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Metodologias Matemáticas - ETNOMATEMATICA

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Metodologias Matemáticas – ETNOMATEMÁTICA 
 
Para iniciarmos nossa conversa (seminário) sobre etnomatemática, nós trouxemos 
aqui a sua etimologia definida por Ubiratan D’Ambrosio, que é um matemático, 
professor e pesquisador brasileiro reconhecido mundialmente na área da educação 
matemática. 
Ele diz que etno-matemá-tica: 
“etno” é hoje aceito como algo muito amplo, referente ao contexto cultural, e, portanto 
inclui considerações como linguagem, jargão, códigos de comportamento, mitos e 
símbolos; 
“matema” é uma raiz difícil, que vai à direção de explicar, de conhecer, de entender; 
 “tica” vem sem dúvida de teche, que é a mesma raiz de arte e de técnica. 
Assim, podemos dizer que a etnomatemática estuda a matemática culturalmente 
produzida, ou seja, que este ramo da Educação Matemática é a arte ou a técnica de 
explicar, de conhecer e de entender os processos matemáticos nos diversos contextos 
culturais. 
 
As raízes culturais que compõem a sociedade são as mais variadas, portanto cada 
grupo cultural tem a sua forma de matematizar. E não há como ignorar isso e não 
respeitar essas particularidades quando a criança ingressa na escola. Nesse 
momento, todo o passado cultural da criança deve ser respeitado. 
 
A matemática é uma forma cultural, do ponto de vista da Etnomatemática, que tem 
suas origens num modo de trabalhar quantidades, medidas, formas e operações, 
características de um modo de pensar, de raciocinar e de seguir uma lógica localizada 
num determinado sistema de pensamento. 
 
É evidente a necessidade que as escolas têm de acelerar o processo de construção e 
aquisição do conhecimento que a humanidade levou milhares de anos acumulando, 
porém não podemos oferecê-lo pronto e acabado para os alunos. Devemos, portanto, 
dar oportunidade para que eles possam vivenciar um pouco essa experiência, 
refletindo sobre suas realidades, para que sejam conduzidos ao conhecimento. Por 
isso, devemos dar o enfoque da Etnomatemática para a Matemática, trazendo a sua 
contribuição para as escolas, proporcionando aos alunos uma vivência que somente 
faça sentido se eles estiverem em seu ambiente natural e cultural. Neste sentido 
estamos criando situações variadas que possam despertar e aguçar o interesse e a 
curiosidade que os alunos possuem naturalmente, para tornar a Matemática agradável 
de ser aprendida, tendo como objetivo conectar a Matemática ensinada nas escolas 
com a Matemática presente em seu cotidiano. 
Além do mais, a utilização de conhecimento que o aluno possui em sua bagagem lhe 
dará segurança e fará com que ele reconheça seu valor por si mesmo e por suas 
decisões. É o processo de libertação do indivíduo que está em jogo.

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