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CURSO DE PSICOLOGIA

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CURSO DE PSICOLOGIA
TURMA: PS6/A34
LIDIANE AZEVEDO - D49HCA-5
 PSICODIAGNÓSTICO INTERVENTIVO FENOMENOLÓGICO EXISTENCIAL
PSICODIAGNÓSTICO INTERVENTIVO PSICANALÍTICO 
 
 
 Manaus/AM
2020
PSICODIAGNÓSTICO INTERVENTIVO FENOMENOLÓGICO EXISTENCIAL
Psicodiagnóstico Interventivo consiste em uma prática da Psicologia Clínica que integra simultaneamente os processos avaliativo e terapêutico. Nesse método de intervenção são utilizados assinalamentos e interpretações desde a primeira entrevista com o paciente e durante a aplicação de técnicas projetivas. Sua fundamentação repousa no potencial da situação diagnóstica para trazer à tona, de maneira concentrada, aspectos centrais da personalidade do indivíduo. Psicodiagnóstico Interventivo Fenomenológico Existencial. Parte da premissa de que a religiosidade integra as vivências e experiências humanas e, por essa razão, é constituinte da maneira como a pessoa se coloca no mundo, da forma como vê as situações em sua vida e de como as enfrenta.
1.PSICODIAGNÓSTICO TRADICIONAL
O psicodiagnóstico interventivo “tradicional”, é um processo psicológico voltado para o esclarecimento da demanda que mobilizou o paciente a buscar ajuda psicológica, com o objetivo de propor o encaminhamento mais adequado. O psicodiagnóstico era um processo de avaliação, que podia (frequentemente deveria) recorrer a testes psicológicos para compreender o sentido do sofrimento apresentado. Parte-se do pressuposto de que essa modalidade de prática psicológica visa esclarecer a demanda no momento de chegada ao serviço de psicologia para, em seguida, fazer o encaminhamento correto. Está de acordo com a etimologia da palavra, que vem do “grego diagnõstikós e significa discernimento, faculdade de conhecer, de ver através de. ” (Ancona-Lopez, 1984, p. 1)
Utilizar métodos e técnicas psicológicas com o objetivo de: a) diagnóstico psicológico; b) orientação e seleção profissional; c) orientação psicopedagógica; d) solução de problemas de ajustamento” (Brasil, 1962). Assim, ao explicar o sofrimento psicológico do paciente e encaminhá-lo ao serviço adequado, estou realizando um diagnóstico psicológico. Implicado aqui está que eu, psicólogo, tenho um conhecimento científico que, aplicado às situações apresentadas pelo paciente, possibilita uma explicação das causas desse sofrimento. Conhecendo as causas, é possível uma intervenção adequada.
Esse modelo de psicodiagnóstico nasceu nos consultórios particulares, mas não se adéqua à situação de atendimento nessas instituições, aonde as pessoas vêm buscando ajuda para lidar com as dificuldades atuais. Ancona-Lopez (1984) lembra que as pessoas nem se preocupam com o nome do serviço psicológico que estão recebendo; o que lhes importa é conseguir lidar com o sofrimento atual. Mas o psicólogo que realiza o psicodiagnóstico no modelo tradicional acaba por desconsiderar o pedido de ajuda, postergando “a intervenção, empobrecendo um encontro rico de possibilidades” (p. 32).
2.PSICODIAGNÓSTICO INTERVENTIVO
O questionamento deste modelo de psicodiagnóstico surge a partir do encontro com a realidade institucional que encontra. O psicodiagnóstico interventivo aparece como uma modalidade de prática psicológica mais adequada para atender a clientela das clínicas-escola. Por um lado, segue o mesmo objetivo do psicodiagnóstico tradicional, a saber, compreender o que ocorre, o comportamento interpretado como problemático, e para responder ao pedido de modificação por meio de intervenção do psicólogo, indicando o encaminhamento mais adequado, caso necessário. Por outro lado, o psicodiagnóstico interventivo rompe com o conceito de diagnóstico enquanto coleta de dados para que o psicólogo formule uma compreensão sobre o cliente, implicando os clientes no processo de formulação de uma compreensão sobre si mesmos e utilizando os encontros clínicos de maneira a já intervir na dinâmica apresentada, contribuindo para o esclarecimento e para a superação do sofrimento que motivou a busca por ajuda.
Primeiramente, as sessões eram realizadas em grupo. Isso é muito enriquecedor neste processo, pois possibilita aos pais e responsáveis que ouçam as suas histórias, as compreensões que têm dos comportamentos de seus filhos e os modos como já tentaram lidar com os comportamentos tidos como problemáticos. Dessas discussões surgem muitas possibilidades de ação e compreensão da situação atual vivenciada pela família. Um dos aspectos principais do psicodiagnóstico interventivo é a liberdade para acompanhar o desvelamento do fenômeno que o psicólogo tem diante de si. Por isso, a abordagem psicológica mais pertinente é a fenomenologia existencial. Liberdade não quer dizer falta de delimitações. Quer dizer que se buscam constantemente modos de acesso que facilitem o desvelamento do sentido do sofrimento apresentado. Por isso, não há técnicas previamente delineadas. O atendimento aos pais e às crianças (no caso de psicodiagnóstico infantil) é uma ‘ferramenta’ adequada, pois a situação grupal facilita a manifestação dos modos de se relacionar. Assim, no psicodiagnóstico interventivo se alternam sessões dos pais e dos filhos.
3.DESVELANDO OS MUNDOS DA CRIANÇA
Os grupos com as crianças possibilitam a observação e a intervenção nas relações com outras crianças no momento em que acontecem. Assim, frequentemente chegam crianças com a queixa de que são isoladas ou agressivas com outras crianças. Em grupo, pode-se observar como essa criança interage com as demais. Em grupo pode-se observar tudo isso. E essa observação, diferentemente do modelo tradicional de psicodiagnóstico, que seria de coleta de dados para formulação de uma compreensão pelo psicólogo para posterior devolutiva e encaminhamento, possibilita que, imediatamente, intervenha-se na situação, investigando e convidando novos modos de ser e estar com outros. 
Outras possibilidades de investigação sobre a situação existencial daquele que busca ajuda psicológica são os testes psicológicos (também são prerrogativa do psicólogo) e visitas domiciliar e escolar. Enquanto no modelo tradicional de psicodiagnóstico o interessado vem ao consultório do psicólogo, a visita domiciliar propicia ao investigador vários dados de uma só vez: primeiro, pode conhecer o espaço habitado pelos pacientes, podendo compreender como é este ‘mundo’ (sua organização, seus aspectos, seus significados).
O psicodiagnóstico interventivo considera importante a visita escolar por esta revelar, como a domiciliar, outro mundo habitado pela criança. Ademais, é a oportunidade de conversar com outras pessoas que convivem com a criança – professor, diretor, cuidador, etc. – sobre as compreensões que têm da criança e de seus comportamentos, assim como implicá-los em novos modos de lidar com a criança, sendo esse o caso. Afinal, conhecer alguém é “conhecer a rede de relações da qual esta pessoa faz parte” (Ancona-Lopez, 1996, p. 27), seus contextos. A visita escolar também possibilita uma compreensão dos significados imbricados na organização espacial e física da escola, assim como os valores que sustentam o cotidiano escolar.
Como psicodiagnóstico, esta modalidade de prática psicológica ainda está focada na compreensão da demanda visando um encaminhamento adequado. Como já visto, entretanto, não se restringe a esse levantamento. O grande diferencial do psicodiagnóstico interventivo é o fato de que, na busca da compreensão da demanda, implicando como participantes dessa busca aqueles que, neste momento, sofrem, esta intervenção favorece o surgimento de novas possibilidades existenciais.
4.PSICODIAGNÓSTICO INTERVENTIVO COMO AÇÃO CLINICA 
 	Esta modalidade se propõe a acolher a experiência daquele que busca o psicólogo, favorecendo “uma visão mais clara de si mesmo e de sua perspectiva ante a problemática que vive e que gera um pedido de ajuda” (Mahfoud, 1987, p. 76) a partir das possibilidades do próprio clienteno momento em que a procura pelo serviço psicológico acontece. Assim, o plantonista contribui para o resgate da autonomia e da condição de ser-possível daquele que busca ajuda. Faz isso através principalmente do esclarecimento da situação existencial em que está imerso.
 É o que propõem Cautella & Morato (2009) com o serviço de plantão psicológico em instituição psiquiátrica: acolher a demanda de forma a contribuir para “articular-se de maneira mais produtiva em relação a essa situação de crise e às suas consequências na dinâmica familiar. ” (p,154) O psicodiagnóstico interventivo pode ser entendido dessa mesma forma, como um modo de responder à necessidade de rearticulação da malha existencial rompida no momento de crise (busca do serviço psicológico).
5. COAUTORIA DO SABER SOBRE SI
 Essa perspectiva fenomenológica de intervenção, isto é, disponível para acolher a demanda tal como aparece, a partir de sua própria especificidade, exige do psicólogo uma modificação na sua postura tradicional. O psicólogo não tem como fazer isto se estiver apoiado no saber científico sobre o outro, a partir do qual elaborará conhecimentos sobre ele. Esta postura exige participação dos envolvidos, o que coloca o psicólogo na mesma condição do paciente: diante de uma situação desconhecida, aberto para o que se manifestar, tendo que destinar o que aparecer. Ou seja, ambos estão no mesmo barco rumo à modificação da situação atual. Do ponto de vista fenomenológico a compreensão já é um modo de ação, dado que abre novas possibilidades. Ademais, é fundamental que as compreensões que surgem nos encontros possam ser partilhadas com os participantes. Isso torna necessário que o psicólogo cuide de que sua linguagem esteja em consonância com a dos participantes. Isto é, jargões psicológicos e linguagem técnica não favorecem a compreensão; pelo contrário, distanciam psicólogo e paciente.
Neste modelo de psicodiagnóstico infantil, um dos recursos mais interessantes para o diálogo com as crianças é o livro-história, produzido pelo psicólogo no final do atendimento. O livro-história é uma narrativa da história de vida, da situação atual e do processo de psicodiagnóstico escrito e ilustrado de acordo com a linguagem da criança em atendimento (Becker, Donatelli e Santiago, 2013). A elaboração desses livros nos estágios na UNIP e uma atividade riquíssima tanto pelo modo como favorece a compreensão e a apropriação do processo pelo paciente, quanto pelas descobertas de capacidade criativa e artística dos estagiários.
PSICODIAGNÓSTICO INTERVENTIVO PSICANALITICO
O psicodiagnóstico interventivo, possibilitando-lhes pensar o seu trajeto enquanto sujeito de sua história. Constatou-se que o psicodiagnóstico interventivo psicanalítico é um método que permite a compreensão intuitiva do inconsciente, em que o paciente tem a possibilidade de, a partir de um holding bem estabelecido, num ambiente suficientemente bom, diminuir seu sofrimento mental. A aplicação do psicodiagnóstico interventivo vem sendo utilizada desde a década de 90, por alguns profissionais da área de psicologia. Alguns psicólogos se interessaram pelo assunto e, nas últimas décadas, começaram a surgir estudos a respeito desse tipo de psicodiagnóstico. Winnicott (1971) citado por Silva (2010) escreveu sobre os resultados positivos obtidos com a interpretação da fala dos pacientes nas primeiras consultas. Walter Trinca (1998) formulou o psicodiagnóstico compreensivo, técnica em que o terapeuta interage com o paciente de forma empática e obtém um conhecimento profundo sobre seu funcionamento mental. Nos últimos anos, cada vez mais, os profissionais da psicanálise se aproximam de seus pacientes tentando abstrair aspectos de suas personalidades. Os precursores do psicodiagnóstico interventivo no Brasil foram os profissionais da abordagem fenomenológico-existencial. Ancona-Lopez (1998) e Santiago (1998). No psicodiagnóstico interventivo não há uma organização sequencial, com passos a serem seguidos, e o número de sessões não é predeterminado. Além disso, o profissional psicanalítico, como ‘objeto subjetivo’ deve proporcionar ao paciente a possibilidade, por meio da vivência emocional, de retomar seu desenvolvimento. É de extrema importância esse profissional ser visto e sentido como aquele que pode ajudar (Barbieri, 2010). O psicodiagnóstico interventivo de orientação psicanalítica começou a ganhar força no Brasil somente a partir do ano 2000. Esse tipo de psicodiagnóstico inova o modelo tradicional e permite ao profissional construir uma visão compreensiva do paciente, ao mesmo tempo em que poderá ser um processo gerador de mudanças. 
PSICODIAGNÓSTICO INTERVENTIVO PSICANALÍTICO DA CRIANÇA
Em um dos estudos com crianças que apresentavam queixa de comportamentos antissociais, Barbieri et al. (2004) investigaram se o psicodiagnóstico interventivo poderia contribuir para o tratamento da tendência antissocial. Interessados, ainda, nos resultados práticos do psicodiagnóstico Interventivo, Barbieri et al. (2007) fizeram um estudo sobre o psicodiagnóstico interventivo no tratamento infantil, enfocando os fundamentos teóricos e a Prática clínica.
 No atendimento infantil, o brincar para a criança é a forma que ela encontra de expressar naturalmente seus sentimentos e desejos (Silva, 2010). Quando o psicólogo interpreta o significado da brincadeira, mostra a situação em que se encontra a criança. Barbieri, Jacquemin e Alves (2005) realizaram um estudo, em que a proposta foi verificar se as características de personalidade das mães de crianças, submetidas ao psicodiagnóstico interventivo, poderiam interferir nos resultados terapêuticos de seus filhos. 
Os resultados do estudo com as mães mostraram que a mãe deprimida também poderia ser considerada como ‘suficientemente boa’. E que uma mãe que tenha capacidade de identificação com o filho, mesmo que sua organização de personalidade seja pouco evoluída, pode ajudar melhor numa intervenção terapêutica, que uma mãe com personalidade neurótica, mas que é incapaz de estabelecer vínculos. Assim como a criança necessita de uma mãe suficientemente boa, também necessita de um pai suficientemente bom. De acordo com essa perspectiva, Barbieri e Pavelqueires (2012) realizaram um estudo com o objetivo de verificar as características de personalidade dos pais (masculinos) de meninos e meninas com comportamentos antissociais, que foram avaliadas com o método do psicodiagnóstico interventivo, momento em que foram feitos apontamentos e interpretações. O estudo revelou que a figura paterna dessas crianças com comportamento antissocial, não se destacou com características suficientes para ajudá-las no tratamento, pois os pais mostraram muita dificuldade em dar-lhes forma e limites, restando-lhes a identificação narcísica com a angústia dessas crianças.
O psicodiagnóstico interventivo pode ser utilizado por psicólogos no atendimento a crianças, pois auxilia o profissional na compreensão psicodinâmica do paciente e favorece intervenções durante o processo avaliativo, permitindo a evolução do quadro desde as consultas iniciais. Ao analisar os estudos citados destacam-se como limitações que algumas variáveis foram avaliadas apenas segundo o relato da mãe ou do pai, o que pode ter restringido a análise das informações levantadas nas entrevistas. 
PSICODIAGNÓSTICO INTERVENTIVO PSICANALÍTICO DO ADULTO
Paulo (2006), Mishima e Barbieri (2009), estudaram a aplicação e os resultados do psicodiagnóstico interventivo no atendimento de adultos. A pesquisa desenvolvida por Paulo (2006) teve como objetivo verificar a possibilidade de se usar o modelo do psicodiagnóstico interventivo com pacientes adultos depressivos. A conclusão da autora foi a de que o psicodiagnóstico interventivo, com a utilização de testes projetivos, trouxe maior facilidade de ocorrência de associações livres, dando mais espaço para o trabalho interpretativo. Segundo Paulo (2006), as intervenções podem ser feitas já no início do psicodiagnóstico, e é preciso que o psicólogo se mantenha atentopara apreender o material significativo que emerge durante a sessão terapêutica.
O psicodiagnóstico interventivo não tem como objetivo extinguir os sintomas, porém, possibilita uma avaliação mais completa, em que o paciente é fortalecido e preparado para uma psicoterapia, se for necessária (Tardivo, 2007). Segundo Mishima e Barbieri (2009) e Barbieri (2008; 2009), no psicodiagnóstico interventivo, os instrumentos de avaliação são subordinados a métodos que não são estruturados, como, por exemplo, as técnicas projetivas, que são usadas como estratégias para a comunicação entre o psicólogo e o paciente. 
PSICODIAGNÓSTICO INTERVENTIVO PSICANALÍTICO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL 
Becker (2002) realizou um estudo, com base na teoria Winnicottiana, com o objetivo de examinar como se dá o processo de acolhimento do paciente no primeiro atendimento efetuado pelo estagiário de psicologia. Winnicott (1984), afirma que existe no momento das primeiras entrevistas um intercâmbio de comunicação mais livre entre o profissional e seu paciente do que na psicoterapia propriamente dita e fica muito difícil para o terapeuta, que avalia o caminho emocional do paciente, passar um longo tempo sem interpretar para só depois usar esse material. Tardivo (2007) mostrou em seu trabalho realizado com estudantes de psicologia que o psicodiagnóstico interventivo é uma proposta que traz benefícios para o paciente. A supervisora (autora) chegou à conclusão de que esse tipo de psicodiagnóstico “é uma forma de atuação prática fundamentada que pode ser desenvolvida junto a estudantes de psicologia” (Tardivo, 2007, p. 134). 
De acordo com Barbieri (2009), se levarmos em consideração os pontos comuns entre a psicanálise e o psicodiagnóstico interventivo, sobressai-se a dificuldade em separar a investigação da intervenção. No psicodiagnóstico interventivo o objetivo é compreender profundamente o paciente, e estabelecer relações que façam o indivíduo repensar. No entanto, o terapeuta tem que ter o cuidado em usar os manejos adequados para que uma comunicação significativa se torne possível. É interessante que o profissional saiba ouvir o paciente, respeitando o seu ritmo e suas características, levando em conta a situação de contato em que terapeuta e paciente se encontram durante o psicodiagnóstico terapêutico (Lescovar, 2004). De acordo com Barbieri (2010), o psicólogo representa o elemento mais importante dos processos de avaliação e de intervenção. Conforme alerta Tardivo (2007), o psicodiagnóstico interventivo vem se consolidando, gradativamente, como uma nova vertente, em que cada vez mais se valoriza ‘a relação entre sujeitos’.

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