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Resumo 2 - Aula 2, Imunidade Inata ou Natural - SANARFLIX

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Miguel Marques 
ATM 24 - UCPEL 
 
1 
 
AULA 2 – Imunidade Inata / Resumo 2 
 
→ INTRODUÇÃO 
 
- A imunologia estuda as reações de defesa do nosso organismo. Assim, tenta-se entender seus fatores vitais, 
como moléculas sinalizadoras, células e órgãos do sistema imune, homeostasia e reações patológicas. 
- Temos mecanismos de defesa que se organizam de acordo com a situação exposta ao organismo. 
Basicamente, divide-se em imunidade inata e imunidade adquirida. 
- A imunidade inata corresponde a imunidade congênita, também chamada de natural ou nativa, que 
apresenta um sistema que se organiza em barreiras externas e internas. É a primeira linha de defesa, tendo 
uma resposta rápida e inespecífica aos antígenos. Além disso, possui sempre a mesma resposta, 
independente do contato prévio ou não com microrganismos, tendo seus mecanismos preexistentes antes de 
qualquer invasão. 
- Quando a imunidade adaptativa começa a atuar, o sistema inato não para de acontecer. Ao contrário disso, 
os dois interagem para otimizar a resposta e acelerar a eliminação do patógeno. Ademais, a imunidade inata 
é capaz de conter diversas infecções antes mesmo do organismo manifestar sintomas. Contudo, os 
microrganismos mais patogênicos são capazes de escapar dessas defesas iniciais. Apesar disso, a imunidade 
natural estimula e direciona a resposta adaptativa, dando tempo para dar início a suas ações. 
- Todos os mecanismos de atuação da imunidade inata têm o objetivo final de gerar uma resposta 
inflamatória, que é a formal pela qual esse sistema lida com infecções e lesões teciduais. Assim, gera-se o 
acúmulo de leucócitos, proteínas plasmáticas e fluidos derivados do sangue em um sítio de infecção ou lesão. 
 
→ COMPONENTES DA IMUNIDADE INATA 
 
- É integrada por barreiras físicas e químicas. Entre as barreiras físicas temos a pele, tosse, espirro, micção, 
vômito, febre, peristaltismo e flora bacteriana normal. 
- Como barreiras químicas temos as células polimorfonucleares ou granulócitos (neutrófilos, eosinófilos e 
basófilos – mastócitos), além de monócitos e APCs (células apresentadoras de antígenos) – como células 
dendríticas e macrófagos. Ademais, possuímos as células NK que são linfócitos com ação citotóxica, atuando 
através da degranulação e ativação de enzimas para destruição da célula alvo. 
- Ainda temos as enzimas digestórias, pH, secreção biliar, suor, entre outros. Por fim, o sistema complemento, 
que corresponde a parte solúvel da imunidade inata, auxilia na opsonização de antígenos. Sendo também 
moléculas solúveis, as citocinas e as quimiocinas. 
 
.: BARREIRAS EPITELIAIS 
- As superfícies epiteliais formam uma barreira física que impede a passagem de microrganismos do ambiente 
externo para o interior dos tecidos. Associado a isso, as células epiteliais produzem substâncias químicas 
antimicrobianas, que auxiliam nessa defesa. A perda da integridade das camadas epiteliais, seja por traumas 
ou queimaduras, predispõe o indivíduo a infecções. 
- A função física da barreira epitelial é desempenhada pelas células epiteliais muito próximas umas às outras, 
além da camada externa de queratina que bloqueia a passagem de microrganismos para as regiões mais 
profundas da epiderme; e também pelo muco, que é uma secreção viscosa que também atua nessa defesa. 
Miguel Marques 
ATM 24 - UCPEL 
 
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- A função química está reservada para alguns peptídeos com propriedades antimicrobianas, como as 
defensinas e catelicidinas. Além disso, essas barreiras contêm linfócitos T intraepiteliais que reconhecem e 
respondem aos microrganismos de forma inespecífica. 
 
.: FAGÓCITOS 
- Os fagócitos são células especializadas em fagocitose. Eles são representados pelos macrófagos e 
neutrófilos, que correspondem a primeira linha de defesa. Nesse sentido, são capazes de internalizar e 
destruir microrganismos, além de responder a eles produzindo citocinas que promovem inflamação e 
aumentam a função antimicrobiana das células do organismo. Ademais, os macrófagos estão envolvidos no 
reparo de tecidos danificados após uma inflamação. 
 
.: CÉLULAS DENDRÍTICAS 
- As células dendríticas desempenham funções essenciais no reconhecimento de antígenos, além de ter 
papéis efetores na imunidade inata. São células derivadas da medula óssea com longos processos 
citoplasmáticos semelhante a dendritos. Seu nome varia de acordo com o local de maturação no organismo, 
mas, todas elas, detectam e direcionam respostas imunes adaptativas mediadas por linfócitos T, já que são 
capazes de internalizar o antígeno, transportar e o apresentar de modo a serem reconhecidos pelos linfócitos. 
 
.: MASTÓCITOS 
- Os mastócitos estão presentes na pele e no epitélio da mucosa e, rapidamente, secretam citocinas pró-
inflamatórias e mediadores lipídicos em resposta a infecções e outros estímulos. Essas células apresentam 
abundantes grânulos citoplasmáticos contendo diversos mediadores inflamatórios. O conteúdo de seus 
grânulos induz alterações vasculares que promovem inflamação aguda. 
 
.: SISTEMA COMPLEMENTO 
- É composto por várias proteínas que atuam na opsonização de microrganismos, recrutamento de fagócitos 
para o sítio de infecção e, em alguns casos, na morte direta de patógenos. Dessa forma, a ativação do 
complemento é baseada em uma cascata proteolítica, que resulta na amplificação da quantidade de produtos 
proteolíticos gerados, os quais estarão presentes em funções efetoras. 
 
.: CITOCINAS 
- São proteínas responsáveis pela sinalização do sistema imune, promovendo a diferenciação, ativação, 
proliferação, migração e recrutamento de células. 
- As citocinas mais importantes são: IL-1, IL-18, IL-6 e TNF (fator de necrose tumoral). A IL-12 está envolvida 
na ativação de células NK. Ademais, a IL-10 é a citocina anti-inflamatória, secretada pelo macrófago, sendo um 
meio para regular a resposta inflamatória. 
 
.: QUIMIOCINAS 
- Produzidas por leucócitos, células dendríticas, células epiteliais e fibroblastos. Elas apresentam funções 
múltiplas e sobrepostas, atuando através de receptores. 
Miguel Marques 
ATM 24 - UCPEL 
 
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- As funções biológicas das quimiocinas são: regulação do tráfego dos leucócitos através dos tecidos linfoides 
periféricos; participam da linfopoiese e da angiogênese; fazem o recrutamento das células do organismo para 
o sítio da infecção; estimulam e regulam a maturação e ativação de neutrófilos, células dendríticas, 
macrófagos e células T. 
 
→ RECONHECIMENTO DOS PATÓGENOS 
 
- A imunidade inata reconhece estruturas exclusivas de patógenos, ou seja, ausentes no hospedeiro. Essas 
estruturas são essenciais para a sobrevivência dos microrganismos, de modo que eles não possam se desfazer 
desses componentes. 
 
.: PAMPs e DAMPs 
- Os padrões moleculares associados a patógenos (PAMPs) e os padrões moleculares associados ao dano 
(DAMPs) são estruturas encontradas exclusivamente em microrganismos. Dessa forma, nas células (fagócitos, 
células dendríticas, células epiteliais e endoteliais) se encontram receptores específicos para reconhecer esses 
componentes. Esses, são chamados de receptores de reconhecimento de padrão (PRR), no qual podem ser 
expressos na membrana plasmática, nas endomembranas e no citosol. Assim, essa distribuição permite que 
microrganismos, seja intra ou extracelulares, sejam capazes de serem reconhecidos pela defesa inata. 
- Nos locais de infecção, o macrófago reconhece o patógeno através de seu receptor de reconhecimento de 
padrão. Após isso, ele fagocita esse patógeno e estimula a secreção de citocinas, como TNF e IL-1, além de 
quimiocinas. Essas substâncias entram na corrente sanguínea, onde irão interagir com células endoteliais e 
leucócitos. Nesse sentido, altera-se, no endotélio, as estruturas responsáveis pela adesão, as selectinas e 
integrinas. Essa mudança permite que o leucócito saia da corrente sanguínea para chegar ao tecido, atravésda diapedese, para agir na resposta imune. Ocorre um aumento da permeabilidade do endotélio que faz com 
que haja um extravasamento plasmático, o edema. 
 
 
 
Miguel Marques 
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→ MECANISMOS DE ATUAÇÃO 
 
.: INFLAMAÇÃO 
- Inicia-se com o reconhecimento e a destruição de patógenos. Ocorre o recrutamento de células de defesa 
para o sítio de infecção. Em que, os linfócitos extravasam os locais de infecção, com consequente coagulação 
microvascular, formando uma barreira física e promovendo reparo nos tecidos lesados. 
 
 
.: FAGOCITOSE 
- Compreende a captura ativa de microrganismos, no qual PAMPS ou DAMPs são reconhecidos pelos PRRs 
(receptores de reconhecimento de padrão) das células de defesa, o que promove uma alteração na membrana 
e no citoesqueleto para o englobamento dessa partícula. 
- Dentro da célula, esse patógeno fica dentro do fagossomo, o qual irá se fundir com o lisossomo formando o 
fagolisossomo, dentro do qual há uma explosão respiratória. Ocorre, então, a morte de parte desses 
microrganismos. 
- Há, também, a ativação dos mecanismos microbicidas dos macrófagos por IFNy (interferon gama), que é 
secretado pelas células NK. 
 
 OBSERVAÇÃO: Quando a resposta imune se dá de maneira exacerbada, 
 desregulada e é associada a uma disfunção orgânica, temos a sepse, que 
 é caracterizada por: 
 
o Disseminação da infecção; 
o Secreção de TNT pelo fígado e baço; 
o Vasodilatação sistêmica; 
o Perda de pressão sanguínea; 
o Aumento da permeabilidade vascular; 
o Coagulação disseminada; 
 
.: ATUAÇÃO DAS CÉLULAS NK 
- As células NK – natural killer, não possuem receptores de reconhecimento de padrão. De outra forma, elas 
têm seus próprios receptores exclusivos: receptor de ativação e receptor de inibição, onde sua resposta se 
dá conforme o equilíbrio entre esses dois componentes da célula. Assim, quando o receptor de ativação é mais 
Miguel Marques 
ATM 24 - UCPEL 
 
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estimulado que o da inibição, acontece a ativação da célula NK. Ao contrário, se o estímulo for igual, ou então 
dos receptores de inibição for maior, a célula NK não se ativa e permanece inalterada. 
 
 
 
- As células normais e saudáveis possuem moléculas na superfície que funcionam como ligantes para os 
receptores NK, tanto para ativação como para inibição, a exemplo do MHC I. 
- Quando a célula NK reconhece os ligantes de ativação e inibição, ela permanece inalterada, ou seja, não mata 
a célula saudável (Situação A). De outro modo, quando a célula passa por uma alteração, seja exaustão ou 
lesão, a expressão de suas moléculas se altera. Assim, elas podem perder um receptor de inibição (Situação 
B) ou expressar mais receptores de ativação (Situação C), o que resulta na ativação da célula NK que irá induzir 
a apoptose da célula infectada ou estressada. Em geral, processos infecciosos levam à perda de receptores de 
inibição. 
- Após a ativação, as células NK degranulam, ou seja, liberam seus grânulos na célula alvo. Esses, contém 
perforinas, que formam poros na superfície da célula alvo e que, então, facilitam a atuação das granzimas, 
outro componente dos grânulos, que induzem a apoptose nessas células. 
- Além disso, as células NK tem uma importante relação com os macrófagos. Dessa maneira, quando um 
macrófago fagocita um patógeno, ele secreta IL-2. Essa citocina ativa a célula NK, que então secreta IFN-y. 
Esse último ativa a atividade microbicida dos macrófagos, ocorrendo a morte dos microrganismos 
fagocitados. 
 
 
 
Miguel Marques 
ATM 24 - UCPEL 
 
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→ AÇÃO DA IMUNIDADE INATA CONTRA VÍRUS 
 
- O interferon do tipo I, ou IFN α e β, possui uma função efetora que é o estado antiviral. Dessa forma, esse 
sistema consiste na parada da replicação do vírus para evitar sua disseminação. A IFN tipo I pode ser produzida 
em qualquer célula, não precisando ser, especificamente, componente do sistema imune. 
- Essa citocina é muito mais potente que o IFN-y e possui tanto efeito autócrino, impedindo a replicação na 
própria célula, como parácrino, parando o ciclo viral na célula vizinha ou fazendo com que ela resista à invasão. 
- O IFN do tipo I pode aumentar a expressão de MHC de classe I, molécula essencial para a ativação de 
linfócitos T. Além disso, possui capacidade de ativar células dendríticas, macrófagos e células NK. 
 
 
 
 
 
 
 Miguel Oliveira Marques 
 ATM 24 – UCPel, Pelotas-RS 
 miguelom1999@hotmail.com

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