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TRABALHO SOBRE DIABETES TIPO 2 ANHANGUERA 2020

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PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR EM GRUPO
EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL
Alunas:
Caroline Tais Archiza Pessutti Milego RA 240104670
Carolina Barros RA 2399271605
Claudia Masiero RA 24010807
Bruna Briene RA 2400883005
Eliane Regina dos Santos RA 2399409804
Jacqueline dos Santos RA 2400992205
Rosa Andréia RA 24009028
Professora: 
Dirce Kerche
UNIVERSIDADE ANHANGUERA
Curso de Nutrição
Sorocaba – SP
2020
PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR EM GRUPO
EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL
PARA ADULTOS
ESTUDO DE CASO
Alunas:
Carol Caroline Tais Archiza Pessutti Milego RA 2401046705
Carolina Barros RA
Claudia Masiero RA 24010807
Claudia Regina Dallacqua RA
Bruna Briene RA 2400883005
Eliane Regina dos Santos RA 2399409804
Jacqueline dos Santos RA 2401067054
Rosa Andréia Ribeiro dos Santos RA 24009028
Professora: 
Dirce Kerche
Trabalho de Produção Textual, apresentado no Programa de Graduação da Universidade Anhanguera, como requisito parcial da formação no curso de Nutrição.
Linha de Pesquisa: Produção Textual/Estudo de caso.
Sorocaba - SP
2020
SUMÁRIO
Sumário....................................................................................................... 3
Tema........................................................................................................... 4
O Trabalho Multiprofissional como um Caminho Facilitador da Contrução 
do Diagnóstico de Diabetes........................................................................ 5
Situação Problema..................................................................................... 6
Objetivos a serem desenvolvidos e Análise da Situação Problema............ 7
Análise dos exames laboratoriais................................................................ 13
Metodos e Recursos para a Implementação 
da Proposta.................................................................................................. 21
Referências Bibliográficas........................................................................... 22
4
TEMA
O presente trabalho, pretende discutir a importância da Educação Alimentar Nutricional (EAN) e do trabalho multiprofissional nas área de saúde para que se possa fazer diagnósticos mais precoces e precisos, melhorando a qualidade e perspectiva de vida dos pacientes.
O trabalho pretende, ainda fazer uma análise de caso, compreender o diagnóstico e elucidar questões e construir novas conecções, e possíveis caminhos para o tratamento da paciente Ana Clara.
5
O TRABALHO MULTIPROFISSIONAL COMO UM CAMINHO 
FACILITADOR NA CONSTRUÇÃO DE DIAGNÓSTICOS DE DIABETES
 Quando falamos de Educação Alimentar Nutricional (EAN), estamos falando em ações e práticas para a construção de novas perspectivas através de ações coordenadas entre diferentes setores e disciplinas com o objetivo não somente de prevenção de doenças e recuperação da saúde, mas também com enfoque na promoção da saúde, além da segurança alimentar e nutricional, podendo ser desenvolvida com grupos ou individualmente, em todas as fazes do desenvolvimento humano.
“Educação Alimentar e Nutricional é um campo de conhecimento e de prática contínua e permanente, transdisciplinar, intersetorial e multiprofissional que visa promover a prática autônoma e voluntária de hábitos alimentares saudáveis.”
Definição do conceito EAN Fonte: <https://goo.gl/75vq9y>.
“A prática da EAN deve fazer uso de abordagens e recursos educacionais problematizadores e ativos que favoreçam o diálogo junto a indivíduos e grupos populacionais, considerando todas as fases do curso da vida, etapas do sistema alimentar e as interações e significados que compõem o comportamento alimentar.”
Definição do conceito EAN Fonte: <https://goo.gl/75vq9y>.
A busca por mais saúde e uma melhor qualidade de vida tem levado a população em geral a uma analise mais profunda dos seus hábitos e um encontro com a Educação Alimentar e Nutricional, mas infelizmente ainda existem muitos mal entendidos, muitos mitos e paradigmas que precisam ser quebrados.
6
SITUAÇÃO PROBLEMA
 Paciente, Ana Clara, quarenta e cinco anos, sexo feminino, casada, com três filhos, sedentaria, menopausada, gerente de banco Apresenta histórico de Hipertensão Arterial, Dislipidemia (em uso contínuo de Sinvastatina 40mg). Apresentou boca seca, fome frequente, sede constante, vontade de urinar acima do normal, feridas com dificuldade de cicatrização, alteração visual, dores no peito, formigamento nos pés e furúnculos nas pernas, a paciente ainda relata mialgia (dor muscular) e astenia (fraqueza muscular), edema nas extremidades. Procurou atendimento médico de um hospital particular, e iniciou coleta de exames laboratoriais, hemograma, de creatinoquinase (CK), mioglobina no sangue e urina, níveis de cálcio sérico, potássio, creatinina sérica e na urina, entre outros.
 A suspeita diagnóstica inicial, foi de diabetes tipo 2, que veio a se confirmar devido ao histórico da paciente e aos exames laboratoriais bioquímicos.
 Assim, ela recebeu o tratamento inicial no hospital, sendo liberada após algumas horas para dar continuidade ao tratamento em sua residência.
7
OBJETIVOS A SEREM DESENVOLVIDOS E
ANÁLISE DA SITUAÇÃO PROBLEMA
 A paciente, de 45 anos, do sexo feminino, se diz sedentária e menopausada. Devido a menopausa a paciente pode apresentar um aumento de risco cardiovascular. 
 Durante a menopausa acontece uma queda muito grande dos níveis de progesterona e testosterona, o que torna o estrogênio excessivamente atuante, aumentando as chances de desenvolvimento de câncer de mama. As alterações hormonais ocasionadas pela menopausa também aumentam as chances de desenvolvimento de resistência à insulina, síndrome metabólica, obesidade visceral e dislipidemia.
 A paciente já apresenta dislipidemia, também chamada de hiperlipidemia, que é o aumento da quantidade de lipídios no sangue como o colesterol e/ou triglicerídeos (nem todos os lipídios são gordura, mas todas as gorduras são lipídios). Esse aumento dos lipídios no sangue ocasiona um aumento do colesterol e também dos triglicerídeos, o que aumenta a predisposição da paciente à aterosclerose, ou seja depósitos de placas de gordura nos vasos sanguíneos.
 A aterosclerose é uma doença degenerativa caracterizada pela obstrução dos vasos sanguíneos causando a formação de ateroma. As paredes das fibras que 
constituem as artérias endurecem, o que causa uma inflamação no local, e é por conta dessa inflamação que o colesterol começa a se acumular no local, para tentar diminuir a inflamação.
 Além disso, as dislipidemias, ainda costumam favorecer o desenvolvimento de hipertensão arterial. Segundo Fonseca, Kuymijian, e Lhara:
8
 A hipertensão acelera o desenvolvimento da aterosclerose e alguns dos fatores de risco para a aterosclerose, como as dislipidemias, parecem associadas ao agravamento da doença renal hipertensiva, à hipertrofia miocárdica e aos eventos cardiovasculares do paciente hipertenso. Por outro lado, o tratamento da hipertensão arterial pode modificar o perfil lipídico e a aterosclerose induzida pela hiperlipidemia. Da mesma forma, o tratamento hipolipemiante pode reduzir a pressão arterial, atenuar a disfunção endotelial da aterosclerose e diminuir o dano renal.
(Fonseca et all, 2002)
 As dislipidemias podem se primárias ou secundárias. Dislipidemias primárias tem origem genética, porém, hoje, com estudos na área de epigenética e nutrigenômica, sabemos que hábitos de vida podem fazer com que esses genes sejam ativados, ou não.
 De acordo com  Débora Carvalho Meldau:
Dislipidemias primárias: estas são de origem genética, mas fatores relacionados com hábitos de vida, como por exemplo, sedentarismo e os hábitos alimentares podem funcionar como desencadeantes para seu surgimento.
Dislipidemias secundárias: pode ter origem a partir de outras doenças, como diabetesmellitus, obesidade, hipotireoidismo, insuficiência renal, síndrome nefrótica, doenças das vias biliares, síndrome de Cushing, anorexia nervosa e bulimia, associado ao 
uso de fármacos, como diuréticos em elevadas doses, β-bloqueadores, medicamentos de tratamento de acne, terapia de resolução hormonal, anticoncepcional oral, entre outros. (Débora Carvalho Meldau, 2018)
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 A paciente relata fazer uso de Sinvastatina 40mg. Estatinas são medicamentos utilizados para reduzir o colesterol, são cientificamente chamados de inibidores de enzima HMG-CoA redutase. Essa enzima está presente no fígado e é responsável pela produção de colesterol. 
 Embora as estatinas possam apresentar benefícios relacionados aos seus efeitos cardioprotetores para pacientes que já apresentam problemas cardíacos prévios, embora não hajam, de fato, pesquisas que comprovem a sua eficácia; os problemas em potencial que podem surgir com seu uso contínuo provavelmente ultrapassem o benefício do seu uso. O Professor James H. Lewis, nos alerta para:
O uso de estatinas pode vir a favorecer o desenvolvimento de problemas como perda de memória, risco aumentado de desenvolvimento de diabetes tipo 2, desenvolvimento de miopatia, possíveis interações medicamentosas envolvendo inibidores da protease do HIV e da Hepatite C, e possíveis lesões hepáticas.
(James H. Lewis, 2012, p. 1754–1763)
 O uso das estatinas pode ainda favorecer o desenvolvimento de astenia (fraqueza muscular), mialgias (dores musculares), dois sintomas relatados pela paciente.
 Devemos, como profissionais da área de saúde, ficar muito atentos às interações medicamentosas e às reações adversas que certos medicamentos podem causar, nos mantendo atualizados em relação a pesquisas científicas sérias e seus resultados. 
 As estatinas podem inibir, por exemplo, a produção de coenzima Q10 que é um protetor cardíaco, e do dolicol que é um transportador de oligossacarídeos e se encontra na membrana do retículo endoplasmático, e também pode provocar 
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uma disfunção a nível mitocondrial, o que aumenta em 20% a chances do desenvolvimento de câncer, como nos explica o Doutor Patrick Chariot (1996):
As estatinas inibem a síntese de mevalonato, um precursor da ubiquinona, que é um composto central da cadeia respiratória mitocondrial. O principal efeito adverso das estatinas é a miopatia tóxica possivelmente relacionada à disfunção mitocondrial.
(Patrick Chariot, 1996)
 Níveis de colesterol baixo dificultam a absorção das vitaminas A, D, E e K, causam depressão, baixam memória, baixam imunidade, facilitam o desenvolvimento de doenças neurodegenerativas e demência. O nível elevado de colesterol é associado a uma melhor função da memória, quando essa lipoproteína se oxida, por excesso de açúcar, o transporte do colesterol para os neurônios não acontece corretamente e se inicia uma disfunção a nível mitocondrial que favorece o desequilíbrio cognitivo e o desenvolvimento de doenças neurodegenerativas.
 A artéria é forrada por uma camada chamada endotélio. Quando o endotélio está inflamado, lesado (inflamação silenciosa crônica), o colesterol, sendo um agente anti-inflamatório, ali se deposita para auxiliar no processo da cura. Porém, devido a lesão, ali também se depositam o cálcio, as plaquetas, os macrófagos; com a persistência da inflamação, a artéria acaba sendo obstruída, mas não por culpa do colesterol. 
 Se o endotélio não estivesse inflamado não aconteceria essa obstrução, todos esses materiais que se depositam no endotélio estão ali para tentar curar essa inflamação.
 O colesterol é tão importante para o nosso organismo que a natureza fez com que ele fosse 90% produzido pelo próprio organismo, independente, portanto, 
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da ingesta de alimentos específicos, que na verdade é responsável por apenas 10% da produção de colesterol. Qualquer tecido pode produzir colesterol, mas o 
maior produtor de colesterol é o fígado. 
 Temos trilhões de células no nosso organismo. As membranas celulares, que protegem todas e cada uma das células do nosso organismo, são feitas de colesterol. Nosso cérebro, em grande parte, é colesterol. A mielina que protége os nervos, é feita de colesterol. Os homônios esteróides são feitos de colesterol. A 
vitamina D é feita à partir de colesterol.
 Colesterol não é gordura, e o consumo de gordura não aumenta o colesterol, o que faz o colesterol aumentar é a alimentação incorreta, falta de exercícios e a ingestão excessiva de carboidratos simples, que possuem um índice glicêmico mais alto.
 O uso contínuo das estatinas por períodos prolongados pode favorecer o desenvolvimento de problemas renais e consequentemente da Rabdomiólise.
 A forma mais eficaz de promover o controle do colesterol, desde que não haja uma hipercolesterolemia familiar genética é através de mudança de estilo de vida, boa alimentação e exercícios físicos praticados com certa intensidade e regularmente, sendo o uso das estatinas o último recurso a ser tomado, e ainda 
assim, com severo acompanhamento profissional e por um período curto de tempo.
 Para o tratamento da Rabdomiólise especificamente, se fosse o caso, seria recomendada a reposição de fluídos por via oral ou intravenosa, dependendo da gravidade da doença, sendo que esse fluído deverá conter bicarbonato de sódio para auxiliar no processo de eliminação da mioglobina dos rins. Ainda dependendo da gravidade 
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do caso, pode ser necessário o uso de medicamentos e até mesmo de diálise para auxiliar os rins no processo de desintoxicação.
 A paciente apresenta ainda edema nas extremidades, sintoma que pode estar relacionados a uma insuficiência renal, cardíaca ou mesmo hepática.
 A primeira hipótese diagnóstica apresentada foi de diabetes, devido aos sintomas relatados pela paciente e ausência de febre, o objetivo geral desta proposta é melhorar o estado geral de saúde da paciente, o objetivo específico é diminuir os níveis de colesterol, regularizar a pressão arterial e níveis glicêmicos.
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ANÁLISE DOS EXAMES LABORATORIAIS
Hemograma
 O exame mede os níveis de glóbulos vermelhos (hemácias), brancos (leucócitos) e plaquetas.
 - Glóbulos vermelhos, células que carregam oxigênio
 - Glóbulos brancos, células que combatem infecções
 - Hemoglobina, a proteína que carrega o oxigênio 
para os glóbulos vermelhos
 - Hematócritos, porcentagem de volume que os glóbulos vermelhos ocupam no sangue. 
 - Plaquetas, que ajudam na coagulação do sangue.
 - Contagem diferencial de glóbulos brancos
 - Volume corpuscular médio, que é a média 
dos volumes das hemácias
 - Hemoglobina corpuscular média, que é a quantidade de hemoglobina presentes nas hemácias.
- Concentração de hemoglobina corpuscular média, que é a concentração de hemoglobina emu ma hemácia.
(Borges, 2018)
Mioglobina no sangue e urina
 Segundo o Professor Dr. César Borges: 
A mioglobulina é uma proteína que está presente nos músculos, como por exemplo o músculo cardíaco. A mioglobina fornece oxigênio para os músculos, assim como a hemoglobina fornece oxigênio para os tecidos.
Por ela ser considerada um pigmento ela da cor aos músculos e também à urina.
(Borges, 2018)
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 Após um evento isquêmico do miocárdio, algumas proteínas integrantes da fibra muscular, tais como a mioglobina, a aspartato aminotransferase, a creatinoquinase, a desidrogenase láctica e as troponinas, aumentam de forma transitória na circulação sangüínea. 
 
 Há uma diferença no tempo que essas substâncias se elevam no sangue e desapareçam. Contudo, de todos eles, o que mais precocemente se altera e se normaliza é a mioglobina. O exame de mioglobulina também pode contribuir com a investigação de algumas condições mais raras, em que hásuspeita de rabdomiólise.
Níveis de cálcio sérico
 De acordo com o Dr. José de Felippe Junior: 
O cálcio sérico total é a soma de três componentes : o cálcio ionizado, o ligado a proteínas plasmáticas e o complexado com ânions como citrato , fosfato e sulfato . Somente o cálcio ionizado é biologicamente importante . O valor normal do cálcio total é de 9 a 11 mg% ( 4,5 a 5,5 mEq/l ) , e do cálcio ionizado , 4,5 a 5,5mg% 
(2,2 a 2,7 mEq/l). 
(José Felipe Junior, 2018)
 A distribuição do cálcio no plasma pode ser modificada de acordo com a concentração de albumina, anomalias protéicas e distúrbios do equilíbrio ácido-básico. Nas hiperproteinemias, o cálcio total está alto, porém, o ionizado está normal, por exemplo, mieloma múltiplo, insuficiência adrenal (hemoconcentração). 
 
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 Nas hipoproteinemias, o cálcio total está baixo, porém o ionizado está normal, alto ou baixo. Para cada desvio da albumina de 1g% a partir de 4g%, o valor total do cálcio deve ser corrigido em 0,8mg%. A acidose desloca o cálcio da 
albumina, aumentando a concentração do cálcio ionizado no plasma; o contrário acontece na alcalose. Desta forma, a acidose é acompanhada de hipercalcemia e a alcalose de hipocalcemia. 
 Muitas doenças podem aumentar os níveis de cálcio no sangue, como por exemplo, mieloma múltiplo, câncer de mama (de rins, de fígado, de pâncreas), hiperparatireoidismo, insuficiência renal, endócrinopatias, hiper ou hipotireoidismo, insuficiência renal, e outras moléstias granulomatosas.
Creatinoquinase (CK) ou Creatinofosfoquinase (CPK)
 É um exame solicitado quando há suspeita de enfarto do miocárdio, quando o paciente apresenta dor torácica, ou dores e fraqueza muscular.
 Segundo Marcela Lemos: 
A creatinofosfoquinase, conhecida pela sigla CPK, é uma enzima que atua principalmente nos tecidos musculares, no cérebro e no coração, sendo solicitada a sua dosagem para investigar possíveis danos a esses órgãos.
(Marcela Lemos, 2018)
Potássio
 É um exame solicitado quando há suspeita de problemas cardíacos. De acordo com o Dr. Arthur Frazão:
Os níveis de potássio alterados no sangue podem causar problemas como cansaço, arritmias cardíacas e desmaios. Isso 
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acontece porque o potássio é um dos minerais mais importantes do organismo, estando presente dentro das células e no sangue. Ele é essencial para o bom funcionamento do sistema nervoso, dos músculos, do coração e para o equilíbrio 
do pH do sangue, por exemplo. 
(Arthur Frazão, 2018)
Creatina Sérica e na urina ou Creatinina
 É um exame que avalia a função dos rins. A creatinina é uma substância presente no sangue que é produzida pelos músculos e eliminada nos rins. Assim, analisando os níveis de creatinina é possível identificar se existe algum problema nos rins, especialmente quando está aumentada no sangue, já que pode significar 
que os rins não estão conseguindo eliminar a creatinina e, por isso, está sendo acumulada no sangue.
 Quando existe suspeita de problemas nos rins, o médico também pode pedir o exame de clearance de creatinina, no qual compara a quantidade de 
creatinina obtidos no sangue e na urina. Dessa forma, se o problema estiver nos rins, a quantidade de creatinina no sangue deverá ser superior à quantidade na urina, já que os rins não estão eliminando a substância.
Creatinoquinase (CK) ou Creatinofosfoquinase (CPK)
 É um exame solicitado quando há suspeita de enfarto do miocárdio, quando o paciente apresenta dor torácica, ou dores e fraqueza muscular.
 
 Segundo Marcela Lemos, 2018, a creatinofosfoquinase, conhecida pela sigla CPK, é uma enzima que atua principalmente nos tecidos musculares, no 
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cérebro e no coração, sendo solicitada a sua dosagem para investigar possíveis danos a esses órgãos. 
 Lemos acrescenta que, essa enzima é subdividida em três tipos de acordo com a sua localização:
- CPK 1 ou BB: Pode ser encontrada nos pulmões 
e no cérebro, principalmente;
- CPK2 ou MB: É encontrada no músculo cardíaco e por isso pode ser utilizada como marcador de infarto, por exemplo;
- CPK3 ou MM: Está presente em o tecido muscular e representa 95% de todas as creatinofosfoquinases (BB e MB).
(Marcela Lemos, 2018)
 A creatina quinase é uma enzima natural do corpo, presente em vários tecidos e células, que atua no processo de produção de energia em um nível muscular, ela é uma catalisador da conversão de creatina em ATP.
 Ela é liberada quando o corpo exerce alguma atividade física por exemplo, e tem grande stress físico; atua como catalisador, adicionando fosfato à creatina, modificando a célula que fornecerá, posteriormente, energia em forma de ATP para as células. De acordo com o Dr. Nairo M. Sumita:
 A concentração sérica da creatinoquinase​ é dependente da
idade, sexo, raça, massa muscular e atividade física. Em geral, os homens têm níveis mais elevados que as mulheres e, negros 
têm níveis maiores que os brancos. Os níveis em outros grupos raciais não diferem da população branca. A massa muscular constitui outro fator independente que influencia os níveis de CK. Durante a vida adulta, os níveis de CK aumentam discretamente com a idade para declinar na velhice. Elevações transitórias da CK são observadas após trauma muscular, injeções intramusculares, procedimentos cirúrgicos, e exercício físico. A atividade da CK pode estar elevada no hipotiroidismo​. A CK sérica eleva-se também na polimiosite, na dermatomiosite, no 
18
traumatismo muscular, na miocardite, intoxicação por cocaína, na distrofia muscular e no infarto agudo do miocárdio. Valores muito 
elevados podem ser encontrados após crises convulsivas. Valores diminuídos da CK são encontrados nos estágios precoces da gestação, em pessoas com vida sedentária, durante períodos prolongados de repouso no leito e quando há perda importante da massa muscular(1,2,3).
(Nairo M. Sumita, 2010)
 A creatina quinase, ou creatinoquinase, é uma enzima natural do corpo, que atua no processo de produção de energia em um nível muscular, e encontra-se em pequenas quantidades nos tecidos musculares do corpo.
 A função da creatina quinasse é acelerar a velocidade com qual a energia é disponibilizada no corpo de um indivíduo em atividades intensas como a musculação, é encontrada no tecido muscular em maior quantidade, e em pequenas quantidades no tecido cerebral. 
 Ela é liberada no tecido muscular quando o corpo exerce alguma atividade física por exemplo, e tem grande stress físico; atua como catalisador, adicionando 
fosfato à creatina, ou seja a CK fosforiliza de forma reversível a creatina, utilizando-se de ATP e formando creatina fosfato, isso acontece nos períodos de 
repouso, por transferência do grupo fosfato do ATP, já durante a atividade muscular acontece o contrário.
Contração muscular e o íon de cálcio
 Sobre a contração muscular esquelética, podemos afirmar que influencia diretamente na  capacidade de movimentação do corpo e depende intimamente de duas  proteínas especificamente  actina e  miosina. Quando um músculo 
19
encontra-se em repouso,  a actina e a miosina não interagem, já que na actina existe um complexo troponina-tropomiosina. 
 Na presença de íons Ca2+, ocorre uma mudança na  configuração da troponina, ocorrendo com isso a exposição das ligações entre a actina e a miosina. O íon em questão é o cálcio, responsável por promover a contração muscular, uma vez que permite que exista o deslizamento da proteína actina sobre a miosina na presença de ATP.
 Em mulheres menopausadas, a principal doença acometida é a osteoporose, já que os osteclastos vão perdendo a sua capacidade de depósito na matriz óssea devido à redução do estrogênio, progesterona e testosterona o que pode ser compensando através de uma alimentação equilibrada, suplementação, e a prática de exercícios físicos regular.
Glicemia de JejumPara detectar a diabetes, o exame básico é a chamada glicemia de jejum, que deve estar entre 70 a 110 mg por 100 ml de sangue. Se o resultado ultrapassar 126 em dois exames seguidos, é diabete na certa. Mas se os números apontarem entre 110 e 125, pede-se o teste oral de tolerância à glicose para tirar a teima. 
 O indivíduo ingere 75 gramas de glicose diluída em água e, após duas horas, faz o exame de sangue. O diabete é diagnosticado se estiver acima de 200. Um valor entre 140 e 199 acusa um quadro de pré-diabete.
 Uma vez diagnosticado, o diabético terá que incorporar à sua rotina diária o glicosímetro – o aparelho que mede a glicemia. Dependendo do caso, ele 
20
deverá monitorá-la várias vezes ao dia pois é o único jeito de evitar descompensações.
 Além disso, para manter a doença sob controle, essas pessoas devem realizar, pelo menos duas vezes ao ano, o exame da hemoglobina glicada, ou A1C. Só ele detecta como se comportou o açúcar nos últimos dois ou três meses, dado essencial para saber a quantas andam os estragos no organismo. O exame dosa a quantidade de glicose que se combinou com a hemoglobina dos glóbulos vermelhos, ou seja, o quanto de açúcar circulou pelo sangue naquele período, que é justamente o tempo de vida das hemácias.
 O paciente também deve visitar o oftalmo uma vez ao ano e fazer rotineiramente exames da função dos rins e dos nervos, além dos básicos de colesterol e triglicérides. Em alguns casos, é preciso também ecocardiograma e teste ergométrico. 
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METODOS E RECURSOS PARA IMPLEMENTAÇÃO DA PROPOSTA
 A paciente será orientada a mudar seu estilo de vida, melhorando a qualidade da sua alimentação, introduzindo uma atividade física. Ensinar, instruir e motivar a paciente sobre questões relacionadas a educação alimentar, sobre nutrientes e suplementos, para que a própria paciente possa adquirir a capacidade de gerenciar sua rotina alimentar de maneira mais saudável e prática com autonomia. 
 O foco na alimentação da paciente, deverá ser em relação aos nutrientes, pode-se recomendar a introdução ou o aumento de consumo de peixes como por 
exemplo a sardinha que tem um baixo custo e é rica em Ômega 3, o aumento do consumo de legumes e verduras, e a introdução de suplementos como vitamina D, Magnésio, e complexo B, que também possuem um baixo custo e poderão melhorar a saúde da paciente significativamente.
 
 O diagnóstico precoce e correto, e o atendimento multiprofissional são de extrema importância para que os resultados do tratamento sejam mais efetivos. A paciente deve ser observada globalmente, fazendo-se as relações entre resultados de exames, sintomas, histórico família, sem esquecer de pensar em 
interações medicamentosas, efeitos colaterais de medicamentos e o estilo de vida da paciente.
 Com a mudança do estilo de vida, a conscientização da paciente, deve-se cogitar seriamente a hipótese de suspensão do uso da estatina.
22
REFERÊNCIAS
BOWDEN, Jonny. THE GREAT CHOLESTEROL MYTH: Why lowering your cholesterol won’t prevent heart disease - and the statin-free will. Beverly, MA - USA: Fair Winds Press, 2012.
CHARRIOT, Patrick. Lipid‐lowering drugs and mitochondrial function: effects of HMG‐CoA reductase inhibitors on serum ubiquinone and blood lactate/pyruvate ratio. Disponível em:
<https://bpspubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/abs/10.1046/j.1365-2125.1996.04178.x> Acesso em: 29 de fevereiro de 2020.
COELHO, Margarida; BANDEIRA, Anabela; GARRIDO Cristina; MARTINS, Esmeralda. Rabdomiólise como pista diagnóstica. Disponível em:
<http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0872-07542014000600021>
Acesso em: 29 de fevereiro de 2020.
Colunista Portal Educação. Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher (PAISM). Disponível em:
<https://www.google.com.br/search?q=Colunista+do+Portal+Educa>
Acesso em: 29 de fevereiro de 2020.
CRUZ, Joana Kliemann da. INDICADORES BIOQUÍMICOS DA FUNÇÃO MUSCULAR. Disponível em:
<https://www.ufrgs.br/lacvet/restrito/pdf/joana_fun_ao_muscular.pdf>
Acesso em: 29 de fevereiro de 2020.
23
Ministério do Desenvolvimento Social e combate a Fome
Definição do conceito EAN Fonte: <https://goo.gl/75vq9y>.
Acesso em: 29 de fevereiro de 2020.
Departamento de Nefrolgia SPSP. Urina marrom, vermelha ou escura pode indicar doenças em bebês e crianças. Disponível em:
<http://www.ebc.com.br/infantil/para-pais/2015/07/urina-marrom-vermelha-ou-escura-pode-indicar-doencas-em-bebes-e-criancas>
Acesso em: 29 de fevereiro de 2020.
Dr. BORGES, Júlio César. Aula de Bioquímica Avançada Tema: Função de Proteínas: Mioglobina e Hemoglobina - Instituto de Química de São Carlos. Disponível em:
<https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/3134730/mod_resource/content/1/Aula05BioqAvan_Fun%C3%A7%C3%A3oProte%C3%ADnas.pdf>
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Dr. FELIPE JUNIOR, José. O Cálcio em Pronto Socorro e UTI. Disponível em:
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