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MODELO MEMORIAIS

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA VARA FEDERAL DO TRABALHO DE 
BARRA DO GARÇAS-MT. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Processo nº XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX 
 
SSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS, ambas já devidamente 
qualificadas nos autos da Reclamatória Trabalhista que lhe promove SSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS, 
igualmente qualificado, através de sua advogada e procuradora que esta subscreve, vem 
respeitosamente à presença de Vossa Excelência apresentar RAZÕES FINAIS por memoriais, com 
fulcro no artigo 850 da CLT e 364, §2°, do Código de Processo Civil, pelos motivos de fatos e 
direito a seguir articulados: 
 
01. Trata-se de Reclamatória Trabalhista, em que aduziu o reclamante que 
foi contratado pela reclamada SSSSSSSSSSSSSSSSSS, na data de 07/11/2013, para exercer a 
função de assistente, e que no dia 01/01/2016 foi transferido para a segunda reclamada 
SSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS, que as condições do contrato de trabalho permaneceram as 
mesmas, subordinando-se exclusivamente aquela, e por tal razão a transferência para terceirizada é 
irregular, requereu a nulidade da transferência, e a condenação da reclamada 
SSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS, a assumir as obrigações decorrentes do contrato de 
trabalho, e que foi dispensado no dia 29/08/2016, sem justa causa com aviso prévio indenizado; 
Alega ainda o obreiro que não recebeu as horas extras laboradas, eis que laborou da contratação até 
Junho/15 das 07h45 às 11h45 e das 18h45 às 22h45, com intervalo intrajornada de 7 horas de 
segunda a sexta, e a partir de Junho/15 até Agosto/2016 trabalhou das 7h às 21h, com intervalo de 
30 minutos, de segunda a sexta, e das 7h às 17, com 01 hora para descanso/refeição no sábado, e de 
dois a três domingos por mês das 8h as 17h, com 02 horas de intervalo intrajornada; Alegou 
também que durante todo o contrato de trabalho usufruiu do plano de saúde Unimed Araguaia, 
1 
Av. Antonio Francisco Cortes, 2501 - Barra do Garças/MT - 78.600-000 - (66)3402-3200 www.faculdadecathedral.edu.br 
 
 
http://www.faculdadecathedral.edu.br/
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sendo dependente sua esposa sra. sSSSSSSSSSSSSSSSSSSS, e ao ser dispensado foi cancelado 
abruptamente, requereu tutela provisória de urgência, para restabelecimento do plano de saúde para 
que sua esposa realizasse cirurgia no joelho esquerdo, que foi deferida conforme decisão ID 
76c0787, e devidamente cumprida pelas reclamadas, pelas mesmas razões, isto é, o cancelamento 
do plano de saúde após sua demissão sem justa causa, requer dano moral no importe de R$ 
30.000,00(trinta mil reais); portanto em síntese requereu o reclamante: horas extras com 
adicionais de 50%, horas extras pela supressão parcial do intervalo intrajornada com 
adicional de 50%, horas extras pela supressão do intervalo interjornada com adicional de 
50%, reflexos das horas extras e dos intervalos suprimidos no DSR, aviso prévio indenizado, 
13º salário e férias +1/3, todas as verbas com valores a serem apurados em liquidação de 
sentença, e indenização por dano moral no importe de R$ 30.000,00. 
 
02. Em sede de contestação constante no ID 9b42e01 as Reclamadas 
arguiram que a terceirização foi legal, pois não houve alteração do contrato de trabalho do 
reclamante, e inclusive foi comunicado através de reunião a todos os funcionários inclusive o 
reclamante que deu seu ciente na ata, e que no caso de condenação todo o ônus deverá recair sobre 
a reclamada XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX, atual empregadora; que quanto as horas 
extras pleiteadas, o reclamante nunca cumpriu 44 horas semanais, mesmo com as oscilações de 15 
minutos em sua jornada diária em regra de segunda a sexta-feira, jornada devidamente comprovada 
através dos cartões de ponto juntados de Dezembro/2013 a Junho/2015, além do banco de horas 
implantado em 2014, que demonstra que não havia cumprimento de 220 horas mensais, havendo 
remanescente de no mínimo 16 horas mensais a serem cumpridas; que quanto ao intervalo 
intrajornada havia previsão expressa em seu contrato de trabalho escrito, e além disso em 
02/12/2013 foi realizado acordo coletivo de trabalho de aumento de intervalo intrajornada, 
devidamente renovado em 2015, que a concessão do intervalo interjornada também ficou 
demonstrado nos cartões de ponto que retratam as oscilações diárias; que de Julho/2015 a 
Agosto/2016 são indevidas qualquer tipo de horas extras, visto que o reclamante foi promovido ao 
cargo de Supervisor de Manutenção, isto é, cargo de confiança não fazendo jus a pagamentos de 
horas extras, estando incluído na exceção do artigo 62, II da CLT; quanto ao plano de saúde quando 
de sua rescisão não demonstrou interesse quanto a sua manutenção e que os documentos 
apresentados como prova da necessidade da realização de cirurgia de sua esposa, são posteriores a 
sua demissão; impugnou o pleito de dano por absoluta inexistência; requereu ainda a revogação da 
tutela provisória em razão da inadimplência voluntária do reclamante, em não realizar o pagamento 
relativo a sua reinserção no valor de R$ 410,95(quatrocentos e dez reais e noventa e cinco 
2 
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centavos); juntou documentos, impugnou os documentos juntados na inicial, e pugnou pelo 
julgamento pela improcedência total da reclamação trabalhista. 
 
03. Na impugnação ID 0d33aa4, o reclamante reiterou o pedido de nulidade 
de transferência de seu contrato de trabalho, requerendo a condenação da 1ª reclamada; aduziu que 
é falaciosa a alegação de que trabalhou sob a égide do artigo 62, II da CLT e que por isso não faz 
jus horas extras, pois não estão configurados poderes de mando ou gestão, e o recebimento de 
gratificação da função, e que jamais exerceu cargo de confiança; que o aumento do salário do 
reclamante de R$ 1.500,00 se deu em virtude de dissídio coletivo; requereu a inversão do ônus da 
prova, pois a reclamada alegou fato extintivo do direito do obreiro; asseverou que houve supressão 
do intervalo interjornada, reafirmou que que o reclamante gozava apenas de 30 minutos para 
descanso e refeição; alegou ainda que o autor só teve conhecimento do cancelamento do plano após 
sua demissão, quando precisou utilizá-lo, que a atitude da reclamada foi desrespeitosa e arrogante, 
pugnou pela manutenção do plano, aduzindo que vem pagando corretamente os custos decorrentes 
do uso, acerca do pedido de reconsideração que o valor cobrado de R$ 410,95, não deve ser arcado 
pelo reclamante pois o cancelamento de seu por única e exclusiva culpa das reclamadas, não 
devendo o autor ser responsável por referido encargo; impugnou genericamente os documentos 
juntados pelas reclamadas, pois não infirmam os direitos vindicados; impugnou os acordos 
coletivos de trabalho para aumento de intervalo intrajornada pelo não cumprimento do artigo 612 
da CLT; requereu o prosseguimento do feito, na forma dos pedidos iniciais. 
 
04. Na audiência de instrução ID 085d0c8, a Magistrada decidiu que tendo 
em vista, que o ônus da prova quanto ao cargo de gerência (art. 162 da CLT), é da ré seria invertida 
a ordem da oitiva das testemunhas, por esta razão foram ouvidos o Autor, bem como 1 (uma) 
testemunha do autor sra. LLLLLLLLLLLLLLLLLLL, a representante da reclamada sra. 
ZZZZZZZZZZZZZ, e mais duas testemunhas da reclamada sra. TTTTTTTTTTTT e sr. 
AAAAAAAAAAAAAAAAAA. 
 
05. Em depoimento pessoal o Autor, Sr. XXXXXXXXX ajuziu que: 
 
"que os horários constantes nos espelhos de ponto quando havia a sua marcação eram 
corretos; que em julho de 2015 mudou de cargo e passoua não registrar mais os horários; 
que quando mudou de função passou a trabalhar de segunda à sexta trabalhava das 07 h às 21h, 
com intervalo de 30 minutos e aos sábados das 07h às 17h, com intervalo de 1h; que nunca tirava 
o intervalo intrajornada de 01h durante a semana; 
que quando houve alteração da função passou a ser supervisor; que como supervisor não tinha 
subordinados; que como supervisor fazia manutenção do mobiliário da encanação e 
3 
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eletricidade; que supervisionava a parte de manutenção; que não tinha autonomia para admitir ou 
contratar funcionários nem para puni-los; que não havia poder de mando; que antes de se tornar 
supervisor era assistente da diretoria fazendo a anotação dos horários dos professores e 
mostrando a faculdade para os alunos; que o diretor fiscalizava o seu horário.” Nada mais. ” 
(grifos meus) 
 
06. A testemunha do reclamante sra.LLLLLLLLLLLLLLLLLLLL, á 
época do fato também funcionária da reclamada XXXXXXXXXXXXXX que ficou afastada de 
suas funções, em licença maternidade de Fevereiro a Outubro/2015, aduziu em síntese que: 
 
"que trabalhou na ré de 2013 a 2016, na função de auxiliar administrativa; que inicialmente o autor 
era assistente posteriormente vindo a ficar responsável no setor de manutenção; que a depoente 
trabalhava das 08h às 18 e estudava a noite e sempre via o autor trabalhando; que a depoente 
tinha intervalo de 2h para refeição e 
descanso não sabendo dizer se o autor possuía o mesmo intervalo.” Nada mais. Perguntado 
pela advogada da reclamada disse: “que ficou afastada do trabalho de fevereiro a outubro 
de 2015 tendo se formado em dezembro de 2016; que o autor estava presente na faculdade a 
noite resolvendo problemas e quando havia vistoria do MEC, por exemplo; que não via 
frequentemente o autor a noite na instituição pois isso acontecia mais quando havia algum 
problema a ser resolvido; que não via o autor quando ia para o almoço; que nunca viu o 
autor dando ordens para outro funcionário; que o bloco do departamento do autor era o bloco 
1 e que a depoente estudava no bloco 2 mas o autor não ficava só no bloco 1.” Nada mais.” 
(grifos meus) 
 
07. A representante da reclamada sra. ZZZZZZZZZZZZZZZZZ, 
responsável pelo departamento pessoal da reclamada, aduziu o seguinte: 
 
Depoimento da parte reclamada: "que o autor era responsável pelo serviço de 
manutenção da faculdade; que nessa época era supervisor de manutenção; que o 
autor possuía subordinados; que estes eram os trabalhadores do apoio, da limpeza 
e porteiros; que após muito refletir disse que o autor poderia contratar e demitir 
funcionários mas que melhor dizendo o autor poderia indicar contratação e demissão 
ao RH; que a jornada de trabalho do autor era das 08h às 12h e das 14h às 18h; que 
na prática o autor fazia essa jornada podendo passar um pouco pois a jornada era 
flexível. Nada mais. 
Perguntado pelo advogado do reclamante disse: “que o autor era subordinado ao 
diretor IIIIIIIII; que o autor não chegou a contratar ou demitir funcionários pois essa função 
era do RH; que o autor tinha poder para aplicar punições aos funcionários mas não sabe 
dizer se ele chegou a aplicar alguma vez; que houve uma assembleia na empresa para 
negociar compensação de jornada; que os pontos abordados nessa assembleia eram 
sobre a jornada e possibilidade de compensação aos sábados; que o autor enquanto 
supervisor laborou aos sábados; que a assembleia se limitou à explicitação da 
legislação sobre a jornada e questão da compensação; que não havia labor aos 
domingos.” Nada mais.” (grifos meus) 
 
08. As testemunhas das reclamadas, a sra. XXXXXXXXXXXXXXXXX 
coordenadora do Departamento de Recursos Humanos e o sr. 
4 
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AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA, subordinado do reclamante, foram categóricas e 
aduziram que: 
 
“ZZZZZZZZZZZZ, solteiro(a), administradora, residente e domiciliado(a) na Rua Aurora, sn, Jd 
Nova Barra, nesta cidade. Advertida e compromissada. Depoimento: "que trabalha na ré como 
coordenadora de Recursos Humanos desde 2013; que inicialmente o autor trabalhava 
como assistente sendo promovido em julho de 2015 a supervisor de manutenção; que a 
equipe de limpeza e os porteiros eram subordinados ao autor; que juntamente com o Rh o 
autor poderia demitir ou contratar funcionários; que não ocorreu de o autor contratar ou 
demitir durante o seu labor como supervisor; que o horário do autor era o comercial das 08h 
às 12h e da 14h às 18h quando era supervisor; que esse horário era o horário de todos os 
funcionários e que havendo necessidade de serviço ocorria de haverem horas extras; que 
via o autor gozar do intervalo intrajornada de duas horas; que melhor dizendo não via o 
autor gozar do intervalo mas já aconteceu de ligar para ele e ele informar que estava em 
horário de intervalo e que não havia retornado a empresa; que não era comum a depoente 
ligar para o autor nesse horário.” 
Nada mais. 
Perguntado pela advogada da reclamada disse: “que os setores de secretaria e do 
financeiro ficam aberto das 12h às 14h; que o setor do autor também funcionava no horário 
das 12h às 14h porque havia equipes trabalhando neste período; que também é professora 
na instituição; que não se recorda de ter visto o autor depois das 18h na instituição; que os 
subordinados do autor ganhavam o piso salarial de R$ 1.094; que o autor é subordinado do 
diretor Rinaldo; que o autor poderia determinar os serviços a serem realizados; que a depoente 
estava no momento da demissão do autor e este pediu o cancelamento imediato do plano 
pois não queria ser cobrado no mês seguinte; que não foi dito a depoente que a esposa do 
autor necessitava de procedimento cirúrgico. Nada mais. 
Perguntado pelo advogado do reclamante disse: “que o setor de limpeza possui 
uma encarregada líder; que não houve a diminuição do salário do autor em virtude da 
nomeação da encarregada líder; que a liderança da encarregada é apenas no sentido de 
quem irá fazer o serviço; que o autor não chegou a punir nenhum funcionário; que como 
professora chegava sempre a instituição por volta das 18h40min; que as aulas iniciam as 
19h e encerram às 22h30, tendo um intervalo entre as aulas de 10min; que havendo algum 
problema na parte elétrica no período noturno o autor poderia ser acionado; que não tem 
conhecimento se o autor já foi chamado no período noturno; que o Sr. Rinaldo passava as ordens 
de serviço para o autor.” Nada mais. (grifos meus) 
 
 
Segunda testemunha do reclamado(a): AAAAAAAAAAAAAAAAAAAA, divorciado(a), 
pedreiro, residente e domiciliado(a) na Rua Antonio Rodrigues de Souza, 58, setor João 
Rocha, Pontal do Araguaia-MT. Advertida e compromissada. Depoimento: "que trabalha na ré 
desde 2005, na função de auxiliar de serviços gerais; que o autor era o encarregado da 
equipe de auxiliares de serviços gerais; que trabalhava das 07h às 11h e das 13h ás 17h, 
vendo o autor na instituição nesse período; que não sabe ao certo o tempo de intervalo do 
autor. Nada mais. 
Perguntado pela advogada da reclamada disse: “que recebia ordens do autor; que não sabe 
dizer quais departamentos eram de responsabilidade do autor; que via o autor na faculdade aos 
sábados no período em que estava lá trabalhando; que havia sábados que o autor estava 
trabalhando e outro que estava fazendo curso de pós graduação; que não sabe dizer a que o 
autor era subordinado.” Nadamais. 
Perguntado pelo advogado do reclamante disse: “que não trabalhava aos domingos e logo 
não via o autor lá nesses dias; que os serviços realizados pelo depoente eram passados pelo 
autor; que não chegou a receber cópias de ordem de serviço assinadas pelo autor; que não 
chegou a trabalhar após as 17h.” Nada mais. (grifos meus) 
5 
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09. Inicialmente é preciso frisar que o depoimento do reclamante em parte 
foi esclarecedor porque confessou que os cartões de ponto juntados pelas reclamadas quando havia 
marcação eram corretos, e que em julho/2015 mudou de cargo e que passou a não mais registrar os 
horários, por outro lado, foi leviano e mentiroso quando afirmou que quando passou a ser 
supervisor de segunda a sexta não tirava o intervalo intrajornada de 1h, e que não tinha 
subordinados e que não havia poder de mando. 
 
10. Dos depoimentos verifica-se que as testemunhas das reclamadas, que 
são funcionários que trabalharam na mesma época do reclamante, e ainda continuam trabalhando, 
ou seja presenciaram efetivamente o contrato de trabalho do reclamante, e que não possuem 
qualquer motivo/interesse em mentir ou omitir a verdade real, provaram cabalmente que a realidade 
fática foi aquela demonstrada pelas reclamadas na contestação, e durante todo o andamento deste 
processo. 
11. Frise-se que ambas as testemunhas ZZZZZZZZZZZZZZZZZZ e 
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA confirmaram as equipes de limpeza e porteiros eram 
subordinados ao reclamante, e que ele era o encarregado da equipe de auxiliares de serviços gerais, 
e que seu horário de trabalho nesta função era o comercial das 08h as 12 e das 14 as 18h, mas que 
seu horário era flexível, e que o autor gozava de intervalo intrajornada de duas horas, que não era 
visto regulamente na instituição no período da noite, que seus subordinados ganhavam o teto de R$ 
1.094,00, e que quando de sua demissão pediu o cancelamento imediato de seu plano de saúde pois 
não queria ser cobrado no mês seguinte. 
 
12. Por outro lado, vale ressaltar que não houve imparcialidade por parte da 
testemunha do autor, Sra.LLLLLLLLLLLLLLLL, pois prestou informações de um período de labor 
do reclamante, que sequer estava exercendo suas atividades, pois ficou afastada de suas funções de 
Fevereiro a Outubro/2015, ou seja, 10 (dez) meses consecutivos, e apesar de ter visto o autor 
trabalhando não sabe dizer se possuía intervalo, na tentativa de induzir que não tinha intervalo, 
aduziu ainda que trabalhava a noite resolvendo problemas para vistoria do MEC, ora sabemos que 
este tipo de vistoria ocorre anualmente, não é algo frequente nem tampouco corriqueiro, e logo em 
seguida ressaltou que não via frequentemente o autor a noite na instituição que isso acontecia 
quando havia algum problema a ser resolvido, além disso, mais uma vez deu uma informação que 
não podia afirmar pois quando perguntada onde estudava a noite afirmou que era no bloco 2, e o 
departamento do reclamante era no bloco 1. 
6 
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13. Destas declarações prestadas pelas partes e pelas testemunhas, e diante 
do vasto acervo probatório documental que instruem o processo, a demanda deve ser julgada 
totalmente IMPROCEDENTE em todos os seus termos. 
 
14. Comprovado está documentalmente que o autor participou de reunião 
extraordinária para a comunicação da transferência de registro dos funcionários para a reclamada 
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx, conforme ID 443a376, não havendo que se falar em irregularidade 
neste aspecto, pois na mudou em sua relação de emprego, quanto a horas extras pleiteadas os 
cartões de ponto juntados pelas reclamadas até Junho/2015, e a confissão do reclamante 
demonstram que sequer havia labor de 44 horas semanais ou 220 mensais, na verdade, após o 
acordo coletivo de compensação horas ficou caracterizado que na verdade mensalmente o 
reclamante ficava a devendo 16 (dezesseis) horas mensais para as reclamadas, quanto ao intervalo 
intrajornada de mais de 5 horas consecutivas o contrato de trabalho do reclamante era expresso 
quanto aos horários de trabalho, conforme ID e76233c, além disso, havia acordo coletivo para 
aumento de jornada intrajornada, que torna legal tal intervalo, conforme ID’s 00df614 e 82f6ccc. 
 
15. Quanto ao pleito de horas extras de Julho/2015 a Agosto/2016, outra 
sorte não assiste ao reclamante, vez que passou a ocupar cargo de confiança na função de 
Supervisor de Manutenção, tinha a equipe da limpeza e porteiros sobre sua subordinação, sendo que 
o piso salarial destes empregados era de R$ 1.094, conforme comprova o relato da testemunha 
Marcela Silvéria, coordenadora do departamento de recursos humanos, e o salário do reclamante 
conforme holerite de Junho de 2015 era de R$ 1.732,00, a partir de julho/2015 passou para 
R$2.000,00, e em novembro/2015 foi majorado para R$ 2.700,00, e apesar de ter poderes para 
aplicar penalidades, demitir e contratar funcionários para seu departamento junto com o 
departamento de Recursos Humanos não o fez, por outro lado só era subordinado ao Diretor da 
Faculdade sr. Rinaldo Capra, e a mais ninguém, o que demonstra de forma inequívoca o 
desempenho de cargo de confiança. 
 
16. A confiança acima consignada encontra-se expressada e 
caracterizada nos elementos que envolvem o próprio exercício das funções desenvolvidas pelo 
reclamante, tais como: possuía nível elevado e diferenciado de salário em relação aos demais 
funcionários, como faz prova os documentos em anexo, que demonstra que o salário do autor era 
superior nos termos da lei; exercia plenamente encargos de gestão operacional, era o responsável 
7 
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pela manutenção e conservação da reclamada XXXXXXXXXXXXXX; tinha sob sua inteira 
responsabilidade funcionários, os departamentos de limpeza e vigias, outorgando-lhes tarefas e as 
fiscalizando-as; não sofria fiscalização por parte da empresa, no que se refere aos seus afazeres 
habituais, e, o que é mais importante, não tinha seu horário controlado, tendo que se reportar tão 
somente ao Diretor da Faculdade. 
 
17. Ademais é incontestável que não existe o dever de indenizar quanto ao 
cancelamento do plano de saúde do reclamante, tendo em vista que não há nenhuma 
responsabilidade das reclamadas, e como restou COMPROVADO pelo depoimento da testemunha 
ZZZZZZZZZZZZZZ, responsável pelo departamento de Recursos humanos presenciou o 
reclamante exigir o cancelamento de seu plano de saúde porque não queria ser cobrado nos 
meses subsequentes, e que jamais houve qualquer informação sobre a necessidade de 
realização de cirurgia por sua esposa, em outras palavras, o cancelamento do plano foi uma 
exigência do autor e não uma imposição das reclamadas. 
 
18. Douta Magistrada a verdade é que nenhuma lei obriga a empresa a 
manter o empregado e seus dependentes no plano de saúde pela vida inteira, se o plano de saúde é 
um benefício que deriva do contrato de trabalho, extinto o contrato de emprego, o plano de saúde 
deixa de existir. O que a lei assegura, para nãodesproteger inteiramente o trabalhador e sua família, 
é um período de carência, após a extinção do vínculo de emprego, em que o trabalhador se quiser 
pode promover a solicitação para continuidade e com isso poder permanecer usufruindo dos 
mesmos benefícios do antigo plano de saúde desde que manifeste sua intenção de modo 
formal e pague as mensalidades, o que efetivamente não foi o caso do reclamante que 
conforme comprovado exigiu o cancelamento, e por outro lado também é de sua 
responsabilidade custear integralmente as despesas, inclusive aquelas que, originariamente, eram 
suportadas pelo empregador. 
 
18. Ademais não houveram prejuízos ao autor pelo cancelamento do plano, 
eis que não existe nos autos um só comprovante de qualquer gasto que tenha sido obrigado a fazer 
pela falta do plano de saúde, já que sua esposa realizou boa parte dos exames e consultas pelo SUS, 
além disso, a pretensa cirurgia que era urgente e necessária, ATÉ HOJE NÃO 
ACONTECEU, não há nenhuma prova nos autos nesse aspecto, inexistiu qualquer tipo de 
constrangimento já que em pese o autor ter sido demitido em 29/08/2016, o plano foi restabelecido 
em Dezembro/16, antes da realização de qualquer procedimento de saúde. 
8 
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19. Restou demonstrado que as reclamadas JAMAIS cometeram qualquer 
ato ilícito capaz de ensejar o pagamento da indenização pleiteada, as alegações da exordial e 
conforme o evidenciado na instrução processual com relação a este pleito não possuem qualquer 
fundamento, porque as reclamadas NÃO praticaram qualquer ato ilícito/culposo que possam ensejar 
dano moral ao reclamante, a bem da verdade, agiram dentro do exercício legal do direito, pois a 
demissão sem justa é um direito do empregador desde que cumpridas às formalidades legais, o que 
efetivamente aconteceu, eis que a demissão foi lícita, e como houve uma exigência verbal do 
reclamante realizada na frente de outros empregados para o cancelamento do plano, não haviam 
motivos para mantença do plano de saúde, o mesmo foi rescindido simultaneamente com a rescisão 
contratual, ficando impugnadas todas as assertivas em contrario, eis que foram comprovadas 
durante a instrução processual, pelas declarações inequívocas da testemunha 
ZZZZZZZZZZZZZZZ, inexistindo qualquer prejuízo a ser reparado ao obreiro. 
20. Ademais, é de se ter presente que a sustentação de tal alicerce não pode 
se transformar numa possibilidade indiscriminada de se prejudicar as reclamadas, razão pela qual o 
dano moral como supedâneo para indenizações devia ter sido cabalmente provado pelo reclamante 
o que não aconteceu. 
21. Por todo o exposto, pugna-se pela improcedência do pedido de 
indenização por dano moral, pois não estão presentes os requisitos do ato ilícito, sobretudo o nexo 
de causalidade entre o dano alegado e ato das reclamadas que sempre pautaram pela legalidade. 
 
22. Neste sentido a jurisprudência de nosso Tribunal da 23ª Região, 
preleciona: 
CESSAÇÃO DE PLANO DE SAÚDE. DANO EMERGENTE. NÃO 
COMPROVAÇÃO. INDENIZAÇÃO INDEVIDA. Cediço que o dano emergente 
corresponde ao prejuízo imediato e mensurável, decorrente do evento danoso (CC, 
art. 402), que no caso específico destes autos, poderia ser apurado pelas faturas 
relacionadas ao pagamento de um novo plano de saúde pelo Autor, ou mesmo, de 
pagamento de despesas hospitalares, honorários médicos, tratamentos 
de saúde, medicação, dentre outros, que poderia ensejar reembolso à parte autora. 
Assim, em que pese tenha sido alegado a ocorrência de dano material, não se 
encartou aos autos qualquer prova da sua efetiva existência, pois o formulário de 
exclusão de ID 4215914 e a tabela da Unimed com o valor a ser despendido na 
contratação de um plano novo são insuficientes para demonstrar o dano patrimonial 
que o Autor alega ter sofrido. Recurso a que se dá provimento. 
(TRT da 23.ª Região; Processo: 0001269-92.2014.5.23.0107 RO; Data de 
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Publicação: 16/09/2015; Órgão Julgador: 1ª Turma-PJe; Relator: ELINEY 
BEZERRA VELOSO) 
 
INDENIZAÇÃOPOR DANO MORAL. NÃOCONFIGURAÇÃO. INEXISTÊNCA 
DE RESPONSABILIDADE CIVIL. É cediço que o pressuposto nuclear da 
incidência da responsabilidade civil reside na prática de ato ilícito, a qual se delineia 
tanto por ação quanto por omissão culposa do agente que implique violação ao 
direito de outrem (exegese art. 186 do CC). No caso em tela, não há sequer falar 
em dano moral em decorrência de cumprimento habitual de jornada elastecida, visto 
que essa espécie de inadimplemento contratual, por si só, sem a demonstração de 
lesões daí resultantes que possam ser traduzidas como ofensa a direitos 
personalíssimos do trabalhador, não extrapola a órbita do 'mero aborrecimento', 
ensejador apenas de reparações de ordem material. Partindo dessa premissa, há que 
se validar o posicionamento adotado na sentença no sentido de que não emergem do 
caso concreto os requisitos legais caracterizadores do instituto da responsabilidade 
civil. (TRT da 23.ª Região; Processo: 0000332-52.2015.5.23.0041 RO; Data de 
Publicação: 23/05/2016; Órgão Julgador: Tribunal Pleno-PJe; Relator: TARCISIO 
REGIS VALENTE) 
 
23. De outra maneira, nenhuma alegação da parte autora encontra guarida, 
pois o que aduziu na exordial pela instrução processual se tornaram alegações infundadas, 
desprovidas de qualquer meio comprobatório, e não se trouxe aos autos nenhum elemento novo 
capaz de contra razoar a verdade real descrita e comprovada documentalmente, e por testemunhas 
pelas reclamadas. 
24. Portanto, as provas coligidas apresentam completa harmonia, o que nos 
leva a considerar que não recaiu sobre o reclamante os danos esculpidos na exordial, não cabendo 
nenhum tipo de reparação, ou pagamento de verbas trabalhistas, por ser medida de DIREITO e 
JUSTIÇA! 
25. A par de todas as considerações e argumentações acima elencadas, bem 
como as provas inequívocas constantes nos autos, requer se digne Vossa Excelência em Julgar 
TOTALMENTE IMPROCEDENTE a demanda em todos os seus termos, indeferindo todos os 
pedidos elencados na exordial esposados pelo reclamante, condenando-o, ainda, a litigância de má 
fé. 
Nesses termos, 
Pede Deferimento. 
Barra do Garças/MT, 28 de Março de 2.017. 
 Cíntia dos Arbués Nery da Silva OAB/MT 9.923-b 
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