Buscar

A Escravidão no período canavieiro 17 12 2018 - word

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

2
ESCRAVIDÃO NO PERÍODO CANAVIEIRO
RESUMO
O objetivo principal deste trabalho foi de identificar e analisar a mão de obra escrava que era utilizada no cultivo da cana de açúcar. Sabe-se que houve muita exploração de mão de obra escrava neste período. O Brasil, nesta época, era colônia de Portugal. A coroa portuguesa controlava o monopólio e a tributação da produção de monocultura da cana de açúcar. O senhor de engenhotinha um grande poder sobre todas as pessoas que viviam ao seu redor.Seguindo uma hierarquia, abaixo do senhor de engenho, estava às classes intermediárias, os colonos menos abastados, os mercadores, os escravos, e por último os escravos libertos. Os primeiros escravos que a coroa portuguesa utilizou para a plantação de cana de açúcar foram os índios que habitavam o território brasileiro. Logo após, a expansão do cultivo da cana de açúcar, a coroa portuguesa resolveu trazer para o Brasil escravos africanos. A partir deste momento começou a surgir no Brasil grandes aglomerações de escravos nas senzalas. Surgiramtambém outros figurantes que compunham a hierarquia dentro da senzala. Havia também, os agricultores que cultivavam a cana em pequenas propriedades e que acabavam dependentes dos grandes senhores de engenho, porque não tinham maquinário para moer a sua cana. Assim, o senhor de engenho cobrava como forma de pagamento pelo serviço prestado, parte do açúcar obtido neste processo. O método utilizado para elaboração deste trabalho foi à pesquisa bibliográfica. Assim sendo, entre os séculos XV e XVI constatou-se a instauração da escravidão no Brasil.
Palavras-chave: Cana de açúcar; Engenho; Escravo; Monocultura; Senzala.
1. INTRODUÇÃO
Este trabalho vai demonstrar que o áçucar era um produto de consumo muito requisitado. Utilizou-se como metodologia a pesquisa bibliográfica que fez o levantamento de dados históricos sobre a escravidão, na época, onde houve maior exploração, que foi quando teve início a plantação da cana de açúcar no Brasil. 
Segundo o Dicionário Aurélio (1986, p. 690-691):“escravidão significa 1) estado ou condição de escravo, escravatura, escravaria, cativeiro, servidão; 2) falta de liberdade, sujeição, dependência, submissão, servidão, escravatura; 3) regime social de sujeição do homem e utilização da sua força, explorada para fins econômicos como propriedade privada. Davis (apud GORENDER, 1985, p. 47) também identifica as características dos escravos, “em geral tem sido dito que o escravo possui três características definidoras: sua pessoa é a propriedade de outro homem, sua vontade está sujeita à autoridade de seu dono e seu trabalho ou serviço são obtidos através da coerção.”
Os portugueses nao encontraram no Brasil, num primeiro momento, os metais preciosos que tanto desejavam. Entretanto, a Colônia devia ser explorada economicamente e cumprir o seu papel centro da política mercantilista.
A Coroa e a classe mercantil portuguesa teriam de optar por uma atividade econômica que desse lucro. Como sabiam que a terra era fértil, podiam estimular a agricultura. O produto escolhido foi à cana de açúcar, porque o açúcar possuía bom mercado consumidor e era bem valorizado no mercado europeu. 
Acana de açúcar, cada dia que passava, deixava de ser especiaria no século XV e tornava-se um produto desejado para o consumo. No mercado externo, o açúcar tinha grande procura. O pau Brasil teve uma queda na sua produção porque aconteceu uma exploração predatória. Com a redução da produção do pau Brasil, no período colonial a economia portuguesa teve que desenvolver uma atividade econômica que desse lucro e que atraisse os colonizadores lusitanos. 
Em 1532, foram plantadas as primeiras mudas de cana de açúcar no Brasil. Cultivadas inicialmente em São Vicente, logo espalharam-se em outras capitanias. Mas foi em Pernambuco que encontrou condições favoráveis para o seu pleno desenvolvimento: clima, rios perenes e solo de boa qualidade, o massapé. No final do século XVI, essa capitania possuía mais de sessenta engenhos e em pouco tempo o açúcar brasileiro dominava o mercado europeu. (ORDÓNEZ, 2005, p. 298).
Açúcar era sinônimo de riqueza. Para produzi-lo em escala compátivel com o mercado internacional, os portugueses criaram um sistema integrado baseado na grande propriedade voltada para a exportação e no trabalho escravo. 
Os portugueses utilizaram os índios com sua mão de obra, escrava. Diversos obstáculos os portugueses encontraram com a mão de obra índigena, porque os índios eram os nativos que conheciam o território e tinham muita facilidade de fuga. Só a partir de meados do século XVIque a mão de obra para a plantação da cana e produção do açúcar, foiutilizadaa mão de obra dos escravos trazidos da África. 
O Brasil passou quase que, exclusivamente,a plantar a cana de áçucar no regime de monocultura, que é a cultura de um só produto. Houve essa mudança porque o Brasil precisava garantir para o grande mercado externo, o máximo de produção de cana de áçucar. Esta plantação ocupava grandes extensões de terra.
Ao lado da grande propriedade, existiram em pequena escala outras formas de organização da produção baseadas na pequena propriedade e no trabalho livre e voltadas para o mercado interno ou para a simples subsistência local. Mas foi a grande propriedade escravista e monocultora, e não a pequena propriedade, que definiu o caráter geral de nossa colonização, marcando definitivamente a nossa história. (FURTADO, 1971, p. 8-12). No Brasil colonial o plantio de cana-de-açúcar serviu antes de qualquer coisa, como dispositivo encontrado pela metrópole para integrar a colônia, atendendo assim a dois objetivos básicos: em primeiro lugar, cumprir as necessidades de colonização e em segundo lugar, possibilitar grandes lucros à coroa portuguesa. A instalação da empresa açucareira no Brasil exigia a aplicação de grandes somas de capitais para a compra de escravos, o plantio de cana-de-açúcar e a instalação dos engenhos. Além disso, o transporte e a distribuição do produto na Europa, a parte mais lucrativa do empreendimento, era uma tarefa gigantesca, para a qual Portugal não tinha recursos suficientes. Daí os portugueses associarem-se aos holandeses que, em troca do financiamento para a instalação da empresa açucareira na colônia ficaram com o direito de comercialização do açúcar. Portanto na colônia, a produção açucareira se deu atrelada às exigências da metrópole de produção de riquezas, fundamento central do exclusivismo colonial. 
Este trabalho demonstrou toda a exploração do açúcar pelos colonizadores portugueses. Esta exploração envolvia muitos trabalhadores, pequenos e grandes colonizadores. Desta forma o cultivo do açúcar em terras brasileiras cresceu assustadoramente tornando-se Portugal o maior exportador de açúcar para o mercado europeu. A Europa era a maior consumidora do produto da cana de açúcar. O açúcar tinha grande valor agregado, por isto, seus lucros eram altíssimos, e a Coroa portuguesa era quem ficava com os lucros manufatureiros do cultivo da cana de açúcar, que tinha como produto final o açúcar. 
2.PERÍODO COLONIAL
Através de diversas leituras foi constatado que a escravidão no Brasil foi um processo de uma duração muito longa, que a Coroa portuguesa implantou no Brasil Colônia apoiado pelo sistema jurídico, pelos latífundiarios e pela igreja. O conceito de escravidão é conhecido no mundo todo como uma forma de trabalho forçado onde os indivíduos deixariam de ter suas liberdades. A vontade do trabalhador não prevalece no meio capitalista, muito pelo contrário, a escravidão transforma o ser humano em objeto, propriedade de outro homenm e das suas vontades, desejos e liberdade.
Para colonizar o Brasil, a Coroa portuguesa escolheu usar o trabalho escravo em terras brasileiras. A escravidão brasileira foi diferente da escravidão antiga e da servidão medieval, porque ela foi legalmente permitida por diversos motivos entre eles à escravização pela cor da pele, onde pode ter surgido e/ou iniciado o preconceito. Durante o período colonial o Brasilse desenvolveu economicamente, sempre ligado aos interesses mercantis que a Europa adotava.
Na prática, o sucesso da política mercantilista dependeu dos mecanismos reguladoresdas relações entre colônias e metrópoles e da força com que foram aplicados. O mais importante desses mecanismos foi o monopólio comercial – o exclusivo, como se dizia na época. Por ele, as colônias eram mercados fechados à concorrência estrangeira. Só podiam vender às suas metrópoles e só podiam comprar delas ou por seu intermédio, pois só dessa maneira podiam cumprir a função de servir aos interesses dos conquistadores.
A agricultura tropical voltada para a produção açucareira foi o primeiro grande sucesso da economia colonial. Sua força dinâmica impulsionou toda a colonização e estimulou outras atividades produtivas. Algumas dessas atividades, como a pecuária dos sertões nordestinos, tiveram particular importância na expansão territorial. O século XVII foi chamado, por isso mesmo, de a idade do açúcar da colônia.
A Coroa portuguesa adotava uma doutrina mercantilista, ou seja, a colônia deveria satisfazer os interesses da metrópole. Ela deveria utilizar a mão de obra que excedia e consumir os artigos produzidos por ela. Entre a metrópole e a colônia havia ainda uma subordinação política, no caso do Brasil ocorreu o chamado Pacto Colonial. Por esse pacto, Portugal tinha posse legal e plena jurisdição sobre a colônia brasileira. E a colônia brasileira constituia uma unidade política e jurídica da metrópole portuguesa adotando seus objetivos e interesses. 
O Pacto Colonial, estabelecia que a Coroa portuguesa detinha o monopólio comercial sobre o Brasil, isto devido o Brasil ser uma colônia de Portugal.
	No Brasil, havia uma produção de pau Brasil, mas em decorrência da exploração predatória houve a queda da produção do mesmo. Como toda colônia deveria satisfazer os interesses da metrópole, foi necessário pensar em uma atividade econômica que desse lucro e atraisse os colonizadores lusitanos. Desta forma, o produto que os portuguêses escolheram para produzir no Brasil foi o açúcar, que era consumido largamente naquela época na Europa. 
Para Cabral (2007): 
"A Capitania de São Vicente, comandada, por Martin Afonso de Souza, mesmo diante de todas as dificuldades enfrentadas, juntamente com a Capitania de Pernambuco, de Duarte Coelho Pereira. As mesmas foram favorecidas pelo clima da região para a produção da cultura da cana de açúcar. (CABRAL, 2007)”
Apesar de seu fracasso em estimular o povoamento e fazer funcionar satisfatoriamente a produção e o comércio na colônia, as capitanias deixaram sua marca na história brasileira. A concessão de grandes sesmarias (grandes propriedades de terras doadas pelos governadores e donatários aos colonos com condições e meios de cultivá-las e explorar), prática depois incrementada pelo governo-geral, e deu início à tradição latifundiária brasileira, de concentração da propriedade agrária, de muita terra para poucos donos. 
2.1A DOCE SOLUÇÃO
O aproveitamento econômico da colônia foi um processo de longa duração. Nos primeiros anos, Portugal pouco interesse teve pelas terras brasileiras. Não queria perdê-las, mas não se dispõe a grandes investimentos para explorá-las. Tudo se resumiu a algumas expedições de patrulhamento da costa e de tráfico do pau-brasil com a ajuda dos indígenas. Mesmo depois de tomada a decisão de colonizar o Brasil, a ocupação e as atividades produtivas, desenvolveram-se devagar, principalmentepelo maior interesse português no comércio oriental e africano.
Somente quando diminuiram os resultados do comércio das especiarias e cresceu a atuação estrangeira no litoral brasileiro, é que a colonização ganhou impulso. As terras brasileiras conquistadas por Portugal ganharam, então, pouco a pouco, importância no contexto do império colonial português.
O esgotamento de nossa primeira riqueza pau-brasil e a ameaça de ocupação por outras potências europeias, os portugueses após verificar que o clima e o solo eram propícios, transportaram para o novo mundo as primeiras mudas de uma planta de origem asiática, a Saccharum officinarum ou simplesmente cana de açúcar.
As expedições exploratórias portuguesas que ocorreram no início da colonização brasileira, e que trouxeram produtos tropicais direcionavam o olhar para a força do trabalho escravo indígena.
A opção da Coroa portuguesa pela cana de açúcar como eixo central da economia colonial teve múltiplas razões em primeiro lugar, tratava-se de uma planta perfeitamente adaptável às condições de solo e clima do território brasileiro, sobretudo da faixa litorânea. Em segundo lugar, Portugal dispunha de apreciável conhecimento sobre seu plantio e o fabrico do açúcar, acumulado em um século de cultivo nas ilhas atlânticas. Razão ainda mais importante era a certeza de poder comercializar o produto em larga escala no mercado europeu, transformando-o de especiaria cara em gênero barato de consumo popular.
Para implantar e desenvolver a empresa açucareira no Brasil, Portugal contava também com a sólida participação de banqueiros e mercadores holandeses, financiando a instalação de engenhos, a aquisição de escravos africanos, o transporte do açúcar e o seu refino e sua distribuição em toda a Europa. 
A empresa açucareira colonial teve rápido sucesso, apoiada na grande lavoura escravista. Segundo registro da época o Brasil produzia mais de 300 mil arrobas por ano de açúcar, saiam anualmente cerca de 50 navios carregados de fardos de açúcar para a Europa. 
A escravidão indígena era conseguida através de apresamento direto de escravos que era considerada uma tarefa cara e perigosa sobretudo porque os portugueses desconeciam o interior da África. Era mais vantajoso utilizar as práticas já existentes no continente, estabelecer alianças com chefes locais e aproveitar a escravidão e o comércio de escravos para desenvolver a colonização em outras terras. 
O açúcar, no século XV se tornou um produto de consumo mais requisitado. O cultivo da cana de açúcar na América Portuguesa aconteceu na Vila de São Vicente, no atual Estado de São Paulo. Logo após, no litoral nordestino surgiram diversas plantações de cana de açúcar, fazendo com que se multiplicassem os números de engenhos, que já eram mais de 400 engenhos.
O engenho era o local onde se produzia o açúcar. O engenho englobavanão só o máquinário, as ferramentas necessárias para a produção do açúcar, mas também todo o complexo da fazenda de cana de açúcar: as terras, a plantação canavial e as construções (casa-grande, senzala e casa do engenho). 
Para instalar toda a estrutura de um engenho era preciso muito investimento, por isso, eram poucos colonos que tinham um engenho completo. Alguns colonos apenas tinham as suas plantações de cana de açúcar, assim que colhiam a cana levavam a sua produção para ser transformado em açúcar nas fazendas onde existiam engenhos completos. 
Os colonos além de terem que investir muito com a instalação do engenho e a sua manutenção, eles tinham também o custo com a mão de obra escrava. Eles compravam escravos africanos para trabalhar na plantação e na colheita da cana para a produção do açúcar que era comercializado na Europa, este açúcar era um produto muito consumido e procurado no exterior. 
O engenho era formado por trabalhadores livres e assalariado. Havia os especialistas em produção de açúcar que tinham a função de mestres de açúcar, purgadores e caldeireiros; cada um desses tinha a sua função e era responsável por uma das etapas do processo de produção do açúcar. Encontravam-se também outros profissionais como pedreiros, carpinteiros, ferreiros que recebiam por dia de trabalho ou pela tarefa realizada. Outra função que era exercida por um trabalhador assalariado e livre era a de feitor-mor. Este trabalhador era subordinado ao proprietário do engenho que ficava na casa grande. O feitor-mor era o administrador do engenho, ele era o responsável por comandar os outros trabalhadores. 
Havia ainda, os proprietários de escravos que geralmente negociavam com os senhoresde engenhos e arrendavam pedaços de terras e nelas cultivavam suas lavouras de cana. Os proprietários dos escravos pagavam os senhores de engenhos com boa parte da safra colhida, assim contribuia para aumentar a produção de açúcar nos engenhos e os grandes senhores não tinham ônus algum. 
Em regime de monocultura, o Brasil produzia exclusivamente a cana de açúcar, porque o mercado externo consumia bastante. A monocultura ocupava grandes extensões de terras brasileiras. 
Mesmo diante da concorrência holandesa e Caribenha, que mostraram ser grandes competidores no mercado em estrangeiro, a monocultura da cana de açúcar demonstrou a sua força e se manteve a frente da economia colonial. 
Segundo Chiavenato (1986): 
“As principais províncias produtoras de açúcar, no fim do século XVI, eram Pernambuco com 66 engenhos, Bahia com 36 engenhos e mais alguns engenhos espalhados pela colônia, totalizando 108, com uma produção de 4.500 toneladas no fim do século XVI. (CHIAVENATO, 1986, p. 28).” 
No século XVIII, vários obstáculos foram superados e também apresentou ser uma das principais fontes da economia com uma força motriz impressionante, a cana de açúcar fez frente até mesmo a metais nobres como o aurium e demonstrou todo o seu domínio frente à economia no Brasil colonial.
2.2MÃO DE OBRA ESCRAVA
A mão de obra indígena foi fundamental na época da colonização do Brasil. Os índios eram em grande quantidade e atendia a demanda, o que fazia deles uma solução relativamente barata. Para a produção da cana de açúcar, Portugal utilizou a mão de obra inicialmente de índios escravizados. A partir dos meados do século XVI, Portugal passou a trazer escravos da África.
Portugal decidiu pelo trabalho escravo na Colônia brasileira por vários fatores. Um fator importante que Portugal considerou era a introdução africana no Brasil para garantir o abastecimento de trabalhadores, mas também impulsinava o tráfico negreiro, que era uma fonte de grandes lucros para os comenrciante e para a Coroa. 
Portugal decidiu enviar os escravos africanos para o Brasil, mas não eliminou a mão de obra escrava indígena. Vários fatores levaram Portugal a aumentar o número de escravos africanos em relação ao índio. 
A presença de escravos no Brasil era tão comum que muitas pessoas questionavam a existência da escravidão, o que todos achavam natural. A base da organização social e econômica do Brasil foi à escravidão que ocorreu até o fim do século XIX, marcando profundamente as atividades produtivas e os costumes. 
Muitos historiadores afirmam que o Brasil foi formado por uma sociedade escravagista, ou seja, constituida por escravos trazidos da África para o cultivo da cana de açúcar. 
Portugal resolveu implantar a agricultura manufatureira da cana de açúcar fazendo uso do trabalho escravo de africanos. A Colônia brasileira passou mesmo em uma posição de inferioridade, a comercializar a cana com os mercados europeus. Os negócios dependiam de decisões do governo português e das empresas estrangeiras. 
O tráfico negreiro era realizado por navios chamados tumbeiros. Neles, a alimentação era escassa e de péssima qualidade; as condições sanitárias eram precárias, levando à propagação de doenças. Os escravos eram transportados em porões abarrotados: em média, 300 escravos por viagem. No início do século XIX, a quantidade de escravo que eram transportados, cresceu para 400 escravos por viagem. 
No Brasil, a escravidão e o tráfico negreiro eram instituições legalmente reconhecidas. Politicamente, havia uma legislação específica para essas práticas. No campo religioso, a Igreja Católica tinha mecanismos para justificar o trabalho escravo. Havia até mesmo uma irmandade religiosa exclusiva de comerciantes de escravos. 
Os escravos que chegavam aos portos brasileiros eram levados a uma alfandega, onde se fazia o controle da carga do navio. Logo após os escravos eram encaminhados para os mercados públicos, para serem comercializados, depois da comercialização dos escravos, eles seguiam para o seu destino que eram lavouras, engenhos, pastos ou centros urbanos, onde desempenhavam várias atividades. 
Caio Prado Jr., em seu livro História Econômica do Brasil (1976, p. 37), constata que: 
“com o início das atividades produtivas, vieram os primeiros escravos africanos em 1532. E para Joana Maria Pedro (1988, p.11), os primeiros escravos chegaram no ano de 1531, com a expedição de Martim Afonso de Souza, apesar da divergência quanto ao início do trabalho escravo do negro africano no Brasil, não há dúvida de sua importância para o desenvolvimento da colônia. Embora a primeira tentativa tenha sido de utilização da força de trabalho dos nativos, no entanto, não se submeteram ao regime de trabalho imposto pelos colonizadores. (CAIO PRADO JR., 1976, P. 37).”
Portugueses e tambémoutros povos, utilizaram-se da mão de obra escrava nas colônias americanas encaixando-se nas práticas mercantilistas da época. 
A escravidão que existiu nas Américas entre os séculos XVI e XIX foi, em grande parte, alimentada pelos lucros gerados pelo tráfico transatlântico de escravos vindos da África, calcula-se, nesse período, que quase 12 milhões de africanos tenham chegado a Portugal, nas ilhas do Atlântico e nas Américas. Embora a escravidão tenha existido em diversos períodos da história, nas Américas ela se diferenciou porque foi justificada com argumentos de fundo racial, gerando preconceitos que, ainda hoje, apesar de combatidos, acontecem. 
Devido às condições de higiene e alimentação a bordo, a mortalidade na viagem era muito grande. Amontoados nos porões e mal alimentados, muitos escravos não resistiam, e os que sobreviviam chegavam magros e debilitados.
Entre as causas das mortes estavam desidratação, disenteria, escorbuto e banzo. Os que resistiam eram vendidos por valores dez vezes maiores que todas as despesas de aquisição, perdas e transporte, portanto, um negócio extremamente lucrativo. (TEIXEIRA, 2000, P. 7-56).
A taxa de mortalidade chegou, em alguns casos, a mais de 50%. No século XVII era de 20%, mas, com o passar do tempo, foram sendo feitas adaptações que, no início do século XIX, reduziram essas perdas para 9%. Essas medidas não demonstram caráter humanitário, ou seja, preo- cupação com a morte dos africanos nos navios, mas era uma forma de diminuir as mortes para garantir maior lucro com o tráfico. (TEIXEIRA, 2000, P. 7-56). 
Após o desembarque em portos brasileiros, os africanos recebiam cuidados para se restabelecerem (o que significava engordar a fim de melhorar a aparência), para então serem vendidos. A idade, a boa saúde, a aparência, a procedência e o vigor físico eram fundamentais para obter um bom preço, que variava de acordo com as qualidades do cativo, da distância de onde se originou da concorrência, da especulação e da conjuntura econômica. (ORDÓNEZ; QUEVEDO, 2005, p. 298-310). 
A tabela a seguir mostra o número aproximado de escravos que desembarcaram no Brasil, para satisfazer a necessidade de mão-de-obra nas lavouras de açúcar.
Tabela 1 - Números de Escravos por Período de 25 anos no “Século do Açúcar” 
	PERÍODO
	Nº DE ESCRAVOS
	PERCENTUAIS
	1576 – 1600
	40.000
	9,4%
	1601 – 1625
	150.000
	35,3%
	1626 – 1650
	50.000
	11,8%
	1651 – 1675
	185.000
	43,5%
	TOTAL
	425.000
	100%
FONTE: FRANÇA (2005, p.66)
A tabela mostra a variação na entrada de escravos no Brasi. Durante o período de 1576 a 1675, ocorreu uma grande queda na entrada de escravos entre o 2º e o 3º período, em virtude, principalmente, da invasão holandesa no nordeste brasileiro (1630-1636). Logo depois deste período, a entrada de escravos novamente sobe, chegando a atingir 185 mil escravos entre 1651 e 1675. No período analisado foram utilizados aproximadamente 425 mil escravos no cultivo da cana de açúcar e da produção de açúcar,no Brasil.
Além dos escravos,havia outros tipos de trabalhadores envolvidos no cultivo da cana de açúcar. Havia alguns trabalhadores livres, como o mestre de açúcar, especilaista na produção, o feitor-mor e o encarregado geralmente de cuidar da escravaria.Vale ressaltar que a escravidão colonial brasileira não se parecia com a servidão medieval da Europa que prevaleceu até o século XV, onde o servo praticava a agricultura de subsistência e tinham certa liberdade. 
De acordo com Nina: “Prática comum, a escravidão foi utilizada em quase todas as atividades econômicas do Brasil, a ponto de se identificar, na colônia trabalho manual com o trabalho escravo, agravando o preconceito que o colono já trazia de Portugal. (NINA 2010. p.63).”
Próximo do ano de 1820, nas primeiras décadas do século XIX, o café “passa a se constituir o principal produto de exportação. A força de trabalho escravo é deslocada para esta atividade, diminuindo de forma sensível, a produção do açúcar. (PINSKY, 1993. p.21-22)”.
O sistema escravagista brasileiro começa a ruir no início do século XI, quando os portugueses deixaram de cumprir os acordos diplomáticos com a Inglaterra e continuaram a contrabandear escravos da África. Em consequência deste ato, a Inglaterra passa a pressionar a Colônia brasileira a cumprir os tratados de comércio e acordos, como o do ano de 1815, em que o tráfico de escravos continuaria ao Sul do Equador. 
A escravidão marcou profundamente a sociedade brasileira, transparecendo em todos os aspectos da vida social, em especial na religião. Em uma época em que a maior parte dos métodos de prevenção e cura de doenças ainda não existiam, com frequência recorria-se à religião nos casos mais graves. Ainda hoje é comum, entre os católicos, o costume de, em situações difíceis. Fazer promessas a santos e de agradecer por meio de ex-votos. 
Os portugueses tiveram resitências em cumprirem os acordos e tratados. A partir deste fato, a Inglaterra decide impor a aprovação de nova lei em oito de agosto de 1845 que ficou conhecida como Lei Aberdeen que encerrava a diplomacia entre os dois países.
A partir da criação da lei de 1831 que torna livre todos os escravos desembarcados no Brasil, que nunca chegou a ser cumprida, surgiram nesta época à expressão “para inglês ver”, devido a esta lei. Com a promulgação da Lei do Ventre livre em 1871 que normatiza o sistema de trabalho escravo, o sistema escravocrata brasileiro começa ser demolido, mesmo se extendendo com seus altos e baixos. 
A partir deste momento a Colônia brasileira e os empresários começaram a pensar na substituição da mão de obra escrava negra pela mão de obra de europeus. 
2.3SOCIEDADE E ECONOMIA CANAVIEIRA
No auge da plantação e do cultivo da cana de açúcar no Brasil, formou-se uma sociedade aristocrata rural, com a participação dos grandesproprietários de engenho e de escravos, que era detentora do poder econômico e político. O senhor de engenho era a autoridade maior sobre sua família, seus empregados, seus agregados, nessa sociedade patriarcal. 
No topo da pirâmide da sociedade no período colonial no Brasil, constava o senhor de engenho, e na base desta pirâmide, a massa de escravizados e indígenas.
Segundo Del Priore e Venâncio (2001):
“senhor de engenho era considerado o dono e proprietário de todas as terras produtivas do engenho. Ele também detinha o poder e a autoridade sobre as demais pessoas que estavam vivendo em torno de suas terras e propriedades. Escravos, trabalhadores livres do engenho, familiares e agregados.”(DEL PRIORE E VENÂNCIO. 2001. p. 63).”
	
	Como centro da viuda social, o engenho era o símbolo do poderio dos senhores de terras e erguia-se como modelo da organização da Colônia. Nas chamadas fazendas obrigadas, modestos lavradores, que dispunham de pequenas extensões de terras, cultivavam seus canaviais, mas processava sua produção nas engrenagens dos grandes senhores de engenho. 
	Sobre o papel social, político e econômico desses núcleos familiares, Gilberto Freire em Casa-grande & senzala: “A família rural ou semi-rural, não o indivduo, nem tampouco o Estado, nem nenhuma companhia de comércio, é, desde o século XVI, o grande fator colonizador no Brasil, a unidade produtiva, o capital que desbrava o solo, instala as fazendas, compra escravos, bois, ferramentas, a força social que se desdobra em política, constituindo-se na aristocracia colonial mais poderosa da América.” (FREYRE, 1957, p. 17-18). 
A importância do açúcar fez da organização das zonas canavieiras uma das expressões mais características da sociedade colonial. Agrária e escravista, ela estava organizada em torno do complexo formado pela casa-grande, senzala, engenho, capela, terras e canaviais a perder de vista. Era uma sociedade aristocrática, isto é, dominada por um grupo de grandes proprietários rurais que agiam e reagiam como uma espécie de nobreza rural. Sociedade de pouca mobilidade social, na qua era quase impossível passar de um grupo social para outro. 
A autora Ferlini (1984), estruturava a sociedade da época como sendo:
“A sociedade açucareira arrastava consigo uma legião de marginalizados, de ex- cluídos, que compunham o pano de fundo do ‘paraíso do açúcar’: prostitutas, ladrões, mendigos, feiticeiros, biscateiros.
Em Salvador, no século XVIII, a prostituição era praticada por mulatas livres e mesmo por mulheres brancas, oriundas das camadas mais pobres. O mulato e a mulata eram os mais estigmatizados nessa sociedade. Criados à sombra da casa-grande e à margem da senzala, não se enquadravam no mundo dos brancos nem dos negros. Muitos desses pobres livres viviam à sombra do engenho, onde obtinham comida e proteção, em troca de pequenos serviços. Formavam a legião de agregados da casa-grande. Outros excluídos da riqueza do açúcar viviam na cidade, exercendo profissões humildes: barbeiros, sapateiros, ferreiros, pobres alfaiates, vendedores de cestos, quituteiras a oferecer em tabuleiros seus doces e guloseimas. (FERLINI, 1984, p. 94-95).”
	O enorme poderio econômico e político dos senhores de engenho era evidente. Participavam do jogo político nas câmaras municipais, canais de expressão e atuação desses homens bons. Castigavam e submetiam os escravos a todo tipo de violência. Arbitravam conflitos entre os pequenos lavradores das fazendas obrigadas e exerciam enorme controle sobre eles, decidindo até mesmo sobre os casamentos de seus filhos. 
	A sociedade colonial assentava-se na oposição entre senhores e escravos. Todos os demais grupos sociais definiam-se de acordo com seu grau de proximidade ou distância desse núcleo fundamental.
	
	Senhores de engenho, lavradores, pequenos proprietários, comerciantes, fídalgos, clérigos, funcionários do Império, soldados, constituíam o rol dos homens livres, aqueles que desfrutavam de liberdade jurídica. 
A sociedade desta época ficou marcada por vários fatores, e o mais importante deles era o poder aquisitivo adquirido por esta sociedade. Segundo Carvalho (2001) pode ser que: 
“O fator mais negativo na sociedade no período colonial, diante de todos os cidadãos era a escravidão. Na sociedade toda pessoa que detinha e possuia recurso possuia escravos. A força da escravidão era enorme, até os escravos que eram libertos, por sua vez acabavam adquirindo escravos. A sociedade colonial tornou-se escravista, e penetrou em todas as camadas da sociedade da época. (CARVALHO, 2001, p. 20).”
Principais características da sociedade açucareira eram:
 
- Sociedade composta basicamente por três grupos sociais: senhores de engenho (aristocracia), homens livres e escravos.
 
- Sociedade patriarcal: poder concentrado nas mãos dos homens, principalmente, dos senhores de engenho que controlavam e determinavam a vida dos filhos, esposa e funcionários.
 
- Uso, nos trabalhos pesados do engenho de açúcar, de mão de obra escrava de origem africana. Os escravos eram comercializados como mercadorias e sofriam com as péssimas condições de vida oferecidas por seus proprietários.
 
- Posição social determinada pela posse de terras, escravos e poder político.
2.4 O FIM DA LEGALIDADE DA ESCRAVIDÃO NO BRASIL
Em 13 de maio de 1888, foi assinada a Lei Áurea, no Brasil. Esta Lei significou legalmente o fim da escravidão nas terras brasileiras. Essa Lei determinou que fosse proibido o domínio deum homem sobre o outro, ninguém poderia forçar uma pessoa a trabalhar sem remuneração, ou ser forçado a praticar funções laborais que não sejam da sua livre e espontanêa vontade, ninguém teria mais o apoio desta Lei para prática da escravidão. Não foi somente a Inglaterra que interviu acabando com os acordos comerciais o que ressultou e fez com que a escravidão no Brasil chegasse ao fim. 
A Lei Áurea contou com a contribuição e a reação dos escravos durante todo o período colonial. Era comum: 
“... registros de fugas de escravos, em diversas partes do país, a partir do século XVII até ás vésperas da abolição. Essas fugas não eram apenas para escapar dos castigos, ou para gozar liberdade por um período de tempo visto que a cor da pele o condenava, mas como forma de demonstrar que não aceitavam a escravidão. Outras formas de resistir eram assassinatos de senhores, feitores e administradores e/ou formando quilombos em várias regiões do Brasil, sendo o mais famoso deles o de Palmares cantado em verso e em prosa como um momento heroico do negro brasileiro. (PINSKY, 1993 p.55, 57).”
Portanto, a Lei Áurea não acabou com a escravidão no Brasil, o fim da escravidão não aconteceu como era esperado pelos escravos. Os donos de latifundios e empresários conseguiram manter o trabalhador em regime de escravidão em suas fazendas e/ou empresas, mesmo com a Lei já promulgada. Sabe-se que o Brasil criou leis para acabar com o abuso do trabalho escravo que os latifundiários e empresários mantinham. 
O Brasil reconheceu essa prática de exploração do trabalho escravo em seu território. NINA, (2010) afirma que: 
O Brasil ainda abriga todas as variantes da escravidão contemporânea. O problema não atinge somente a área da produção nas fazendas, ou mesmo na indústria, tem-se também o trabalho escravo a que são submetidos às mulheres brasileiras, que são as raptadas do Brasil e mandadas para o exterior, são usadas como prostitutas em regime de escravidão. (NINA, 2010. p.135).
As resistências contra o fim do tráfico de escravos eram fortes e arraigadas. Mas por um lado havia a fome de braços do setor exportador; e do outro lado, o enorme poder e influência dos traficantes, sobretudo dos traficantes que se instalaram em terras brasileiras, cujos grupos eram de famílias ricas e muito bem relacionadas que desde antes da Independência já controlavam o comércio de escravos entre a África e o Brasil, mantendo intacto esse rendos negócio. Eles dispunham de poderosas empresas dotadas de frotas, inclusive de navios a vapor, e grandes edificções (mercados) para a comercialização dos cativos. 
Com os lucros dovergonhoso comércio, os traficantes acumulavam capital suficiente para financiar seus compradores, os grandes proprietários de terras, para diversificar seus negócios e para socorrer o governo com empréstimos ao Tesouro, como ocorreram várias vezes no Primeiro Reinado e na Regência. Quando o tráfico de escravos foi declarado ilegal, em 1831.
Após a extinção do tráfico no império britânico em 1807 e a abolição da escravidão no país em 1833, a Inglaterra passou a lutar contra o tráfico em outras regiões. O desfecho do impasse so veio na década de 1840. Em 1845 a Inglaterra abriu guerra total contra o tráfico. Com a aprovação, pelo Parlamneto da lei conhecida como Bill Aberdeen, dando totais poderes a Marinha de Guerra britânica, tanto de perseguir, capturar e julgar toda a tripulação dos navios negreiros capturados em qualquer parte do Atlântico. O alvo principal eram os traficantes que operavam entre a África e o Brasil, o maior mercado de cativos africanos na América. 
Apesar dos protestos oficiais, o império brasileiro não resistiu às pressões. E em 1850, promulgou a lei preparada pelo Ministro da Justiça, Eusébio de Queiroz, que extinguia em definitivo o tráfico de africanos para o Brasil. 
A proibição desta vez foi cumprida. Em poucos anos mais, os tumbeiros, pararam de operar. A Lei Eusébio de Queiroz satisfez os ingleses, agradou à população e fortaleceu o governo.
3. METODOLOGIA
	A metodologia deste trabalho constituiu-se na análise de documentos através de uma revisão bibliográfica. Analisou-se obras de autores historiadores, que são escritores e estudiosos da história, como os fatos acontecidos em tempos passados, para poderem deixar para as futuras gerações, a ação ocorrida no tempo e no espaço, à análise de processos e eventos ocorridos, bem como a evolução também de nossas gerações, só assim poderemos conhecer e estudar o que aconteceu em nosso país através de tempos passados.
Considera-se fonte documental os livros e artigos que representam a literatura pertinente a determinado assunto, assim como os anuários estatísticos, censos, documentos históricos que descrevem e relatam sobre acontecimentos passados e atuais, e ainda sobre as legislações. (LUNA, 2000, p. 23-33).
Para Gil (2002), os livros e artigos também são considerados como documentos baseados em materiais já elaborados. 
Os dados desta pesquisa bibliográfica foram coletados por meio de leituras, pesquisas, revisões bibliográficas de acervos científicos, revistas especializadas, em livros de histórias e em locais virtuais que me levou a grandes bibliotecas. 
Para a busca da pesquisa bibliográfica foram utilizados os termos etimológicos “cana-de-açúcar”, “escravo”, “senzala”, “monocultura”. Os termos encontrados foram lidos e analisados.
 Suas referências foram sugestivas para outras buscas, não sendo determinado nenhum limite. Com a análise e a revisão bibliográfica realizada, pode-se chegar à conclusão de que o complexo agroindustrial canavieiro constituiu-se na mais antiga atividade econômica do Brasil. De grande importância para a economia brasileira, a cana-de-açúcar era explorada em todo o território nacional e o trabalho ainda nos permitiu vislumbrar demonstrando que o Brasil é o maior produtor de cana-de-açúcar no mundo.
4. CONSIDERAÇÕESFINAIS
Neste trabalho pode-se conhecer a história do Brasil enquanto Colônia de Portugal. Nesta época o Brasil tinha como habitantes o povo indígena. Os povos indígenas eram profundos conhecedores das terras brasileiras. 
Despertou-se nos portugueses um grande interesse pelos índios, porque eles tinham um notório saber sobre as terras, as matas, os caminhos, as trilhas, as plantas, o pau Brasil que continha nas terras brasileiras. Por terem este notório saber os portugueses utilizava a mão de obra indígena em troca de especiarias, espelhos e bugingangas trazidas da Índia.
O Brasil tornou-se Colônia de Portugal na década de 30, no século XVI. Portugal sofria pressões dos países europeus por causa das terras do Novo Mundo, que era o Brasil. Assim Portugal decidiu defendê-las de uma forma mais ampla e eficaz fazendo com que, houvesse rapidamente o seu povoamento e a sua colonização. 
No século XVI quando Portugal resolveu investir na monocultura da plantação da cana de açúcar no Brasil, utilizando como os primeiros escravos os índios, rendeu a metrópole grandes lucros.
A cana de açúcar era um produto muito comercializado na Europa, rendia lucros exorbitantes para a coroa portuguesa. 
Neste período Portugal, viu a necessidade de está trazendo escravos africanos para desenvolver a produção manufatureira da cana de açúcar, os índios não tinham energia, disciplina e com o contato com os europeus eles adoeciam. 
	Com a vinda dos escravos africanos, o Brasil passou a ser o maior exportador de açúcar para os países europeus neste período. Os lucros eram todos da Coroa portuguesa que detinham o monopólio das terras brasileiras. E a escravidão a cada dia aumentava mais no território brasileiro. Nesta época, os colonizadores portugueses chegaram ao ponto de trazerem um número absurdo de 425.000 escravos africanos para o Brasil, para aumentarem a produção canavieira.
Com a eminência de Portugal ficar sem as terras do Brasil, a Coroa portuguesa divide o Brasil em Capitanias Hereditárias e havia um colono responsável para cada capitania, mas algumas capitanias não foram para frente. Os colonos que sabiam que o açúcarera um produto de grande valor na Europa, aqueles que tinham um poder maior, instalavam em suas terras engenhos completos para a produção do açúcar, que futuramente era comercializado na Europa. 
Muitos colonos não tinham engenhos, mas tinham plantações de cana de açúcar. Estes colonos dependiam dos senhores de engenhos para a produção do açúcar. Estes colonos deixavam parte da sua produção para o pagamento do serviço prestado pelo senhor de engenho. 
Em 1888, foi o auge da escravidão no Brasil. Mas, em 13 de maio de 1888, foi promulgada e assinada a Lei Áurea, no Brasil. Esta Lei determinava que não podia haver mais escravos em terras brasileiras. Mas está Lei não foi cumprida toralmente, porque os latifundiários e empresários ainda utilizavam a mão de obra escrava em suas terras. 
Conclui-se que o processo de escravidão no Brasil demorou-se ou pode-se dizer que ainda não acabou.
REFERÊNCIAS
CABRAL, Gabriela. Capitanias hereditárias. Disponível em:
http://www.brasilescola.com/historiab/capitanias-hereditarias.htmAcesso em: 26 out. 2018. 
CARVALHO, JOSÉ MURILO DE. Cidadania no Brasil: o longo caminho. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2001. p. 20.
CHIAVENATO, Julio José. O negro no Brasil: da senzala à guerra do Paraguai. 3ª Edição. São Paulo: Brasiliense, 198, p. 27-28.
DECRETO REAL,Lisboa, 1684. In: Edgar Robert Conrad. Os tumbeiros: o tráfico de escravos para o Brasil.São Paulo: Brasiliense, 1985. p. 52-53.
FERLINI, Vera Lúcia do Amaral. A civilização do açúcar (séculos XVI a XVIII). São Paulo: Brasiliense, 1984. p. 94-95
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Dicionário Aurélio básico de língua portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, out. 94 a fev. 95, p. 690-691.
FRANÇA, Nilton Calzia. Análise do trabalho escravo no Brasil a partir da teoria do sistema mundo. Dissertação em Economia. Florianópolis: UFSC, 2005, p. 66.
FREYRE, Gilberto. (1957) Casa-grande e senzala. Lisboa, Livros do Brasil.
FURTADO, Celso. Formação econômica do Brasil. São Paulo, Nacional, 1971, p. 8-12.
GORENDER, Jacob. Escravismo colonial. São Paulo: Ática, 1985, p. 47.
MACHADO, João Luís Almeida.Travessia Infernal. Disponível em: https://www.Planetaeducacao.com.br/novo/artigo.asp?artigo=190Acesso em: 26 out. 2018. 
MARY DEL PRIORE E RENATO PINTO VENÂNCIO. O livro de ouro da história do Brasil. Rio de Janeiro: Ediouro, 2001. p. 63.
MAURO BERTONI E JURANDIR MALERBA. Nossa gente brasileira: textos e atividades para o Ensino Fundamental. Campinas: Papirus, 2001. p. 50.
NINA, Carlos Homero Vieira. Escravidão, ontem e hoje: aspectos jurídicos e econômicos. Brasília: ISBN, 2010, p. 21-135.
ORDÓNEZ, M.; QUEVEDO, J. Horizontes da História. São Paulo. Instituto Brasileiro de Edições Pedagógicas. 2005, p. 298-310.
PINSKY, Jaime. A Escravidão no Brasil. 12ª ed. São Paulo: Contexto, 1993, p. 13-60.
PRADO, Caio Jr. Historia econômica do Brasil. 39ª Edição, São Paulo: Brasiliense, 1976, p. 37.
STORTO, Lúcia Helena; FILHO, Sidney Aguilar. O mundo colonial.Disponível em: https://www.libertaria.pro.br/brasil/capitulo03-index.htmAcesso em: 28 out 2018.
TEIXEIRA, Francisco M. P. Brasil História e Sociedade. São Paulo, Editora Ática, 2000, p. 7-56.
ÍNDICE DE TABELA
Tabela 1 - Números de Escravos por Período de 25 anos no “Século do Açúcar”.11
2
 
 
ESCRAVIDÃO NO PERÍ
ODO CANAVIEIRO
 
 
 
RESUMO
 
 
O objetivo principal deste trabalho foi de identificar e analisar a mão de obra 
escrava que era utilizada no cultivo da cana de 
açúcar.
 
Sabe
-
se que houve muita 
exploração de mão de obra escrava neste período.
 
O Brasil, nesta 
época
,
 
era 
colônia de Portugal.
 
A coroa portuguesa controlava o monopólio e a tributação da 
produção de monocultura da cana de açúcar. O 
senhor de
 
engenhotinha
 
um 
grande poder sobre todas as pessoas que viviam ao seu redor.Seguindo uma 
hierarquia, abaixo do senhor de engenho
,
 
estava às classes intermediárias, os 
colonos menos abastados, os mercadores, os escravos, e por último os escravos 
libertos. 
Os primeiros 
escravos que a coroa portuguesa utilizou para a plantação 
de cana de açúcar foram os índios que habitavam o território brasileiro. Logo após, 
a expansão do cultivo da cana de açúcar, a coroa portuguesa resolveu trazer para 
o Brasil escravos africanos. A pa
rtir deste momento começou a surgir no Brasil 
grandes aglomerações
 
de escravos nas senzalas
. 
Surgiramtambém outros 
figurantes 
que compunham a hierarquia dentro da senzala
. Havia também, os 
agricultores que cultivavam a cana em pequenas propriedades e que a
cabavam 
dependentes dos grandes senhores de engenho, porque não tinham maquinário 
para moer a sua cana. Assim
,
 
o senhor de engenho cobrava como forma de 
pagamento pelo serviço prestado
,
 
parte do açúcar obtido neste processo. O 
método 
utilizado para elabora
ção deste trabalho foi à pesquisa bibliográfica. Assim 
sendo, entre os séculos XV e XVI constatou
-
se a instauração da escravidão no 
Brasil.
 
 
 
Palavras
-
chave
:
 
Cana de açúcar; Engenho; Escravo; Monocultura; Senzala.

Continue navegando

Outros materiais