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FISIOTERAPIA APLICADA À NEUROLOGIA UNIP BAURU 2017 Prof. Juliana Marinho Antoniucci SISTEMA NERVOSO: A RELAÇÃO COM O MUNDO... O CÉREBRO NOSSO DE CADA DIA... SISTEMA NERVOSO: SISTEMA NERVOSO CENTRAL - SNC SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO - SNP Encéfalo e Medula Espinhal Nervos , Gânglios e Receptores Sensoriais Nervos Sensoriais e Motores. Bulbo à L1-L2 SISTEMA NERVOSO: SISTEMA NERVOSO CENTRAL - SNC ENCÉFALO E MEDULA ESPINHAL Recebe, Analisa e Integra informações ✓ TELENCÉFALO (cérebro - hemisférios cerebrais) ✓ DIENCÉFALO (tálamo e hipotálamo) ✓ CEREBELO ✓ TRONCO ENCEFÁLICO (bulbo, mesencéfalo, ponte). SISTEMA NERVOSO: ▪ Divide-se em duas partes, os hemisférios direito e esquerdo. ▪ A sua camada externa é chamada de córtex; que acomoda bilhões de corpos celulares de neurônios (substância cinzenta). Internamente composto por axônios que são cobertos de gordura, a mielina (substância branca). ▪ O telencéfalo é dividido em dois hemisférios cerebrais bastante desenvolvidos e nestes em mais de quarenta áreas funcionalmente distinta; e cada uma das áreas do córtex cerebral controla uma atividade específica. Nestes, situam-se as sedes da memória e dos nervos sensitivos e motores. ▪ O córtex cerebral constitui o nível superior na organização hierárquica do sistema nervoso TELENCÉFALO SISTEMA NERVOSO: O lobo frontal é responsável pelo planejamento consciente e pelo controle motor. O lobo temporal tem centros importantes de memória e audição. O lobo parietal lida com os sentidos corporal e espacial. o lobo occipital direciona a visão. SISTEMA NERVOSO: HOMÚNCULO DE PENFIELD Representação motora e sensorial do corpo, que se distribui ao longo das áreas centrais do córtex cerebral. O homúnculo (homem pequeno) é uma representação distorcida do corpo onde determinadas áreas recebem mais inervação (como é o caso da face e da mão em humanos) de acordo com a sua importância e necessidade de precisão de movimentos e sensações. SISTEMA NERVOSO: SISTEMA NERVOSO: ▪ Núcleos (Gânglios) da Base: (Caudato, Putamen, Globo Pálido e Núcleo Subtalâmico e Substância Negra) TELENCÉFALO Localizados nos hemisférios cerebrais profundamente estão envolvidos na regulação do movimento. SISTEMA NERVOSO: Núcleos da Base Função: Ajudam a planejar e a controlar padrões complexos do movimento muscular controlando a intensidade e direção dos movimentos distintos e as sequências de movimentos múltiplos, sucessivos e paralelos, para o alcance de objetivos motores complicados específicos. SISTEMA NERVOSO: SISTEMA LÍMBICO . Estruturas do Sistema Límbico: • Hipotálamo: • Corpos mamilares: • Tálamo: • Giro cingulado: • Amígdala: • Hipocampo: O sistema límbico é o responsável basicamente por controlar as emoções e as funções de aprendizado e da memória; além da vida vegetativa Emoção Papel importante na memória SISTEMA NERVOSO: TÁLAMO: ▪ Todas as mensagens sensoriais, com exceção das provenientes dos receptores do olfato, passam pelo tálamo antes de atingir o córtex cerebral. Esta é uma região de substância cinzenta localizada entre o tronco encefálico e o telencéfalo. ▪ Atua como estação retransmissora de impulsos nervosos para o córtex cerebral. ▪ É responsável pela condução dos impulsos às regiões apropriadas do cérebro onde eles devem ser processados. Também processa sinais motores que deixam o córtex DIENCÉFALO SISTEMA NERVOSO: ▪ Constituído por substância cinzenta, é o principal centro integrador das atividades dos órgãos viscerais, sendo um dos principais responsáveis pela homeostase corporal. ▪ Faz ligação entre o sistema nervoso e o sistema endócrino, atuando na ativação de diversas glândulas endócrinas. DIENCÉFALO HIPOTÁLAMO: ▪ Controla a temperatura corporal, regula o apetite (tem relação com sentir fome e sede), o balanço hídrico corporal, pressão sanguínea ; está envolvido na emoção e no comportamento sexual e juntamente com o bulbo controla a frequência respiratória. SISTEMA NERVOSO: BULBO: Recebe informações de vários órgãos do corpo, controlando as funções autônomas (a chamada vida vegetativa) - esta envolvido na regulação e integração de funções cardiovasculares e respiratórias: reflexos de deglutição, tosse, e vômito. PONTE: Participa de algumas atividades do bulbo, interferindo no controle da respiração, além de ser um centro de transmissão de impulsos para o cerebelo. Serve ainda de passagem para as fibras nervosas que ligam o cérebro à medula. MESENCÉFALO (Pedúnculo Cerebral): Tem participação no controle da postura e movimento, controle de movimento dos olhos , transmissão de informação visual e auditiva TRONCO ENCEFÁLICO Área do encéfalo que fica entre o tálamo e a medula espinhal. Possui várias estruturas como o bulbo, o mesencéfalo e a ponte. Algumas destas áreas são responsáveis pelas funções básicas para a manutenção da vida como a respiração, o batimento cardíaco e a pressão arterial. SISTEMA NERVOSO: CEREBELO Relaciona-se com os ajustes dos movimentos, equilíbrio, postura e tônus muscular. Recebe mensagem do cérebro fazendo pequenos ajustes para poder exercer sua função A partir das informações do córtex motor sobre os movimentos musculares que pretende executar e de informações proprioceptivas que recebe diretamente do corpo (articulações, músculos, áreas de pressão do corpo, aparelho vestibular e olhos), avalia o movimento realmente executado. Após a comparação entre desempenho e aquilo que se teve em vista realizar, estímulos corretivos são enviados de volta ao córtex para que o desempenho real seja igual ao pretendido. INTEGRAR INFORMAÇÕES SENSORIAIS E MOTORASS BEM COMO A INFORMAÇÃO QUE SE ORIGINA NA ORELHA INTERNA (VESTIBULAR) SISTEMA NERVOSO: SISTEMA NERVOSO CENTRAL - SNC Medula Espinhal É uma estrutura formada por corpos e prolongamentos de neurônios que têm seus corpos em locais distantes. É um importante eixo de comunicação do tronco e dos membros com os centros nervosos superiores. Além de conduzir impulsos provenientes do encéfalo ou que para ele se dirigem a medula também funciona como um centro de coordenação autônoma, controlando ações reflexas que independem da nossa vontade e da consciência. Da origem aos 31 pares de nervos espinais organizados em plexos: PLEXO CERVICAL, BRAQUIAL e LOMBRO SACRAL SISTEMA NERVOSO: SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO - SNP Nervos e Gânglios Do ponto de vista funcional, o sistema nervoso periférico é divido em duas partes: • Sistema nervoso somático que inclui fibras sensoriais e motoras que controlam os músculos esqueléticos e sobre as quais temos controle voluntário. • Sistema nervoso autônomo (visceral), que funcionam, independentemente da nossa vontade. Essas fibras controlam os órgãos viscerais e a secreção da maioria das glândulas. Ele também regula o ritmo dos batimentos cardíacos e dos movimentos respiratórios. SISTEMA NERVOSO: SISTEMA NERVOSO CENTRAL - SNC Medula Espinhal O sistema nervoso somático contém nervos motores e nervos sensoriais que inervam pele e músculos. Os corpos celulares dos nervos motores e sensoriais estão localizados na matéria cinzenta do corno anterior da medula espinal e nos gânglios da raiz dorsal respectivamente. Comportamento motor, produção de movimentos voluntários Movimentos que estão sendo aprendidos (Tarefa sequencial visualmente orientada); Coloca o corpo em uma postura preparatória para a realização de movimentos mais delicados. Relacionada com o planejamento de sequências complexas de movimentos. Ativada na execução de movimentos já aprendidos. Indivíduo com lesão na área motora secundária; apresenta movimento mas não planeja - “PRAXIA” Indivíduo com lesão na área sensorial secundária - AGNOSIA Estímulo projetado nesta área é a sensação Interpretação da Informação - Percepção Organizaçãodo Sistema Motor: EFETOR ORDENADORES CONTROLADORES PLANEJADORES Músculos Transmitir aos músculos o comando para a ação. (Medula Espinhal, Tronco Encefálico, Mesencéfalo e Córtex Motor) Garante que os comandos estejam corretos e os movimentos executados adequadamente (Cerebelo e Núcleos de Base) Programação e Planejamento Motor (Córtex Pré Motor e Suplementar) Sistemas Sensoriais Medula Espinhal Tronco Encefálico Área Cortical Pré - Motora Córtex Motor Áreas Corticais Associativas Áreas Corticais Sensoriais Núcleos da BaseCerebelo Tálamo Tálamo Contração Muscular Movimento T. ESPINOCEREBELAR Informações Somatossensoriais Informações motoras e sensoriais de diferentes áreas do córtex cerebral VASCULARIZAÇÃO DO ENCÉFALO: VASCULARIZAÇÃO DO ENCÉFALO: ARTÉRIA ÁREA ALTERAÇÃO FUNCIONAL (PRIMÁRIA) A. Cerebral Média Motora somática temporal Paresia; parestesia contralateral. Área Broca (Hd) Comprometimento da fala. Parieto- Occipital (Hd) Afasia de Compreensão. Parietal (Hñd) Negligências, Apraxia e agnosia. Capsula Interna Hemiparesia motora pura. Cortical Difusa Demência, memória, raciocínio. VASCULARIZAÇÃO DO ENCÉFALO: ARTÉRIA ÁREA ALTERAÇÃO FUNCIONAL (PRIMÁRIA) A. Cerebral Anterior Córtex Pré Motor Paresia de membro inferior, planejamento motor. Lobo Frontal Alteração Comportamental (Perda dos limites sociais). VASCULARIZAÇÃO DO ENCÉFALO: ARTÉRIA ÁREA ALTERAÇÃO FUNCIONAL (PRIMÁRIA) A. Cerebral Posterior Lobo Occipital Alteração Visual. Tálamo Alteração Sensorial, Depressão da consciência, pupilas mióticas. Putâmen Depressão da consciência; desvio ocular epsilateral, hemi.comple. contralateral. VASCULARIZAÇÃO DO ENCÉFALO: ARTÉRIA ÁREA ALTERAÇÃO FUNCIONAL (PRIMÁRIA) Artérias Cerebelares Pedúnculo Cerebral, Núcleo Vertibular Tontura, Náusea, Vômito, Nistagmo, Paralisia Facial Epsilateral, Ataxia. VASCULARIZAÇÃO DO ENCÉFALO: ARTÉRIA ÁREA ALTERAÇÃO FUNCIONAL (PRIMÁRIA) Artéria Basilar Ponte Dupla Hemiparesia, Coma. VASCULARIZAÇÃO DO ENCÉFALO: ARTÉRIA ÁREA ALTERAÇÃO FUNCIONAL (PRIMÁRIA) Artéria Vertebral Lemnisco Medial Perda sensorial tátil e proprioceptiva. FISIOPATOLOGIA, COMPLICAÇÕES PRIMÁRIAS E SECUNDÁRIAS, TRATAMENTO. TERRITÓRIO DE VASCULARIZAÇÃO: EPIDEMIOLOGIA: O acidente vascular cerebral (AVC) é uma das maiores causas de morte e sequela neurológica no mundo. Quando agrupado dentro das causas circulatórias, são, em todo o mundo, a segunda maior causa de óbitos (5,7 milhões por ano). Há variação regional da mortalidade relacionada ao AVC no mundo. • 85% das mortes ocorrem em países não desenvolvidos ou em desenvolvimento. • 1/3 dos AVC acontecem em pessoas economicamente ativas. No Brasil, apesar do declínio nas taxas de mortalidade, o AVC representa a primeira causa de morte e incapacidade no País, o que cria grande impacto econômico e social. Dados provenientes de estudo prospectivo nacional indicaram incidência anual de 108 casos por 100 mil habitantes, taxa de fatalidade aos 30 dias de 18,5% e aos 12 meses de 30,9%, sendo o índice de recorrência após um 1 ano de 15,9%. EPIDEMIOLOGIA: A maioria dos pacientes que sobrevivem à fase aguda do AVC apresenta déficit neurológico que necessita de reabilitação. 75% desses pacientes não retornarão ao seu trabalho e 30% necessitarão de auxílio para caminhar. AVC refere-se ao desenvolvimento rápido de sinais clínicos de distúrbios focais e/ou globais da função cerebral, com sintomas de duração igual ou superior a 24 horas, de origem vascular, provocando alterações nos planos cognitivo e sensório- -motor, de acordo com a área e a extensão da lesão. O sinal mais comum de um AVC, o qual ocorre com maior frequência na fase adulta, é a fraqueza repentina ou dormência da face, braço e/ou perna, geralmente em um lado do corpo. Outros sinais frequentes incluem: confusão mental, alteração cognitiva, dificuldade para falar ou compreender, engolir, enxergar com um ou ambos os olhos e caminhar; distúrbios auditivos; tontura, perda de equilíbrio e/ou coordenação; dor de cabeça intensa, sem causa conhecida; diminuição ou perda de consciência. Uma lesão muito grave pode causar morte súbita (BRASIL, 2013). Em crianças, quando ocorre, principalmente nos estágios intrauterino e neonatal, cursa com sequelas mais difusas e menos focais. Sinais de alerta como o não juntar as mãos na linha média aos 3 meses de idade, seu uso assimétrico sistemático (lembrando que nesta faixa etária não existe ainda lateralidade definida), a dificuldade para rolar e sentar. É importante também observar os distúrbios de comunicação, como atrasos na aquisição de fala e de linguagem (BRASIL, 2013). AVE Isquêmico Ocorre pela obstrução ou redução brusca do fluxo sanguíneo em uma artéria cerebral causando falta de circulação no seu território vascular. AVE Hemorrágico O acidente vascular cerebral hemorrágico é causado pela ruptura espontânea (não traumática) de um vaso, com extravasamento de sangue para o interior do cérebro (hemorragia intracerebral), para o sistema ventricular (hemorragia intraventricular) e/ou espaço subaracnóideo (hemorragia subaracnóide). TIPOS DE AVE: GRUPO DE RISCO NÃO MODIFICÁVEL • Idosos • Sexo masculino • Baixo peso ao nascimento • Negros (por associação com hipertensão arterial maligna) • História familiar de ocorrência de AVC • História pregressa de AIT • Condições genéticas como anemia falciforme GRUPO DE RISCO MODIFICÁVEL • Hipertensão arterial sistêmica • Tabagismo • Diabetes Mellitus • Dislipidemia • Fibrilação atrial • Outras doenças cardiovasculares GRUPO DE RISCO POTENCIAL • Sedentarismo • Obesidade • Uso de contraceptivo oral • Terapia de reposição hormonal pós-menopausa • Alcoolismo • Uso de cocaína e anfetaminas DIAGNÓSTICO: A pessoa que apresentar sinais e sintomas como: • diminuição da sensibilidade e/ou fraqueza que tenha começado de forma súbita na face, no braço e/ou na perna, especialmente se unilateral; • confusão mental; • dificuldade para falar ou para compreender o que é dito, que tenha começado de forma súbita; • alterações visuais em um ou em ambos os olhos de instalação súbita; • dificuldade para andar, perda de equilíbrio e/ou da coordenação iniciados de forma súbita; • dor de cabeça intensa, de instalação súbita, sem causa conhecida. AVALIAÇÃO FUNCIONAL: A avaliação individual e contextualizada, a partir dos potenciais e não da deficiência, e o trabalho em parceria com a família e/ou cuidadores permitem o diagnóstico funcional mais acurado e melhor prognóstico, principalmente quando estes agentes estão consonantes. Entende-se por diagnóstico funcional aquele que, além da condição clínica, inclui a avaliação das funções sensoriais, motoras e psicomotoras, de linguagem e cognitivas, dentro do contexto social do sujeito, como base do programa de reabilitação. É importante que seja feita avaliação por equipe qualificada, que contemple o caráter dinâmico do quadro e que forneça pistas para a tomada de decisão no sentido de favorecer a recuperação e também proporcionar funcionalidade. Deve ser considerada a diversidade de alterações consequentes ao AVC, como os comprometimentos de força, flexibilidade, equilíbrio, sensibilidade e capacidade de execução das atividades de vida autônoma e social. Outras alterações como comunicação, audição, cognição e fatores humorais não podem ser negligenciados e devem também constituir a avaliação para que o planejamento do cuidado em reabilitação seja feito de forma a contemplar toda a integralidade da pessoa que sofreu AVC. O sucesso do tratamento dependerá de: ➢ Rápida identificação dos sinais de alerta. ➢ Imediato encaminhamento para o serviço de emergência. ➢ Priorização do transporte pré e intra-hospitalar para os casos com suspeita de AVC. ➢ Diagnóstico e tratamento rápido. TEMPOÉ CÉREBRO A reabilitação da pessoa com AVC deve acontecer de forma precoce e em toda a sua integralidade. O tratamento médico imediato, associado à reabilitação adequada, pode minimizar as incapacidades, evitar sequelas e proporcionar ao indivíduo o retorno o mais breve possível às suas atividades e participação na comunidade. CONDIÇÕES RELACIONADAS AO AVE: DISFAGIA: Indícios da presença de disfagia na pessoa que sofreu AVC: • falta de apetite • recusa alimentar • dificuldade de reconhecimento visual do alimento, • alterações de olfato e paladar; • diminuição ou ausência do controle da mastigação, do transporte do bolo alimentar, dos movimentos da língua; aumento do tempo do trânsito oral; restos de alimentos em cavidade oral após a alimentação; escape anterior do alimento e/ou da saliva e escape do alimento para a faringe antes do início da deglutição; • presença de tosse, pigarro/ou engasgos durante a refeição; alterações vocais. É importante estar atento à ocorrência de emagrecimento nos últimos meses, períodos de febre, sinais de desconforto respiratório, aumento da frequência respiratória durante ou após as refeições, que podem ser manifestação da entrada de alimento na via respiratória na ausência de tosse, o que configura a aspiração silente. CONDIÇÕES RELACIONADAS AO AVE: DISFAGIA: Paciente com alterações relacionadas aos seguintes aspectos: • Nível de consciência • Orientação • Atenção • Cooperação • Compreensão • Traqueostomizado Abordagem: Fonoaudiologia, Fisioterapia Respiratória e Nutrição PAPALÉO NETTO, M. Tratado de Geriatria e Gerontologia, 2007 e KATO, E. M; RADANOVIC, M. Fisioterapia nas Demências,2007. Disfagia no Idoso: CONDIÇÕES RELACIONADAS AO AVE: PARALISIA FACIAL: A paralisia facial é uma manifestação frequentemente observada no pós-AVC. Caracteriza-se pela diminuição dos movimentos faciais na hemiface acometida, podendo resultar nas alterações da mímica facial, das funções de deglutição e fonação, com consequente impacto estético e funcional. A lesão na paralisia facial pós-AVC pode ser supranuclear (acima do núcleo do VII par) ou nuclear (no núcleo). A manifestação da paralisia em tais lesões é diferente e exige condutas específicas. A fase aguda é flácida, sem informação neural. A evolução pode levar à recuperação completa em poucas semanas. Em alguns casos, o quadro de flacidez pode se perpetuar por falta de reinervação. Em outros casos, a reinervação pode ser aberrante, levando a sequelas. A reabilitação da paralisia facial visa minimizar os efeitos da paralisia/paresia da musculatura facial, nas funções de mímica facial, fala e mastigação, além de manter aferência, melhora do aspecto social e emocional. CONDIÇÕES RELACIONADAS AO AVE: PARALISIA FACIAL: Paralisia Facial Periférica Paralisia Facial Central CONDIÇÕES RELACIONADAS AO AVE: PARALISIA FACIAL: CONDIÇÕES RELACIONADAS AO AVE: FRAQUEZA MUSCULAR E DÉFICIT DE SENSIBILIDADE: A fraqueza muscular representa um dos maiores contribuintes para a incapacidade após AVC. É importante que, em qualquer nível de atenção, os exercícios sejam delineados de forma que uma atividade muscular mínima resulte em movimento do membro. Déficits de sensibilidade envolvem as modalidades perceptivas e proprioceptivas. Dor, tato e sensação térmica podem estar alterados. CONDIÇÕES RELACIONADAS AO AVE: ALTERAÇÃO DO TÔNUS: HIPERTONIA X HIPOTONIA: CONDIÇÕES RELACIONADAS AO AVE: PLEGIA X PARESIA: CONDIÇÕES RELACIONADAS AO AVE: PARESTESIA: São sensações cutâneas subjetivas (ex., frio, calor, formigamento, pressão etc.) que são vivenciadas espontaneamente na ausência de estimulação. CONDIÇÕES RELACIONADAS AO AVE: ALTERAÇÃO VISUAL: Há diversos tipos de alterações visuais, que podem variar de leve a grave, cujas alterações dependerão do território cerebral acometido. Assim, podem ser agrupadas em categorias: perda da visão central, perda do campo visual, problemas com movimentos oculares e problemas de processamento visual. CONDIÇÕES RELACIONADAS AO AVE: LIMITAÇÃO DAS ATIVIDADES MOTORAS E FUNCIONAIS: A desordem motora envolve tanto a manutenção postural quanto as transferências: • Dificuldade em manter-se sentado; • Dificuldade em passar de sentado para de pé; • Dificuldade de manter-se na posição ortostática; • Dificuldade para deambular; • Dificuldade com habilidades manuais (alcance, preensão, manipulação e soltar). LIMITAÇÃO PARA AS ATIVIDADES DE VIDA DIÁRIA: • Alimentação • Banho • Higiene Elementar • Vestuário (Tronco Superior e Inferior) RECURSOS DE TECNOLOGIA ASSISTIVA CONDIÇÕES RELACIONADAS AO AVE: COMPROMETIMENTO DA COMUNICAÇÃO: As lesões cerebrais decorrentes do AVE, dependendo da área de comprometimento, podem gerar sequelas relativas à linguagem oral e escrita (afasias), distúrbios auditivos, planejamento (apraxia oral e verbal) e execução da fonoarticulação (disartrias), visto que o Sistema Nervoso Central se apresenta como um sistema funcional complexo, hierarquicamente organizado e de funcionamento integrado. Todos estes eventos, isolados ou em conjunto, podem trazer ao paciente uma dificuldade em comunicar-se, que pode implicar em isolamento social que, por sua vez, pode desencadear ou agravar quadros depressivos. CONDIÇÕES RELACIONADAS AO AVE: COMPROMETIMENTO DA COMUNICAÇÃO: AFASIA: As afasias são distúrbios que afetam os aspectos de conteúdo, forma e uso da linguagem oral e escrita, em relação à sua expressão e/ ou compreensão, como consequência de uma lesão cerebral; envolve os processos centrais de significação, seleção de palavras e formulação de mensagens. • AFASIA DE BROCA • AFASIA DE WERNICKE • AFASIA GLOBAL CONDIÇÕES RELACIONADAS AO AVE: COMPROMETIMENTO DA COMUNICAÇÃO: DISPRAXIA: As dispraxias são alterações referentes ao planejamento motor voluntário, que envolve o posicionamento e a sequência dos movimentos musculares, necessários para a produção dos gestos proposicionais aprendidos. A principal característica do paciente dispráxico é o melhor desempenho observado em atividades automáticas e espontâneas e o pior desempenho em atividades dirigidas. Na dispraxia oral ou bucomaxilofacial, ocorre dificuldade para desempenhar habilidades de movimentos de face, lábios, língua, bochechas, laringe e faringe, sob comando dirigido. Em relação à dispraxia de fala, os pacientes demonstram alterações na sequência dos movimentos para a produção voluntária dos fonemas e, secundariamente, alterações prosódicas, caracterizadas por menor velocidade de fala e escassez de padrões de entonação, ritmo e melodia. CONDIÇÕES RELACIONADAS AO AVE: COMPROMETIMENTO DA COMUNICAÇÃO: DISARTRIAS: As disartrias são desordens que envolvem a produção da articulação e fonação de origem neurológica. As manifestações mais comumente observadas no pós-AVC são: articulação imprecisa, voz monótona em relação à frequência e à intensidade, alteração da prosódia, rouquidão, soprosidade, voz fraca, hipernasalidade, voz tensa, velocidade de fala variável e pausas inapropriadas. A combinação destes sinais pode comprometer a inteligibilidade de fala do paciente, interferindo de maneira negativa na socialização e contribuindo para o isolamento social e para o surgimento de quadros depressivos. CONDIÇÕES RELACIONADAS AO AVE: COMPROMETIMENTO DA COGNIÇÃO: O comprometimento cognitivo é comum em pacientes com AVC agudo. Estas disfunções comumente proporcionam consequências devastadoras na vida do indivíduo e exercem forte impacto no desempenho ocupacional do paciente. Envolve a memória, atenção, linguagem, cálculo, orientação temporal e espacial, funções executivas, negligência, apraxia e agnosia. A associação desses diferentes fatores, que podem se expressar isoladamente ou em conjunto em graus diversos de severidade, compõe um desafio primeiramente para o indivíduo, que se vê funcionalmente limitado e dependente de terceiros para a realização de tarefas básicas davida cotidiana, e, em um segundo momento, para a equipe de reabilitação, que se depara com mosaico de alterações funcionais que exercem influência imperativa nas decisões clínicas. CONDIÇÕES RELACIONADAS AO AVE: ALTERAÇÃO DE HUMOR: A mudança do estado de humor e a labilidade emocional do indivíduo após AVE é comum e geralmente de instalação tardia. Também conhecido como transtorno da expressão emocional involuntária, esta condição, embora não tão rara, não tem ainda sua fisiopatologia claramente estabelecida, estando envolvido o lobo frontal e sistema límbico e comumente associado a quadro depressivo. É caracterizada por crises de choro e/ou riso incontrolável e estereotipadas, sem relação direta com fator causal, podendo, inclusive, ocorrer de forma dissociada ao estado de humor do sujeito acometido, que pode reconhecer esse comportamento como inadequado, o que aumenta ainda mais a sua ansiedade e contribui para o seu isolamento. Não existe medicação específica para esse transtorno e indica-se a avaliação de uso de antidepressivo, quando associado a quadro de depressão. CONDIÇÕES RELACIONADAS AO AVE: COMPLICAÇÕES: • Contratura • Subluxação de Ombro • Ombro Doloroso • Distrofia Simpático Reflexa (Disfunção Vasomotora SNA). • Edema em Membros • Déficit de Condicionamento Cardiorespiratório • Pneumonia • Trombose Venosa Profunda • Fadiga • Úlceras por pressão • Quedas MARCHA: CONSIDERAR FASES DA MARCHA. Cuidar: Ser Cuidado: + - + - Equilíbrio Burden Bournout Dependente Independência ??? Preditores para a institucionalização (Inexistência do grupo familiar, abandono, carência de recursos financeiros) ATENÇÃO AO CUIDADOR: "Em caso de despressurização da cabine, máscaras cairão automaticamente à sua frente. Coloque primeiro a sua e só então auxilie quem estiver ao seu lado..." PROGRAMAS DE ORIENTAÇÃO PARA CUIDADORES CUIDADOR: Um novo paciente dentro do Sistema OBRIGADO...
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