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LÍNGUA PORTUGUESA

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LÍNGUA PORTUGUESA
PARCIAIS
	Ensinar a linguagem com competências nos diferentes contextos é compromisso da escola e de seus professores, não restrito aos professores de língua portuguesa. Em favor dessa abordagem podemos citar, EXCETO:
	
	
	Aprender a ler os códigos do sistema de representação das artes visuais é tão importante quanto o entendimento dos números e de escrita; pois depende de decodificar formas, linhas, cores e outras característcas.
	
	A constituição das ciências naturais e seus conhecimentos também pode ser entendida como uma construção de saberes relacionados à linguagem, com base na interpretação e compartilhamento de determinadas palavras.
	 
	Os colegas das demais disciplinas não conferem a devida importância ao idioma e atribuem à falhas do professor de línguas a ineficiência do domínio da língua escrita dos alunos.
	
	No campo das artes, por exemplo, ler e escrever leva a um processo de decodificação e compreensão de expressões formais e simbólicas, que envolvem componentes sensoriais, emocionais, culturais e econômicos.
	
	A linguagem é patrimônio de todos, o grande foco das escolas é formar alunos aptos a ler, interpretar e argumentar com fluência, mas que sobretudo articule as linguagens características de cada disciplina.
	
	
	A Revista Nova Escola, nº 225, do mês de setembro de 2009, trouxe uma reportagem especial sobre "o Ensino Fundamental de 9 anos" na página 58, ressaltando que os objetivos do 1º ano, na disciplina de Língua Portuguesa é:
A) Escutar ativamente uma exposição;
B) Comunicar-se por meio da fala, ouvindo com atenção e adequando a linguagem a situação;
C) Conversar num grupo, expressar sentimentos, idéias e opiniões;
D) Relatar acontecimentos e expor o que se sabe sobre os temas estudados.
Está(ão) correta(s ) apenas a(s ) afirmativa(s):
	
	
	Letras A, B e D
	
	Somente as letras A e D
	
	Apenas a letra C
	
	Apenas a letra A
	 
	Todas as letras
	
	
	
	O conceito de língua se define como um tipo de linguagem que utiliza a palavra escrita e/ou falada como uma forma de comunicação própria de uma comunidade ou de um grupo social. Sendo assim, a língua é:
	
	
	Um fenômeno, mas local, dependendo das circunstâncias ambientais.
	
	Um fenômeno que somente modifica a fala.
	 
	Um fenômeno em constante modificação.
	
	Um fenômeno que depende dos números de falantes de uma região.
	
	Um fenômeno que não se modifica.
	
	
	A respeito da frase: ascriançago⋆amdospresentedeNatalascriançago⋆amdospresentedeNatal. Podemos afirmar que:
	
	
	Traduz o uso correto de uma realidade formal de fala, culta.
	
	É inadequada em situações informais, pois compromete a gramática normativa.
	 
	Traduz a realidade linguística de falantes de uma determinada comunidade de fala específica.
	
	Não representa uma formação linguística da língua portuguesa por apresentar erros.
	
	Deve ser estimulada na escrita para demonstrar as variedades de fala do povo brasileiro.
	
	Dalila Moraes, professora do 5º ano do Ensino Fundamental, desenvolveu um jogo pedagógico com o propósito de trabalhar as diferentes marcas de plural existentes na Língua Portuguesa, a saber: S, como na palavra "casaS"; ES, como na palavra "marES"; IS, como na palavra "anzóIS". Com essa atividade, a professora abordou um aspecto gramatical de natureza
	
	 
	morfológica.
	
	ortográfica.
	
	fonológica.
	
	sintática.
	
	semântica.
	
	
	Antônio aprendeu a ler recentemente e fica muito orgulhoso quando os pais elogiam sua leitura em voz alta. Quando perguntam se sabe o que está lendo, diz que nem sempre, porque o que ele conhece é a decodificação das letras e das sílabas. Em relação à leitura de Antônio, afirmamos:
	
	
	Antônio pode ser considerado uma criança letrada.
	
	Antônio está alfabetizado, portanto, sabe ler bem.
	
	Ele está pronto para se tornar um leitor maduro, pois entende o que lê.
	
	Antônio está letrado, portanto, sabe ler bem.
	 
	Ele está apto para uma das etapas que compõem o processo de leitura: a decodificação.
	
	
	
	Leia a o trecho da canção "Óia eu aqui de novo", de A. Barros.
Óia eu aqui de novo xaxando
Óia eu aqui de novo pra xaxar
Vou mostrar pr'esses cabras
Que eu ainda dou no couro Isso é um desaforo
Que eu não posso levar
Que eu aqui de novo cantando
Que eu aqui de novo xaxando
Óia eu aqui de novo mostrando
Como se deve xaxar.
Vem cá morena linda
Vestida de chita
Você é a mais bonita
Desse meu lugar
Vai, chama Maria, chamá Luzia
Vai, chama Zabé, chamá Raque
Diz que tou aqui com alegria.
(BARROS, A. Óia eu aqui de novo. Disponível em Acesso em 5 mai 2013)
O repertório linguístico e cultural do Brasil é muito amplo e a canção de Antônio de Barros é a mostra de uma variação regional que pode ser confirmada em:
	
	 
	"Vou mostrar pr'esses cabras"
	
	"Diz que eu tou aqui com alegria"
	
	"Desse meu lugar"
	
	"Vem cá, morena linda, vestida de chita"
	
	"Isso é um desaforo"
	
	
	Quanto aos fenômenos de variação lingüística, os Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Portuguesa preceituam que:
	
	
	a escola deve trazer as variedades lingüísticas que mais se afastam dos padrões estabelecidos pela gramática tradicional como desvios ou incorreções
	
	não é apropriado o trabalho com as variações linguísticas nas aulas de língua portuguesa, que deve ser organizada em torno da apreensão da norma culta
	 
	não basta uma mudança de atitudes; a escola precisa cuidar para que não se reproduza em seu espaço a discriminação lingüística
	
	O aluno deve, ao aprender novas formas lingüísticas, particularmente a escrita e o padrão de oralidade mais formal orientado pela tradição gramatical, compreender que nem todas as variedades lingüísticas são legítimas e próprias da história e da cultura humana
	
	O professor de português deve substituir, pouco a pouco, a variedade que o aluno já domina , ao entrar na escola, pela variedade mais prestigiada socialmente
	
	
	Considere o texto a seguir:
Norma culta?
É preciso repensar o ensino de português no Brasil. Nas escolas obviamente se enaltece o ensino da norma culta por se achar que ela é a única representação correta de uma língua. Ora, sabemos atualmente que o conceito de certo e errado em língua não é mais que meramente uma questão social. Demonstramos nosso preconceito lingüístico ao dizermos que em tal lugar se fala melhor que em outro. No fundo, estamos expressando um preconceito social e discriminando aqueles que não falam a língua culta por considerá-los pessoas ignorantes, provenientes de classes subalternas, que provavelmente jamais aprenderão a falar e escrever corretamente. Pensamos sempre que o diferente é pior. A verdade é que o modo de falar revela a origem das pessoas. Costumeiramente rejeitamos um falante da modalidade não-padrão porque o associamos à sua origem, e não porque fala de maneira diferente. E falar de maneira diferente não significa não ser capaz de aprender a modalidade culta. Todos nós usamos diferentes níveis de linguagem o tempo todo, de acordo com a situação em que usamos a língua e/ou para nos adequarmos a nossos interlocutores. O fato é que a língua culta, o português padrão é uma abstração. O nosso português, a língua que verdadeiramente falamos não está nas gramáticas, está na boca do povo. Por que aqueles que falam a língua padrão seriam melhores? Apenas por pertencerem à elite ou por possuírem uma educação formal? Já é hora de a escola ensinar a norma culta, sim, mas como uma opção a mais, e não como a única opção lingüística, respeitando os falares de todos nós, falantes nativos do português brasileiro. Sandra Kezen (professora e coordenadora do Laboratório de Línguas da Faculdade de Direito de Campos e da Faculdade de Odontologia de Campos).
Segundo a professora Sandra Kesen:
I. como hoje o registro formal (a norma culta) não é mais usado, a escola não deve ensinar essa variedade lingüística.
II. todas as variedades lingüísticas, inclusive a norma padrão, devem contempladas pelos professores de Língua Portuguesa em sua práticadocente.
III. as variedades lingüísticas usadas pelo povo são tão importantes quanto a norma culta.
IV. já que devem ser concebidos como erros lingüísticos, os falares populares e regionais não devem ser valorizados pela escola.
Estão corretas apenas as proposições: II e III.
	
	
	
	
	O ensino de língua portuguesa produtivo é o que:
	
	
	privilegia o ensino da gramática normativa.
	
	reforça a importância da escrita.
	
	sistematiza as regras gramaticais.
	
	seleciona as melhores variantes.
	 
	potencializa a capacidade linguística.
	No ensino da linguagem oral, não é suficiente preocupar-se apenas com os aspectos sonoros, como entoação, clareza, altura da voz, dicção e outros. A respeito do ensino da linguagem oral, considere as afirmativas abaixo. I ¿ A linguagem oral tem um papel secundário no processo de ensino, sendo uma atividade decorrente da linguagem escrita. II ¿ O trabalho com a linguagem oral deve acontecer no interior de atividades significativas, como, por exemplo, dramatizações teatrais e simulações de programas de rádio. III ¿ O desenvolvimento da capacidade de expressão oral do aluno é favorecido quando, na escola, há respeito às diferenças e à diversidade. Está correto APENAS o que se afirma em
 
(E) II e III.
(D) I e II
(A) I.
(C) III.
(B) II.
Analise a seguinte situação: Uma professora de Língua Portuguesa do Ensino Fundamental afirma ensinar gramática partindo de textos. Assim, propõe exercícios como os seguintes: "Retire dois substantivos do texto e classifique-os"; "Copie dois artigos definidos e dois indefinidos" ; "Passe as palavras grifadas no texto para o plural" , dentre outros. Em relação a esta situação, está CORRETO afirmar que:
 
Mesmo partindo do texto, a professora não propõe um ensino reflexivo da língua materna, mas sim exercícios mecânicos gramaticais
Não está adequada, já que não se deve abordar a língua padrão na escola, e sim a variante linguística que o aluno traz de casa.
Está totalmente adequada às orientações pedagógicas e dos PCN¿s, pois o ensino da norma padrão deve ser prioridade na escola
A professora faz um ensino reflexivo da gramática, pois parte do texto.
O ensino da gramática está correto, pois está contextualizado e parte da análise estrutural da língua
Todo mundo que nasce no Brasil sabe falar português?
Apenas quem estudou em boas escolas sabe falar o português
Somente pessoas iluminadas sabem falar o português no Brasil
Só em Portugal se fala português como ele é de verdade.
 
Todo falante nativo de uma língua sabe e fala a língua do lugar em que nasce e vive.
Nem todo mundo, pois quem não sabe ler, mal fala, mal vê, mal vive
O Menino Que Carregava Água Na Peneira
Tenho um livro sobre águas e meninos.
Gostei mais de um menino
que carregava água na peneira.
A mãe disse que carregar água na peneira
era o mesmo que roubar um vento e sair
correndo com ele para mostrar aos irmãos.
A mãe disse que era o mesmo que
catar espinhos na água
O mesmo que criar peixes no bolso.
O menino era ligado em despropósitos.
Quis montar os alicerces de uma casa sobre orvalhos.
A mãe reparou que o menino
gostava mais do vazio
do que do cheio.
Falava que os vazios são maiores
e até infinitos.
Com o tempo aquele menino
que era cismado e esquisito
porque gostava de carregar água na peneira
Com o tempo descobriu que escrever seria
o mesmo que carregar água na peneira.
No escrever o menino viu
que era capaz de ser
noviça, monge ou mendigo
ao mesmo tempo.
O menino aprendeu a usar as palavras.
Viu que podia fazer peraltagens com as palavras.
E começou a fazer peraltagens.
Foi capaz de interromper o vôo de um pássaro
botando ponto final na frase.
Foi capaz de modificar a tarde botando uma chuva nela.
O menino fazia prodígios.
Até fez uma pedra dar flor!
A mãe reparava o menino com ternura.
A mãe falou:
Meu filho você vai ser poeta.
Você vai carregar água na peneira a vida toda.
Você vai encher os
vazios com as suas
peraltagens
e algumas pessoas
vão te amar por seus
despropósitos.
Manoel de Barros BARROS, M. Poesia Completa. São Paulo: Leya, 2011.
O texto e os bordados inventam uma realidade mágica e uma estética do corpo em movimento. Esses elementos expressivos mostram algumas características de linguagem:
I possibilidades plásticas da linguagem escrita;
II aproximação do mundo mágico com o mundo real pela metáfora da água na peneira;
III literatura e arte visual como expressões dos conhecimentos que caracterizam o mundo infanto-juvenil;
IV hegemonia dos aspectos gramaticais na criação dos textos literários.
São características de linguagem evidenciadas no texto APENAS:
III e IV
 
I, II e III
II, III e IV
II e III
I e II
Formar um leitor competente supõe formar alguém que compreenda o que lê; que possa aprender a ler também o que não está escrito, identificando elementos implícitos; que estabeleça relação entre o texto que lê e outros textos já lidos; que saiba que vários sentidos podem ser atribuídos a um texto; que consiga justificar e validar a sua leitura a partir da localização de elementos discursivos. (BRASIL, Ministério da Educação e do Desporto. Parâmetros Curriculares Nacionais: Língua Portuguesa, 1º a 4º séries. Brasília: Secretaria de Educação Fundamental, 1997)
Um texto não é uma soma arbitrária de palavras ou frases, mas um todo coeso, coerente e estruturado, isto é, um conjunto de elementos interligados de acordo com uma sequência e com as regras gramaticais da língua portuguesa. Os elementos discursivos, como afirma o texto, exercem as funções abaixo, EXCETO:
Podem expressar uma conclusão, uma inferência (dedução lógica a partir do já exposto).
Ordenam as informações contidas no texto ajudando na compreensão do mesmo.
 
Estabelecem conexão com os conhecimentos prévios do leitor e com outros textos.
 
Permitem estabelecer conexões entre enunciados, de modo a construir um discurso coeso e coerente.
Contribuem para a coesão de um texto (oral ou escrito).
Partindo da concepção de que cada aluno já possui uma gramática internalizada ao ingressar na escola, é correto afirmar que:
As aulas devem procurar sempre privilegiar o uso da variante padrão, sem observar as realidades de fala presentes no ambiente de aprendizagem.
As aulas de português seriam um exercício contínuo do uso da gramática padrão, sem a estratégia de reconhecimento das variações de cada grupo social.
A escola deve desprezar as variantes sociais, culturais e regionais e desenvolver apenas as modalidades normativas.
As aulas focariam somente o uso da língua culta, na leitura, na fala de gêneros variados e na escrita.
 
O aluno deve desenvolver a sua competência comunicativa de tal modo que possa utilizar da melhor maneira possível a sua língua em todas as situações de fala e escrita.
Considere o texto que segue: O "POBREMA" É NOSSO Segundo Eliana Marquez Fonseca Fernandes, professora de Língua Portuguesa da Faculdade de Letras da Universidade Federal de Goiás, em se tratando de linguagem, não se pode falar em erro ou acerto, mas desvios à norma padrão. "O importante é estabelecer a comunicação. Para isso, usamos a língua em vários níveis, desde o supercuidado ou formal até o não-cuidado ou não-formal." "A gramática tradicional diz que, quando se fala 'nóis vai, nóis foi', isso não é português. Mas é sim. Em outro nível. Estudos mais recentes na área dizem que tais formas de expressão são corretas. Censurar ou debochar de quem faz uso delas é discriminação lingüística." Para a professora, o domínio da norma culta não deve ser exigido da população de modo geral, principalmente de pessoas que têm baixo grau de escolaridade. "Quem tem obrigação de saber o português formal, falar e escrever de acordo com as regras são os professores, os jornalistas, os acadêmicos", diz. ("Diário da Manhã", Goiânia, 05.05.04. Adaptado.)
O texto discute a questão da língua em sua função comunicativa, contrapondo usos mais informais a usos formais. Para tanto, expõe pontos de vista diferentes sobre a concepção de língua e de seu uso: um ponto da professorae outro da gramática tradicional. Assim, para a professora Eliana,
apenas a norma culta deve ser privilegiada pelos usuários da língua.
 
todos as usos da língua são válidos, desde que atendam às necessidades do homem nas mais variadas situações comunicativas.
a norma culta não deve ser ensinada na escola porque em desuso.
os desvios à norma culta como, por exemplo, 'nóis vai, nóis foi' são erros de português.
o português falado pelas pessoas que têm baixo grau de escolaridade enfeiam e desvalorizam a língua.
Leia o texto a seguir retirado de uma novela: Aquele homem simples, sotaque caipira, foi eleito governador. Um dia, um desses políticos de palácio chega bem perto e surpreende o governador vendo televisão. Faz sua média: - E aí, governador, firme? - Firme, não.  Marque a única opção que explica o problema que ocorreu na comunicação entre o político e o governador, do ponto de vista sociocultural e linguístico: 
As diferenças dialetais não provocam problemas de comunicação entre os falantes.
O problema ocorreu porque o político de palácio não pronuncia a palavra "firme" igual ao governador.
O político de palácio utilizou uma linguagem coloquial inadequada ao momento.
O problema ocorreu porque o político do palácio não entendeu o que o governador estava fazendo.
 
A diferença dialetal na pronúncia da palavra "firme" provocou a resposta do governador eleito.
A Linguística, ciência que estuda a linguagem humana, trouxe importantes contribuições à forma como o professor de Língua Portuguesa atua em sala. Sabendo-se que ao chegar à escola, o aluno traz sua variedade da língua do meio em que vive, das alternativas a seguir, qual apresenta um comportamento que o professor NÃO deve seguir?
Desenvolver a competência comunicativa, a reflexão e a capacidade crítica de modo que o aluno compreenda que as aulas de Língua Portuguesa vão muito além do ensino de regras.
 
Proporcionar diversos conhecimentos e aprendizagens, de modo que o aluno seja capaz de adequar seus usos ao ambiente.
Propiciar um ensino de qualidade a todos, respeitando os conhecimentos que cada um traz consigo e ampliando esses conhecimentos.
 
Valorizar somente a língua padrão já que ela é o modelo que deve ser seguido.
Respeitar a variedade de uso do aluno e ensinar a variedade padrão como mais uma possibilidade de uso da língua, adequada a contextos formais.
Em geral, o professor fica em dúvida quanto a ensinar uma forma certa de falar e escrever.Escolha a opção que explica tal questão:
O conceito de certo não pode ser aplicado às variantes regionais.
 
As variantes linguísticas e as diversas situações de uso não podem ser discriminadas como erro.
Qualquer registro linguístico diferente do formal deve ser considerado erro.
As modernas correntes linguísticas só abrangem o conceito de certo e errado na fala.
O ensino da norma padrão é que determina o conceito de certo e errado.
	
	Segundo os PCN, o ensino de Língua Portuguesa deve partir de atividades que envolvam a língua em uso, o que engloba a produção e compreensão de textos orais e escritos em diferentes gêneros discursivos, complementadas por atividades de reflexão sobre a língua e a linguagem com o objetivo de  aprimorar o nível de linguagem do aluno e desenvolver em sala as possibilidades de uso da língua.
     Nesse sentido, é correto afirmar que
	
	
	 por meio da análise, não deve ser  abordada a constituição de sentido do texto,   coesão e  coerência.  
	
	o trabalho de análise linguística deve priorizar  a memorização de regras gramaticais antes de  aplicá- las aos textos  escritos. 
	 
	o texto deve ser usado como unidade de ensino  através da qual,  considerem-se  os aspectos semânticos e pragmáticos que se encaixam em determinado  gênero textual, além de  aspectos gramaticais.
	
	o professor deve seguir a tradição gramatical, que analisa unidades menores como fonemas, classes de palavras, frases conforme  a metodologia de definição, classificação e exercitação.
	
	a reescrita de texto não é uma atividade adequada para desenvolver a análise linguística, já que, por meio dela, não se apreende gramática
	
	
	
	Analise a seguinte situação: Uma professora de Língua Portuguesa do Ensino Fundamental afirma ensinar gramática partindo de textos. Assim, propõe exercícios como os seguintes: "Retire dois substantivos do texto e classifique-os"; "Copie dois artigos definidos e dois indefinidos" ; "Passe as palavras grifadas no texto para o plural" , dentre outros. Em relação a esta situação, está CORRETO afirmar que:
	
	
	Não está adequada, já que não se deve abordar a língua padrão na escola, e sim a variante linguística que o aluno traz de casa.
	
	O ensino da gramática está correto, pois está contextualizado e parte da análise estrutural da língua
	
	A professora faz um ensino reflexivo da gramática, pois parte do texto.
	
	Está totalmente adequada às orientações pedagógicas e dos PCN¿s, pois o ensino da norma padrão deve ser prioridade na escola
	 
	Mesmo partindo do texto, a professora não propõe um ensino reflexivo da língua materna, mas sim exercícios mecânicos gramaticais
	
	
	Atualmente, considera-se que o trabalho com a produção de textos em diferentes gêneros discursivos amplia a capacidade produtiva dos alunos, melhora sua capacidade linguística e proporciona uma visão de mundo mais ampla e crítica. Qual das alternativas a seguir NÃO está de acordo com essa nova visão acerca do trabalho com a leitura e a escrita nas aulas de Língua Portuguesa?
	
	
	Para cada momento da comunicação, seja verbal ou escrito, o indivíduo precisa saber que há uma especificidade, um gênero discursivo que determina os contextos interacionais.
	
	A diversidade de textos escritos que circulam em nossa sociedade, sejam físicos ou virtuais, devem ser um estímulo e uma fonte de pesquisa tanto da parte do professor como do aluno.
	
	É função do professor, enquanto agente de letramento, criar situações de familiarização ou inserção dos alunos nas práticas de usos da escrita.
	 
	A produção discursiva na escola serve apenas como processo de avaliação e de atividades escolarizadas e não precisam produzir discursos.
	
	Todo texto se organiza dentro de determinado gênero em função das intenções comunicativas, como parte das condições de produção dos discursos, as quais geram usos sociais que os determinam.
	
	
	O Menino Que Carregava Água Na Peneira
Tenho um livro sobre águas e meninos.
Gostei mais de um menino
que carregava água na peneira.
A mãe disse que carregar água na peneira
era o mesmo que roubar um vento e sair
correndo com ele para mostrar aos irmãos.
A mãe disse que era o mesmo que
catar espinhos na água
O mesmo que criar peixes no bolso.
O menino era ligado em despropósitos.
Quis montar os alicerces de uma casa sobre orvalhos.
A mãe reparou que o menino
gostava mais do vazio
do que do cheio.
Falava que os vazios são maiores
e até infinitos.
Com o tempo aquele menino
que era cismado e esquisito
porque gostava de carregar água na peneira
Com o tempo descobriu que escrever seria
o mesmo que carregar água na peneira.
No escrever o menino viu
que era capaz de ser
noviça, monge ou mendigo
ao mesmo tempo.
O menino aprendeu a usar as palavras.
Viu que podia fazer peraltagens com as palavras.
E começou a fazer peraltagens.
Foi capaz de interromper o vôo de um pássaro
botando ponto final na frase.
Foi capaz de modificar a tarde botando uma chuva nela.
O menino fazia prodígios.
Até fez uma pedra dar flor!
A mãe reparava o menino com ternura.
A mãe falou:
Meu filho você vai ser poeta.
Você vai carregar água na peneira a vida toda.
Você vai encher os
vazios com as suas
peraltagens
e algumas pessoas
vão te amar por seus
despropósitos.
Manoel de Barros BARROS, M. Poesia Completa. São Paulo: Leya, 2011.
O texto e os bordados inventam uma realidade mágica e uma estética do corpo em movimento. Esses elementos expressivos mostram algumas características de linguagem:
I possibilidades plásticas da linguagem escrita;
II aproximação do mundomágico com o mundo real pela metáfora da água na peneira;
III literatura e arte visual como expressões dos conhecimentos que caracterizam o mundo infanto-juvenil;
IV hegemonia dos aspectos gramaticais na criação dos textos literários.
São características de linguagem evidenciadas no texto APENAS:
	
	 
	I, II e III
	
	I e II
	
	II, III e IV
	
	III e IV
	
	II e III
	
	
	Sobre a fonética é correto dizer:
	
	 
	Estuda os sons da fala, preocupando-se com os mecanismos de produção e audição.
	
	Estuda o tipo de construção e organização das frases.
	
	Preocupa-se com os sons da língua, mas na perspectiva de sua função. Ocupa-se dos aspectos interpretativos dos sons, de sua estrutura funcional.
	
	Estuda o signo linguístico reduzido a sua expressão mais simples (morfemas), e a combinação entre esses morfemas formando unidades maiores, como a palavra e o sintagma.
	 
	Preocupa-se com o significado, a natureza e os usos desses significados.
	
	
	De acordo com o PCN de Língua Portuguesa, o processo de escrita é ativado por meio de alguns tipos de conhecimento. Sobre esses conhecimentos, assinale a única opção que está correta:
	
	 
	c) O conhecimento linguístico exige do escritor conhecimento da ortografia, da gramática, semântica e do léxico da língua;
	
	b) O conhecimento de textos não demanda o conhecimento da composição dos textos, bem como de aspectos como: conteúdo, estilo, função e suporte de veiculação;
	
	e) O uso da pontuação faz parte do conhecimento linguístico e contribui para a marcação do ritmo de escrita, portanto deve ser o primeiro e mais relevante aspecto que deve ser considerado na produção do texto.
	 
	a) O conhecimento enciclopédico refere-se ao conhecimento sobre as coisas do mundo que se encontram armazenados em nossa memória, com base em conhecimentos que ouvimos falar ou que lemos, ou adquirimos em vivências e experiência variadas;
	
	d) Os conhecimentos interacionais não sofrem influência de elementos históricos e culturais que colaboram na constituição do texto;
	
	
	Só há uma saída para a escola se ela quiser ser mais bem-sucedida: aceitar a mudança da língua como um fato. Isso deve significar que a escola deve considerar qualquer forma da língua em suas atividades escritas? Não deve mais corrigir? Não! Há outra dimensão a ser considerada: de fato, no mundo real da escrita, não existe apenas um português correto, que valeria para todas as ocasiões: o estilo dos contratos não é o mesmo do dos manuais de instrução; o dos juízes do Supremo não é o mesmo do dos cordelistas; o dos editoriais dos jornais não é o mesmo do dos cadernos de cultura dos mesmos jornais. Ou do de seus colunistas.
(POSSENTI, S. Gramática na cabeça. Língua Portuguesa, ano 5, n. 67, maio 2011) 
Sírio Possenti defende a tese de que não existe um único "português correto". Assim sendo, o domínio da língua portuguesa implica, entre outras coisas, saber:
	
	 
	adequar as formas da língua a diferentes tipos de texto e contexto.
	
	desprezar as formas da língua previstas pelas gramáticas e manuais divulgados pela escola.
	
	moldar a norma padrão do português pela linguagem do discurso jornalístico
	
	reservar o emprego da norma padrão aos textos de circulação ampla.
	
	descartar as marcas de informalidade do texto.
	
	
	Observe os trechos abaixo, retirados dos Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Portuguesa (3º e 4º ciclos):
I. "Linguagem aqui se entende (...) como ação interindividual orientada por uma finalidade específica, um processo de interlocução que se realiza nas práticas sociais existentes nos diversos grupos de uma sociedade nos distintos momentos da sua história." (pág. 6).
II. "A linguagem é uma atividade humana, processo de interlocução no qual as pessoas se constituem e através do qual sentimentos, opiniões, valores e preconceitos são veiculados." (pág. 31)
Essas passagens refletem uma noção de língua:
	
	
	como capacidade inata do ser humano
	 
	como atividade dialógica, social e histórica.
	
	como uma concepção de linguagem voltada para a mera relação entre emissor e receptor
	
	como um sistema de regras que poderia ser estudada imanentemente.
	
	como instrumento de comunicação, capaz de funcionar com transparência e homogeneidade
	
	
	A modalidade culta da e uma língua se distingue das demais variedades explicitamente:
	
	 
	Pela particularidade de cuidar da língua no rigor da forma e conteúdo, conforme  a norma culta padrão. 
	
	Porque utiliza o regionalismo na modalidade escrita ou falada com o cuidado da norma padrão.
	
	Pelo uso da gramática normativa tanto na escrita quanto no discurso oral, qualquer que seja a ocasião de uso. 
	
	Por fazer a fala imitar a escrita, mesmo nos ambientes menos monitorados e informais da intercomunicação.
	
	Pelo cuidado que seus usuários apresentam na fala informal e coloquial e pela preferência pela forma  escrita.
	
	
	Por preconceito linguístico entende-se:
	
	
	O julgamento da forma oral gramaticalizada na fala de alunos.
	
	O julgamento da forma correta empregada em textos acadêmicos.
	
	O julgamento da formalidade usada pelos professores em sala de aula com os alunos.l
	 
	O julgamento negativo que é feito dos falantes em função da variedade linguística que utilizam.
	
	O julgamento da forma correta, gramaticalizada, utilizada na fala do professor

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