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INSTRUMENTOS DE CONTROLE SOCIAL RELIGIÃO E DIREITO HISTÓRICO: - Nos primórdios exercia um total domínio: religião explicava tudo. Falta de conhecimento supridos pela fé. O direito era considerado como expressão da vontade divina. - Conhecimento jurídico pertencia a classe sacerdotal. - Somente no Sec XVII houve a separação do direito e religião realizada através das idéias de Hugo Grócio. Sec XVIII – revolução francesa. Ainda há civilizações que não houve a separação do direito e da religião: muçulmanos, o Alcorão estabelece disciplina o seu povo. CONCEITO DE RELIGIÃO: Sistema de princípios e preceitos que visam a realização do divino, da felicidade eterna. Define o caminho que o homem deve percorrer, estabelece escalas de valores, dispõem sobre a conduta humana e REALIZA INTERPRETAÇÕES SOBRE O BEM. A busca da justiça não é função única do direito. DIVERGÊNCIAS ENTRE O DIREITO E A RELIGIÃO: Alteridade- Necessidade do outro- não é necessário na religião. Segurança – A segurança na religião refere-se as questões transcendentais. A segurança buscada pelo direito, trata-se de certeza de ordenação. DIREITO E MORAL CONCEITO: Se identifica com a noção do bem. Que se altera com o tempo. Exemplo: estóicos consideram o bem a virtude, os epicuristas o prazer. CLASSIFICAÇÃO: Divide-se em MORAL NATURAL E MORAL POSITIVA. Moral Natural:È a idéia do bem constante no ser humano, não varia no tempo e no espaço. Moral positiva: Revela-se dentro de uma dimensão histórica, como interpretação do homem, em relação ao bem, dentro de um determinado lugar e uma determinada época. Peculiar de um povo. MORAL POSITIVA: a) Moral Autônoma: Corresponde ao bem particular a cada consciência, ou seja a ideia de bem individual, com base na experiência pessoal. b) Moral Social: Conjunto e princípios predominantes de princípios e de critérios que cada sociedade e que cada época, orienta as condutas de seus indivíduos. (critérios éticos)( heterônima). DISTINÇÃO ENTRE DIREITO E MORAL CRITÉRIOS DE TOMÁSIO, KANT E FICHTE PARA TOMÁSIO (1705): Quem primeiro formulou o critério diferenciador e defendia que se diferenciavam pela esfera de atuação, enquanto o direito somente cuidava de aspectos exteriores, a moral era interior. * Crítica: Em alguns pontos do direito interessa o interior (ex: direito penal) e para a moral a prática do bem é necessária, ou seja a conduta. PARA KANT: A motivação da moral é o respeito ao dever e o amor ao bem. Enquanto que o Direito não se interessa pela motivação, mas somente pelos seus aspectos exteriores. PARA FICHTE: Entendia que direito e moral não se relacionavam, afirmava que o Direito permite situações não aceitas pela moral. MODERNA DISTINÇÃO ENTRE DIREITO E MORAL a) Determinação do direito e forma não concreta da moral: Direito: Conjunto de regras organizadas que definem a dimensão da conduta exigida. Moral: Diretiva geral. b) Bilateralidade (imperativo- atributiva) do Direito e Unilateralidade (ou somente bilateralidade- vínculo social- alteridade) da Moral: Direito: A cada direito, corresponde um dever. Impõe um dever jurídico a alguém, atribui um poder ou direito subjetivo a outrem. Moral: Ninguém tem o poder de exigir uma conduta de outrem, porém exige a existência da bilateralidade, vínculo social. c) Exterioridade do direito e Interioridade da moral (critério não decisivo). DIREITO: Caracteriza-se pela exterioridade; MORAL: Interioridade. (Não aplica-se a moral social) d) Autonomia da Moral e Heteronomia do Direito: Direito: Sujeição ao querer alheio; a regra nasce da sociedade. Sujeição ao querer alheio. Moral: Querer espontâneo. O próprio indivíduo cria o dever-ser. (Não aplica-se a moral social) Coercibilidade do Direito e Incoercibilidade da Moral: Direito: Utiliza-se da coação em caso de não observância aos preceitos legais. Moral: È incoercível. Moral é o conjunto de regras adquiridas através da cultura, da educação, da tradição e do cotidiano, e que orientam o comportamento humano dentro de uma sociedade. O termo tem origem no Latim “morales” cujo significado é “relativo aos costumes”. As regras definidas pela moral regulam o modo de agir das pessoas, sendo uma palavra relacionada com a moralidade e com os bons costumes. Está associada aos valores e convenções estabelecidos coletivamente por cada cultura ou por cada sociedade a partir da consciência individual, que distingue o bem do mal, ou a violência dos atos de paz e harmonia. Os princípios morais como a honestidade, a bondade, o respeito, a virtude, etc., determinam o sentido moral de cada indivíduo. São valores universais que regem a conduta humana e as relações saudáveis e harmoniosas. A moral orienta o comportamento do homem diante das normas instituídas pela sociedade ou por determinado grupo social TEORIAS DOS CÍRCULOS CONCÊNTRICOS E O MÍNIMO ÉTICO TEORIA DOS CÍRCULOS CONCÊNTRICOS: CONCEPÇÃO IDEAL. A ordem jurídica estaria inteiramente dentro da moral e que o direito se subordina à moral. Quem os defende condicionam a validade das leis às normas morais: MORAL DIREITO b) TEORIA DOS CÍRCULOS SECANTES: CONCEPÇÃO REAL- Ambos teriam uma área comum ao mesmo tempo que uma área independente. DIREITO MORAL Ex: Alimentos aos filhos (moral e jurídico); Gratidão ao bem feitor, somente moral e organização do poder judiciário (somente jurídico). c) A Visão Kelsiana: Afirmou a independência entre o direito e a moral. A norma é o único elemento essencial do direito e não dependem para sua validade de normas morais. MORAL DIREITO D) A teoria do mínimo ético: (Jellinet): Consiste na ideia que o direito representa o mínimo de preceitos morais necessários ao bem- estar da coletividade. A coletividade converte em normas jurídicas, as normas morais essenciais à garantia e preservação de suas instituições. DIREITO MORAL Mínimo ético porque o direito não tem por finalidade o aperfeiçoamento do homem, mas a segurança social. DIREITO E REGRAS DE TRATO SOCIAL CONCEITO: São Padrões de conduta social, elaboradas pela sociedade e que, não resguardando os interesses de segurança do homem, visam a tornar o ambiente social mais ameno, sob pressão da própria sociedade. Exemplos: Regras de cortesia, etiqueta, moda, linguagem, educação, companheirismo... São conhecidas como convencionalismo sociais ou usos sociais. Estão no meio termo entre direito e moral. Tem como valor próprio o de aprimorar o nível das relações sociais, valor complementar ao direito e a moral. Aspectos históricos Era comum ao legislador tratar acerca das regras de trato social. Ex: Impondo as mulheres o penteado ou proibição do uso de bigode(esparta). CARACTERES: Aspecto Social: Atinge a dimensão social do homem. Trata-se da maneira de se apresentar perante o outro. Ex: regras de cortesia. Exterioridade: Visam a exterioridade, aparência, dispensam a intencionalidade. (Exemplo regras de etiqueta, cerimonial e cortesia. Dizer bom dia, dispensa intencionalidade, mas regras de amizade exige intencionalidade). Unilateridade: Cada regra um dever, sem exigência. Não apresenta um titular capaz de reclamar o cumprimento de uma obrigação. Heteronímia: Obrigam o indivíduo independente de sua vontade. São regras criadas pela sociedade, por considerá-las úteis ao bem estar social. Incoercibilidade: Não são impostas coercitivamente, por serem unilaterais e não sofrerem imposição Estatal. Quando este assume o controle passa a ser regras jurídicas. Ex: Normas que definem os uniformes dos militares. Sanção Difusa: A sanção oferecida pelas regras de trato social é difusa, incerta e consiste na reprovação ou crítica, rompimento de relações sociais ou até mesmo do grupo. Isonomia por classe e por nível cultural As regras de trato social, se irradiam não se destinam de igual modo, tendo em vista o nível cultural. Ex: A linguagem utilizada varia com a escolaridadedo sujeito. Natureza das regras de trato social. As regras de trato social pertencem ao Direito, à moral ou são independentes? Corrente Negativista: Para esses autores as normas de conduta social ou pertencem ao Direito ou a moral. Ou são somente imperativas ou imperativos-atributivas. Para essa corrente as regras de trato social não possuem um valor específico, não possuem um normativo de natureza própria. Corrente Positivista: Diferenciam-se pelo grau de pretensão de efetividade, enquanto o direito é imposto coercitivamente, a moral é orientação para o comportamento social. Afirmou ser comum que esta espécie se desloque de uma área para outra. DIVISÃO DA LÓGICA Divide seus termos em UNÍVOCOS, EQUÍVOCOS E ANÁLOGOS. Unívocos: São palavras com o único significado. Ex: cadeira. Equívocos: São palavras com mais de um significado, mas em que esses não se relacionam. Análogos: São palavras com vários significados, mas que guardam entre si algum nexo.Ex: Direito. DEFINIÇÃO DO DIREITO. DEFINIÇÃO: È A ARTE DE EXTERIORIZAÇÃO DO CONCEITO. Podem ser NOMINAIS E REAIS. NOMINAIS: Procuram expressar o sentido palavra em razão do NOME do objeto. Divide-se em Etimológica e Semântica. a.1) Etimológicas: Explicam a origem do vocábulo e sua genealogia (origem, fonte, derivação). Origem: Da palavra DIRECTUS: qualidade de quem está conforme uma reta. Surgiu na Idade Média, sec IV. Os Romanos não empregaram essa terminologia, mas utilizaram-se de JUS. JUS: a) Jussum: Particípio do verbo JUBERE, significa mandar, ordenar. b) Justum: Significa bom, santidade, proteção. Deu origem a vários vocábulos: Justiça, Jurisprudência, Juiz, etc. a.2) Semântica: È parte da gramática que registra os diferentes sentidos que a palavra alcança em seu desenvolvimento. Trata-se dos vários significados que a palavra passou. Ex: Qualidade de quem está conforme a reta, para qualidade quem está conforme a lei. b) DEFINIÇÃO REAIS OU LÓGICAS: Do ponto de vista objetivo: Determina o gênero próximo, ou seja as notas comum às diversas espécies que compõe um gênero, no caso do direito è constituído pelo núcleo comum das diversas espécies de controle social. E a diferença específica, ou seja características que o direito possui e que diferenciam das demais espécies de controle social. CONCEITO: Direito é um conjunto de normas de conduta social, imposto coercivamente pelo Estado, para a realização da segurança, segundo os critérios de justiça. ACEPÇÕES DA PALAVRA DIREITO O vocábulo DIREITO é utilizado em várias acepções: a) Direito Ciência: Quando é utilizada fundamentalmente como ciência do direito. Ex: Vou me forma em Direito. b) Direito como fato social: é aquela estudada pelos sociólogos, que estudam o direito como um fato social, como o fato econômico, cultural, etc.O direito é um fato social independente de sua acepção como norma, ciência ou justiça. c) Direito faculdade- O direito como um poder do indivíduo; d) Direito- Justo- O direito como aquele devido por justiça.Como sendo o direito consistente sempre em encontrar o justo e assegurá-lo. e) Direito Norma: Direito como lei. Como conjunto de normas, coativamente garantidas pelo poder público. c.1) Direito Natural e Direito Positivo: O Direito Natural revela ao legislador os princípios fundamentais de proteção ao homem, são princípios universais, eterno e imutável. Não é escrito, nem criado pelo Estado, mas sim da natureza social do homem. Ex: direito à vida, a liberdade. O direito Positivo é o institucionalizado pelo Estado. Ordem jurídica obrigatória em determinado tempo e lugar. c2) Direito Objetivo e Subjetivo: È o direito vigente analisado sob dois Ângulos diferentes: objetivo e subjetivo. Direito Objetivo: O direito é a norma de organização social. Ex: O direito do trabalho não é formalista. Direito Subjetivo: Possibilidade ou direito de agir que a ordem jurídica garante à alguém. Ex: Maria tem direito a indenização. A partir do conhecimento do direito objetivo deduzimos o direito subjetivo de cada parte da relação jurídica.
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