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Faculdade Estácio de Sá – UNESA Ciências Biológicas (Licenciatura) Disciplina: Aspectos Antropológicos e Sociológicos da Educação Observação e Análise Reflexiva das Relações Entre a Sociedade e o Meio Aluna: Leticia Nascimento dos Santos Matrícula: 202001012265 Rio de Janeiro, 14 de Maio de 2020. A relação temática do homem e o meio ambiente abrangem os conceitos de economia, governo, corporações, extração, consumo, obsolescência planejada e perceptiva, contexto social, entre outros. Processos tão habituais que vistos a través dos olhos de quem vive sob as diretrizes do sistema chegam a ser despercebidos, com exceção à única parte da economia realmente palpável é o setor de consumo. Para onde vão os resíduos consumidos diariamente pela população mundial? O presente trabalho visando retratar as diferenças sociais e do meio ambiente que abrange os possíveis excessos gerados pelos detritos da sociedade. O presente trabalho tem por intenção retratar a influência da sociedade atual no meio ambiente em que vivemos seja diretamente ou indiretamente. A valorização humana social em relação ao meio em que vivemos é fundamental para as gerações futuras seja da espécie humana ou animal. O objetivo é pensar sobre a atual crise sócio-ambiental, procurando entender como ela vem sendo construída ao longo da história, relacionando-a principalmente ao modo de produção capitalista e ao consumo de massa e buscando alternativas possíveis para uma nova relação entre o homem e a natureza diferente de todas as anteriores: mais sustentável equilibrada e duradoura. Como já sabemos que os problemas ambientais e seu aumento constante não é uma novidade. Devido ao crescimento populacional esses problemas se agravaram. Hoje o maior problema que a natureza vem enfrentando é o homem. Pois o mesmo tem suas vontades desenfreadas em viver em um mundo totalmente industrializado, sem possuir um equilíbrio com o meio ambiente onde vive. Tratar o meio ambiente como fonte de energia necessária à manutenção de todas as formas de vida é reconhecer que todos nós e, principalmente, os seres humanos detentores do poder de sua exploração dependem desta fonte de energia para a sobrevivência. A promessa de domínio absoluto do homem sobre a natureza, pelos avanços tecnocientíficos fez o triunfar do humano (racional e dominador) em oposição à natureza (selvagem e exterior), essa cultura antropocêntrica, que pressupõe o homem como existência independente da natureza, não é uma marca da modernidade, mas um traço marcante do pensamento ocidental. Contudo, a partir da Revolução Industrial, a ação do homem sobre o meio ambiente tem se tornado cada vez mais insustentável e destrutiva. Apesar da situação preocupante do planeta, nem tudo está perdido. A educação ambiental aponta para uma solução: a conscientização ambiental e a construção de uma nova relação entre o homem e a natureza. Conhecendo melhor a crise ambiental que ameaça a sobrevivência de todas as espécies vivas, inclusive a dos seres humanos, as pessoas provavelmente irão interferir de forma diferente no meio ambiente. As espécies ameaçadas de extinção, animais ou vegetais, são aquelas em risco de desaparecer, em um futuro próximo. Incontáveis espécies já se extinguiram nos últimos milhões de anos, devido a causas naturais, como mudanças climáticas, e incapacidade de adaptação a novas condições de sobrevivência. Hoje em dia o homem interfere diretamente nas destruições e explorações dos recursos naturais como, por exemplo, destruindo habitas, caça e venda de animais exóticos. Essas e outras atitudes provocam um declínio entre natalidade e mortalidade da espécie. Ocasionando as taxas mais baixas já vistas na história da humanidade No Brasil existem sete espécies de Tartarugas Marinhas, porém cinco delas estão ameaçadas de extinção, segundo os critérios das listas brasileiras e mundiais de espécie ameaçadas. Das cinco espécies, quatro desovam no litoral e por estarem mais expostas, são as mais ameaçadas cabeçuda (Caretta caretta), de pente (Eretmochelys imbricata), oliva (Lepidochelys olivacea) e de couro (Dermochelys coriacea). Por sua vez a tartaruga verde (Chelonia Mydas) está menos exposta, pois desova em ilhas oceânicas (Atol das Rocas, Fernando de Noronha e Trindade), onde a ação do homem é mais controlada, o que contribui para a estabilidade da sua população. A cada mil filhotes que nascem apenas um ou dois conseguem atingir a maior idade, pois além dos inúmeros obstáculos que os filhotes passam, a atitude predatória do homem vem sendo uma das maiores a ser vencida. Além disso, as tartarugas marinhas devem lidar com as pescas incidentais, poluição dos mares e rios, trânsito de veículos e turistas nos locais de desovas e as mudanças climáticas que são derivadas da invasão do homem na natureza. Apesar da imensidão dos oceanos, as águas marinhas e seus habitantes veem sofrendo muito com a poluição produzida pelo homem, que infelizmente já atinge o Ártico e a Antártida, onde já se apresenta sinais de degradação. Porém difícil saber a quantidade exata de poluentes lançados ao mar, pois todos os dias, os mares recebem toneladas de resíduos – alguns tóxicos, outros nem tanto. Cerca de 77% dos poluentes, são dejetos de fontes terrestres que acabam por se concentrar em regiões costeiras, justamente no habitat de alguns animais marinhos, onde por sua vez acabam se tornando mais vulneráveis do que já estariam. A população humana que caminha pela orla marinha, visita ou reside por ali, é uma das maiores responsáveis pelo descarte inadequado de lixo, que acaba virando uma fonte de mortalidade de animais marinhos ou se depositando no fundo do mar. De acordo com a Academia Nacional de Ciências dos EUA, estima-se que mais de 14 bilhões de quilos de lixo são jogados nos oceanos todos os anos. Não é de espantar que as descargas de detritos se tornem tão nocivas a vida marinha. Plástico – Diariamente produzimos vários tipos de lixo, mas o grande problema dos mares é o plástico. O material tem uma vida útil curtíssima, mas demora centenas de anos para se desfazer, seja no mar, seja na terra. E, dentro do estômago de um bicho marinho, pode fazer um grande estrago, levando-o até à morte. Para uma tartaruga, por exemplo, um saco plástico boiando na água pode parecer uma água-viva – ou seja, comida. http://tamar.org.br/tartaruga.php?cod=18 http://tamar.org.br/tartaruga.php?cod=19 http://tamar.org.br/tartaruga.php?cod=21 http://tamar.org.br/tartaruga.php?cod=22 As regiões oceânicas, os manguezais, os corais e as baías são os locais de procriação da grande maioria da fauna marinha. São nestes locais que principalmente camarões e centenas de espécies de peixes de potencial alimentar humano se reproduzem e criam. Justamente aí, nestes riquíssimos ambientes marinhos é que estão os maiores efeitos da poluição, pois é onde são despejados diretamente os resíduos tóxicos das cidades ribeirinhas, das inúmeras indústrias e da agricultura, inclusive muitas vezes trazidos de grandes distâncias por rios que deságuam nestes locais. Esgoto – o esgoto seja industrial e ou doméstico constitui uma das grandes ameaças para a vida marinha e para quem vive no litoral porque age como um fertilizante. O esgoto leva para o mar grande quantidade de matéria orgânica, o que acaba contribuindo para uma explosão do fitoplâncton – uma explosão que, não por acaso, é conhecida por “Bloom”. A vida microscópica cresce de forma desordenada, prejudicando os outros microrganismos marinhos, que ficam sem espaço, sem oxigênio e sem nutrientes. Um dos exemplos mais conhecidos do Bloom é a chamada maré vermelha, que resulta da proliferação dos dinoflagelados – um tipo de fitoplâncton que contém pigmentovermelho. Os dinoflagelados produzem substâncias tóxicas que podem causar a morte. Petróleo – a poluição dos mares e das zonas costeiras originada por acidentes com o transporte marítimo de mercadorias, em particular o petróleo bruto, contribui, anualmente, em 10% para a poluição global dos oceanos. Todos os anos, 600.000 toneladas de petróleo bruto são derramadas em acidentes ou descargas ilegais, com graves consequências econômicas e ambientais. Dos acidentes com petroleiros, que infelizmente não são raros, os mesmos derramam, quase sempre, enormes quantidades de petróleo que, flutuando e alastrando-se progressivamente, formam extensas manchas negras. São as chamadas marés negras, de efeitos altamente destruidores, provocando uma enorme mortandade na fauna (aves marinhas, peixes, moluscos, crustáceos, etc.). A difusão do oxigênio do ar para o mar é também afetada (e vice-versa). Além disso, o petróleo adere as brânquias de peixes e outros animais marinhos, impedindo trocas respiratórias adequadas e matando-os por asfixia. Apenas recentemente alguns programas governamentais tem se voltado para a melhoria das condições sanitárias da costa brasileira. Principalmente em regiões que contam com potencial de desenvolvimento turístico assim como a Ilha de Fernando de Noronha. No entanto os detritos jogados ao mar no longo dos anos demorariam séculos para serem decompostos e diminuir o impacto ambiental. Uma das iniciativas do governo é a tentativa de reverter os danos, para que não se tornem tão permanentes. Vale ressaltar que cinco das nove regiões metropolitanas brasileiras se encontram à beira-mar e que metade da população brasileira reside a menos de 200 km do mar. Esse contingente gera cerca de 60 mil toneladas por dia de lixo, e o destino, de 90% desse total são lixões a céu aberto, que contribuem para a poluição de rios, lagoas e do próprio mar. Referências • https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-84782011001100015, Pesquisado em 10/04/2020 ás 15:30 • https://www.tamar.org.br/interna.php?cod=100 Pesquisado em 13/04/2020 ás 17:45 • https://ambientes.ambientebrasil.com.br/agua/artigos_agua_salgada/poluicao_nos_ mares.html Pesquisado em 16/04/2020 ás 10:00 • https://ambientes.ambientebrasil.com.br/fauna/programas_e_projetos/projeto_tama r.html Pesquisado em 18/04/2020 ás 16:40 • Imagens Google Fotos https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-84782011001100015 https://www.tamar.org.br/interna.php?cod=100 https://ambientes.ambientebrasil.com.br/agua/artigos_agua_salgada/poluicao_nos_mares.html https://ambientes.ambientebrasil.com.br/agua/artigos_agua_salgada/poluicao_nos_mares.html https://ambientes.ambientebrasil.com.br/fauna/programas_e_projetos/projeto_tamar.html https://ambientes.ambientebrasil.com.br/fauna/programas_e_projetos/projeto_tamar.html
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