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PRINCÍPIOS DE TÉCNICA CIRÚRGICA

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1 BRUNA STEFANI DA COSTA E SILVA T64 FOA UNESP 
A cirurgia bucal, assim como a plásticas e outras 
cirurgias, seguem um princípio e uma técnica base. 
Existem princípios gerais para técnica cirúrgica e na 
odontologia, os princípios de cirurgia bucal se parecem 
com uma cirurgia ortognatica. 
Esses princípios são divididos em três fases: 
 
1. Diérese; 
2. Hemostasia; 
3. Síntese; 
 
Tempo operatório que reúne manobras cirúrgicas 
destinadas à separação cruenta dos tecidos. → em 
qualquer tipo de tecido, nem sempre sendo de mucosa, 
ou pele, englobando o tecido ósseo também, com a 
finalidade de resolver a situação que foi planejada. 
• TECIDOS MOLES – incisão, corte ou secção, 
exérese e divulsão; 
• TECIDOS DUROS – osteotomia, ostectomia e 
divusão dentária; 
INCISÃO 
Manobra cirúrgica na qual os tecidos são separados pela 
penetração da lâmina cortante do bisturi. 
BISTURI 
 
O bisturi é composto de ponta ou lâmina e o cabo (n.3), 
sendo montada com o porta-agulha. 
NÚMERO DAS LÂMINAS 
LÂMINA 10 - tem a área de incisão maior que as demais, 
sendo indicada para incisões de pele. Assim não é indicada 
para fazer incisões dentro da boca, na boca seria para 
transfixar a língua ou lábio; 
LÂMINA 11 - tem uma ponta aguda, lembrando uma 
lanceta para puncionar, tanto em pele como mucosa. Para 
grandes incisões ela não tem indicação, sua função é 
especifica para perfuração de um abcesso. 
LÂMINA 12 - tem uma área de fio côncava, e pelo 
desenho é indicada para incisão no distal dos molares, em 
tuber; 
LÂMINA 15 - tem uma área de fio um pouco menos, mas 
indicada para incisões intra-bucais e pele; 
FORMA DE EMPUNHADURA 
• ARCO DE VIOLINO 
• CANETA 
REQUISITOS PARA UMA BOA INCISÃO 
CONHECIMENTO ANATÔMICO DA REGIÃO; → 
conhecimentos da passagem de nervos, vasos 
sanguíneos e ductos de glândulas. 
DEVE SER AMPLA; → como opera sem enxergar? A 
amplitude deve permitir uma boa visualização da área. 
BOA IRRIGAÇÃO; → um retalho sem uma boa irrigação 
pode necrosar; uma incisão ampla permite uma boa 
irrigação; incisões em ângulo obtuso. 
NITIDEZ; → a incisão deve ser nítida, precisa; sem linhas 
secundárias ou curvas; desenho linear, traços limpos. 
REPOUSAR SOBRE TECIDO ÓSSEO ÍNTEGRO; → a incisão 
deve ser ampla, respeitando a irrigação, para boa 
cicatrização do retalho. 
INCLINAÇÃO DA PONTA ATIVA DA LÂMINA; → inicia-se 
perpendicular, caminha-se em 45º e conclui-se 
perpendicular. 
 
2 BRUNA STEFANI DA COSTA E SILVA T64 FOA UNESP 
DEVE ACOMPANHAR AS LINHAS E RUGAS NATURAIS DA 
FACE (LINHAS DE LANGER); → disfarçando as cicatrizes 
incisionais; 
CORTE OU SECÇÃO 
Manobra cirúrgica na qual os tecidos são separados 
cortando-os ou separando-os com pontas ativas de 
tesouras. 
DIVULSÃO 
Separação dos tecidos, sem incisá-los ou cortá-los. 
“É a diérese de tecido mole, com hollemback, 
para soltar os ângulos, temos o descolamento 
mucoperiostal, ou no tecido mole como um todo, 
usando uma tesoura ponta romba, uma pinça 
hemostática, entramos no tecido mole com 
instrumento fechado, abre o instrumento lá 
dentro, cria um plano e retira-se o instrumento”. 
INSTRUMENTAIS - espátula 7 ou descolador de molt. 
DIÉRESE DE TECIDO DURO 
Quando um tecido mineralizado, dente ou tecido ósseo é 
seccionado ou removido parcial ou totalmente. 
INSTRUMENTAIS: broca; cinzel – osteotomia; osteótomo 
– regularização óssea; 
INSTUMENTOS PARA OSTEOTOMIA – cinzeis, 
instrumentos rotatórios, serras oscilatórias, pinça goiva, 
piezo (ultrassom) e laser para osteotomia. 
“Tudo que esquenta osso é ruim, pois desidrata 
osteocito e ele morre. Com a implantodontia 
chegando, foi definido que a rotação não 
precisa ser tão alta e mantendo a 
refrigeração, a qualidade da osteotomia será 
mantida”. → cinzel e martelo melhor que 
instrumentos rotatórios nessa questão de não 
causar aquecimento; 
PROVA – quais recursos de osteotomia oferece 
melhores condições biológicas?? R: tudo que esquenta é 
pior. 
EXÉRESE 
É uma manobra cirúrgica utilizada para retirar uma parte 
ou a totalidade de um órgão ou tecido visando a finalidade 
terapêutica. Engloba vários procedimentos cirúrgicos, por 
exemplo: remoção de lesões patológicas, osteotomias, 
curetagens, exodontias, etc. 
Instrumentos – curetas, saca-bocados, pinças 
hemostáticas, pinça goiva e fórceps. 
BIOPSIA EXCISIONAL É UM TIPO DE EXÉRESE! 
I. Tempo parietal; 
II. Tempo plasmático; 
III. Tempo trombodinâmico; 
“Temos uma agressão ao tecido, que por sua vez está 
sangrando, ocorre uma vasoconstrição, uma agregação 
de plaqueta (tempo parietal), naquele sangue acaba 
acontecendo a coagulação a formação da rede de fibrina 
(tempo plasmático), o coagulo sofre retração e sobre 
fagocitose, a fibrinolise (tempo trombodinamico), isso 
acontece logo após a incisão no procedimento cirúrgico”. 
TESTES DA VIA PLAQUETÁRIA E VASCULAR 
• Tempo de sangramento; 
• Prova do laço; 
• Retração coagulação; 
• Adesividade plaquetária; 
• Agregação plaquetária; 
• Contagem plaquetária; 
Um aumento do TS pode representar uma 
trombocitopenia de moderada a severa, uma função 
plaquetária anormal ou ambas. 
 
 
3 BRUNA STEFANI DA COSTA E SILVA T64 FOA UNESP 
TESTES DOS FATORES DE COAGULAÇÃO 
• Tempo de coagulação; 
• Tempo de protrombina; 
• T.T.P.A; 
• Titulação do fibrinogênio. 
DOENÇAS HEMORRÁGICAS 
• PÚRPURA → está ligado ao tempo parietal 
(vasos e plaquetas); 
• COAGULOPATIAS → são as hemofilias, outras 
doenças hematológicas; 
Pacientes com coagulopatias devem ser analisados 
previamente pelo hematologista antes do procedimento 
cirúrgico. 
HEMORRAGIAS 
• EXTERNA → bucal, nasal; 
• INTERNA 
Além disso podem se dividir-se em: arterial (um vaso 
poderoso, que joga sangue a longas distancias), venosa (é 
aquela que brota dos tecidos, mas em um fluxo continuo) 
e capilar (é aquela conhecida como hemorragia lençol, pois 
migra de todos os lados). 
E ainda, primária (aquela que acontece no ato operatório), 
secundária (advinda de alterações) e recorrente (é aquela 
que se controla no ato, mas ela pode recidivar – para 
pacientes que são propensos a isso damos um 
antifibrinolítico, que são medicação para atrasar o tempo 
trombodinâmico). 
TRATAMENTO 
PROFILAXIA 
CURATIVO – medicamentos, tópicas, mecanicamente, 
fisioterapia; 
PROCEDIMENTOS LOCAIS – gaze sob pressão, 
eletrocautério, esponjas, pinçamento, laqueamento, 
fisioterapia gelo. 
• Hemostáticos locais – esponja hemostática de 
colágeno liofilizado. 
TRATAMENTO MEDICAMENTOSO – 
• ESTRÓGENOS → ação geral; efeitos colaterais; 
• VITAMINA K → formação de coágulo; usado 
também em pacientes que possuem deficiência 
dessa vitamina, fundamental na coagulação; 
• ETANSILATO (dicinone) → angioprotetor; 
obliteração; 
• AC. ÉPSILON AMINOCAPRÓICO → inibe 
destruição do coágulo; formação do coágulo; 
• TRANSAMI (drogas antifibrinolíticas – usadas 
para hemorragias tardias); 
INR 
O QUE É? – tempo de protrombina (TP), ou tempo de 
atividade da trombina (TAP) e seu derivado índice 
internacional normalizado, também conhecido como razão 
normalizada internacional (IIN, RNI OU INR), são medidas 
laboratoriais para avaliar a via extrínseca da coagulação. 
VALOR DE REFERÊNCIA 
• O valor de referência do tempo de protrombina 
para uma pessoa saudável deve variar entre 10 
e 14 segundos. Já no caso do INR, o valor de 
referência para uma pessoa saudável deve 
variar entre 0,8 e 1. 
TEMPO DE PROTROMBINA ALTO 
• Este resultado indica que, se acontecer um corte 
o sangramento irá demorar mais tempo para 
parar, sendo que algumas das causas mais 
comuns incluem: 
- uso de anticoagulantes; 
- alteração da flora intestinal; 
- alimentação pouco equilibrada; 
- doenças no fígado; 
- deficiência de vitamina K; 
- problemas de coagulação, como hemofilia; 
 
4 BRUNA STEFANI DA COSTA E SILVA T64 FOA UNESP 
CONCLUSÕES 
Inter-relação entre o cirurgiãodentista e hematologista 
é de fundamental importância no tratamento desses 
pacientes. 
FERIDAS CIRÚRGICAS 
• Agente causal; 
• Local; 
• Grau de contaminação; 
• Profundidade e extensão; 
FUNÇÕES DA SÍNTESE 
• Evitar acidentes hemorrágicos pós-operatório; 
• Manter retalho em posição; 
• Prevenir penetração de microrganismos; 
• Proteger o alvéolo; 
PRÍNCIPIOS DE UMA BOA SÍNTESE 
• Vitalidade dos tecidos; 
• Coaptação plano a plano; 
• Bordas nítidas e regulares; 
• Ausência de corpos estranhos; 
• Assepsia da ferida; 
• Ausência de hematoma; 
• Tração sem tensão; 
• Agulha e fios adequados; 
• Segurança da síntese; 
SUTURAS – CLASSIFICAÇÃO 
• Superficiais ou profundas; 
• Contínuas ou interrompidas; 
NÓ 
PARTES CONSTITUINTES: 
• Laçada; 
• Chicote; 
• Nó; 
TIPOS 
• Simples; 
• Cirurgião; 
TIPOS DE SUTURA 
• Sutura contínua intra-dérmica; 
• Sutura contínua em U ou grega; 
• Sutura interrompida simples; 
• Sutura interrompida em U (eversão de bordas); 
• Sutura interrompida em capitel; 
• Blair-donati (eversão de bordas); 
REMOÇÃO DE SUTURA 
Afastador, tesoura reta e pinça Dietrich. Antes da 
remoção o paciente faz bochecho, acha-se um dos 
chicotes, alarga-se uma das laçadas e cortamos para 
retira o ponto. 
FIOS DE SUTURA 
IDEAL – monofilamentar ou multifilamentar torcido e 
estirado – são pouco irritantes aos tecidos. 
PERMANÊNCIA – absorvíveis (mais utilizado em suturas 
profundas) ou não absorvíveis (suturas superficiais que 
possam ser removidas); 
ORIGEM – orgânica (animal – catgut, seda; vegetal – 
algodão) ou sintética (nylon, polipropileno, poliéster, 
polibutester, ac. poliglicolico, poliglactina e poliglecaprone 
25). 
CATGUT 
• Origem – orgânica; 
• Monofilamentar; 
• Permanência – absorvível em um longo período 
8 – 10 dias, pode causar alergia e inflamações 
intensas. 
 
 
5 BRUNA STEFANI DA COSTA E SILVA T64 FOA UNESP 
ÁCIDO POLIGLICÓLICO 
• Origem – sintética 
• Multifilamentar trançado; 
• Absorvido pro hidrólise – 30 a 40 dias; 
• Bem tolerado pelo organismo; 
POLIGLACTINA 910 
• Multifilamentar; 
• Absorvido por hidrólise em 60 dias; 
• Não afere indutos; 
• Não desencadeia reação inflamatória ao redor; 
Comparação: catgut é o pior, mas absorvido rapidamente, 
segundo pior é o PGA, ácido poliglicolico é reabsorvido em 
40 dias e o terceiro fio é a poligalactina, com uma 
absorção mais lenta, em torno de 60-80 dias. 
POLIGLECAPRONE 25 
• Sintético; 
• Monofilamentar; 
• Absorvível por hidrólise (91 a 119 dias) 
• Excelente resistência têxtil; 
• Reduzida memoria; 
• Grande maleabilidade; 
SEDA 
• Multifilamentar, retorcido e trançado; 
• Embebe-se em contato com os tecidos; 
• Adere indutos; 
POLIÉSTER 
• Multifilamentar, trançado e estirado; 
• Não absorvível; 
• Menor reação inflamatória que PGA; 
• Reação de corpo estranho em sutura profunda; 
 
 
NYLON 
• Usados para suturas profundas e superficiais; 
• Monofilamentar; 
• Não absorvível; 
• Reação inflamatória pouco intensa e tempo 
limitado; 
• Proliferação fibroblástica precoce; 
POLIPROPILENO 
• Semelhante ao nylon; 
• Solta o nó; 
• Traumatismo à mucosa; 
POLIBUTESTER 
AGULHAS PARA SUTURA 
• Com o fio = atraumáticas 
• Sem o fio = traumáticas 
SUTURA PROFUNDA 
Podem ser usados: nylon (sepultavel); Polibustester 
(seputavel); Polipropileno (seputavel); Monocryl; Vicryl; 
Catgut; 
CONCLUSÕES 
EXTRAÇÕES DE DENTES ERUPCIONADOS 
• Seda; 
• Algodão; 
OUTRAS CIRURGIAS BUCAIS 
• Poliglecaprone 25; 
• Poliglactina; 
• Poliéster; 
• Seda; 
PACIENTE COM FIXAÇÃO MAXILO-MANDIBULAR 
• Poliglecaprone 25; 
• Poliglactina; 
• Ac. poliglicólico;

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