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Relatório da videoaula sobre Perdão Judicial no crime de homicídio-

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Maria Eliana Nogueira
RA: 2019463490
Prof. Alisson Caridi
3
º Termo Matutino
Relatório da videoaula sobre Perdão Judicial no crime de homicídio
	De acordo com a videoaula apresentada, o perdão judicial encontra-se presente no parágrafo 5º do art. 121 do Código Penal, onde pode-se ler:
§5º. Na hipótese de homicídio culposo, o juiz poderá deixar de aplicar a pena, se as consequências da infração atingirem o próprio agente de forma tão grave que a sansão penal se torne desnecessária.
	Nesse sentido, podemos ter como exemplo um homicídio causado num acidente de trânsito, conforme citado pelo professor na videoaula. Caso, no acidente ocorrido, algum membro da família do agente ou alguém que tenha uma relação íntima ou afetiva venha a óbito, o mesmo é indiciado por homicídio culposo visto que não houve a intenção de o agente cometer tal delito.	
	Assim, o legislador entende que nessas situações é desnecessário aplicar uma sansão penal ao agente do delito, visto que o perdão judicial nos casos de homicídio culposo consiste em causa extintiva de punibilidade. No artigo 107 do Código Penal existe uma lista das causas de extinção da punibilidade do agente e, em seu inciso 9, esse perdão encontra-se genericamente previsto.
	Portanto, caberá ao juiz analisar as circunstâncias e verificar se cabe a autorização do perdão judicial. A primeira hipótese, então, para o possível perdão judicial, é de que o homicídio tem caráter culposo, ou seja, não intencional e que ocorreu de maneira acidental por um ato de imprudência, negligência ou imperícia do agente.
	No caso do homicídio doloso, o que ocorre de forma intencional, o perdão judicial explícito no §5º do art. 121 não se aplica, pois o próprio parágrafo é um dispositivo que consiste de sua aplicação somente no caso de homicídio culposo. A segunda hipótese a ser considerada pelo juiz é que as consequências do homicídio culposo sejam graves o suficiente para o próprio agente do delito.
	Portanto, quando o juiz entende que o homicídio, além de culposo, ainda trouxe consequências graves para o próprio agente do delito, ele deve aplicar o benefício do perdão judicial, pois ele não teve a intenção de cometer tal crime, declarando, assim, extinta a punibilidade do agente.
	Outro aspecto elencado na videoaula é que o perdão judicial tem aplicação extensiva, isso é, se em um mesmo contexto o agente mata de forma culposa a um membro de sua família (filho/a, esposa/o, etc.) e a um estranho, o perdão judicial irá se estender a ambos os delitos. 
Essa consequência grave que o agente teve no acidente pode ser classificada de duas formas: como consequência física, onde o próprio agente acaba sendo lesionado (enfatizando que o agente não pode vir a óbito pois, neste caso, existe a extinção da punibilidade) ou como consequência de ordem moral, isto é, quando ocorre a morte ou a lesão de familiares do agente e de outros membros dos quais o agente tenha afinidade, cabendo ao juiz interpretar e verificar se o agente padeceu de insuportável dor moral em virtude do relacionamento entre ambos, conforme o exemplo citado na videoaula sobre o pai que acidentalmente atropela o filho, que vem a óbito, e que se encontrava brincando atrás do carro no momento em que ele iria retirar o carro da garagem.

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