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ATIVIDADE INTERDICIPLINAR CORRIGIDA NOTA TOTALAS RELAÇÕES DE PARCERIA ENTRE O TERCEIRO SETOR E O ESTADO EM BUSCA DE UMA EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO BRASIL

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SERVIÇO SOCIAL
	
AS RELAÇÕES DE PARCERIA ENTRE O TERCEIRO SETOR E O ESTADO EM BUSCA DE UMA EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO BRASIL
CIDADE
2018
Trabalho interdisciplinar em grupo apresentado à Universidade Pitágoras - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Serviço Social
Professor (es): Amanda Boza, Juliana Chueire Lyra, Maria Angela Santini, Paulo Sérgio Aragão.
CIDADE
2018
CIDADE2018
SUMÁRIO
1-INTRODUÇÃO....................................................................................................4
2-DESENVOLVIMENTO........................................................................................5
3- CONSIDERAÇÕES FINAIS..............................................................................10
4-REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
	
1-INTRODUÇÃO
 O presente trabalho tem como objetivos ampliar o conhecimento acerca das parcerias estabelecidas entre o Terceiro Setor e o Estado, na execução de políticas públicas no Brasil; aprofundar o debate sobre a busca de equidade voltada à educação inclusiva no Brasil; ampliar os conceitos e especificidades do serviço social junto a política social de educação. Buscou-se com este trabalho em grupo, o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos, destacando as relações de parceria estabelecidas no universo do Estado e do Terceiro Setor, exercida junto à educação inclusiva com a especificidade da categoria profissional.
 Buscou-se nos livros e artigos científicos referências de diversos autores que trazem discussões teóricas sobre o tema.
 A importância do estudo do tema proposto reside, especialmente, na possibilidade e na necessidade de se verificar de que modo as parcerias entre Estado e Terceiro Setor, principalmente quando se tratam de Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público, repercutem efetivamente na sociedade, e até que ponto este tipo de pacto promove ou representa empecilho à persecução dos fins constitucionalmente estabelecidos ao Estado e à Administração, bem como à realização do interesse público.
 
2.DESENVOLVIMENTO
Conceito de Terceiro Setor e sua emersão no Brasil
 Segundo Rafael (1997, p.5), o Terceiro Setor recebe várias denominações, sendo as mais usuais Setor Solidário, Setor Coletivo e Setor Independente. É, por excelência, um setor solidário, onde alguns velam por muitos, onde o individual dá lugar ao coletivo, e recebe a denominação de Setor Independente por se mostrar equidistante do Poder Estatal e do Poder Econômico, gerador de riquezas. (...) as entidades jurídicas não governamentais, sem finalidade lucrativa, objetivando o bem da coletividade, inserem- se neste setor. O terceiro setor jamais procura auferir lucros e, em razão disto, não pode ser inserido dentro das atividades mercantis usuais, com regulamentação específica e própria. O Terceiro Setor é gênero do qual são espécies todas as sociedades civis sem fins lucrativos, inserindo-se aqui a quase totalidade das fundações, em especial as fundações particulares.
 Montaño (2001, pag.1) em sua obra “A Funcionalidade do 'terceiro setor' no novo trato à 'questão social'”, afirma que o Terceiro Setor consiste numa “nova modalidade de trato à 'questão social'”.
 O crescimento das atividades desenvolvidas pelo Terceiro Setor e a sua afirmação como importante ator no trato das questões sociais (Cabra de Luna,2005), exige estudos jurídicos específicos sobre o tema, desde a formulação de um conceito jurídico do instituto, passando pelas formas de organização possíveis, pelos títulos e qualificações existentes e a repercussão destas considerações todas na relação do Terceiro Setor com os órgãos da Administração Pública. (SOUZA,2010)
 Para Cardoso (1999, p.8), o Terceiro Setor inclui o amplo espectro das instituições filantrópicas dedicadas à prestação de serviços nas áreas de saúde, educação e bem-estar social. Compreende também as organizações voltadas para a defesa dos direitos de grupos específicos da população, como as mulheres, negros e povos indígenas. 
 Segundo Bobbio (1987), o Estado, entendido como ordenamento político de uma comunidade, nasceu da dissolução da comunidade primitiva fundada sobre os laços de parentesco e da formação de comunidades mais amplas derivadas da união de vários grupos familiares por razões de sobrevivência interna (o sustento) e externas (a defesa).
 No Brasil, a cooperação entre Estado e Terceiro Setor foi significativamente impulsionada com a edição da Lei nº 9.790/1999, a chamada “Lei das OSCIPs”, regulamentada pelo Decreto 3.100/1999. Em síntese, as Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público são pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, com objetivos sociais e normas estatutárias adequadas ao que dispõe a lei que as regulamenta, as quais recebem do Ministério da Justiça a respectiva qualificação especial, podendo firmar parcerias com o Estado, considerando-se sua atuação em áreas de interesse público. 
 De acordo com Souza (2010), o relacionamento entre o Estado e a sociedade civil é assunto em constante modificação, buscando-se sempre o seu equilíbrio em dado momento da vida social. Relação marcada pelo autoritarismo em sua origem, atualmente debate-se a legitimação da participação da sociedade civil na ação administrativa como instrumento de efetivação da cidadania e, assim, da Democracia. É o movimento da Nova Administração Pública, inserindo o discurso do consenso em seu relacionamento com a sociedade civil e propondo uma Administração Pública Consensual ou Paritária, em que o cidadão é considerado partícipe de decisões de interesse público desde a sua concepção até a sua execução e controle.
A Educação Inclusiva como movimento de inserção de alunos público alvo da educação especial (PAEE)
 Por muito tempo, vigoravam no Brasil políticas que segregavam os que tinham necessidades especiais ou condicionavam a participação deles em classes convencionais capacidade de “acompanhar os alunos ditos normais”, como cita a Política Nacional de Educação Especial de 1994. A ideia de que a escola precisava se adaptar às necessidades das crianças ficou clara somente com a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, de 2008, que define: todas as crianças e jovens com necessidades especiais devem estudar na escola regular. Contudo, para que o aluno aprenda, não basta que ele esteja matriculado. É primordial que a escola, as salas de aula e os profissionais que ali trabalham sejam preparados para que o ensino aconteça (HEIDRICH, 2009, s/p)
 Para Heidrich (2009, s/p) ao longo da história da Educação, as escolas trataram as crianças com deficiência como incapazes, necessitando de tratamento médico, não de ensino. Essa perspectiva começou a mudar a partir de 1948, com a Declaração Universal de Direitos Humanos, que garantiu o direito de todos à Educação. Demorou algumas décadas para, a partir dos anos 1990, a visão assistencialista ser deixada de lado e dar lugar ao conceito de inclusão, que ganhou um papel central em documentos internacionais, como a Declaração Mundial de Educação para Todos (1990) e a Declaração de Salamanca (1994). 
 A diversidade do ambiente escolar tem relação com a noção de inclusão, no qual, hoje em dia não existe mais espaço para segregações ou exclusões. As classes de aula agora devem ser heterogêneas, adaptando, transformando suas matrizes curriculares, metodologias.
 Nos dizeres de Sá (2002, p.35) a expressão necessidades educacionais especiais tornou-se bastante conhecida no meio acadêmico, no sistema escolar, nos discursos oficiais e mesmo no senso comum. Surgiu na intenção de atenuar ou neutralizar a acepção negativa da terminologia adotadapara distinguir os indivíduos, em suas singularidades, por apresentarem limitações físicas, motoras, sensoriais, cognitivas, linguísticas, ou ainda síndromes variadas, altas habilidades, condutas desviantes etc. Tal denominação foi rapidamente difundida e assimilada, talvez, pela amplitude e abrangência de sua aplicabilidade. 
 A Constituição Federal de 1988 definiu em seu Artigo 3º os objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil, assegurando a igualdade de condições para todos os cidadãos e propiciar programas e ações para que a democracia seja exercida. 
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:
Construir uma sociedade livre, justa e solidária; II. Garantir o desenvolvimento nacional; III. Erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; IV. Promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação
 No Brasil, a Constituição Federal, promulgada em 05 de outubro de 1988, contribui para o avanço e a legalização dos direitos da pessoa portadora de deficiência (assim, como das demais minorias excluídas), na área da Assistência Social (Art.203, IV e V); da Educação (Art.208); da Família, da Criança, do Adolescente e do Idoso (Art. 227, § 1º e § 2º).
 O principal objetivo da educação das crianças com necessidades especiais segundo Mittler (2003) é que haja igualdade de oportunidade e que seja proporcionado ao educando a formação necessária para o desenvolvimento de suas potencialidades. 
 Para Carvalho (2005), as leis no Brasil certificam os direitos na teoria, mas na prática não se vê ações concretas. A política de educação inclusiva no Brasil vem sendo influenciada por movimentos e declarações.
 A Constituição Federal em sua redação veio com o objetivo de “promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação” (art.3º inciso IV). No capítulo destinado à educação o artigo 205 define que “a educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”. No seu artigo 206, inciso I, estabelece a “igualdade de condições de acesso e permanência na escola”, como um dos princípios para o ensino e garante como dever do Estado o “atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino”. (BRASIL, 1988).
 Assim, a Educação Especial no Brasil começou a avançar e em 13 de julho de 1990 veio a Lei nº 8.069, que se refere ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) que por sua vez dispõe no seu capítulo IV, no artigo 53 que: “[...] a criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho assegurando-lhes igualdade de condições para o acesso e a permanência na escola”. (BRASIL, 1990, p. 22). 
 De acordo com Pantaleão (2010, s/p) a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n. 9.394/96 define no artigo 58, a educação especial como modalidade de educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de ensino para os educandos com necessidades especiais. No seu artigo 59, preconiza que os sistemas de ensino deverão assegurar aos alunos “currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específica para atender às suas necessidades” e a aceleração de estudos para que alunos superdotados possam concluir em menor tempo o programa escolar. Nesse sentido, o artigo 24 evidencia a possibilidade de avanço nos cursos e nas séries mediante verificação do aprendizado, como uma tarefa da escola. 
 Em 2003, o Ministério da Educação/Secretaria de Educação Especial implanta o Programa Educação Inclusiva: direito à diversidade, com o objetivo de transformar os sistemas de ensino em sistemas educacionais inclusivos, promovendo um amplo processo de sensibilização e formação de gestores e educadores nos municípios brasileiros para a garantia do direito de acesso de todos à escolarização, à promoção das condições de acessibilidade e à organização do atendimento educacional especializado.
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC)
 A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento de caráter normativo que define o conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens	essenciais que todos os alunos devem desenvolver ao longo das etapas e modalidades da Educação Básica, de modo a que tenham assegurados seus direitos de aprendizagem e desenvolvimento, em conformidade com o que preceitua o Plano Nacional de Educação (PNE). Este documento normativo aplica-se exclusivamente à educação escolar, tal como a define o § 1º do Artigo 1º da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB, Lei nº 9.394/1996)1, e está orientado pelos princípios éticos, políticos e estéticos que visam à formação humana integral e à construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva, como fundamentado nas Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica (DCN).
 Acessibilidade como fator para educação inclusiva
O tema inclusão social vem sendo sensivelmente discutido entre todos os segmentos sociais, uma vez que este tema tem sido proposto com maior ênfase desde os anos de 1990 até hoje. A grande meta a ser atingida é: sensibilizar a sociedade para o direito de ir e vir das pessoas portadoras de necessidades especiais. No processo de inclusão, há quatro fatores de suma importância para essas pessoas: a garantia da educação, a garantia do trabalho, a garantia do convívio social e de uma vida afetiva também satisfatória. (JESUS,2006, s/p) 
 A sociedade inclusiva é um projeto que a Organização das Nações Unidas aprovou pela Resolução 45/91, de 90, definindo que de 91 até 2010 o conceito de inclusão seria implementado em toda a sociedade no mundo inteiro. A Resolução 45/91 diz o seguinte: “a Assembleia geral solicita ao secretário geral da ONU uma mudança no foco do programa das Nações Unidas sobre deficiência, passando da conscientização para a ação, com o propósito de se concluir com êxito uma sociedade para todos por volta do ano 2010”. 
 É preciso pensar a linguagem humana como lugar de interação, de constituição das identidades, de representação de papéis, de negociação de sentidos, por palavras, é preciso encarar a linguagem não apenas como representação do mundo e do pensamento ou como instrumento de comunicação, mas sim, acima de tudo, como forma de interação social. (KOCH, 2003, p. 128)
EDUCAÇÃO INCLUSIVA: conceito
 De acordo com a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (MEC, 2008), a educação especial é definida como uma modalidade de ensino que perpassa todos os níveis, etapas e modalidades, que disponibiliza recursos e serviços, realiza o atendimento educacional especializado e orienta quanto a sua utilização no processo de ensino e aprendizagem nas turmas comuns do ensino regular. (REVISTA INCLUSÃO,2008, p.15)
 A Declaração Universal de Direitos Humanos: Art. 26 vincula o direito à educação ao objetivo do pleno desenvolvimento da personalidade humana; Art.22, “toda pessoa tem direitos sociais, econômicos e culturais “indispensáveis [...] ao livre desenvolvimento de sua personalidade”, Art. 29 “toda pessoa tem deveres perante a comunidade, onde – e somente onde – é possível o livre e pleno desenvolvimento de sua personalidade. 
 Discutir a qualidade da educação na perspectiva do respeito à diversidade implica necessariamente enfrentar e encontrar caminhos para superar as desigualdades no acesso a programas de boa qualidade, que respeitem os direitos básicos das crianças e de suas famílias, sejaqual for sua origem ou condição social, sem esquecer que, entre esses direitos básicos, inclui-se o direito ao respeito às suas diversas identidades culturais, étnicas e de gênero(PARÂMETROS NACIONAIS DE QUALIDADE PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL ,2006, p. 23).
A dimensão técnico-operativa do Assistente Social na Política de Educação: especificidades e potencialidades
 No que se refere à autonomia do trabalho, as condições objetivas de estruturação do espaço institucional devem assegurar aos/às profissionais o direito de realizar suas escolhas técnicas no circuito da decisão democrática, garantir a sua liberdade para pesquisar, planejar, executar e avaliar o processo de trabalho, permitir a realização de suas competências técnica e política nas dimensões do trabalho coletivo e individual e primar pelo respeito aos direitos, princípios e valores ético-políticos profissionais estabelecidos nas regulamentações profissionais (BEHRING, 2003).
 O assistente social, enquanto profissional inserido na política de educação, tem a possibilidade de garantir o acesso aos direitos de crianças e famílias em vulnerabilidade social, desde que atendidas as condicionalidades exigidas para recebimento dos benefícios sociais (LUNA et al. 2016).
 Para Magalhães e Orsolin (2016, p.4) provocar reflexão acerca da inclusão social, dos direitos das pessoas com deficiência, bem como, ter empenho na eliminação de todas as formas de preconceito, se constitui como deveres enquanto assistentes sociais, comprometidos com a ampliação e consolidação da cidadania, visando uma sociedade mais justa e igualitária. A partir disso, faz-se relevante analisar as possibilidades do assistente social neste processo.
 A carga horária de trabalho deve assegurar tempo e condições para o/a profissional responder com qualidade às demandas de seu trabalho, bem como reservar momentos para estudos e capacitação continuada no horário de trabalho, além de garantir apoio ao/à profissional para participação em cursos de especialização, mestrado ou equivalentes, que visam à qualificação e aprimoramento profissional. A ausência de espaços de reflexão dos referenciais teóricos e metodológicos que subsidiam o trabalho da equipe interdisciplinar gera dificuldade na compreensão do papel e atribuições dos/as profissionais, tanto por parte dos/as gestores/as, quanto dos/as próprios/as trabalhadores/ as. Dessa forma, ações de educação permanente devem ser planejadas com base na identificação das necessidades dos (as) profissionais, e levando em consideração as características das demandas locais e regionais. 
 O Serviço Social apresenta uma particularidade significativa, o fato de mediar-se pelo contato direto com as pessoas, com a população, através do estabelecimento de relações, seu principal instrumento de trabalho. Essa característica se concretiza em um amplo campo de ação. A ação profissional passa pelo atendimento individualizado, grupal, comunitário, institucional e outros aspectos. Esses aspectos estão em uma unidade dialética, o que implica, necessariamente, trabalhá-los em conjunto, como um todo. Afinal, não se pode apreender o indivíduo sem a percepção do seu contexto comunitário, assim como não há sentido trabalhar com a comunidade como abstração conceitual, e sem a leitura dos meandros institucionais, nos quais, os indivíduos sociais organizam suas vidas.
 
3-CONSIDERAÇÕES FINAIS
 Construir uma sociedade livre, justa e solidária tem sido um obstáculo para o Estado por precisar estar em acordo com a evolução cultural da sociedade, criando políticas públicas universais e ações para enfrentar a discriminação e quebrar paradigmas há anos perdurados. Neste contexto temos a luta pela Igualdade dos Direitos da mulher, que incluem os direitos à integridade e autonomia dos corpos, a votar; a ocupar cargos públicos; a trabalhar; a salários justos e igualitários; à educação; a servir na polícia militar. O Estatuto da criança e do adolescente, direito do trabalhador, dos homofóbicos e muitos outros direitos garantidos em lei para assegurar o bem de todos sem preconceitos de origem, raça, cor, sexo, idade e qualquer outra forma de discriminação, tornando todos iguais em direitos e obrigações.
 Inclusão social, entendida “como o processo pelo qual a sociedade se adapta para incluir, em seus sistemas sociais gerais, pessoas com necessidades especiais e, simultaneamente, estas se preparam para assumir seus papéis na sociedade. A inclusão social constitui, então, um processo bilateral no qual as pessoas, ainda excluídas, e a sociedade buscam, em parceria, equacionar problemas, decidir sobre soluções e efetivar a equiparação de oportunidades para todos” (SASSAKI, 1997, p.3).
 A inclusão social significa, respeitar as necessidades próprias da condição de cada indivíduo no acesso aos serviços públicos, aos bens culturais e aos produtos decorrentes do avanço social, político, econômico e tecnológico da sociedade.
 Podemos perceber que construir uma escola inclusiva não é simples. É necessário acreditar nas possibilidades de aprendizado, de aceitação e, também, quebrar com barreiras atitudinais. Essas barreiras comprometem nossa visão de educação para a diversidade e o modo como nos relacionamos com o público-alvo da educação especial. É necessária sensibilidade para compreender a história da luta desse público em busca do direito de igualdade. (SANTOS e BARBOSA,2016, p.59)
 O profissional em Serviço Social, que é o assistente social, pode desenvolver seu trabalho nas mais diversas áreas, inclusive no setor educacional. É necessário que a realidade social contemporânea compreenda a importância que os assistentes sociais têm enquanto agentes críticos envolvidos nas lutas sociais, que atua junto aos usuários das políticas públicas, muitas vezes elaborando-as, executando-as e também as tornando acessíveis. 
	
4-REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
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