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ADM PÚBLICA princípios constitucionais

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UNIVERSIDADE NILTON LINS
ADMINISTRAÇÃO
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Manaus/AM
2019
ANIZETE GOUVÊA
IVONEIDE MORAES DE CARVALHO NASCIMENTO
JACIENE ALVES CARDOSO
KAREN GIZELE ARAUJO DE SOUZA
KARINA SOUZA DA SILVA
MATEUS LOUFARES MOTA
NEUZA LAYLA MENDONÇA SILVA DE MELO 
RAIMUNDA DOS SANTOS COSTA
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Projeto de Pesquisa apresentado à Universidade Nilton Lins, como nota parcial da disciplina de Administração Pública, ministrado pelo Prof. Jarsiley Paixão
Manaus/AM
2019
SUMÁRIO
4INTRODUÇÃO
6Princípios Constitucionais administração pública
6Princípio da legalidade
7Princípio da Impessoalidade
8Princípio da Moralidade
9Princípio da Publicidade
10Princípio da Eficiência
10Princípios Implícitos
12CONCLUSÃO
13REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
INTRODUÇÃO
 É bastante comum quando nos referimos às instituições públicas, sobre seu papel e sua contribuição com a sociedade obtermos das pessoas uma visão bastante cética sobre o desempenho e performance de muitas delas. Há um nível de expectativa alto por parte de boa parte da sociedade no que tange a receberem na prática tudo aquilo que existe pautado em Lei no que diz respeito a como a Administração Pública deve impactar positivamente a vida de toda uma comunidade. O amparo legal é um dos caminhos encontrados para incutir um nível de responsabilidade nas ações dos atores públicos. Ou seja, um mapa de boas práticas existe, que inclusive é ancorado na Constituição Federal da República Federativa brasileira. Nesse material iremos apresentar algumas características do que se tem regulamentado, em forma de princípios bastante claros e fáceis de ser compreendidos, com a intenção de tornar mais claros os papéis daqueles que movimentam a estrutura pública como um todo. Vamos ao primeiro dos 5 princípios: 
I. LEGALIDADE (Art. 5º da CF): Ela norteia com força especial o fato de que uma ação só deva ser executada se amparada por lei pressuposta. Haja visto que um episódio dentro da Administração Pública nunca é isolado - e impacta muitas vidas – esse princípio visa garantir que não sejam gerados atos a bel prazer, mas apenas aqueles assistidos pela Lei maior do país, em favor do bem comum para a sociedade assistida. 
II. IMPESSOALIDADE: Este princípio dá direção no sentido de que quem se sobressaia nos atos seja a Administração Pública e não a pessoa (ator público do processo). O interesse público deve prevalecer à promoção pessoal, de forma que a “máquina administrativa” trabalhe para todos com equidade de importância, e com um único objetivo: mais importante que o ator é o ato, que deve beneficiar a comunidade sem criar “vips” ou “heróis”.
III. MORALIDADE: É um mix entre a Legalidade e Finalidade. O ator público não pode agir fora das bases éticas legais. Mesmo que em análise pessoal pareça correto agir baseado apenas em seus “valores”. A Moralidade é um conceito que nos tira do individual e nos transportar a pensar e agir para o bem comum (geral). É um ponto muito importante dentro do “mapa de conduta” do agente público. 
IV. PUBLICIDADE: Nenhum ato do ator público deve ser ocultado. Este princípio visa assistir tanto a Administração Pública quanto a comunidade. Enquanto este primeiro tem os benefícios de um controle social de suas ações, o segundo tem por meio da publicidade a capacidade de fiscalizar como a máquina pública está sendo usada.
V. EFICIÊNCIA: Toda atividade deve estar pautada em resultados. Uma boa gestão é reconhecida quando consegue multiplicar em benefícios os recursos que possui. É um ponto novo, inserido após a Emenda Constitucional 19/98, com a Reforma Administrativa do Estado. Busca-se que o administrador público entregue o que tem de melhor em colaboração a sociedade, de forma efetiva, melhor e, ações sempre pautadas dentro da legalidade. 
 Resumimos assim o LIMPE: Conjunto de interesses, princípios e diretrizes que visam promover o bem comum. Mesmo que sejam bastante claras, existem experiências bastantes distorcidas ainda em nosso país em relação ao cumprimento desses pontos por parte de atores públicos – é uma realidade; daí a importância de cada um de nós conhecer esses pontos e saber também que podemos fazer parte da solução: entendendo, acompanhando, fiscalizando e principalmente não gerando expectativas em ações que visem apenas o nosso individual, mas pensar de forma sistêmica. O que é errado, continua sendo errado, ainda que muita gente o tenha feito. Estamos caminhando, e se, pautados pelo que é legal e justo – e temos muito material para isso, muitas leis, diretrizes e fundamentos - faremos uma grande história para o nosso Brasil. Estamos em Construção.
Princípios Constitucionais administração pública
 Os princípios constitucionais estão descritos na constituição federal no art. 37, na qual eles são conhecidos como a LIMPE, que é a Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Pessoalidade e a Eficiência. Pois os mesmos devem ser cumpridos de forma correta para que possam alcançar os resultados e amparando a sociedade que necessita da administração pública. Além disso, todos os órgãos que estão ligados a ela, que se dar pela da administração de forma indireta ou direta podendo ser pelo poder executivo, legislativo e judiciário. Vale ressaltar que estes princípios colaboram para que os interesses púbicos sejam alcançados e tendo em vista que a administração pública visa suprir as necessidades da sociedade, é buscar os objetivos de forma eficiente para que possam suprir desta maneira essas necessidades. Além do mais, o interesse público tem que vim acima de qualquer outro interesse, por isso é fundamental que dentro da administração pública haja transparência e esses princípios ajudam no qual são capazes de orientar os servidores públicos demonstrando a eles vários meios para se chegar a melhor decisão dando prioridade para que esses interesses sejam cumpridos mais que também chegue ao resultado esperado. 
Princípio da legalidade
 O princípio da legalidade está previsto no art.5 da constituição federal, no qual todo agente público deve agir conforme a legislação, ou seja, fazendo somente o que determina a lei. Desta forma o administrador só poderá visar o interesse público obedecendo a lei. Esse princípio varia da administração particular a pública, ou seja, na administração particular temos a autonomia de vontade, podendo fazer tudo que a lei não proíbe. Na administração pública só poderá agir somente mediante ao que a lei manda ou autoriza. De acordo com MEIRELLES (2006, p. 87):
“A legalidade, como princípio da administração (CF, art. 37, caput), significa que o administrador público está, em toda a sua atividade funcional, sujeito aos mandamentos da lei e as exigências do bem comum, e deles não se pode afastar ou desviar, sob pena de praticar ato invalido e expor-se a responsabilidade disciplinar, civil e criminal, conforme o caso”. 
 Na administração pública o agente público deve sempre agir com finalidade de buscar o bem com os interesses públicos, obedecendo o que a lei impõe. A lei define até onde o administrador público pode atuar de forma correta, sem cometer ilegalidades. Podemos afirmar que este é um princípio democrático de direito, que busca combater o poder abusivo do estado. Com esse princípio o estado passa a ter um limite das suas ações, pois ele só pode operar com base na legislação, ocasionando segurança para a sociedade. Entretanto no âmbito particular é permitido fazer tudo o que a lei não proíbe (princípio da autonomia da vontade).
Princípio da Impessoalidade 
 A impessoalidade é um princípio expresso previsto no art. 37, da constituição federal, este princípio abrange os poderes executivo, legislativo e judiciário. Sendo uma norma jurídica de obediência obrigatória em toda a administração pública, seja direta ou indireta. O princípio da impessoalidade determina que todo agente público ou em ato, por ele praticado deve seguir os interesses públicos, em perda dos interesses particulares,e ser destinado a coletividade e com tratamento igualitário. O agente público não pode praticar tratamento diferenciado entre os administrados privilegiando uns e desfavorecendo outros. O servidor público deve agir sempre de forma impessoal, sem proporcionar vantagens para um determinado grupo ou indivíduo. De acordo com MEIRELLES (2006, p.92):
“O princípio da finalidade (impessoalidade) veda é a pratica de ato administrativo sem interesse público ou conveniência para a administração, visando unicamente satisfazer interesses privados, por favoritismo ou perseguição dos agentes governamentais, sob a forma de desvio de finalidade. Esse desvio de conduta dos agentes públicos constitui uma das mais insidiosas modalidades de abuso de poder”. 
 Desta forma, pode dizer que a finalidade terá sempre um objetivo certo e de qualquer ato administrativo visando o interesse público. Na qual estabelece o dever e imparcialidade na defesa do interesse público, impedindo privilégios e descriminações no exercício da sua função.
Princípio da Moralidade
 O termo MORAL, tem sua origem no latim Morales, que significa algo relativo aos costumes, atitudes e comportamentos. Neste princípio, abordaremos a Moralidade Administrativa Jurídica de forma objetiva na Gestão Pública. Dito isso, ela está contida na Constituição Federal, tratando-se da moralidade no desempenho da função administrativa de um Agente Público de qualquer nível ou hierarquia, onde está explícito:
“Os atos de improbidade administrativa importação a suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei sem prejuízo da ação penal cabível”. Art. 37, 4° da CF88.
Além disso, existem fundamentos:
LEGAL
• Lei N°8.112/90(Art. 116) - Deveres dos servidores públicos:
II- Ser leal às instituições que servir;
IX- Manter conduta compatível com a moralidade administrativa.
• Lei N° 9.784/99, do Processo Administrativo:
✓ Art. 2, parágrafo único IV: Atuação segundo padrões éticos de probidade, decoro e boa-fé;
✓ Dever do administrado perante o administrador (Art.4º, II): Proceder com lealdade, urbanidade e boa-fé.
CONSTITUCIONAL (CF)
• Art.5°, LXXIII: Ação popular contra o ato lesivo a moralidade administrativa.
• Art.37°, caput: Princípios Fundamental da Administração Pública (LIMPE).
• Att.85, V: Crime de responsabilidade do Presidente da República, ato que atente contra probidade da administração.
DEFESA
• Ação popular, ou seja, qualquer cidadão, Art.5°, LXXIII.
• Ação Cível Pública (MP), contra ato de improbidade administrativa.
• Controle Externo: Poder Legislativo e Tribunal de Contas.
• CPI- (Comissão Parlamentar de Inquérito) é uma investigação conduzida pelo Poder Legislativo, que transforma a própria casa parlamentar em comissão para ouvir depoimentos e tomar informações diretamente, quase sempre atendendo a reclamações do povo ou para apurar um fato determinado, Art.58 §3°.
• Lei de Improbidade Administrativa: Sanções aos agentes públicos, enriquecimento ilícito no exercício de mandato, cargo, emprego ou função.
 O servidor público, exige-se dele o elemento ético de sua conduta. Assim, não terá que decidir somente entre o legal e o ilegal, o justo e o injusto, o conveniente e o inconveniente, o oportuno e o inoportuno, mas principalmente entre o honesto e o desonesto. Contanto, o não cumprimento, ocorre sanção, ou seja, punições previstas em lei, assim exemplifica, os que infringe a moralidade: Nepotismo, Vingança, troca de favores ou de brindes. Portando este princípio exige do servidor público o elemento ético de sua conduta, não basta simplesmente respeitar porque é uma lei e sim tem que haver honestidade no cuidado do interesse público.
Princípio da Publicidade
 Assim como os outros princípios deve ser feita de acordo com a lei, ou seja, por fazer parte da administração pública as atividades realizadas pela administração precisam ser feitas com transparências e não sendo ocultadas pois essas informações ajuda e colabora para uma fiscalização para que fraudes possam ser evitadas e também e as ações feitas se torne eficiente. Porém, tais informações não podem beneficiar terceiros, pois ela visa o interesse público, isto é, na publicidade por exemplo não pode beneficiar um governador pelos atos realizados pelo governo, isto é, o mesmo não pode tirar benefícios da atividade feitas pelo estado. Tendo em vista que a publicidade dar uma visibilidade para que a sociedade possa acompanhar essas ações feitas, além disso, desta maneira podendo ter um controle dos atos praticados por ela, porém, há informações que não podem ser publicadas, mas só se forem em casos que envolva o interesse e segurança nacional sendo estas sigilosas. 
Princípio da Eficiência 
 A eficiência foi fixada como princípio constitucional através da emenda constitucional nº 19 de 1998. A importância desse princípio da eficiência no setor público, é o aperfeiçoamento dos serviços públicos prestados a sociedade. Isso significa que o gestor público com efetividade, transparência e moralidade visa cumprir as metas estabelecidas e a economia das despesas, obtendo melhores resultados a sociedade. Desta forma a estrutura e organização da administração é feita de forma racional, aprimorando a prestação de serviços públicos. De acordo com MEIRELLES (2006, P.97):
“O princípio da eficiência exige que a atividade administrativa seja exercida com presteza, perfeição e rendimento funcional. É o mais moderno princípio da função administrativa, que já não se contenta em ser desempenhada apenas com legalidade, exigindo resultados positivos para o serviço público e satisfatório atendimento das necessidades da comunidade e de seus membros”. 
 É importante destacar que o controle é fundamental para garantir maior eficiência das atividades estatais com moralidade, transparência e principalmente a publicidade, respeitando é priorizando a legalidade, pois todo ato administrativo está submetido ao princípio da legalidade. O princípio da eficiência na administração sempre deverá buscar uma atuação de excelência, para fornecer serviços de qualidade com menor custo, num menor tempo possível, sem perder qualidade.
Princípios Implícitos
A administração pública, ainda contém princípios que fora atribuída pela Reforma Administrativa, na Lei N°200/1967:
Planejamento: Art. 7° A ação governamental obedecerá ao planejamento que vise promover o desenvolvimento econômico-social do País e a segurança nacional, norteando-se segundo os planos e programas elaborados, e compreenderá a elaboração e atualização dos seguintes instrumentos básicos:
• Plano geral de governo;
• Programas gerais, setoriais e regionais, de duração plurianual;
• Programação financeira de desembolso;
Coordenação: Art.8° As atividades da Administração Federal e especialmente, a execução dos planos de programas de governo, serão objeto de permanente coordenação;
Descentralização: Art.10° A execução das atividades da Administração Federal e Federal deverá ser amplamente descentralizada.
Delegação e Competência: Art.11 A delegação de competência será utilizada como instrumento de descentralização administrativa com o objetivo de assegurar maior rapidez e objetividade às decisões, situando-as na proximidade dos fatos, pessoas ou problemas a atender.
Controle: Art.13 O controle das atividades da Administração Federal deverá exercer-se em todos os níveis e em todos os órgãos, compreendendo, particularmente:
• Controle, pela chefia competente;
• Controle, pelos órgãos próprio de cada sistema;
• Controle, de aplicação do dinheiro público;
Dentre esses decretos administrativos, a Administração pública ainda atende ao mais outros diversos princípios como: Princípio do Procedimento Licitatório, dos Serviços Públicos, da Probidade, da Razoabilidade, da Motivação, etc.
CONCLUSÃO
 Portanto os princípios constitucionais são fundamentais para a administração pública, enfatizando o art.37, da Constituição Federal. No qual chamamos de LIMPE. Os cincos principais possuem suas características e seus pontos de destaque, como o princípio da legalidade que tem o foco controverso das demais áreas do direito, ou seja, o administrador só pode atuar se houver previsão legal a sua contribuição na administração pública é de grande importância, refere-se a ideia de que os órgãos, as pessoas e autoridades devem se submeter aos preceitos legais dentro deste mesmo princípio a outro ponto interessante que é a igualdade material, no qual consiste em conceder tratamento diferenciado a pessoas que se encontram em situações diferentes. A impessoalidade visa em como a administração pública deve agir, buscando o interesse público. 
 O princípio da moralidade, seu foco é que todo ato público da administração pública devem ser pautados não só na lei, mas também na boa – fé e na probidade. A importância que se tem obedecendo este princípio é primordial para administração pública seja respeitada, com isso terá mais eficiência, pois assegura tomando decisões com base em princípios éticos conforme a lei trazendo assim uma segurança para a população. O princípio da publicidade nos mostra como a administração pública deve agir de forma transparente, garantindo a população o acesso aos seus atos e decisões. Esse princípio assegura a fiscalização da administração por parte da sociedade, e o que vemos hoje não e nada disso, mais este princípio nos dá o caminho do sucesso da administração pública como deve ser feito o trabalho público quaisquer que sejam.
 O princípio da eficiência é uma espécie de manual que dita como os atos administrativos devem ser cumpridos quais seus objetivos, e que possa deixa a sociedade de forma satisfatória. Desta forma, os princípios constitucionais mencionados acima previstos no art.37 da CF, concluímos que esses princípios na administração pública têm bastante relevância pois, os princípios direcionam os agentes públicos e de uma certa forma a sociedade fiscaliza o administrador embasado nesses princípios, embora alguns deles tenham certas dificuldades de serem cumpridos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
PALUDO, Augustinho Vicente Administração Pública: teoria e questões – Rio de Janeiro Elsevier, 2010 
HEADLEY, Samara Silva administração pública/Rinaldo Jose Barbosa Lima, Joel Ricardo Raiter, Sandra Helena Dallabona. – Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2014.
https://www.portal-administracao.com/2017/11/principios-da-administracao-publica.html
https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/direito/administracao-publica-e-seus-principios/30274
https://administradores.com.br/artigos/principios-da-administracao-publica
https://jus.com.br/artigos/56309/principios-explicitos-da-administracao-publica-previstos-no-artigo-37-da-constituicao-federal

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