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APOSTILA CREP: EDUCAÇÃO FÍSICA – 9º ANO: 1º TRIMESTRE/2020 1 1º TRIMESTRE/2020 – 9º ANO Esta apostila foi elaborada tomando por base o CREP – Currículo da Rede Estadual Paranaense para a disciplina de Educação Física, observando na sua essência tantos conteúdos como as áreas temáticas. Para o 1º trimestre do 9º ano a organização se dará desta maneira: CREP 1º TRIMESTRE AVALIAÇÃO UNIDADE TEMATICA 1 (Brincadeiras e Jogos) Jogos cooperativos: Jogos semi cooperativos, Jogos cooperativos sem perdedores, Jogos de resultado coletivo, Jogos de Inversão (Rodízio, Inversão do goleador, Inversão do placar e Inversão total), Jogos de Quebra- gelo e Integração, Jogos de Toque e Confiança, Jogos de Criatividade e sintonia, Jogos de Fechamento. 01 Leitura, Interpretação e questionario UNIDADE TEMATICA 2 (Danças) Danças de salão: Valsa, Polca, Merengue, Forró, Vanerão, Vanera, Samba de Gafieira, Samba Rock, Soltinho, Xote, Bolero, Salsa, Cumbia, Rumba, Cha- cha- chá,Swing, Tango, Milonga, Country casal, Foxtrot, Pasodoble, Zouk, Kizomba. 02 Avaliaçao Objetiva baseada na Prova Paraná (2019- 2020) Alguns apontamentos precisam ser feitos para implementação das ações pedagógicas e efetividade do conteúdo prático na abordagem com os alunos: ❖ circunstancias locais (aproximação da realidade); ❖ infraestrutura; ❖ equipamentos; ❖ materiais esportivos entre outros; Diante disto a vivência pratica será oportunizada de acordo observando com esmero cada conteúdo e sua real possibilidade na comunidade escolar, porem de forma a atingir a plenitude será discutido e cada item destacado na tabela para este trimestre. APOSTILA CREP: EDUCAÇÃO FÍSICA – 9º ANO: 1º TRIMESTRE/2020 2 UNIDADE TEMATICA: BRINCADEIRAS E JOGOS (Brincadeiras e Jogos) Jogos cooperativos: Jogos semi cooperativos, Jogos cooperativos sem perdedores, Jogos de resultado coletivo, Jogos de Inversão (Rodízio, Inversão do goleador, Inversão do placar e Inversão total), Jogos de Quebra-gelo e Integração, Jogos de Toque e Confiança, Jogos de Criatividade e sintonia, Jogos de Fechamento. JOGOS COOPERATIVOS Escolhemos o tema jogos cooperativos por percebemos neles a possibilidade real da inclusão de todos. Fazendo uma relação com a disciplina educação inclusiva, acreditamos que tais atividades proporcionam a união de um determinado grupo mesmo quando há diferenças significativas entre seus integrantes. Estas brincadeiras também dão a chance de momentos prazerosos de aprendizagem,sem perdedores ou competições. Muitos indivíduos que se esquivam de determinadas práticas por não se sentirem à vontade competindo são membros extremamente participativos nesta situações diversas. Além da questão da inclusão e do desenvolvimento cognitivo há também a questão social que tais jogos trabalham, tornando quem os pratica cidadãos mais participativos. Os Jogos Cooperativos surgiram, da reflexão do quanto a cultura ocidental principalmente, valoriza excessivamente o individualismo e a competição. Na verdade, os Jogos Cooperativos, não são novidades, segundo Terry Orlick "começaram a milhares de anos atrás, quando membros das comunidades tribais se uniram para celebrar a vida". Segundo Fábio Brotto, "alguns povos ancestrais, como os Inut(Alasca), Aborígenes(Austrália), Tasaday(África), Arapesh(nova Guiné), os índios norte americanos, brasileiros, entre outros, ainda praticam a vida cooperativamente através da dança, do jogo e outros rituais. Portanto, os Jogos Cooperativos, sempre existiram consciente ou inconscientemente." Sua sistemização, ocorreu a partir de vivências e experiências, na década de 50 nos Estados Unidos, através do trabalho pioneiro de Ted Lentz. Desde então, estudos e programas expandiram-se para muitos países principalmente Canadá, Venezuela, Escócia e Austrália. Hoje, sabe-se de muitos outros que desenvolvem trabalhos com os Jogos Cooperativos de forma profunda e cada vez mais ampla. Segundo Terry Orlick, "a diferença principal entre Jogos Cooperativos e competitivos é que nos Jogos Cooperativos todo mundo coopera e todos ganham, pois tais jogos eliminam o medo e o sentimento de fracasso. Eles também reforçam a confiança em si mesmo, como uma pessoa digna e de valor." Inicialmente, esses jogos tiveram maior repercussão dentro de programas de Graduação e Pós graduação em Educação Física, atualmente, experimenta-se essa proposta em diversas áreas; como no esporte em geral, em Pedagogia, Administração de Empresas, Psicologia, Filosofia, Movimentos Comunitários, ONGS, Saúde, Desenvolvimento do Potencial Humano e tantas outras, sendo desenvolvidos com pessoas e grupos muito diversificados e de todas as idades. Em 2000 iniciou-se no APOSTILA CREP: EDUCAÇÃO FÍSICA – 9º ANO: 1º TRIMESTRE/2020 3 Brasil na cidade de Santos –SP, o curso de Pós Graduação em Jogos Cooperativos o qual hoje está em sua segunda turma. Em seu livro, ‘Vencendo a Competição’ - Orlick, classifica o Jogo Cooperativo em categorias, onde pratica-se a cooperação em todas elas, porém em diferentes graus. Dentro dessa ótica teríamos: O Jogo Cooperativo sem perdedores, Jogos de resultado Coletivo, Jogo de inversão, Jogos Semicooperativos*. ❖ Jogos Cooperativos sem perdedores: Nesses jogos normalmente não se tem perdedores, todas as pessoas jogam juntas para superar um desafio comum; ❖ Jogos Cooperativos de Resultado Coletivo: São formadas duas ou mais equipes que incorporam o conceito de trabalho coletivo por um objetivo ou resultado comum à todos, sem que haja competição entre os times que necessitam de alto grau de cooperação entre si, assim como, cooperar coletivamente com os outros times para alcançar a meta ❖ Jogo de Inversão: Esses jogos quebram o padrão de times fixos e consequentemente mexem com a questão: Quem venceu? Trazem o prazer pelo jogo e não pela vitória. Existem vários tipos de inversão o dependendo do tipo de jogo e das regras. Por exemplo: - Rodízio: Os jogadores trocam de times em determinados momentos, no final do lance, do saque ou arremesso, por exemplo. - Inversão do "Goleador": Quem faz ponto muda de time. - Inversão do placar: Os pontos são marcados para o outro time. - Inversão Total: Tanto quem faz ponto quanto os pontos passam para o outro time. David Earl Plats, classifica os Jogos Cooperativos quanto a sua finalidade como instrumento de aprendizagem, integração e visão sistêmica. Sendo assim teríamos os Jogos de Quebra- gelo e Integração, os Jogos de Toque e Confiança, os Jogos de Criatividade, Sintonia e Meditação e os Jogos de Fechamento. Vamos à eles: ▪ Jogos de Quebra-gelo e Integração: São jogos de abertura, nomes, ação, folia, musicais e com dança. São jogos curtos e com altas doses de ação e gasto de energia. Servem para unir o grupo desde o início da sessão, ajudando os participantes a memorizar o nome de cada um, começar um contato e se descontraírem. Os jogadores se soltam, aquecem, descarregam as tensões físicas e superam reservas pessoais. Devem ser usados nas primeiras fases de desenvolvimento do grupo, no início de cada reunião, após intervalos e todas as vezes que o focalizador sentir que a energia e motivação da equipe estão diminuindo. ▪ Jogos de Toque e Confiança: Depois que o gelo foi quebrado, o objetivo do treinamento ou vivência pode começar a ser gradualmente trabalhado. Estes jogos ajudam os participantes a observar como lidam com a confiança em suas vidas. Conforme as pessoas forem se abrindo podemos passar aos exercícios de toque. Os jogos de toque e confiança devem ser utilizados com bastante cuidado, o focalizador deve estar atento ao momento do grupo e às reações de cada participante, assegurando-se de que o momento é este, pois eles podem disparar processos psicológicos internos. ▪ Jogos de Criatividade, Sintonia e Meditação: São jogos que estimulam a expressão da imaginação, intuição e criatividade. Nestes jogos os participantespodem se autoperceber e mostrar abertamente aos outros o que descobriram acerca de si mesmos e do grupo. Os participantes também fazem APOSTILA CREP: EDUCAÇÃO FÍSICA – 9º ANO: 1º TRIMESTRE/2020 4 contato com seu próprio interior e com o grupo, percebendo o "maior" em todos os níveis. Neste momento o grupo já está completamente integrado, traballhando junto e com plenas condições de aprofundar e introjetar o que foi visto até agora. ▪ Jogos de Fechamento: Estes jogos servem para dar às pessoas a chance de se posicionarem em relação ao grupo e a si mesmas, transferindo o que fizeram no treinamento ou vivência para o seu dia-a-dia. JOGOS SEMICOOPERATIVOS Jogos semi-cooperativos, onde um grupo continua jogando contra o outro, mas a importância do resultado é diminuída, o jogo se torna envolvente e é prazeroso para os participantes, nesse jogo todos têm as mesmas oportunidades (ORLICK, 1989). Jogos indicados para iniciar a aplicação dos Jogos Cooperativos, especialmente num contexto de aprendizagem esportiva. Basicamente, são jogos com estruturas competitivas que contêm elementos de cooperação, favorecendo a diminuição gradativa da competição. Dentre estes elementos, podemos citar: ✓ Todos jogam: Todos que querem jogar e recebem o mesmo tempo de jogo; ✓ Todos tocam/Todos passam:A bola deve ser passada entre todos os jogadores do time, para que seja validado o ponto; ✓ Todos marcam ponto: ✓ Para que um time vença, é preciso que todos os jogadores tenham feito pelo menos um ponto. Dependendo do grau de habilidade do grupo, podemos considerar as tentativas que resultaram em bola na trave, aro da tabela ou um saque correto; ✓ Todas as posições: Todos os jogadores passam pelas diferentes posições no jogo. ✓ Passe misto: A bola deve ser passada, alternadamente, entre meninos e meninas; ✓ Resultado misto: Os pontos são convertidos, ora por menino, ora por menina. . REFERÊNCIAS PARANÁ. SEED – Secretaria da Educação e do Esporte. CREP – Currículo da Rede Estadual Paranaense para a disciplina de Educação Física. Curitiba: 2020. PARANÁ. SEED – Secretaria da Educação e do Esporte. Diretrizes curriculares da educação básica – Educação Física. Curitiba: 2008. PARANÁ. SEED – Secretaria da Educação e do Esporte. Referencial Curricular do Paraná: princípios, direitos e orientações. Curitiba: 2018. OBSERVAÇOES: os conteúdos foram levantados e sistematizados através do dominio público da internet, artigos, livros, entre outros e também estão presentes na pagina http://www.educacaofisica.seed.pr.gov.br/ (a pagina possui inumeros links que contribuiram para elboração desta apostila) http://www.educacaofisica.seed.pr.gov.br/ APOSTILA CREP: EDUCAÇÃO FÍSICA – 9º ANO: 1º TRIMESTRE/2020 5 UNIDADE TEMATICA: DANÇAS (Danças) Danças de salão: Valsa, Polca, Merengue, Forró, Vanerão, Vanera, Samba de Gafieira, Samba Rock, Soltinho, Xote, Bolero, Salsa, Cumbia, Rumba, Cha- cha-chá,Swing, Tango, Milonga, Country casal, Foxtrot, Pasodoble, Zouk, Kizomba. A expressão dança de salão refere-se a diversos tipos de danças em casal, que são executadas em salões com práticas técnicas e artísticas. As danças de salão são consideradas uma forma de entretenimento e de integração social, bem como uma forma de atividade física. As danças de salão podem ser caracterizadas de várias formas. Algumas são dançadas predominantemente no mesmo lugar do salão (como o Forró de salão) enquanto outras são dançadas com deslocamento pelo salão (como no Samba, no Bolero e no Tango). O deslocamento é chamado de ronda e ocorre circulando o salão no sentido anti-horário. Outra forma de rotular as danças é pela forma mais comum de conexão (condução). Na condução pelos braços (Ex: Forró moderno, Salsa, Bachata), as figuras são feitas puxando, empurrando e levantando os braços. Na condução pelo tronco (Ex: Samba, Bolero, Tango), os braços acompanham a virada do tronco exigindo uma conexão maior entre o casal. VALSA A primeira dança de salão oficial – a Valsa – e a primeira que qualquer aspirante a bailarino aprende, foi apresentada ao mundo em Viena, Áustria, no ano 1776. Curiosamente, uma das danças mais elegantes de todos os tempos teve a sua origem nos dançares tradicionais dos camponeses austríacos! O primeiro passo Com algumas adaptações, o folclore camponês tão popular na Áustria e no sul da Alemanha, entra pelos salões de dança como um furação e é imediatamente aceite pela alta sociedade vienense. A Valsa e o seu sucesso seguiram para França (só em Paris chegaram a existir 700 salões de dança!) e depois para Espanha e Portugal. Os portugueses, por sua vez, levaram a Valsa na bagagem da sua corte, quando embarcaram no Brasil em 1808. E assim correu mundo, sendo apresentada aos americanos, em Boston, no ano 1834… onde não foi tão bem recebida. Ao contrário das danças existentes até então – onde o par dançava separado ou com os braços esticados e as mãos pousadas nos ombros um dos outros – a Valsa implicava um contacto físico muito próximo e, por incrível que pareça, foi desde logo baptizada de “dança proibida” e apontada como uma dança vulgar, ou seja, um autêntico pecado! Este sentimento era ainda partilhado pelo povo inglês, na Europa, onde a aceitação da Valsa foi igualmente lenta. Por outro lado, a intimidade da Valsa era algo que agradava a muitas pessoas, principalmente aos jovens e, como o “fruto proibido é sempre o mais apetecido”, não houve resistência suficientemente forte para extinguir a dança. Aliás, a sua popularidade e aceitação continuou a crescer ao longo de todo o século XIX por dois motivos: os seus passos básicos eram fáceis de aprender e, segundo escreveu José Ramos Tinhorão, um estudioso da valsa, os salões de dança eram dos "únicos espaços públicos de aproximação, que a época oferecia a namorados e amantes”. APOSTILA CREP: EDUCAÇÃO FÍSICA – 9º ANO: 1º TRIMESTRE/2020 6 Em meados do século XIX, a Valsa estava simplesmente na moda e praticava-se em todo o mundo, sem excepção! A título de curiosidade, a Valsa acabou por ser destronada e o rótulo de “dança proibida” foi atribuído ao sensual Tango. Apesar da popularidade inicial da Valsa ter sido confrontada com alguma resistência, a mais conhecida dança de salão de sempre sobreviveu a todas as críticas, mostrando o seu valor nas melhores pistas do mundo. Com o passar dos anos, serviu de base para a criação de outras danças, igualmente populares, e tem ainda diversas variações. • Vienesa – a pioneira, dança-se a um ritmo bastante rápido. • Moderna ou Inglesa – uma derivação da Valsa Vienesa, dança-se a um ritmo mais lento. • Internacional Standard – o par mantém sempre a “posição fechada”, normalmente é apenas dançada em competições internacionais. • Estilo Americano – incorpora vários movimentos onde o par deixa praticamente de ter contacto um com o outro. • Peruana – muito semelhante à Valsa Moderna, difere na música, que é fortemente influenciada por sons latinos e espanhóis. • Venezuelana – os venezuelanos incluíram novos passos e a sua própria música à Valsa clássica. • “Cross Step” – tal como o próprio nome indica, esta Valsa inclui um passo especial, que é cruzado. A valsa também é uma música! Sem a música, a dança não é nada e talvez uma boa parte do sucesso da Valsa é que ela também tem a sua própria música! Johann Strauss e Franz Lanner (ambos austríacos) foram, sem dúvida, os compositores que mais se dedicaram ao estilo, por volta de 1830, tendo sido também os responsáveis pela melodia mais rápida que acompanhava a Valsa Vienesa. Porém, não são de descurar nomes como Beethoven, Chopin, Brahms e Ravel que, no seu tempo e dentro da sua genialidade, reinterpretaram a clássica valsa. Enquanto música, a valsa seduz pela sua melodia graciosa e sinfónica, e para a qual contribuem instrumentos como o piano, o violino e o baixo. Para a pista… A palavra “valsa” deriva do alemão “Walzen”, que significa “girar”ou “deslizar”… nada mais apropriado, tendo em conta que esta é uma dança que incorpora um padrão básico de movimentos – passo-passo-espera – e o resultado é um par de bailarinos elegantes, a deslizar energicamente pelo salão. São as ondulações graciosas, as mudanças rápidas na velocidade do corpo e as elevações nas pontas de ambos os pés, que fazem da Valsa única. Parece difícil? Na realidade não é, porque a Valsa é uma coreografia relativamente simples, baseada num esquema em diagonal, com um ritmo básico, repetitivo e de fácil memorização, que se traduzem em movimentos leves e suaves, executados na pista sempre no sentido contrário dos ponteiros do relógio. POLCA Polca é uma divertida dança de casal originária de danças folclóricas do leste europeu. Fora da Europa, geralmente, é dançada nas comunidades de imigrantes ou em bailes com danças temáticas. Além disso, muitas famílias descendentes do leste europeu dançam a polca nas suas festas de casamento. A polca é uma dança rápida, empolgante e divertida. APOSTILA CREP: EDUCAÇÃO FÍSICA – 9º ANO: 1º TRIMESTRE/2020 7 MERENGUE Essa é uma dança que surgiu na República Dominicana e também criou raízes em países como Porto Rico, Haiti, Venezuela e Colômbia. Utiliza instrumentos musicais como os saxofones, acordeão, trompeta e teclado. Praticada por casais, a dança conta com passos rápidos e simples. Ou seja, um dos pés marca o tempo da dança e o outro segue a coreografia. Já os membros superiores não se movimentam muito deixando o ritmo apenas para as pernas e os pés. FORRÓ O nome forró deriva da palavra 'forrobodó' e já era dançada ainda no século XIX nas cidades nordestinas. Sofreu grande influência dos africanos e europeus. É uma dança típica realizada entre casais que executam várias evoluções durante os passos. Na década de 80, surgiu um tipo de forró que utilizava instrumentos musicais eletrônicos e atraíram um público mais diversificado para esse estilo. Um dos passos mais básicos do forró, é o que o homem abraça sua parceira colocando uma de suas mãos na cintura dela e segurando a outra mão um pouco acima da cintura dos dois. Enquanto isso, a mão dela se posiciona nas costas do parceiro e seu rosto também se aproxima. Posteriormente, são dados dois passos com o pé esquerdo para o lado esquerdo e depois repetir o gesto para o lado direito. O casal deve girar pelo salão repetindo esses passos. VANERA/VANERINNHA/VANERÃO É um estilo de dança típica do Rio Grande do Sul, e também muito presente na tradição do Paraná, Santa Catarina, São Paulo e Mato Grosso do Sul. Assim como a vanera e a vanerinha, nasceu de origem alemã e se desenvolveu no Sul do Brasil. Seu ritmo foi influenciado pela habanera, originada em Havana, Cuba, da mesma forma que vários outros encontrados nos países hispano-americanos, como o tango, o samba canção e o maxixe. De acordo com o andamento da música, têm-se as variantes vanerinha, para ritmo lento, vanera, para ritmo moderado, e vanerão, para ritmo mais rápido. Ao lado do xote, do bugio e do fandango, tornou-se uma das danças mais populares do Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina. Foi levada também a Mato Grosso do Sul e Mato Grosso pelos gaúchos que para lá partiram em busca de novas fronteiras agrícolas no século XX. Hoje pode-se encontrar grupos famosos responsáveis pelo ritmo na região centro-oeste. O vanerão também conhecido como limpa-banco, tendo o andamento mais rápido do que a vanera, prestando-se ao virtuosísmo do gaiteiro de gaita piano ou botonera (voz trocada), sendo assim muitas vezes um tema instrumental. Quanto à forma musical, o vanerão pode ser construído em três partes (rondó), utilizado em ritmos tradicionais brasileiros como o choro e a valsa. Quando cantado, dependendo do andamento e da divisão rítmica da melodia, exige boa e rápida dicção por parte dos intérpretes. O Vanerão com sua vivacidade exige bastante energia, tanto dos músicos, como dos bailadores. Os passos do Vaneirão devem ser executados em quatro movimentos: dois passos para a esquerda e dois para direita. Na dança as pessoas usam roupas originárias da Europa e Oriente Médio. SAMBA DE GAFIEIRA Essa dança é uma herança do maxixe e começou a ser praticada a partir do século XX. O nome vem da palavra francesa 'gaffe' (gafe). É sempre o homem que conduz a mulher e ele executa gestos de proteção, ritmo e elegância. É acompanhada por instrumentos como o violão, o cavaquinho, percussão, choro e clarineta. APOSTILA CREP: EDUCAÇÃO FÍSICA – 9º ANO: 1º TRIMESTRE/2020 8 SAMBA ROCK É um tipo de dança que surgiu da criatividade dos frequentadores dos bailes - em casas de família e salões da periferia de São Paulo - no final da década de 1950 e começo da década de 1960, mesclando os movimentos do rockabilly com o gingado brasileiro de se dançar samba . Nasceu ao som dos primeiros DJs e, depois, das equipes de som. A forma de se dançar samba-rock foi sendo aprimorada com os festivais de dança, onde os dançarinos disputavam entre si para ver quem era o melhor. As disputas entre os dançarinos de samba- rock seguiam os mesmo moldes do filme "Embalos de Sábado à Noite", onde havia o júri técnico formado por aqueles que se julgavam ser os melhores dançarinos da época. Eles julgavam a parte técnica da dança: tempo contra tempo, erros, passos inéditos, quantidades de passos, qualidade dos passos e dificuldades dos passos. Em alguns festivais, havia, também, o chamado júri popular: se escolhiam alguns frequentadores destes bailes para, junto com o júri técnico, escolher os melhores em uma escala de um a dez ou de dez a cem. Lembrando que as regras e o formato destes festivais variavam de bairro para bairro ou mesmo de vila para vila. É também um gênero musical, embora isso ainda suscite algumas discussões. Na primeira metade da década de 1970, esse tipo de música foi chamado por diversos nomes: sambalanço, swing, rock samba e, finalmente, samba-rock. Em 1978, foi lançada a primeira coletânea contendo músicas tocadas nos bailes de samba-rock. Ela se chamava "Samba Rock - o Som dos Blacks" e deu início a uma nova era. Continha vários sucessos de bailes da época facilitando o acesso a essas músicas, que até então eram músicas fora de catálogo e difíceis de se encontrar. O surgimento das coletâneas acabou ajudando a difundir o samba-rock ainda mais. SOLTINHO O soltinho é comparado a danças que surgiram nos Estados Unidos, mas ele possui passos básicos tanto para a direita como para a esquerda. Além disso, não há uma música específica para ele e sim canções que se encaixam perfeitamente para dançar soltinho. No Brasil, começou a ser mais praticado a partir da década de 80. XOTE É uma cadência musical que tem como ancestral uma dança de salão portuguesa. Este ritmo nasce, porém, na Alemanha, originalmente intitulado Schottisch, termo alemão que traduzido tem o sentido de ‘escocesa’, embora não guarde nenhuma relação com a Escócia. Ao criarem esta expressão, os alemães se referiam à polca escocesa, da maneira como era vista por este povo. Esta dança parece ter desembarcado em solo brasileiro em 1851, na bagagem de José Maria Toussaint. A princípio ela era difundida entre os aristocratas que viviam durante o Segundo Reinado. Mas logo os escravos se afeiçoaram a este ritmo, observando a coreografia e adaptando-a aos seus próprios gingados. Não demorou muito para que o Schottisch se transformasse no ‘xótis’ e depois no ‘xote’. Assim que os negros instituíram a Irmandade de São Benedito, este bailado tornou-se símbolo dos Bragantinos. O xote foi aos poucos se distanciando dos elementos originais do Schottisch, pois os antigos escravos imprimiram a esta dança sua flexibilidade sem igual, seus giros e movimentos corporais, que conferem aos que o dançam uma maior vivacidade. Atualmente este ritmo se tornou mais adaptável e é, assim, localizado tanto nos forrós que grassam no Nordeste brasileiro, quanto na região Sul, constituindoo xote gaúcho. Ele também se APOSTILA CREP: EDUCAÇÃO FÍSICA – 9º ANO: 1º TRIMESTRE/2020 9 encontra mesclado a outros ritmos da América Latina, como a salsa, a rumba e o mambo, e é uma das cadências mais executadas e dançadas no Brasil. As mulheres normalmente trajam saias amplas ou vestidos com a cintura franzida. Os homens optam pelas calças tradicionais ou de jeans, acompanhadas por camisas de manga comprida, bem coloridas e estampadas. As músicas são tocadas em rabecas ou violas, junto com o pandeiro e o triângulo, e vocalizadas por uma banda. Imortalizado pelo compositor Luiz Gonzaga, o xote nordestino tem uma cadência binária ou quaternária, tocada em marcha rápida. Nas tradicionais festas juninas, porém, este ritmo soa de forma mais lenta. É possível encontrar várias maneiras de dançar esta sonoridade. Há o xote de duas damas, que mais se aproxima do estilo alemão, no qual o trabalhador rural dança com duas prendas ou damas. No xote carreirinha os casais correm no mesmo rumo. Esta dança é semelhante à que os alemães conhecem como ritsch-polka. Ela é muito comum no Rio Grande do Sul. O xote inglês foi muito difundido no fim do século XIX, inspirado pela predominância da Inglaterra no Brasil neste período. Dominou as cidades, tocado ao piano, para depois atingir o interior, aí praticado na gaita. O xote de sete voltas exige que o casal dê sete voltas pelo salão, bailando primeiro em uma direção, depois em outra contrária. No xote do Chico Sapateado os bailarinos alternam movimentos da polca, abraçados pela cintura, com voltas e sapateados, durante os quais eles se tocam através das pontas dos dedos da mão direita. BOLERO Esse tipo de dança surgiu na Europa e chegou a Cuba ainda no século XIX. A base desse ritmo é o dois pra lá, dois pra cá; porém, ocorrem também os giros, as caminhadas e evoluções durante o bolero. O nome da dança é explicado por causa dos vestidos usados por algumas bailarinas. As peças continham bolas (chamadas de boleiras). SALSA A salsa é uma dança que surgiu em Cuba e fez sucesso após outras danças latinas como o Cha Cha Cha, a Rumba e o Mambo. Porém, essa dança ganhou mais notoriedade por meio das obras dos porto-riquenhos Irmãos Lebron. Por onde passou, a salsa foi agregando valores de países como Venezuela, Brasil, Colômbia, Venezuela, Estados Unidos e República Dominicana. Dançada em pares, ela usa as batidas do ritmo da salsa e muitos rodopios. É uma dança sensual que permite que os bailarinos abusem da movimentação do corpo. CUMBIA É a música típica nacional da Colômbia. De início, surgiu na região norte do país, na zona rural e somente depois chegou nas grandes cidades. O ritmo se disseminou por todos ou quase todos os países falantes do castelhano na América Latina e, atualmente, é considerado um dos ritmos musicais mais populares na Argentina e no México. A cúmbia é um estilo de música tradicional da Colômbia, e uma dança popular de distintos países latino-americanos. RUMBA É uma das danças de salão com estilo mais lento, surgiu por meio dos ritmos africanos e chegou a Cuba após a chegada dos espanhóis. E, em 1925, foi banida do país, pois foi considerada inapropriada para os costumes da época. Entretanto, a rumba conseguiu sobreviver a todas as objeções. APOSTILA CREP: EDUCAÇÃO FÍSICA – 9º ANO: 1º TRIMESTRE/2020 10 Os passos são simples e a mulher utiliza a coreografia para seduzir o homem. Eles estabelecem um jogo na pista de dança. São movimentos agressivos, insistentes e românticos. Além disso, há um extenso trabalho com os pés e a utilização de instrumentos musicais como tambores, percussão e maracas. CHA- CHA-CHÁ É uma dança que surgiu em Cuba, durante os anos 50 e pode ser dançada em pares ou por qualquer pessoa. É um tipo de dança de salão dinâmica e divertida. Conta com três passos rápidos, chamados de chassé, e outros dois mais lentos. Quando os dançarinos executavam os passos mais rápidos, o som ouvido era parecido com cha, cha,cha, por isso o nome dessa dança. O casal não precisa ficar tão próximo durante a execução e a mulher coloca a mão sobre o ombro do seu parceiro enquanto ele realiza o mesmo procedimento. O pé deve permanecer sempre em contato com o chão e o peso da pessoa vai sendo direcionado para cada um deles. SWING É a designação comum a um grupo de estilos de dança típicos dos Estados Unidos, que se desenvolveram a partir do jazz nas décadas de 1920 e 1950, com as origens de cada dança antecedendo a popular "era do swing". A mais conhecida destas danças é o Lindy Hop, uma dança popular que se originou no Harlem, em 1927, e ainda é dançado até os dias de hoje. Enquanto a maioria dos tipos de swing originou-se em comunidades afro-americanas, algumas, como o Foxtrot e Balboa, desenvolveram-se em comunidades brancas. Swing nem sempre foi o termo geral . Historicamente, o swing foi um termo aplicado sem conexão com a época do swing, ou a sua música relacionada. TANGO O tango surgiu nos bairros mais humildes da Argentina e se tornou uma das danças mais admiradas no mundo. Assim como a valsa, o casal de dançarinos dançam bem próximos e pode-se improvisar mais do que as outras modalidades. Apesar do surgimento no país portenho, o tango argentino sofreu influências de países como Itália, França e Espanha. Uma das origens é que a dança e a música do tango estão ligadas aos homens argentinos, que faziam filas nos bordéis e, para que não ficassem esperando tanto, os donos desses estabelecimentos contratavam músicos de tango. No início do século XX, a dança chegou a Europa. Atualmente, a dança é dividida de três formas: o estilo argentino, o americano e o internacional. O ombro esquerdo conduz o casal que deve manter seu corpo inclinado. São basicamente oito passos principais que são realizados com movimentos cheios de intensidade e dramaticidade. Os dançarinos devem manter a proximidade e o olhar intenso. MILONGA "Dança urbana de Buenos Aires, da mesma geração do Tango, mas com melodia e ritmo brejeiro. O sentido do termo provém da língua “Bunda” da República dos Camarões, (Melunga = palavra, o plural é Milonga)”. Descende da Habanera Cubana e o Lundu Africano. No vocabulário africano milonga quer dizer palavra, tem passagem pela Europa de onde adquiriu fortes traços da influência negro e hispânica, Sua pátria contudo é o pampa Riograndense, Uruguaio e Argentino, indícios apontam para o surgimento na Argentina por volta de 1865/1870. Onde junto com o Tango de Gardel, tomaram conotações de danças populares argentinas, na Argentina o local onde as pessoas vão dançar tango, o salão de bailes, é chamado de milonga, neste mesmo local são dançados ambos os ritmos, a milonga Argentina, herda do tango a APOSTILA CREP: EDUCAÇÃO FÍSICA – 9º ANO: 1º TRIMESTRE/2020 11 estrutura de seus passos e figuras, no tango o passo básico de 8 tempos, a milonga abrevia em 6 porém a estrutura é muito idêntica, e aos ouvidos de um leigo é quase impercebível a diferença entre os dois ritmos, contudo a diferença se dá na milonga ser mais rápida e compassada em quanto o tango é mais dançado através de estímulos. O Rio Grande do Sul adotou esta dança e deu conotações Riograndenses a esta dança aonde a proximidade com a vaneira, originou a milonga dançada nos fandangos gaúchos, que difere da milonga Argentina, a milonga gaúcha é uma dança calma que por ter muitas influências do tango, possui giros lentos entre outros cortantes, lembrando os ganchos e sacadas do tango, todos estes enfeites são criados pela habilidade dos bailarinos. Em 1968 o conjunto Farroupilha gravou pela primeira vez uma milonga no RS, “A Milonga do Bem Querer”. Coreografia dos passos: para o peão, uso do compasso binário para a esquerda e o compasso único para a direita e para a prenda, uso do compasso binário para a direita e o compasso único para a esquerda. COUNTRY CASAL (não disponível) FOXTROT O foxtrote (foxtrot ou fox-trot em inglês) é uma dança desalão caracterizada por movimentos longos e contínuos, cuja direção segue o sentido anti-horário, em andamento suave e progressivo. Dança-se para música executada pelas grandes bandas de jazz – as big bands (geralmente com acompanhamento vocal) – com sensação de elegância e sofisticação. Visualmente, a dança assemelha-se à valsa, embora o ritmo seja quaternário (em vez do ritmo ternário da valsa). Desenvolvido logo após a Primeira Guerra Mundial, o foxtrote atingiu o auge de popularidade na década de 30, e continua praticada até hoje. A origem exata do nome da dança é desconhecida. Uma hipótese afirma que o nome foxtrot (literalmente "trotar da raposa") faz alusão a danças de origem africana, praticadas por afro- americanos, cuja coreografia imitava passos de animais e que teria inspirado o estilo de dança original do foxtrote. Outra hipótese de origem vincula o nome da dança ao de seu primeiro divulgador, o ator de vaudeville Harry Fox. PASODOBLE Originado no século XVI, na Espanha, o paso doble é um dos ritmos mais representativos desse país. Isso porque a sua postura é tensa, bem marcada, forte e decidida, semelhante ao flamenco. Esse ritmo intenso é dançado frente a frente, mas um pouco mais afastado que a maioria das outras danças de salão. Ele consiste em um passo por tempo, no qual o casal permanece paralelo e com as mãos unidas. Os homens costumam ser mais abruptos, enquanto as mulheres movimentam levemente os quadris. Dentre os principais benefícios está o controle da ansiedade, e equilíbrio, mantidos pelo alto nível de concentração do(a) dançarino(a). APOSTILA CREP: EDUCAÇÃO FÍSICA – 9º ANO: 1º TRIMESTRE/2020 12 ZOUK O zouk surgiu nos países caribenhos durante as décadas de 60 e 70. A palavra significa festa e é dançada analisando o tempo da música. No Brasil, o zouk contém mais giros e movimentos com os membros superiores. KIZOMBA Kizomba é um género musical e um estilo de dança originários de Angola erradamente confundido com o zouk, devido ao ritmo ser muito semelhante. Em Portugal a palavra “kizomba” é usada em termos de marketing para qualquer tipo de música derivada do zouk mesmo que não seja de origem angolana. De notar que muitos angolanos e muitos cabo-verdianos não apreciam o facto de qualquer música baseada no zouk seja chamada de “kizomba”. • Para muitos angolanos, a palavra “kizomba” devia restringir-se à forma pura praticada por angolanos, geralmente cantado em português. Ocasionalmente, pode conter elementos musicais do samba. • Para muitos cabo-verdianos, a forma de zouk praticado por cabo-verdianos chama-se “cabo- zouk”, “cabo-love” ou “colá-zouk”, quase sempre cantado em crioulo. Alguns autores distinguem o “cabo-zouk” (como sendo uma cópia do zouk) do “colá-zouk” (como sendo zouk contendo elementos musicais da coladeira). REFERÊNCIAS PARANÁ. SEED – Secretaria da Educação e do Esporte. CREP – Currículo da Rede Estadual Paranaense para a disciplina de Educação Física. Curitiba: 2020. PARANÁ. SEED – Secretaria da Educação e do Esporte. Diretrizes curriculares da educação básica – Educação Física. Curitiba: 2008. PARANÁ. SEED – Secretaria da Educação e do Esporte. Referencial Curricular do Paraná: princípios, direitos e orientações. Curitiba: 2018. OBSERVAÇOES: os conteúdos foram levantados e sistematizados através do dominio público da internet, artigos, livros, entre outros e também estão presentes na pagina http://www.educacaofisica.seed.pr.gov.br/ (a pagina possui inumeros links que contribuiram para elboração desta apostila) http://www.educacaofisica.seed.pr.gov.br/
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