, da total isonomia entre filhos, independentemente de sua origem, da proteção à união estável e à família monoparental.[9: MONTEIRO, Washington de Barros. Curso de Direito Civil: Direito de Família. São Paulo: Saraiva, 2004.]
	A filiação é um fato da vida, não havendo mais espaço para a distinção entre família legítima e ilegítima, pois ser filho de alguém independe de vínculo conjugal, união estável, concubinato, deve ser todos os filhos tratados da mesma forma. Nesse sentido, Maria Berenice Dias diz:
As transformações mais recentes por que passou a família, deixando de ser unidade de caráter econômico, social e religioso para se afirmar fundamentalmente como grupo de afetividade e companheirismo, imprimiram considerável reforço ao esvaziamento biológico da paternidade.[10: DIAS, Maria Berenice, Manual do Direito das Famílias. 5ª Ed. São Paulo: Editora RT, 2009, p.324.]
	
	No direito brasileiro, a família que encontramos no final do século XX não permaneceu inerte, vencendo barreiras e resistências, uma vez que sofreu grandes transformações em função da explícita mudança e reiteração de valores. No conceito de Jorge Fujita:
Filiação socioafetiva é aquela consistente na relação entre pai e filho, ou entre mãe e filho, ou entre pais e filho, em que inexiste liame de ordem sanguínea entre eles.[11: FUJITA, Jorge. Filiação na Contemporaneidade. In: CHINELATO, Silmara Juny de Andrade; SIMÃO, José Fernando; ZUCCHI, Maria Cristina. (org). O direito de família no terceiro milênio: Estudos em homenagem a Álvaro Villaça Azevedo. Atlas. 2010.]
	Dessa forma, os vínculos afetivos gerados pela convivência familiar, normalmente se sobrepõe aos laços biológicos, sendo resguardados pelos princípios norteadores que será visto no próximo tópico deste artigo científico.
2.3 PRINCIPAIS PRINCÍPIOS NORTEADORES DO INSTITUTO DA ADOÇÃO
	Todas as esferas do direito se constituem em princípios e regras, e a principal importância dos princípios e regras no ordenamento jurídico é o grau de abrangência de cada um. Os princípios são a estrutura principal do nosso ordenamento jurídico, e indispensável para solução dos conflitos de interesse e cautelana aplicação a realidade. Os princípios são utilizados como escape para saída de casos onde houver dúvidas e divergências de interpretações doutrinárias, sendo parte dos direitos fundamentais e resguardados pela Constituição Federal de 1988. 
O Direito de Família busca harmonia e igualdade plena entre os indivíduos, seja entre homens e mulheres ou na igualdade no tratamento entre os filhos havidos da união estável ou não, seguindo esta linha argumentativa, a jurista Maria Berenice Dias relata:
O direito das famílias está umbilicalmente ligado aos direitos humanos, que têm por base o princípio da dignidade da pessoa humana, versão axiológica da natureza humana. O princípio da dignidade humana significa, em última análise, igual dignidade para todas as entidades familiares. Assim, é indigno dar tratamento diferenciado ás várias formas de filiação ou aos vários tipos de constituição de família, com o que se consegue visualizar a dimensão do espectro desse princípio que tem contornos cada vez mais amplos.[12: DIAS, Maria Berenice. Manual de Direito das Famílias. 6. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2010, p.63.]
	Cabe ressaltar que não somente o ramo do Direito da Família, como em outros ramos do ordenamento jurídico, a proteção da pessoa faz parte fundamentalmente da sociedade, buscando igualdade entre todos sem distinção de sexo ou de qualquer outra característica, conforme jurista Maria Berenice:
Necessita-se se socorrer dos princípios constitucionais que impõem o respeito à dignidade e asseguram o direito à liberdade e à igualdade. O ordenamento jurídico estrutura-se em torno de certos valores, muitos dos quais estão postos em sede de princípios constitucionais, que também devem informar a interpretação da legislação especifica numa leitura incorporada pelos reclamos da atualidade histórica.[13: Ibidem. 10ª edição revista, atualizada e ampliada.. São Paulo Revista dos Tribunais, 2011, p.198]
	Podemos observar que, se tratando dessa nova entidade familiar, família homoafetiva, não há uma lei específica, deixando então diversas lacunas em nosso ordenamento jurídico, no qual o juiz não poderá ficar omisso, pois fere os princípios da Carta Magna de 1988, que apontam ferramentas em casos de interpretação quando a lei não estiver sendo muito específica, analogia, costumes e princípios gerais do direito. A interpretação dos princípios e da lei devem ser justas e democráticas, se adequando conforme as mudanças sociais, não podendo o juiz ser omisso, podemos incluir também o pensamento da citada jurista Maria Berenice que:
A omissão do legislador leva ao surgimento de um ciclo vicioso. Diante da inexistência da lei, a justiça rejeita a prestação jurisdicional. Sob a justificativa de que não há uma regra jurídica, negam-se direitos. Confundem-se carência legislativa com inexistência de direito. O juiz não pode excluir direitos alegando ausência de lei. Olvida-se que a própria lei reconhece a existência de lacunas no sistema legal, o que não o autoriza a ser omisso.
O juiz desrespeita a lei e deixa de cumprir com seu dever toda vez que nega algum direito sob a justificativa de inexistir lei.[14: Ibidem. 5ª Ed. São Paulo: Editora RT, 2009, p.186-187]
	
	Com essas mudanças que vem ocorrendo no contexto familiar, principalmente quando se trata da questão da sexualidade, é um assunto atualmente muito questionado e debatido pela sociedade que ainda vem sido encarada com muito preconceito. As uniões homoafetivas passaram a ter uma melhor visibilidade nos tribunais brasileiros, ganhando grande força, garantido direitos como herança, auxílio por morte, adoção, entre outros. 
	Os princípios do Direito da Família não são taxativos, tendo alguns maior relevância e importância a respeito da adoção, dentre os princípios que norteiam o instituto da adoção temos como principais: princípios da dignidade da pessoa humana, melhor interesse do menor e princípio da afetividade como veremos a seguir no próximo tópico do artigo científico.
 
2.3.1 PRINCÍPIO DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA
Primeiramente devemos olhar a vontade da sociedade em geral antes de aplicarmos a norma. A dignidade da pessoa humana hoje, recai sobre uma infinidade de fatores e situações, segundo a renomada autora Maria Berenice Dias:
 
Na medida em que a ordem constitucional elevou a dignidade da pessoa humana a fundamento da ordem jurídica, houve uma opção expressa pela pessoa, ligando todos os institutos a realização de sua personalidade. Tal fenômeno provocou a despatrimonialização e a personalização dos institutos, de modo a colocar a pessoa humana no centro protetor do direito.[15: DIAS, Maria Berenice. Manual de Direito das Famílias – Princípios do Direito de Família. 5ª edição revista, atualizada e ampliada. 2ª tiragem. São Paulo Revista dos Tribunais, 2009. p.61-63.]
	Evidencia-se que, o Direito da Família está ligado diretamente aos direitos humanos e à dignidade, os quais têm reconhecimento jurídico da igualdade entre as pessoas, mais específico entre o homem e a mulher, de outros modelos de família e na igualdade dos filhos. Sendo assim, o Estado não tem apenas o deve de abster-se de praticar os atos que atentem a dignidade da pessoa humana, como também deve promover essa dignidade para cada ser humano, devendo observar que alguns doutrinadores possam garantir que não há hierarquia entre princípios, Maria Berenice Dias diz que ‘’ é o princípio maior, fundante do Estado Democrático de Direito, sendo afirmado já no primeiro artigo da Constituição Federal’’. [16: ibidem. Manual de Direito das Famílias. 10ª Edição. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais. 2015.]
Conforme a Constituição Federal, em seu art. 1º, III, dispõe:
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
III - a dignidade da pessoa humana.[17: BRASIL. Constituição Federal de 1988. In: Vade Mecum. 23ª Edição. São Paulo: Saraiva. 2017]
O princípio da dignidade da pessoa humana visa buscar a convivência harmônica dos membros da entidade familiar, este princípio norteia toda concepção de família, dando suporte para o desenvolvimento e criação deste princípio. Nas diversas entidades familiares, os indivíduos podem desenvolver suas qualidades permitindo o desenvolvimento social e pessoal de cada um. Trouxe a valorização da pessoa dentro da sua própria família, protegendo-a e preservando-a como indivíduo por si só, devendo sempre priorizar a vida e a integridade dos membros de uma família, assegurando os seus direitos da personalidade. Trata-se de um princípio com fundamento baseado a Constituição Federal de 1988, dando maior valor a proteção humana, sem nenhuma discriminação na sociedade em que se vive, estando totalmente conexo ao direitos e garantias de um indivíduo, podendo ter a plena capacidade de fazer suas escolhas, sejam elas afetivas, sociais, sexuais e não ser discriminado por isso, visto que:
Trata-se de princípio que tem como essência a ideia de que o ser humano é um fim em si mesmo, não devendo ser instrumentalizado, coisificado ou descartado em virtude dos caracteres que lhe concedem individualmente e estampam sua dinâmica pessoal. A relação entre a proteção da dignidade da pessoa humana e a orientação homossexual é direta, pois o respeito aos traços constitutivos de cada um, sem depender de a orientação sexual, estar ou não prevista, de modo expresso, na Constituição. A orientação que alguém imprime na esfera de sua vida privada não admite quaisquer restrições. Há de se reconhecer a dignidade existente na união homoafetiva. O valor da pessoa humana assegura o poder de cada um exercer livremente sua personalidade, segundo seus desejos de foro íntimo. A sexualidade está dentro do campo da subjetividade. Representa fundamental perspectiva do livre desenvolvimento da personalidade, e partilhar a cotidianidade da vida em parcerias estáveis e duradouras parece ser um aspecto primordialda existência humana.[18: DIAS, Maria Berenice. Op.cit, p.88]
	
A dignidade da pessoa humana visa o respeito entre as pessoas, e qualquer forma de discriminação por orientação sexual, caracteriza como forma de desrespeito a este princípio que busca valorizar cada ser humano. Não podemos simplesmente ignorar a condição social de cada indivíduo, uma vez que as relações homoafetivas sempre foram presentes em nossa sociedade, mesmo que muitas vezes renegadas, marginalizadas e de uma forma ou de outra, excluídas do meio social, conforme explica Viviane Girardi:
A jurisprudência brasileira, acompanhando a tônica internacional, vem reconhecendo, com base no princípio da dignidade da pessoa humana, que as necessidades humanas no plano da realização da personalidade e, em decorrência disso, da sexualidade, não são isonômicas, e que as uniões homossexuais vão além do simples fato de se constituírem por pares do mesmo sexo, pois são uniões que têm sua gênese no afeto, na mútua assistência e solidariedade entre os pares e, dessa forma, não seria mais possível se deixar reconhecer efeitos jurídicos para esse tipo de união.[19: GIRARD, Viviane. Famílias Contemporâneas, Filiação e Afeto. A Possibilidade Jurídica de Adoção Por Casais Homossexuais. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2005, p. 50, 115.]
	Sendo assim, não seria correto negar direitos à um casal homoafetivo, tendo em vista que trata-se de uma forma de preconceito e desrespeito a sua condição de ser humano, e enquanto houver preconceito, não haverá total efetividade ao princípio da dignidade da pessoa humana, excluindo a ideia de Estado Democrático de Direito.
2.3.2 PRINCÍPIO DO MELHOR INTERESSE DO MENOR
	Este princípio é o norteador do Direito da Criança e do Adolescente, tendo o Estado como dever a proteção e a segurança do menor. Melhor interesse do Menor não significa que as vontades do mesmo serão obedecidas, pelo contrário, visa buscar o que de fato será melhor para a criança e para o adolescente em questão, por se tratar de seres em formação, não sabendo e podendo distinguir o que de fato seria melhor para si, conforme destaca Helen Corrêa Sanches: 
Todas as ações relativas às crianças, levadas a efeito por instituições públicas ou privadas de bem-estar social, tribunais, autoridades administrativas ou órgãos legislativos, devem considerar, primordialmente, o melhor interesse da criança.[20: SANCHES, Helen Crystine Corrêa; VERONESE, Josiane Rose Petry. Dos Filhos de Criação à Filiação Socioafetiva. Editora Lumen Juris: Rio de Janeiro, 2012, p.95.]
O princípio do melhor interesse do menor, não se encontra expresso na Constituição Federal ou no Estatuto da Criança e do Adolescente, tratando de penalizar os genitores pela omissão referente aos cuidados do menor, incluindo a participação dos mesmos, a participação dos pais e do Estado no processo de decidir o que é melhor para os menores, para a proteção integral dos seus direitos e deveres, principalmente no que concerne a guarda e adoção, segundo Maria Helena Diniz diz que “tal princípio, permite o pleno desenvolvimento da personalidade da criança e do adolescente e é a diretriz solucionadora de questões conflitantes advindas da separação ou divórcio dos genitores.’’[21: DINIZ, Maria Helena. Curso de direito civil brasileiro: direito de família. v.5, 23 ed. São Paulo: Saraiva, 2008, p.23.]
O Estatuto da Criança e do Adolescente tem como objetivo resguardar a proteção integral dos menores, tornando-os sujeitos de direitos e deveres. Toda vez que houver situações sócio jurídicas que os envolvam, deverá sempre prevalecer o que for de melhor interesse do infante, observando através do ponto de vista de Aimbere Francisco:
Diante da concepção da criança como sujeito de direito e da valorização jurídica do afeto na estrutura familiar, decorre o princípio do Melhor Interesse da Criança e do Adolescente, segundo o qual, por se encontrar o menor numa situação de fragilidade, por conta do seu processo de amadurecimento e formação da personalidade, merece destaque especial no ambiente familiar.[22: TORRES, Aimbere Francisco. Adoção nas Relações Homoparentais. São Paulo: Atlas, 2009, p. 96-97]
	O princípio do melhor interesse do menor é baseado no crescimento, desenvolvimento e formação de caráter da criança e do adolescente para que se tornem cidadãos do bem, detentor de direito e deveres, e para isso dependem de uma base familiar, uma construção harmônica na convivência familiar, portanto, é importante um ambiente familiar seguro e estável, onde seja priorizado o afeto, a proteção, cuidado e a mútua assistência dos responsáveis. 	Neste sentindo, negar a adoção, prejudica a própria criança, não só no aspecto patrimonial mas também no aspecto emocional. Privar o menor da inclusão do mesmo ao seio familiar é ferir este princípio. 
A adoção é um direito não só do casal heterossexual, como também do casal homossexual, não só do adotante como de toda criança e adolescente que está na expectativa de encontrar um ambiente familiar que lhe forneça amor, afeto, carinho, proteção e acima de tudo educação para se tornar cidadãos de bens. 
2.3.3 PRINCÍPIO DA AFETIVIDADE
	O princípio da Afetividade rege a estabilidade das relações socioafetivas, a família era ligada por laços econômicos e seguia modelos patriarcais. No entanto, com a mudança constante na entidade familiar, a família passou a ser constituída por um núcleo afetivo, diante dessa transformação familiar, como vimos anteriormente, Paulo Luiz Netto Lobô faz a seguinte afirmação:
A realização pessoal da afetividade e da dignidade humana, no ambiente de convivência e solidariedade, é a função básica da família de nossa época. Suas antigas funções econômica, política, religiosa e procracional feneceram, desapareceram, ou desempenham papel secundário. [23: LÔBO, Paulo Luiz Netto. A Repersonalização das Famílias. Revista Brasileira de Direito de Família. Porto Alegre: Síntese, v. 6, n. 24, jun/jul 2004, p.155.]
	Com o reconhecimento das uniões estáveis entre casais homoafetivos, levando em consideração que o vínculo afetivo sempre existiu entre casais do mesmo sexo, viabilizou aos juristas a reconhecer essas relações de forma geral como entidade familiar, sendo detentoras de direitos e deveres análogas ao de um casal heterossexual. É o que observa Maria Claudia Cairo Chiletto: 
Já o princípio da afetividade, é um princípio que se tornou o principal fundamento das relações familiares, em virtude de profunda alteração da concepção jurídica de família. A concepção de família não foi fundada no casamento, eleva-se às mesma dignidade da família concebida pelo matrimônio. O que existe de comum nessas variadas concepções de família é a relação entre elas alicerçada no afeto. A afetividade é elemento central e definidor da união familiar, onde a finalidade mais relevante da família é a realização da personalidade de seus membros e a promoção da dignidade de cada um de seus integrantes.[24: CHILETTO, Maria Claudia Cairo. União Homoafetivas: uma nova concepção de família na perspectiva do direito civil-constitucional. Rio de Janeiro: Faculdade de Direito de Campos, 2007. p.86]
O princípio da afetividade não está expresso na Constituição Federal, porém podemos encontrar fundamentos em alguns termos lá citados: 
Art. 227 É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.
§ 5º A adoção será assistida pelo poder público, na forma da lei, que estabelecerá casos e condições de sua efetivação por parte de estrangeiros.
§ 6º Os filhos, havidos ou não da relação do casamento, ou por adoção, terão os mesmos direitos e qualificações, proibidas quaisquer designaçõesdiscriminatórias relativas à filiação.[25: BRASIL. Constituição Federal de 1988. In: Vade Mecum. 23ª Edição. São Paulo: Saraiva. 2018, p.78]
	O direito à felicidade é um direito fundamental, parte-se da premissa em que todo ser humano tem o direito de ser feliz, contudo, negar ao casal homossexual o reconhecimento e direito à união homossexual é também negar o direito a felicidade à centenas de indivíduos, sendo assim, a orientação sexual não pode ser um fator determinante na busca e gozo a este direito fundamental. 
	O novo paradigma é estabelecido no Direito de Família, que determina que a nova entidade familiar está unida por laços de liberdade e responsabilidade, além do afeto que é a base fundamental no momento em que se constitui uma família. O afeto é visto no Direito de Família como referência jurídica, que é atribuído por deveres que é exigido pelo laço criado através da função social que aponta da própria família.
	Devemos dizer que o Princípio da Afetividade está diretamente ligado ao Princípio da Dignidade da Pessoa Humana, uma vez que ambos não estão expressos em nenhuma legislação, porém os mesmos visam assegurar direitos e deveres do indivíduo, além do desenvolvimento digno do ser humano perante a entidade familiar.
2.4 A EVOLUÇÃO DA ADOÇÃO POR CASAIS HOMOAFETIVOS NO DIREITO BRASILEIRO
Com tantas mudanças voltadas ao Direito de Família, podendo dizer que o que se forma uma família é o amor, o afeto, e não apenas o laço sanguíneo, o sentimento amor é capaz de criar vínculos afetivos.
	A relação homoafetiva é uma realidade que vem se estendendo ao longo dos anos, e quando falamos de relações cujo assunto trata-se a respeito de sexualidade, pode-se trazer à tona discussões morais, sociais, religiosas, porém quando se trata de amor, carinho e afeto todo ser humano merece senti-lo. Sendo assim, quando se fala de família, considera-se a afetividade como base principal na relação. Desta feita, podemos observar que:
Sendo a família a base da sociedade, mudanças nela geram mudanças sociais. Quanto mais famílias democráticas, maior o fortalecimento da democracia no espaço público e vice-versa. Além disso, e evidentemente, quanto mais democracia houver nos pequenos grupos, mais democrática será a sociedade na qual elas coexistem.[26: MORAES, Maria Celina Bondin de. A família democrática. In: PEREIRA, Rodrigo da Cunha (Coord.) Família e dignidade humana. São Paulo: IOB Thomson, 2006, p.619]
	O termo homoafetivo advém do indivíduo que aprecia e se atrai por sujeitos do mesmo sexo. A família homoafetiva se compreende em casais homossexuais que possuem um ou mais filhos (adotados ou legítimos), da mesma forma que apenas uma pessoa homossexual com apenas um filho já se torna o suficiente para também formar uma família. A função do Estado é inserir na sociedade a concepção relacionada a direitos e deveres, trazendo democraticamente para a realidade a evolução das relações interpessoais e afetivas entre as pessoas, constituindo assim, relações equilibradas nos fatos e nos direitos. Portanto, a adoção também está inserida na convivência familiar, trata-se também de uma forma de poder constituir uma família, respeitando assim o seu significado real do latim ‘’ adaptare’’ que significa escolher, perfilar, dar seu nome, optar. Ainda assim, a Constituição Federal informa que deverá ser assegurado à criança e ao adolescente o convívio familiar, independentemente de quem exercerá este poder.
	A Constituição Federal, Estatuto da Criança e do Adolescentes, Código Civil ou qualquer outra legislação, não faz menção nenhuma referente a orientação sexual do adotando, não havendo razão para que uma pessoa não seja apta a adotar. 
	
	Vale ressaltar que, não existe motivo aparente que indique problemas em crianças serem adotadas por casais homossexuais, alcançando os mesmos objetivos que aquelas adotadas por casais heterossexuais. Apesar de parte da sociedade não concordar, haver determinadas discriminações e não aceitações, a adoção por casais homoafetivos vem ganhando força cada vez mais, seja moralmente, socialmente e juridicamente. A adoção por casais homossexuais não é diferente daquela realizada por casais heterossexuais, tendo em vista que todos têm a plena capacidade de amar e ensinar os valores da vida para outra pessoa.
	A adoção está prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente que informa que a adoção é uma medida excepcional e irrevogável, concedendo ao adotado a mesma condição de filho, com direitos e deveres iguais aos dos filhos biológicos, Vejamos:
Art. 39. A adoção de criança e de adolescente reger-se-á segundo o disposto nesta Lei.
§ 1o A adoção é medida excepcional e irrevogável, à qual se deve recorrer apenas quando esgotados os recursos de manutenção da criança ou adolescente na família natural ou extensa, na forma do parágrafo único do art. 25 desta Lei.[27: BRASIL – Estatuto da Criança e do Adolescente - Lei nº 8.069, de 13 de julho de1990.]
E também podemos observar:
Art. 41. A adoção atribui a condição de filho ao adotado, com os mesmos direitos e deveres, inclusive sucessórios, desligando-o de qualquer vínculo com pais e parentes, salvo os impedimentos matrimoniais.[28: Ibid, p.1095]
A adoção homoafetiva é juridicamente possível, a legislação deve garantir de forma eficaz alguns princípios como visto nos tópicos anteriores neste artigo científico, contudo, não só pelo conceito da nova família, como também pelo preenchimento de todos os requisitos da lei. A adoção da criança e do adolescente é regida pela Lei 8069/90, o Estatuto da Criança e do Adolescente, em seus artigos 39 a 52, tem como principais requisitos para adoção: 
Idade mínima de 18 anos para o adotante; diferença de 16 anos entre o adotante e o adotado; consentimento dos pais ou representantes legais de quem se deseja adotar; concordância do adotando, se este contar mais de 12 anos; processo judicial; efetivo benefício para o adotando.[29: Ibid, p.1094 a 1097.]
Importante ressaltar que a adoção por casais homoafetivos passou por grande dificuldade de aceitação ante o preconceito social, entretanto, tal situação está sendo superada aos poucos. O conceito de família vem se ampliando cada vez mais, acompanhando a evolução da sociedade, e por fim a legislação também vem se atualizando. Podemos ver no seguinte capítulo deste artigo científico a evolução jurisprudencial a respeito da adoção por este tipo de casal.
2.5 RECONHECIMENTO LEGAL DA ADOÇÃO POR CASAIS HOMOSSEXUAIS: JURISPRUDÊNCIA ROMPENDO PARADIGMA.
	A adoção estabelece um vínculo entre o adotante e o adotado, sendo excepcional e irrevogável. Como vimos neste artigo científico, para adotar, basta que os adotantes preencha todos os requisitos exigidos pela lei, todavia, se os adotantes preenche esses tais requisitos, não poderia ser admitido que o pedido de um casal homossexual fosse indeferido. A possibilidade jurídica da adoção por casais homoafetivos, está fundamentada nos princípios constitucionais básicos, que são: princípio da dignidade da pessoa humana, da igualdade, do melhor interesse do menor e da afetividade. A adoção trata-se de um procedimento legal que transfere direitos e deveres de uma família biológica para uma família substituta. No âmbito jurídico, adoção é um ato jurídico oficializado entre duas ou mais pessoas, estabelecendo relação de paternidade e filiação legítima. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) não faz qualquer tipo de restrição referente a orientação sexual, sendo assim, dando uma alternativa para casais homossexuais poderem ter o direito à adotar. O Código Civil e a Constituição Federal definiu ‘’ casal’’ e união estável aquele formado apenas por um homem e uma mulher, porém esta definição está totalmente fora da realidade da sociedade contemporânea brasileira.
	Em pleno século XXI, os casais homossexuais conquistaram muitos direitos, e com esta incansável luta, para serem reconhecidos como entidade familiar e gozarem de direitos e deveres equiparados a união estável heterossexual,temos como o primeiro marco, em decisão unânime e histórica, o reconhecimento da união estável entre casais homoafetivos pelo Supremo Tribunal Federal em 05-05-2011, através da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 4277 e a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 132, com intuito de diminuir preconceitos, assegurando-se nos princípios da dignidade da pessoa humana, igualdade, melhor interesse do menor, solidariedade, pluralismo das famílias e não discriminação. Trata-se de um assunto extremamente polêmico, ainda não aceito completamente pela sociedade, e até mesmo pelo Poder Judiciário brasileiro. No entanto, tomamos como primeiro exemplo uma decisão monocrática proferida no autos do Recurso Extraordinário (RE) nº 846.102, da Ministra Cármen Lúcia, cuja emenda segue abaixo: 
DECISÃO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL. RECONHECIMENTO DE UNIÃO ESTÁVEL HOMOAFETIVA E RESPECTIVAS CONSEQUÊNCIAS JURÍDICAS. ADOÇÃO. AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE N. 4.277. ACÓRDÃO RECORRIDO HARMÔNICO COM A JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO   AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO (STF,05 de Março de 2015).[30: LÚCIA, CÁRMEN. Supremo Tribunal Federal STF – Recurso Extraordinário: RE 846102 PR – PARANÁ. JusBrasil, 2015. Disponível em: <https://stf.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/178770481/recurso-extraordinario-re-846102-pr-parana>. Acessado em: 05 Mai, 2018, 22:57:03]
	Este recurso extraordinário fora interposto com base na alínea ‘’a’’, inciso III do artigo 102 da Constituição da República contra o julgado do Tribunal de Justiça do Paraná:
 APELAÇÃO CÍVEL. ADOÇÃO POR CASAL HOMOAFETIVO. SENTENÇA TERMINATIVA. QUESTÃO DE MÉRITO E NÃO DE CONDIÇÃO DA AÇÃO. HABILITAÇÃO DEFERIDA. LIMITAÇÃO QUANTO AO SEXO E À IDADE DOS ADOTANDOS EM RAZÃO DA ORIENTAÇÃO SEXUAL DOS ADOTANTES. INDADIMISSÍVEL. AUSÊNCIA DE PREVISÃO LEGAL. APELO CONHECIDO E PROVIDO.[31: Ibidem. JusBrasil, 2015. Disponível em: <https://stf.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/178770481/recurso-extraordinario-re-846102-pr-parana>. Acessado em: 05 Mai, 2018, 22:57:03]
O Ministro Ayres Britto deu a interpretação:
A Constituição Federal não faz a menor diferenciação entre a família formalmente constituída e aquela existente ao rés dos fatos. Como também não distingue entre a família que se forma por sujeitos heteroafetivos e a que se constitui por pessoas de inclinação homoafetiva. Por isso que, sem nenhuma ginástica mental ou alquimia interpretativa, dá para compreender que a nossa Magna Carta não emprestou ao substantivo ‘família’ nenhum significado ortodoxo ou da própria técnica jurídica. Recolheu-o com o sentido coloquial praticamente aberto que sempre portou como realidade do mundo do ser. Assim como dá para inferir que, quanto maior o número dos espaços doméstica e autonomamente estruturados, maior a possibilidade de efetiva colaboração entre esses núcleos familiares, o Estado e a sociedade, na perspectiva do cumprimento de conjugados deveres que são funções essenciais à plenificação da cidadania, da dignidade da pessoa humana e dos valores sociais do trabalho. Isso numa projeção exógena ou extramuros domésticos, porque, endogenamente ou interna corporis, os beneficiários imediatos dessa multiplicação de unidades familiares são os seus originários formadores, parentes e agregados. Incluído nestas duas últimas categorias dos parentes e agregados o contingente das crianças, dos adolescentes e dos idosos. Também eles, crianças, adolescentes e idosos, tanto mais protegidos quanto partícipes dessa vida em comunhão que é, por natureza, a família. Sabido que lugar de crianças e adolescentes não é propriamente o orfanato, menos ainda a rua, a sarjeta, ou os guetos da prostituição infantil e do consumo de entorpecentes e drogas afins. Tanto quanto o espaço de vida ideal para os idosos não são os albergues ou asilos públicos, muito menos o relento ou os bancos de jardim em que levas e levas de seres humanos abandonados despejam suas últimas sobras de gente. Mas o comunitário ambiente da própria família. Tudo conforme os expressos dizeres dos arts. 227 e 229 da CF, este último alusivo às pessoas idosas, e, aquele, pertinente às crianças e aos adolescentes. Assim interpretando por forma não reducionista o conceito de família, penso que este STF fará o que lhe compete: manter a Constituição na posse do seu fundamental atributo da coerência, pois o conceito contrário implicaria forçar o nosso Magno Texto a incorrer, ele mesmo, em discurso indisfarçavelmente preconceituoso ou homofóbico. Quando o certo data vênia de opinião divergente – é extrair do sistema de comandos da Constituição os encadeados juízos que precedentemente verbalizamos, agora arrematados com a proposição de que a isonomia entre casais heteroafetivos e pares homoafetivos somente ganha plenitude de sentido se desembocar no igual direito subjetivo à formação de uma autonomizada família.[32: Ibidem. JusBrasil, 2015. Disponível em: <https://stf.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/178770481/recurso-extraordinario-re-846102-pr-parana>. Acessado em: 05 Mai, 2018, 22:57:03]
No entanto, com o Recurso Extraordinário nº (RE) nº 846.102, a Ministra Cármen Lúcia julgou a decisão interposta pelo Ministério Público do Estado do Paraná, que não concedeu a referida adoção, ainda assim, citou a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 4277, como fundamento na possibilidade jurídica, e a mesma negou seguimento ao Recurso Extraordinário (RE), reconhecendo a adoção de uma criança por um casal homossexual, uma vez que a mesma entende que a adoção é uma consequência jurídica da união estável. Portanto, o Supremo Tribunal Federal (STF) pela primeira vez tomou uma decisão favorável a respeito deste tema. Houve diversas transformações na doutrina e em todo âmbito jurídico, que nos faz perceber o tamanho do impacto a respeito desta questão. Outro ponto importante é o olhar do casamento, não mais como instituição e sim como uma relação em si, fazendo total diferença no mundo jurídico. Felizmente, os tribunais regionais e superiores vem se posicionando no sentindo de diminuir desigualdades e desconstruir preconceitos:
Apelação cível. Destituição de poder familiar. Abandono da criança pela mãe biológica. Adoção por casal do mesmo sexo que vive em união estável. Melhor interesse da criança. Registro de nascimento. Recurso conhecido e provido. I - A destituição do poder familiar é medida extrema, só devendo ser concretizada se comprovada a impossibilidade de permanência do menor com os pais. II - Sempre que se tratar de interesse relativo às crianças e adolescentes, o magistrado deve se ater ao interesse do menor, considerando, para tanto, primordialmente, o seu bem estar. III - O Supremo Tribunal Federal, ao julgar a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 4277 e a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 132, reconheceu a existência de entidade familiar quando duas pessoas do mesmo sexo se unem, para constituição de uma família. IV - A vedação à discriminação impede qualquer interpretação proibitiva de que o casal homoafetivo, que vive em união estável, adote uma criança. V - Demonstrado nos autos que a genitora, com histórico de conduta agressiva e envolvimento com prostituição, abandonou a menor entregando-a aos cuidados das requerentes, e que a convivência com o casal homoafetivo atende, de forma inequívoca, o melhor interesse da criança, a destituição do poder familiar é medida que se impõe, nos termos do artigo 1.638, II e III, do Código Civil. VI - O pedido de adoção deve ser deferido em nome de ambas as autoras, sob pena de prejuízos à menor de ordem material (direito de herança, alimentos, dentre outros). (TJMG, AC 1.0470.08.047254-6/001 (AC 0472546-21.2008.8.13.0470), 8ª C. Cív., Rel. Des. Bitencourt Marcondes, j. 02/02/2012).[33: BRASIL. Tribunal de Justiça de Minas Gerais. 8º Câmara Cível. Acórdão n. 0472546-21.2008.8.13.0470. Relator Des. Bitencourt Marcondes. 2 de fevereiro de 2012. Disponível em: < http://www.direitohomoafetivo.com.br/jurisprudencia.php?a=2&s=3>Acesso em: 14 set. 2014.]
Ainda nesse sentido:
Apelação cível. Adoção por casal formado por pessoas do mesmo sexo. Possibilidade. Recurso provido. A omissão legal não significa inexistência de direito, tampouco quer dizer que as uniões homoafetivas não merecem a tutela jurídica adequada, inclusive no que tange ao direito de adotar, motivo pelo qual não há que se falar em impossibilidade jurídica do pedido de adoção. A homossexualidade é um fato social que se perpetua através dos séculos, não mais podendo o judiciário se olvidar de emprestar a tutela jurisdicional a uniões que, enlaçadas pelo afeto, assumem feição de família, de modo que a marginalização das relações homoafetivas constitui afronta aos direitos humanos por ser forma de privação do direito à vida, violando os princípios da dignidade da pessoa humana. Sendo possível conceder aos casais formados por pessoas do mesmo sexo tratamento igualitário ao conferido às uniões estáveis entre heterossexuais, não há que se falar em impossibilidade de adoção por casais homossexuais, ainda mais quando nem o ECA tampouco o Código Civil trazem qualquer restrição quanto ao sexo, ao estado civil ou à orientação sexual do adotante. Assim, na ausência de impedimentos, deve prevalecer o princípio consagrado pelo referido estatuto, que admite a adoção quando se funda em motivos legítimos e apresenta reais vantagens ao adotando. (TJMT, AC 78200/2009, 2ª C. Cív., Rel. Desa. Maria Helena Gargaglione Póvoas, j. 28/04/2010).[34: BRASIL, Tribunal de Justiça de Mato Grosso, AC 78200/2009, 2ª C. Cív., Rel. Desa. Maria Helena Gargaglione Póvoas, j. 28/04/2010. ]
As jurisprudências formadas pelos Tribunais só nos reforça a certeza de que nada impede que uma criança seja adotada por uma pessoa ou casal homossexual, contudo, devem ser analisadas as condições gerais da família. A legislação brasileira vem evoluindo em todos os sentidos, não podendo o Judiciário simplesmente fechar os olhos para a evolução da sociedade. Omitindo-se a esses direitos, fere totalmente os princípios regentes aos Direito de Família, significa infringir uma norma constitucional, sendo assim, pode ser retirado da criança o direito à personalidade e à perspectiva de um futuro, sempre ressaltando que não importa a orientação sexual do indivíduo e sim se o mesmo tem condições de fornecer ao menor um ambiente familiar saudável e possibilitar a mesma um desenvolvimento saudável e feliz.
CONCLUSÃO
O presente artigo científico tratou sobre a adoção por casais homoafetivo e como visto no decorrer deste trabalho, o instituto família passou por diversas transformações ao longo dos anos, sendo assim, o âmbito familiar vem ganhando amplo espaço e conquistas. O destaque decorrente deste artigo científico corresponde a adoção por casais homoafetivos e os princípios que regem e protegem as crianças e aos adolescentes que não tiveram ainda uma oportunidade de pertencer a uma família. Contudo, foram apontados vários aspectos referentes a possibilidade entre a relação familiar de uma casal homoafetivo e um adotando de forma geral. O indeferimento do pedido de adoção deixa crianças e adolescentes em uma espera sem fim, tudo por ser baseado em uma orientação sexual.
	A adoção por casais homoafetivos é um assunto ainda bastante polêmico em nosso país, tendo em vista a escassez da presença do Judiciário e dos preconceitos e discriminações vindas da própria sociedade. Portanto, este trabalho visou as possibilidades deste tipo de adoção tendo como base opiniões importantes de doutrinadores e jurisprudências. Pensando principalmente na criança, a adoção é um ato de amor e afeto, e para isso, pouco importa a orientação da pessoa para adotá-la, com isso, vimos os princípios norteadores do Direito de Família tratando-se de adoção, que são: princípios da dignidade da pessoa humana, melhor interesse do menor e princípio da afetividade, que vigora no ordenamento jurídico pela letra da Constituição Federal que garante que a adoção está voltada para o bem-estar do menor, estando o menor inserido na família por afeto, sendo desfrutadas de amor e carinho que apenas um âmbito familiar pode lhe dar. 
	Conclui-se então que atualmente há a possibilidade jurídica da adoção por casais homoafetivos, onde tudo se iniciou pelo Supremo Tribunal Federal em 05-05-2011, através da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 4277 e a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 132 e dando um grande passo como primeiro exemplo uma decisão monocrática proferida no autos do Recurso Extraordinário (RE) nº 846.102, da Ministra Cármen Lúcia, não podendo então o Estado lhes privar de formar uma família considerando tão somente a orientação sexual dos adotantes, devendo sempre prevalecer o menor interesse do menor, o amor e o afeto.
	
REFERÊNCIAS
BRASIL. Constituição Federal de 1988. In: Vade Mecum. 23ª Edição. São Paulo: Saraiva. 2018, p.78
BRASIL – Estatuto da Criança e do Adolescente - Lei nº 8.069, de 13 de julho de1990.
BRASIL. Tribunal de Justiça de Minas Gerais. 8º Câmara Cível. Acórdão n. 0472546-21.2008.8.13.0470. Relator Des. Bitencourt Marcondes. 2 de fevereiro de 2012. Disponível em: < http://www.direitohomoafetivo.com.br/jurisprudencia.php?a=2&s=3> Acesso em: 14 set. 2014.
BRASIL, Tribunal de Justiça de Mato Grosso, AC 78200/2009, 2ª C. Cív., Rel. Desa. Maria Helena Gargaglione Póvoas, j. 28/04/2010. Disponível em: <http://www.direitohomoafetivo.com.br/imprime-jurisprudencia.php?ordem=1233,1168,1138,1135,1066,1050,1008,779,705,761,>. Acesso em: 29/05/2014
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