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alegações ROBERTA finalizada

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EXCELNTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ____ VARA 
CRIMINAL DA COMARCA DE MANAUS/AM 
ROBERTA, já devidamente qualificada nos autos da ação nº xxxx, que lhe move a Justiça Publica, por meio de seu advogado que vem à presença de Vossa Excelência apresentar ALEGAÇÕES FINAIS SOB A FORMA DE MEMORIAIS, com fulcro nos artigos 40 3 § 3º, pelos fatos e de direitos fundamentos a seguir expostos: 
I – DOS FATOS
Roberta, 20 anos, foi acusada de subtrai o notebook de Cláudia Assim, está sendo imputada a Roberta, o crime previsto no art. 155, caput do CP, ou seja, o crime de furto. O Ministério Publico ao oferecer a denuncia, deveria proposto a suspensão condicional do processo o que não o fez por este motivo vem apresentar suas alegações
II- PRELIMINARMENTE - 
Da Nulidade:
No presente caso, acarreta-se nulidade do feito, senão vejamos:
O crime imputado à ré possui pena de reclusão de 1 a 04 anos, sendo assim, conforme previsão do art. 89 da lei. 9.099/1995, “nos crimes em que a pena mínima cominada for igual ou inferior a 01 ano, abrangidos ou não por esta lei, o Ministério Publico ao oferecer a denuncia, deveria proposto a suspensão condicional do processo por 2 a 4 anos, desde que o acusado não esteja sendo processado ou não tenha sido condenado por outro crime, presentes os demais requisitos que autorizem a suspensão condicional da pena ( art.77 do CP) pois, deveria o Ministério Publico oferecido a proposta de suspensão condicional do processo conforme se verifica no artigo a cima mencionado, uma vez que o crime imputado à ré possui pena mínima de 01 ano e também pelo fato de a ré preencher os requisitos do art. 77 do CP, pois é primária e de bons antecedentes.Entretanto, diante de tal omissão do Ministério Público conclui-se que deve ser declarada a nulidade do processo,conforme art.564,inc.IV do CPP , uma vez que o não oferecimento da proposta de suspensão condicional do processo acarreta omissão de formalidade que constitua elemento essencial do processo. 
III- DO MÉRITO
No mérito, deve se observar que embora as câmeras de segurança demonstrem que a ré de fato pegou o notebook de Cláudia, aquela jamais teve a intenção de furtá-lo. É nítido que a ré só pegou o notebook de Cláudia porque acreditava ser o seu notebook, em nenhum momento agiu com o intuito de subtrair para si o mesmo. Sendo assim, é evidente e cristalino que a ré agiu em erro sobre elemento constitutivo do tipo conforme dispõe o art. 20 do CP. Segundo o artigo, o erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo, mas permite a punição por crime culposo se previsto em lei. Como se observa, não existe a previsão legal do crime de furto culposo, não podendo a ré responder nem por crime doloso, pois não teve a intenção de furtar e nem por crime culposo, pois o tipo legal não permite. Desta forma, deve a ré ser absolvida nos termos do art. 386, inc. II do CPP, pois o ato praticado pela mesma não pode ser considerado infração penal e art. 386, inciso IV do CPP, pois uma vez que agiu sob erro de tipo, tal circunstancia tem o condão de exclui o crime e isentar o réu da pena. Subsidiariamente, caso assim não entenda que Vossa Excelência opte pela absolvição da ré, requer desde já que caso condenada, condenação seja aplicada a pena no seu patamar mínimo legal conforme art. 59 do CP. seja a pena atenuada em razão da circunstancia atenuante da menoridade relativa, conforme art. 61 I ao 67, do CP uma vez que na data dos fatos a ré era menor de 21 anos ou a circunstancia atenuante neste também prevista a causa de diminuição de pena prevista no art. 16 do CP, que diz respeito ao arrependimento posterior, pois antes mesmo de qualquer busca e apreensão do bem, a ré restituiu a coisa subtraída. Sendo assim em caso de condenação. E ainda, seja convertida a pena privativa de liberdade em restritivas de direito conforme art. 44 do CP. Para, além disso, que tenha a ré o direito de cumprir a pena em regime inicial aberto de acordo com o artigo 33, § 2º, c do CP. 
III- DO PEDIDO
Ante o exposto requer:
a) Seja declarada a nulidade do ato instrutório, conforme art. 564, inc. IV do 
CPP e sejam os autos remetidos ao MP para que o mesmo ofereça a
Proposta de suspensão condicional do processo, conforme ar. 89, lei 
9.099/1995; 
b) Seja a ré absolvida nos termos do art. 386, inciso III ou art. 386, inc. VI do 
CPP, pois agiu em erro sobre elementar do tipo penal; 
c) Em caso de condenação, se já a pena atenuada em razão de na época do 
Cometimento dos fatos ser a ré menor de 21 anos, conforme art. 65, inc.I, CP; 
e) O reconhecimento da causa de diminuição de pena prevista no art. 16 do 
CP, qual seja, o arrependimento posterior
f) Aplicação da pena no patamar mínimo legal, conforme art. 59 do CP; 
g) Substituição da pena privativa de liberdade em restritiva de direitos, de acordo com art. 44 do CP; 
h) Cumprimento de pena e m regime inicial aberto, conforme art. 33 § 2º CP. 
Termos em que, Pede Deferimento 
Manaus/AM, 29 de agosto de 2016 
Advogado xxx
OAB/AM nº xxx

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