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Agravamento de problemas ambientais na Cidade de Mocuba

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Página 1 
 
Factores que Contribuem para Agravamento dos Problemas Ambientais na 
Provincia da Zambezia – Caso Distrito de Mocuba 
 
Realdo Carlos Chiposse
1
 
16.05.2020 
I. INTRODUÇÃO. 
O presente trabalho que ora se apresenta, debruça-se sobre o tema problemas de Factores que 
Contribuem para Agravamento dos Problemas Ambientais na Provincia da Zambezia – 
Caso Distrito de Mocuba, pois com a consolidação do sistema capitalista (que tem como uma 
de suas premissas a acumulação do capital e o incentivo ao consumo), a problemática 
ambiental ganha ênfase, se agravando a partir da década de 1980 com o surgimento do 
processo de Globalização, que tinha como objetivo homogeneizar as civilizações do mundo. 
Desta forma, observa-se que o meio ambiente vem sendo reconhecido ao longo do tempo, não 
apenas como uma fonte de recursos, mas como um bem a ser preservado pela sociedade. Esta 
nova perspectiva está ganhando força ao redor do mundo e conquistando consumidores mais 
interessados por produtos de maior apelo ambiental. 
O trabalho encontra-se estruturado por quatro partes, a primeira parte representa a introdução, 
de seguida encontra-se a parte de marco teórico onde são desenvolvidos e discutidos as ideias 
para o alcance dos objectivos. A Terceira parte apresenta-se a conclusão do trabalho e por fim 
a última parte é a bibliografia onde constam as fontes do presente trabalho. 
 
 
 
 
1
 Elaborado por Realdo Chiposse, para fins academicos, com todas as citações necessarias para a credibilidade 
do documento. 
 
 Página 2 
 
1.1. Problemática 
 
 
 ças provocadas pela acção do homem na natureza, seja 
pela resposta que a natureza de essas acções. 
O grande numero de eventos ocorrendo em todo o mundo visa tornar as comunidades mais 
sensíveis aos problemas ambientais por meio de seminários, congressos e conferências sobre 
meio ambiente e desenvolvimento sustentável. As populações estão se conscientizando de que 
os recursos naturais são finitos e que a não preservação ameaça o futuro das novas gerações. 
Nos dias atuais, para uma grande parcela da sociedade mundial, tornou-se evidente a noção de 
que uma quantidade enorme de recursos ambientais e necessária para mantermos funcionando 
o aparato científico - tecnológico que d· suporte ao estilo de vida da mesma. Esta exige um 
alto nível de conforto, que so pode ser oferecido com o comprometimento da qualidade 
ambiental do nosso planeta. Assim, tentar manter este ritmo sem tentar conciliar a produção 
de bens com a preservação é uma atitude suicida ou no mínimo egoísta para as gerações 
futuras, que terão que pagar um alto preção para saldar nossa dívida ambiental e conseguir 
uma qualidade devida aceitável. 
Diante dos exposto aqui abordados, e tendo em conta a inquietação até então discorrida, será 
levantada a seguinte pergunta: 
Quais são os Factores que Contribuem para Agravamento dos Problemas Ambientais na 
Provincia da Zambezia em particular no Distrito de Mocuba? 
 
 
 Página 3 
 
1.2. Objectivos. 
1.2.1. Objectivo geral. 
 Analisar os Factores que Contribuem para Agravamento dos Problemas Ambientais 
na Provincia da Zambezia – Caso Distrito de Mocuba, 
1.2.2. Objectivos específicos. 
 Conceituar Meio ambiente e factores ambientais 
 Descrever os factores ambientais 
 Descrever a os problemas ambientais 
 Identificar os problemas ambientais na província da Zambézia 
1.3. Justificativa 
Na actualidade a busca da harmonia entre o homem e o meio ambiente tem resultado em 
debates intensos nas últimas décadas. O reconhecimento de que o meio ambiente não é apenas 
uma fonte de recursos, mas sim um património que a sociedade como um todo tem de 
preservar, começa a mudar a perspectiva acerca das medidas a serem tomadas com relação à 
temática ambiental. 
O trabalho torna-se relevante à medida que os recursos naturais apresentam baixa resiliência 
quanto a sua utilização, podendo comprometer a capacidade de carga do planeta. Muito 
embora várias questões tenham sido contornadas pela tecnologia, a mitigação dos problemas 
relacionados à degradação ambiental está distante de um ponto final. 
Este trabalho também servirá para despertar na comunidade académica um espírito 
investigatório, no qual se pretende questionar incansavelmente os problemas ambientais. 
Nestes termos, pretende-se com este trabalho que os académicos, e não só, se preocupem cada 
vez mais com os problemas ambientais. 
Outra questão que se justifica esta pesquisa é que os factores que contribuem para aumentar 
os problemas ambientais, apesar de ser uma temática de estrema importância, ainda não é 
tratado com a devida relevância em Moçambique. 
 
 
 Página 4 
 
II. REFERENCIAL TEÓRICO 
2.1. Meio ambiente 
O meio ambiente é o local onde se desenvolve a vida na terra, ou seja, é a natureza com todos 
os seres vivos e não vivos que nela habitam e interagem. (MACHADO, 1995) o meio 
ambiente engloba todos os elementos vivos e não-vivos que estão relacionados com a vida na 
Terra. É tudo aquilo que nos cerca, como a água, o solo, a vegetação, o clima, os animais, os 
seres humanos, dentre outros. 
Coimbra (2002) define o meio ambiente como um conjunto de elementos abióticos (físicos e 
químicos) e bióticos (flora e fauna), organizados em diferentes ecossistemas naturais e sociais 
em que se insere o Homem, individual e socialmente, num processo de interação que atenda 
ao desenvolvimento das atividades humanas, à preservação dos recursos naturais e das 
características essenciais do entorno, dentro das leis da Natureza e de padrões de qualidade 
definidos. 
Para Marques (2005), meio ambiente é a soma total das condições externas circundantes no 
interior das quais um organismo, um condição, uma comunidade ou um objeto existe, 
acrescentando-se que, os organismos podem ser parte do ambiente de outros organismos. 
O meio ambiente é visto então como um recurso a ser utilizado e como tal deve ser analisado 
e protegido, de acordo com suas diferentes condições, numa atitude de respeito, conservação e 
preservação. Portanto, o meio ambiente por incluir o homem e tudo o que o envolve, 
constitui-se em um processo dinâmico e em permanente mudança, provocada tanto por fatores 
externos, sem que haja influência do homem, da flora ou da fauna, como provocada pelas 
ações do ser humano nos processos transformacionais das matérias primas que o mesmo 
manipula, bem como das transformações culturais provocadas por mudanças de valores 
induzida pelo próprio homem. Este meio ambiente em constante transformação pode se alterar 
para melhor em termos de benefícios aos seres que nele vivem como pode piorar, provocando 
a destruição destes mesmos seres. Deste modo, o meio ambiente, como construção da mente e 
ação humana poderá servir de fator engrandecedor ou destruidor da própria humanidade que o 
manipula. 
 
 
 Página 5 
 
2.2. Impacto ambiental 
 
Impacto Ambiental é "qualquer alteração das propriedades físicas, químicas, biológicas do 
meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das actividades 
humanas (..) (MACHADO, 1995). 
Impacto ambiental é uma mudança no meio ambiente causada pela actividade do ser humano. 
Os impactos ambientais podem ser dos tipos positivo ou negativo, sendo que o negativo 
representa uma quebra no equilíbrio ecológico, que provoca graves prejuízos no meio 
ambiente. 
Para Micoa (2009) impacto Ambiental é qualquer mudança do ambiente para melhor ou pior, 
especialmente com efeitos no ar, água, solo, biodiversidade e na saúde das pessoas, podendo 
ser, total ou parcialmente resultante das actividades, produtos ou serviços de uma 
organização. 
Para Hammes (2004), os impactos das atividades estão relacionadosà suas necessidades de 
existência, que absorve, transforma e produz resíduo. A magnitude dessa relação no espaço 
depende das questões culturais, de consumo de produtos mais ou menos industrializados, com 
ou sem embalagens descartáveis e não descartáveis, assim por diante. A complexidade maior 
ou menor reflete-se no custo das resoluções dos problemas ambientais, de toda a natureza. 
De acordo com Valle (2004), até recentemente, a poluição ambiental era estudada apenas por 
seus efeitos locais e as soluções encontradas eram sempre aplicadas de forma também 
localizada. O tratamento dos esgotos sanitários e a coleta de lixo urbano para disposição em 
aterros são dois exemplos clássicos de soluções locais. Agia-se localmente, sem a percepção 
de que essas ações afetavam globalmente o meio ambiente (VALLE, op. cit., p. 28). 
Na vos de Pereira (2012) os impactos ambientais estão sendo cada vez mais evidenciados na 
atualidade. Na medida em que o processo de exploração e apropriação da natureza está se 
dando de maneira desordenada, sem nenhum controle e com total desrespeito com um bem 
tão precioso: o meio ambiente. A preocupação está voltada para a acumulação e o crescimento 
econômico sem levar em consideração o modo que este está sendo feito. Um exemplo é o 
aumento da geração de resíduos sólidos típico do mundo atual e do processo capitalista no 
 
 Página 6 
 
qual estamos inseridos. Neste processo capitalista, o consumo é incentivado como forma de 
fomentar o desenvolvimento econômico. 
2.3. Os problemas ambientais 
 
Os problemas ambientais, por mais variados que sejam, decorrem do uso do meio ambiente 
como fonte de recursos para a produção da subsistência humana e como recipiente de resíduos 
da produção e consumo, sendo que tais problemas são agravados pelo modo como os 
humanos concebem a sua relação com a natureza. Qualquer solução efetiva para os problemas 
ambientais terá necessariamente que envolver as empresas, pois são essas que produzem e 
comercializam a maioria dos bens e serviços disponíveis à sociedade (BARBIERI, 2004) 
 
Indiscutivelmente, a crise ambiental é uma das questões fundamentais enfrentadas pela 
humanidade e exige a necessidade de uma mudança de mentalidade, em busca de novos 
valores e uma ética em que a natureza não seja vista apenas como fonte de lucro e passe, 
acima de tudo, a ser enfocada como meio de sobrevivência, para as espécies que habitam o 
Planeta, inclusive o homem (MARÇAL, 2005). 
 
Nesta mesma compreensão, Ely (1998) nos relata que os problemas de poluição e degradação 
do Meio Ambiente levaram o ser humano a reconhecer que a qualidade do meio em que 
vivem é pré-requisito para o desenvolvimento econômico e tecnológico do país. Dessa forma, 
não há como melhorar a qualidade de vida, sem uma concomitante melhoria da qualidade 
ambiental. 
 
De maneira geral, na medida em que as sociedades humanas se territorializaram - construindo 
seus ambientes a partir de interações com espaços concretos de um planeta que possui grande 
diversidade de formas geológicas e biológicas -, emergiram incontáveis exemplos de práticas 
materiais e percepções culturais referidas ao mundo natural. A produção de um entendimento 
sobre esse mundo tornou-se um componente básico da própria existência social (PÁDUA, 
2010). 
Desse modo, faz-se extremamente necessário uma compreensão holística sobre o que vem a 
ser meio ambiente, como forma de integrar todos os elementos que influenciam no seu 
 
 Página 7 
 
constante processo de transformação, almejando, a partir de então, novas relações com este 
meio na tentativa reestabelecer, principalmente, o seu processo de exploração superando a 
representação da natureza como um objeto, visão esta que desencadeou toda a problemática 
ambiental instaurada na atualidade. Pelo exposto, meio ambiente não tem apenas um sentido 
estático, como reforçado por Dulley (2004), haja vista ser constituído por relações dinâmicas 
entre seus elementos componentes, tanto vivos como não vivos. 
Barbieri (2004) observa que o aumento da escala produtiva tem sido um importante factor que 
estimula a exploração dos recursos naturais, elevando a quantidade de resíduos gerados. Esse 
autor ainda destaca que, a partir da Revolução Industrial, surge uma diversidade de 
substâncias e materiais que não existiam na natureza. A maneira como a produção e o 
consumo estão sendo conduzidos desde então exige recursos e gera resíduos, ambos em 
quantidades vultosas, que estão ameaçando a capacidade de suporte/assimilação do próprio 
planeta. 
2.4. ESTUDO DE CASO 
 
Para a realização do presente trabalho, optou-se por limitar o escopo de estudo a um Distrito 
específica da província da Zambézia. A justificativa para tal escolha está no objectivo da 
obtenção de profundidade de uma análise. Os fatos foram observados em seu ambiente 
natural, dentro de um período limitado, conforme estratégia definida para um estudo de caso. 
Segundo Godoy (1995, p. 25) citado em Borges (2007), um estudo de caso visa ao exame 
detalhado de um ambiente, de um sujeito ou de uma situação particular. Yin (2005) ressalta 
que tal estratégia de pesquisa é amplamente utilizada em estudos organizacionais, com vistas 
a elucidar como e por que certos fenómenos contemporâneos inseridos em algum contexto da 
vida real ocorrem. 
O estudo de caso representa uma forma específica de colecta e análise de provas empíricas. 
As fontes de evidência utilizadas foram: observação directa, a realização de uma entrevista 
estruturada, análise de materiais institucionais. O processo de análise de dados levado a cabo 
nesta pesquisa, leva em consideração uma contínua interacção com a teoria, buscando 
corroborar a consistência do quadro teórico exposto nos capítulos precedentes. (BORGES, 
2007) 
 
 Página 8 
 
2.4.1. Características da área de estudo 
O Distrito de Mocuba localiza-se na parte central da Província de Zambézia, fazendo limite 
com os distritos de Lugela e Errego ao Norte; Maganja da Costa a Este; Namacurra e 
Morrumbala a Sul e Milange a Oeste. Todas estas condições criam possibilidades para elevar 
a região de Mocuba a um nível que permite identificá-la como um pólo de desenvolvimento 
económico e social e de incremento dos distritos limítrofes sob sua influência.(MAE, 2005, p. 
2). Em 2007 Mocuba, com 300 628 residentes, era o terceiro distrito com mais população na 
Zambézia, só sendo ultrapassado pelos vizinhos Milange e Morrumbala. 
Para MAE (2005, p. 2) o clima do distrito, segundo a classificação climática de Thorntwaite, é 
do tipo sub-húmido (sub-tropical), sendo influenciado pela Zona de Convergencia Inter-
Tropical, determinando o padrão de precipitação, com a estação chuvosa de Dezembro a 
Fevereiro, associado a outras depressões que condicionam o estado do tempo nas duas 
estações, chuvosa e seca. Resulta de Novembro a Fevereiro um tempo quente e húmido e de 
Marco a Outubro um tempo seco e fresco, por vezes com precipitações irregulares. A 
precipitação média anual varia de 850 mm na estação de Chingoma, a 1.300 mm na estação 
de Malei, a sul da Cidade de Mocuba, e cerca de 1.175 mm na estação climática de Mocuba. 
Para a estação de Mocuba, as probabilidades de ocorrência de chuva durante a época chuvosa 
são altas e muito regulares de Novembro a Fevereiro, mostrando alguma variabilidade quer no 
inicio, mês de Novembro, e no fim do período chuvoso, de Abril a Julho, período de transição 
para a estação seca. Em Agosto e Setembro, o padrao e novamente regular mas com chuvas 
quase inexistentes. (MAE, 2005) 
Quanto aos solos, o distrito e caracterizado pela ocorrência de solos vermelhos argilosos, 
moderadamente profundos a profundos, das planícies, solos argilosos pretos dos vales largos 
onde eventualmente dominam condições hidromorficas, solos arenosos (invariavelmente) na 
planície ou vales em terreno desenvolvido nas rochas acidas, variando a cor de vermelho(nos 
topos e declives), branco (nas partes altas e medias dos vales), amarelos (nas declives onde o 
lençol freatico se encontra mais perto da superfície), a cinzentos, acinzentados escuros e 
pretos (fundo dos vales). 
 
 Página 9 
 
2.4.2. Os factores que contribuem para agravamentos do problemas ambientais no 
Distrito de Mocuba 
 
Os problemas ambientais chave incluem a migração de populações observada durante a 
guerra para zonas onde o principal recurso, isto é, terra segura fosse escassa, e também 
durante o período da guerra o abate indiscriminado da fauna, tráfico de marfim e exploração 
de outros bens de alto valor comercial (MOYO et al., 1993). 
 
De acordo com Moyo et al. (1993) e Cumbane (2003) citado em Bandeira (2009) os 
problemas ambientais em Mocuba, embora localmente relevantes em sítios específicos, não 
são significativos e incluem a pressão populacional sobre os recursos, cultivo excessivo em 
certas áreas, sobrepastoreio, exploração excessiva de pesca, conflito entre pastores e 
agricultores, erosão, seca devido à massiva degradação do solo, desmatamento, baixa 
qualidade de água, poluição transfronteiriça poluição industrial. 
 
Sendo o setor agrário caracterizado pela agricultura familiar, como principal meio de sustento, 
as atividades agrícolas dependem em grande parte da agricultura de sequeiro (Instituo 
Nacional de Estatística, 2007). A agricultura de subsistência por pequenos agricultores, 
apresenta em muitos casos, práticas inadequadas de preparo do solo. Stewart e Robison 
(1997) reportam práticas inapropriadas de uso de terras para atividades agrícolas envolvendo 
o corte e a queima, as quais resultam na degradação de solos, florestas e perda de habitat. 
 
De acordo com Encyclopedia of the Nations (2008c) citado em Bandeira (2009), um dos 
maiores problemas ambientais inclui a perda de 70% das florestas do país. Para fazer face a 
esta situação foram lançados no país, projetos de reflorestamento envolvendo basicamente o 
plantio de coníferas e eucaliptos. 
 
O grau de industrialização em Mocuba é ainda baixo podendo ser considerável desprezível no 
geral, mas severa em áreas localizadas como ao redor de grandes cidades, tais como Maputo, 
Beira e Matola. Nestes casos a poluição pode ser resultado do efeito combinado, entre outros, 
de equipamentos obsoletos e sistemas tecnológicos e fraca regulação para proteção da 
população contra resíduos perigosos em alguns casos (MOYO et. al., 1993). Estes autores 
 
 Página 10 
 
afirmam desconhecer a magnitude do problema tal como por exemplo o efeito da fábrica de 
cimento o qual enfrenta dificuldades de sistemas de filtragem. 
 
Cumbane (2003) e Schwela (2007) apontam as queimadas descontroladas nas zonas rurais 
principalmente na região norte e centro do país, como uma das fontes principais de emissões 
de poluentes do ar para a atmosfera causando poluição do ar. O que pode se refererir que o 
distrito de Mocuba esta pratica é muito frequente. Cumbane (2003) referiu que a medição de 
poluição do ar iniciou em 1996, observando que a queima de biomassa era a principal fonte de 
partículas (aerosol) na atmosfera seguida de atividades industriais 
2.4.3. Medidas de mitigação 
 
R h â v P G v “P 
A R P z ” (PARPA 2004) 
onde a agricultura, turismo e águas são identificados como áreas ambientais prioritárias no 
desenvolvimento de diversos setores. 
3. METODOLOGIA 
Para Marconi e Lakatos (2010) “A q f 
com método de pensamento reflexivo que requer um tratamento científico e se constitui no 
 h h v ” ( . 44). 
Para efeitos do presente trabalho, o paradigma escolhido para o seu suporte foi pesquisa 
qualitativa, na medida em que, é fundamentado na realidade, orientado para a descoberta, 
exploratória, expansionista, descritivo e indutivo. 
 
3.2 Tipo de Pesquisa 
3.2.1. Quanto a abordagem 
A abordagem metodológica adoptada para o trabalho realizado foi fundamentalmente 
qualitativa, modalidade de pesquisa que: 
 
 Página 11 
 
S v M z 2001 . 20) “ q há x â 
 ” q z áv e 
o mundo objectivo e a subjectividade do sujeito que não pode ser 
traduzido em números. Os investigadores usam as abordagens 
qualitativas para explorarem o comportamento, as perspectivas e as 
experiencias das pessoas que eles estudam. A base da investigação 
q v v ”. 
 Quanto ao Método de Abordagem é uma pesquisa qualitativa, na medida em que, consistiu na 
interpretação dos fenómenos e atribuição de significados, sem recurso aos métodos e técnicas 
estatísticas, ou seja, o ambiente natural foi a fonte directa para colecta de dados cujo 
pesquisador foi a o instrumento chave. A pesquisa qualitativa observa o facto no meio natural, 
 q “ í ”. 
(André, 1995). Entre os tipos de pesquisa qualitativa está a do tipo 
interpretativo e investigação - acção. A abordagem qualitativa que tem-
 fi v 
trabalhos realizados na área de ciências sociais. Esta pesquisa 
caracteriza-se pelo enfoque interpretativo e investigação - acção, 
baseando-se no paradigma interpretativo. 
Quanto ao Método de Procedimento a pesquisa está alicerçado no 
método indutivo, isto é, parte do caso particular e coloca a 
generalização como produto posterior ao trabalho de colecta de dados 
particulares ou de um fenómeno social. A indução é um processo pelo 
qual partindo de dados ou observações particulares constatadas, 
podemos chegar as proposições gerais (Richardson, 2008). 
3.2.2. Quanto aos objetivos 
Quanto aos objectivos do trabalho, foi conduzida uma pesquisa exploratória - descritiva 
v “ x v á- x í ” (S v & 
Menezes, 2001, p. 21). 
 
 Página 12 
 
3.3. População 
N v R h (1999 . 157) “ v pulação é o conjunto de elementos 
que possuem determinadas características. Usualmente fala-se de população ao se referir a 
 h ˮ. 
Com nesse fundamento, constitui o universo ou população do presente pesquisa todos os 
distritos da província da Zambézia. 
3.4. Amostra 
Apoiando- M L k (2012) í “ f z 
 ó í ” ( . 122). 
Para a concretização do presente trabalho foi usado o distrito de Mocuba como a amostra do 
estudo. 
3.5. Cronograma de actividades 
ABRIL NOVEMBRO MAIO JUNHO 
Elaboração do Projecto 
 Entrega do Projecto 
 Colecta de dados 
 Elaboração da dissertação 
 Análise e interpretação de dados 
 Entrega da dissertação 
 Fonte: Autor da Pesquisa (2020). 
 
 Página 13 
 
3.6. Orçamento 
CATEGORIAS MATERIAL UNIDADE PREÇO VALOR 
 
Computador 1 32.000,00 Mt 32.000,00 Mt 
Material Flash 1 700,00 Mt 700,00 Mt 
 
Canetas 3 10,00 Mt 30,00 Mt 
 
Papel A4 60 2,00 Mt 120,00 Mt 
 
Impressão 60 4,00 Mt 240,00 Mt 
 
Encadernação 4 50,00 Mt 200,00 Mt 
 
33.290,00 Mt 
Fonte: Autor da Pesquisa (2020). 
 
 Página 14 
 
III. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Os problemas ambientais encontrados em Moçambique estão ligados a fatores sociais, 
culturais e principalmente econômicos. Conforme verificamos, por exemplo, na migração de 
população das zonas rurais para centros urbanos no pós-guerra em busca de melhores 
condições de vida, como o acesso a produtos e serviços. Como consequencia do exôdo rural e 
a exploração descontrolada dos recursos naturais, falta de saneamentobásico e poluição do ar, 
o risco de adoecer aumenta principalemente entre mulheres e crianças. Além disso, a 
população sofre com as catástrofes naturais, cheias e secas, desertificação, poluição das águas 
que castiga ainda mais este povo. 
 
O meio ambiente é visto então como um recurso a ser utilizado e como tal deve ser analisado 
e protegido, de acordo com suas diferentes condições, numa atitude de respeito, conservação e 
preservação. Portanto, o meio ambiente por incluir o homem e tudo o que o envolve, 
constitui-se em um processo dinâmico e em permanente mudança, provocada tanto por 
factores externos, sem que haja influência do homem, da flora ou da fauna, como provocada 
pelas acções do ser humano nos processos transformacionais das matérias-primas que o 
mesmo manipula, bem como das transformações culturais provocadas por mudanças de 
valores induzida pelo próprio homem. Este meio ambiente em constante transformação pode 
se alterar para melhor em termos de benefícios aos seres que nele vivem como pode piorar, 
provocando a destruição destes mesmos seres. Deste modo, o meio ambiente, como 
construção da mente e acção humana poderá servir de factor engrandecedor ou destruidor da 
própria humanidade que o manipula 
os impactos das atividades estão relacionados à suas necessidades de existência, que absorve, 
transforma e produz resíduo. A magnitude dessa relação no espaço depende das questões 
culturais, de consumo de produtos mais ou menos industrializados, com ou sem embalagens 
descartáveis e não descartáveis, assim por diante. A complexidade maior ou menor reflete-se 
no custo das resoluções dos problemas ambientais, de toda a natureza. 
R h â v P G v “P 
A R P z ” (PARPA 2004) 
onde a agricultura, turismo e águas são identificados como áreas ambientais prioritárias no 
desenvolvimento de diversos setores. 
 
 Página 15 
 
IV. BIBLIOGRAFIA. 
1. MAE, Perfil do distrito de Mocuba Província da Zambézia. Maputo: Ministério da 
Administração Estatal. 2005 
2. MACHADO, P.A.L. Direito ambiental brasileiro. 5ª ed. São Paulo: Malheiros 
Editores, 1995. 
3. COIMBRA, J. de A. A. O outro lado do meio ambiente: uma incursão humanística na 
questão ambiental. Campinas: Millennium, 2002. 
4. ELY, A. Economia do meio ambiente. 4. ed. Porto Alegre: Fundação de Economia e 
Estatística. 1998. 
5. MARÇAL, M. da P. V. Educação ambiental e representações sociais de meio 
ambiente: uma análise da prática pedagógica no ensino fundamental em Patos de 
Minas – MG (2003-2004). Uberlândia, 2005. 
6. PÁDUA, J. A. Bases teóricas como da História Ambiental. 2010 
7. VALLE, C. E. Qualidade Ambiental: ISO 14000. 5 Ed. São Paulo/SP: SENAC, 2004. 
8. PEREIRA, Suallen et al. Meio Ambiente, Impactos Ambiental e Desenvolvimento 
Sustentavel: Conceituação teoria sobre o despertar da consciência ambiental. 
Campina Grande: UFCG. 2012 
9. BORGES, Fernando Hagihara. O meio ambiente e a organização: um estudo de caso 
baseado no posicionamento de uma empresa frente a uma nova perspectiva 
ambiental. (Dissertação). São Carlos: USP. 2007 
10. PARPA – Plano de Ação para a Redução da Pobreza Absoluta. República de 
Moçambique, Maputo. 2004. 164p. 
11. WHO (World Health Organization). Estratégias de Cooperação da OMS com a 
República de Moçambique, 2004-2008. 2004 68p 
12. Encycopedia of the Nations. Africa, Mozambique. Disponível em: 
http://www.nationsencyclopedia.com/Africa/Mozambique-CLIMATE.html. Acesso 
em 06 Abril. 2008 
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