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PENAS E MEDIDAS DE SEGURANÇA

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UNIDADE CENTRAL DE EDUCAÇÃO FAEM FACULDADE 
FACULDADE EMPRESARIAL DE CHAPECÓ 
UCEFF FACULDADES 
DIREITO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PENAS E MEDIDAS DE SEGURANÇA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 MARCELO ALEXANDRE BUSELATO 
 Penas e Medidas de Segurança 
 Prof. Dr. Robson Fernando Santos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Chapecó 06 de abril 2020. 
 IDENTIFICAR AS 03 (TRÊS) FASES DO CÁLCULO DA DOSIMETRIA: 
 
Para Bitencourt, o cálculo da pena, deve operar-se em três fases distintas: a penabase 
deve ser encontrada analisando-se as circunstâncias judiciais do art. 59; a pena 
provisória, analisando-se as circunstâncias legais, que são as atenuantes e as 
agravantes; e, finalmente, chegar-se-á à pena definitiva, analisando-se as causas de 
diminuição e de aumento. (BITENCOURT, 2019, p. 840). 
Assim, para a primeira parte o magistrado deve ponderar em seu juízo de valor os 
quesitos de: a) culpabilidade, b) antecedentes, c) personalidade do agente, d) conduta 
social, e) os motivos do crime, f) as circunstâncias do crime, g) as consequências do 
crime e h) o comportamento da vítima. Somente após essa análise subjetiva será fixada 
a pena base. 
A pena-base deve ser fixada entre o mínimo e o máximo daquilo que está disposto no 
tipo penal, para que nela incidam como efeito de cascata as diminuições e aumentos 
decorrentes de agravantes/atenuantes, majorantes/minorantes. (BITENCOURT, 2018, 
p. 840). Após fixada a pena-base, como dito acima é incidido sobre ela as 
circunstâncias agravantes e atenuantes. Essa etapa, é chamada de pena provisória, 
assim definida por Bitencourt. 
Encontrada a pena-base, em seguida passa o julgador ao exame das circunstâncias 
legais, isto é, das atenuantes e agravantes, aumentando ou diminuindo a pena em certa 
quantidade, que resultará no que chamamos de pena provisória. Nesta segunda 
operação devem-se analisar somente as circunstâncias legais genéricas, enfatizando-
se as preponderantes, quando concorrerem agravantes e atenuantes. Nenhuma 
circunstância atenuante pode deixar de ser valorada, ainda que não seja invocada 
expressamente pela defesa, bastando que se encontre provada nos autos”. 
(BITENCOURT, 2018, p. 840). 
Por fim, na terceira etapa é onde encontra-se a chamada pena definitiva. São 
atribuída a pena provisória valores estipulados tanto na parte geral quanto na parte 
especial do Código Penas, essas estipuladas tanto para majorar como para minorar a 
penado réu, a depender do caso. Assim explica Bitencourt. 
“Na terceira e última fase do cálculo da pena analisam se as causas de 
aumento e de diminuição. Essa terceira fase deve incidir sobre a pena 
até então encontrada, que pode ser a pena provisória decorrente da 
segunda operação, como também a pena-base se, no caso concreto, não 
existirem atenuantes ou agravantes. Se houver mais de uma majorante 
ou mais de uma minorante, as majorações e as diminuições serão realizadas, a 
princípio, em forma de cascata, isto é, incidirão umas sobre as outras, sucessivamente. 
Primeiro se aplicam as causas de aumento, depois as de diminuição. Com efeito, 
concorrendo mais de uma causa de aumento ou de diminuição “previstas na parte 
special, pode o juiz limitar-se a um só aumento ou a uma só diminuição, prevalecendo, 
todavia, a causa que mais aumente ou diminua” (art. 68, parágrafo único). Essa 
possibilidade destina-se exclusivamente às majorantes e minorantes previstas na 
Parte Especial do Código. Já as localizadas na Parte Geral deverão 
operar todas, incidindo umas sobre as outras, sem exceção, consoante 
expressa previsão legal.” (BITENCOURT, 2018, p. 847). 
 
ANALISAR OS CRITÉRIOS QUE O JUIZ ADOTOU PARA APLICAR AS 
DISPOSIÇÕES DO ART. 59 DO CP: 
 
No que tange às circunstâncias judiciais do artigo 59 do Código Penal, verifico que a 
culpabilidade da ré, como grau de reprovabilidade de sua conduta, é normal à espécie. 
A ré não possui antecedentes criminais (certidões de fls. 136/137). Sua conduta social 
e personalidade não foram objetos de prova. Os motivos do crime são desconhecidos. 
As circunstâncias do crime são inerentes ao fato. As consequências do crime não foram 
graves, já que os objetos subtraídos foram recuperados pelos proprietários. O 
comportamento das vítimas não contribuiu para a prática do crime. 
O magistrado usou os critérios estabelecidos no artigo 59 do Código Penal. Por meio 
de provas documentais instruídas no processo chegou a conclusão, por exemplo, que 
a ré não possuía antecedentes criminais, e naqueles que não possuía prova não os 
julgou. Por fim o julgador concluiu que as consequências do crime não foram graves 
pois os objetos subtraídos foram recuperados. 
Em relação ao Réu Antonio Carlos Flor: No que tange às circunstâncias judiciais do 
artigo 59 do Código Penal, verifico que a culpabilidade do réu, como grau de 
reprovabilidade de sua conduta, é acentuada, por ter concorrido para uma verdadeira 
execução da vítima, de forma impiedosa e covarde. O réu não possui antecedentes. 
Nada há nos autos que desabone sua conduta social, pois exercia atividade profissional 
lícita. Sua personalidade não o desabona. Os motivos dos crimes foram objeto de 
imputação de qualificadora, daí porque não devem ser sopesados nesta fase. Em 
relação aos homicídios, não há circunstâncias ou consequências dos crimes que 
ensejem maior reprovabilidade. Em relação ao delito de tortura, deve ser 
sopesado que os atos de violência física e psíquica contra a vítima se estenderam por 
mais de uma hora, conforme relataram as testemunhas inquiridas com ocultação de 
identidade, tanto que a vítima chegou a desmaiar por duas vezes, conforme relatou o 
réu Juliano Lucano em seus interrogatórios na fase judicial. O comportamento da 
vítima não foi determinante para a ação delituosa do réu. Nesse caso, quanto ao critério 
de culpabilidade o magistrado optou por majorar a pena base do réu considerando o 
grau de reprovabilidade da conduta como sendo acentuada, devido ao ato praticado ter 
se sido de execução da vítima. Os motivos do crime, como bem explicados pelo juiz, 
foram objeto de qualificadora, (art. 121, § 2.º, inciso IV do Código Penal) portanto não 
adicionados nessa etapa de modo a não configurar o bis in idem. Dessa forma observa 
que a pena base do que tem um mínimo de 12 anos para esse tipo penal, devido aos 
motivos acima expostos, saiu de 14 anos. (para o crime de homicídio qualificado). Já 
para o crime de tortura onde a pena mínima e estipulada de 2 anos o réu teve como 
pena-base 4 anos. 
Em relação ao Réu Edenilson Moreira Sutil: No que tange às circunstâncias judiciais 
do artigo 59 do Código Penal, verifico que a culpabilidade do réu, como grau de 
reprovabilidade de sua conduta, é acentuada, por ter concorrido para uma verdadeira 
execução das vítimas, de forma impiedosa e covarde. O réu não possui antecedentes. 
Nada há nos autos que desabone sua conduta social, pois exercia atividade profissional 
lícita. Sua personalidade não foi apurada. Os motivos dos crimes foram objeto de 
imputação de qualificadora, daí porque não devem ser sopesados nesta fase. Em 
relação aos homicídios, não há circunstâncias ou consequências dos crimes que 
ensejem maior reprovabilidade. Em relação aos delitos de ocultação de cadáver, deve 
ser sopesado que foi promovida a total destruição dos corpos mediante uso de fogo, o 
que tolheu das famílias a possibilidade de realizar funeral e despedida dignos. O 
comportamento das vítimas não foi determinante para a ação delituosa do réu. 
Da mesma forma que o anterior o que podemos extrair é: quanto ao critério de 
culpabilidade o magistrado optou por majorar a pena base do réu considerando o 
graude reprovabilidade da conduta como sendo acentuada, devido ao ato 
praticado ter se sido de execução da vítima. Os motivos do crime, como bem 
explicados pelo juiz, foram objeto de qualificadora, (art. 121, § 2.º, inciso IV do 
Código Penal) portanto não adicionados nessa etapa de modo a não configurar o 
bis in idem. Em relação aos homicídios, não foram atribuídas circunstâncias ou 
consequências dos crimes que ensejem maior reprovabilidade. Entretanto, o 
magistrado descreveu que em relação aos delitos de ocultação de cadáver, deve 
ser sopesado que foi promovida a total destruição dos corpos mediante uso de 
fogo, o que tolheu das famílias a possibilidade de realizar funeral e despedida 
dignos. E, portanto, para esse crime foi considerado como fator de agravamento da 
pena base. 
Em relação a Ré Thalita Kulyk Viana No que tange às circunstâncias judiciais do artigo 
59 do Código Penal, verifico que a culpabilidade da ré, como grau de 
reprovabilidade de sua conduta, é acentuada, por ter concorrido para uma verdadeira 
execução da vítima, de forma impiedosa e covarde. A ré não possui antecedentes. Nada 
há nos autos que desabone sua conduta social. Sua personalidade não a desabona. 
Os motivos do crime foram objeto de imputação de qualificadora, daí porque não 
devem ser sopesados nesta fase. Não há circunstâncias ou consequências do crime que 
ensejem maior reprovabilidade. O comportamento da vítima não foi determinante para 
a ação delituosa da ré. Em especial para esse caso, quanto ao critério de culpabilidade 
o magistrado optou por majorar a pena base do réu considerando o grau de 
reprovabilidade da conduta como sendo acentuada, devido ao ato praticado ter se sido 
de execução da vítima. Os motivos do crime, como bem explicados pelo juiz, foram 
objeto de qualificadora, (art. 121, § 2.º, inciso IV do Código Penal) portanto não 
adicionados nessa etapa de modo a não configurar o bis in idem. Os demais 
tópicos para análise do artigo 59 do código penal foram irrelevantes para firmar o 
juízo de valor do magistrado. Assim considerando, a pena-base que partia de 12 
anos foi estipulada em 14 anos. 
 
AVALIAR OS CRITÉRIOS UTILIZADOS PELO JUIZ PARA DEFINIR O 
QUANTUM (QUANTIDADE) NA SEGUNDA FASE, QUANDO APLICADOS: 
 
Em relação à ré Vanessa de Lima: Inexistem circunstâncias agravantes e atenuantes. 
Em relação à ré Andréia Fátima de Lima: Inexistem circunstâncias agravantes e 
atenuantes. 
Em relação ao Réu Antonio Carlos Flor: Na segunda fase da dosimetria, não há 
agravantes. Por outro lado, aplica-se a atenuante da menoridade, prevista no 
artigo 65, inciso I, do Código Penal, já que o réu era menor de 21 anos na data do fato. 
Por força dessa atenuante, reduzo a pena do delito de homicídio para 12 (doze) anos 
de reclusão e a pena do crime de tortura para 03 (três) anos de reclusão. 
Na segunda etapa da dosimetria da pena, para esse caso, o magistrado reduziu por 
força da atenuante prevista no artigo 65, inciso I “ser o agente menor de 21 (vinte 
e um), na data do fato, ou maior de 70 (setenta) anos, na data da sentença” as penas da 
seguinte forma: Homicídio: de 14 anos para 12, ou seja, até o mínimo da pena 
estabelecida no tipo penal. Tortura: de 04 anos para 03 anos, lembrando que o mínimo 
estabelecido no CP é de 02 (anos). 
Em relação ao Réu Edenilson Moreira Sutil: Na segunda fase da dosimetria, como 
foram reconhecidas duas qualificadoras em quatro homicídios, deve uma dela ser 
aplicada como agravante, daí porque considero nesta fase as qualificadoras 
do emprego de recurso que impossibilitou a defesa da vítima (art. 61, inciso II, alínea 
“c”, do Código Penal). Considerando que cada agravante justifica o aumento da pena 
em 1/6, majoro as reprimendas da seguinte forma: 02 anos e 04 (quatro) meses de 
reclusão para cada delito de homicídio duplamente qualificado, majorando-se as penas 
respectivas para 16 (dezesseis) anos e 04 (quatro) meses de reclusão. Em relação ao 
homicídio contra Anderson Mosche Antunes, mantenho a reprimenda inalterada na 
segunda fase. Em relação aos delitos de ocultação de cadáver e furto, não há 
agravantes. Não incidem atenuantes. O que se percebe é que nessa etapa da 
dosimetria o julgador optou por utilizar uma das qualificadoras do crime como 
agravante da pena, sendo aquela contida no artigo 61, inciso II alínea “c” à traição, de 
emboscada, ou mediante dissimulação, ou outro recurso que dificultou ou tornou 
impossível a defesa do ofendido. Explicando o magistrado que por haver mais de uma 
qualificadora. Dessa maneira o a pena para o crime de homicídio que era de 14 anos 
passou a ser de 16 anos e 4 meses. Majorando em 1/6 a pena-base. Os demais delitos 
permaneceram inertes. 
Em relação a Ré Thalita Kulyk Viana Na segunda fase da dosimetria, como foram 
reconhecidas duas qualificadoras no homicídio, deve uma dela ser aplicada como 
agravante, daí porque considero nesta fase a qualificadora do emprego de recurso que 
impossibilitou a defesa da vítima (art. 61, inciso II, alínea “c”, do Código Penal). 
Considerando que cada agravante justifica o aumento da pena em 1/6, majoro a pena 
de 02 anos e 04 meses de reclusão, majorandoa para 16 (dezesseis) anos e 04 (quatro) 
meses de reclusão. Como no caso anterior o julgador optou por utilizar uma das 
qualificadoras do crime como agravante da pena, sendo aquela contida no artigo 61, 
inciso II alínea “c” à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação, ou outro 
recurso que dificultou ou tornou impossível a defesa do ofendido. Explicando o 
magistrado que por haver mais de uma qualificadora. Dessa maneira o a pena para o 
crime de homicídio que era de 14 anos passou a ser de 16 anos e 4 meses. Majorando 
em 1/6 a pena-base. 
 
ANALISAR OS FUNDAMENTOS APRESENTADOS PELO JUIZ PARA 
JUSTIFICAR A DOSIMETRIA DA PENA: 
 
De modo geral os juízes utilizaram-se de fundamentos plausíveis para expedir as 
sentenças. Obviamente fundamentara-se nos dispositivos do Código Penal, em 
especial o Art. 59 para estipular a pena-base assim como as agravantes e atenuantes 
gerais dispostas no mesmo código. As agravantes e atenuantes empregadas apresentam 
consistência robusta em utilizá-las de modo que nenhum ato ilícito, apesar de 
igualmente tipificado, é igual ao outro. Depende de diversos fatores e o que norteia o 
magistrado é o princípio da individualização da pena, em que cada um deve ser punido 
na exata medida de sua participação no crime. 
 
AO FINAL EMITIR UM PARECER PESSOAL SOBRE A PENA DEFINITIVA 
APLICADA PELO JUIZ (DENTRO DE CRITÉRIOS EXCLUSIVAMENTE 
JURÍDICOS PARA CADA CASO). 
 
Em relação à ré Andréia Fátima de Lima e à ré Vanessa de Lima: 
Do ponto de vista pessoal, entendo que para ambos os casos acima estão balizados 
por critérios técnicos/jurídicos adequados, os quais são apresentados pelo magistrado 
e chegaram à conclusão de que as rés devem cumprir as seguintes penas: 
a) uma pena de prestação de serviços à comunidade, por tempo igual ao da pena 
privativa de liberdade substituída, à razão de 01 (um) hora de tarefa por dia de 
condenação, a ser cumprida na forma do artigo 46 e seus §§ 1º a 4º, do 
Código Penal; e b) uma pena de prestação pecuniária (artigo 45, § 1º do CP), 
consistente no pagamento da importância correspondente a 1 (um) salário mínimo. 
Concedo às rés o direito de recorrer em liberdade, pois ausentes os fundamentos 
necessários para a decretação da custódia preventiva. Condeno-as ao pagamento das 
custas processuais pro rata. Assim, fazendo um julgamento superficial, sem análise 
documental daquilo que promoveu o convencimento do julgador, entendo 
perfeitamente plausível a pena imposta. Em relação ao Réu Antonio Carlos Flor: 
O réu acima qualificado teve participação no crime de homicídio e tortura, foram 
estipuladas penas bases acima da estipulada no tipo penal devido aos critérios 
demonstrados pelo magistrado inerente ao artigo 59. Posteriormente, na segundafase 
da dosimetria da pena, não foi incidido nenhuma agravante, por outro lado foi reduzida 
a pena do réu conforme atenuante prevista no artigo 65, inciso I do C.P. para ambos 
os crimes, considerando que o réu era menos de 21 anos na época dos fatos. Na terceira 
fase, foi aplicada a redução de pena em relação a pena provisória em 1/3 considerando 
o art. 29, parágrafo 1º, do C.P. para os 02 crimes, por considerar o magistrado que a 
participação dos crimes por esse agente foi de menor importância. A pena definitiva 
ficou em 10 anos de reclusão para os dois crimes. Do ponto de vista técnico/jurídico 
observou-se que o magistrado obedeceu a sequência lógica do Código Penal para a 
aplicação da pena ao indivíduo. Assim, fazendo um julgamento superficial, sem 
análise documental daquilo que promoveu o convencimento do julgador, entendo 
perfeitamente plausível a pena imposta. Em relação ao Réu Edenilson Moreira Sutil: 
Com base nessas conclusões, totalizo a reprimenda, do réu Edenilson Moreira 
Sutil em 83 (oitenta e três) anos de reclusão e 110 (cento e dez) dias-multa. 
A sentença acima foi atribuía para os 5 (cinco) homicídios praticados pelo réu (79 
anos e 04 meses), ocultação de cadáveres (02 anos e 08 meses de reclusão e 100 dias 
multa) e furto (01 ano de reclusão e 10 dias multa). Do ponto de vista da lógica 
empregada pelo magistrado, a dosimetria da pena foi desencadeada pelas 03 três fases 
previstas no Código Penal, não possuindo pontos discordantes dos preceitos legais. 
Em relação a Ré Thalita Para a ré, foi atribuída a penas de 16 (dezesseis) anos e 04 
(quatro) meses de reclusão. Mesmo que na terceira fase da dosimetria, não incidiram 
causas gerais ou especiais de aumento ou diminuição das penas, não desabona a 
configuração penal apresentada, isso porque tal etapa, assim como a segunda podem 
ser suprimidas desde que fundamentadas. Assim, considerando que o magistrado 
utilizou-se das 03 três fases previstas no C.P. e em todas elas atribuiu fundamentos 
plausíveis, entendo que a sentença proferida está de acordo com os ditames legais

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