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Aula secreções gastrintestinais 2020 1

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Secreções Gastrointestinais 
Prof. Letícia Rosa
	Tema 	Objetivos de Aprendizagem
	Secreções Gastrointestinais 	Analisar em cada segmento do TGI a composição e as funções das secreções salivares, esofágicas, gástricas, pancreáticas e intestinais.
GLÂNDULAS SALIVARES
Produzem a maior quantidade de saliva;
Encontram-se fora da cavidade oral;
Apresentam-se em três pares:
Glândula parótida;
Glândula submaxilar/ mandibular;
Glândula sublingual.
Composição da saliva:
99,5% - Água;
0,5% - Solutos:
Cloretos – ativam a enzima salivar amilase;
Bicarbonatos e fosfatos – Mantém a saliva em um PH levemente ácido;
Ureia e ácido úrico – Produtos residuais;
Mucina – Forma muco para lubrificação;
Lisozima – Destrói as bactérias.
Forma-se principalmente no fígado, sendo filtrada pelos rins e eliminada na urina ou pelo suor, onde é muito encontrada; constitui o principal produto terminal do metabolismo protéico no ser humano.  
É uma substância formada pelo organismo através da decomposição da purina presente em alguns alimentos, como carne, feijão ou marisco.
Amilases - Na saliva encontra-se uma forma de alfa-amilase denominada ptialina e no pâncreas, a amilase pancreática. Sendo uma enzima que atua para clivar o amido e o glicogênio que são ingerido na dieta.
A amilase na saliva é capaz de transformar fontes de amido em maltose e glicose. Mas é somente a amilase produzida no pâncreas que consegue quebrar o amido em unidades menores.
Mucina é uma glicoproteína complexa, constituinte principal do muco existente na saliva, nas secreções mucosas, no líquido sinovial, na bílis...
A Lisozima é encontrada nas lágrimas e no muco dos seres humanos. Ela digere certos carboidratos de alto peso molecular; assim as bactérias que contém esses carboidratos na estrutura de sua parede celular desintegram-se ou partem-se sob a ação da lisozima. 
O esôfago não é protegido contra o pH ácido, por isso secreta bicarbonato e muco para tentar se proteger.
 Além disso a amilase salivar, através da saliva, lava o esôfago e neutraliza o pH ácido que eventualmente pode refluir.
ESÔFAGO
A mucosa estomacal tem muitas pregas ou glândulas gástricas com três tipos de células secretoras:
Células-mestras ou zigomáticas – Secretam a principal enzima gástrica, o pepsinogênio(forma inativa);
Células parietais – Secretam ácido clorídrico e ativam o pepsinogênio, que se torna pepsina, enzima que inicia a quebra de proteína;
Células da mucosa – Secretam muco que impede o estômago de ser digerido.
ESTÔMAGO
O fator intrínseco é uma glicoproteína produzida pelas células parietais do estômago. É necessário para a absorção de Vitamina B12 no íleo. É necessário, injetar Vitamina B12 às pessoas com gastrite auto-imune, cujo estômago não produz fator intrínseco e, às pessoas, às quais, cirurgicamente foi retirado o estômago. Sem fator intrínseco, a Vitamina B12 não se absorve no intestino delgado e, como consequência da falta de Vitamina B12 aparecem alterações neurológicas e anemia perniciosa.
A principal digestão no estômago é a das proteínas, quebradas em proteínas menores pela pepsina, uma enzima que atua em meio ácido pH 2,01. 
Há também uma quantidade razoável de muco, que protege a parede estomacal da ação do ácido e da pepsina. 
Pepsina
Pepsinogênio
Ácido Clorídrico
 
O estômago produz cerca de três litros de suco gástrico por dia;
O alimento pode permanecer no estômago por até quatro horas ou mais e se mistura ao suco gástrico auxiliado pelas contrações da musculatura estomacal. 
Células Presentes na Mucosa Intestinal
a) células absortivas: em maior quantidade;
b) células caliciformes: produtoras de muco;
c) células de Paneth: células exócrinas cujos grânulos contém lisozima, uma enzima com atividade antibacteriana que colabora com a regulação da flora intestinal;
d) células enteroendócrinas: secretam hormônios polipeptídeos;
e) células M: importantes para as funções imunitárias do intestino.
INTESTINO DELGADO
• Exócrino:
– Glândulas tubuloalveolares (similares às glândulas parótidas)
– Acinos e um sistema de ductos
– Enzimas digestivas e bicarbonato;
• Endócrino:
– Ilhotas de Langerhans
– Homeostasia da glicose, proteínas e 
lipídios
– Insulina, glucagon e somatostatina.
 refere-se a qualquer conjunto de células que se assemelha a muitos lóbulos "bagos", como uma framboesa ou uva (acinus é latim para bagas).
PÂNCREAS
Os ácinos liberam o suco pancreático num sistema de ductos ramificados que desemboca na sua maioria no ducto principal;
Uma pequena parte dos ácinos libera suco no ducto coletor acessório chamado de Santorini, que desemboca diretamente no duodeno.
Bile, bílis, fel ou suco biliar é um fluido produzido pelo fígado (produz cerca de um litro de bile por dia), e armazenado na vesícula biliar - capacidade de armazenar 20 - 50 ml de bile - e atua na emulsificação de gorduras (transformar a molécula de gordura em partes menores chamadas micelas), facilitando a ação da lipase pancreática, uma enzima produzida pelo pâncreas, pois aumenta a superfície de contato gordura-enzima. 
FÍGADO
Na vesícula biliar, a bile que é produzida no fígado, se concentra no intervalo das refeições sendo liberada para o duodeno logo após a ingestão do alimento, principalmente as gorduras.
Conforme o estômago e os intestinos grosso e delgado vão digerindo os alimentos, a vesícula biliar libera a bile armazenada por meio do ducto biliar comum, um tubo que conecta a vesícula e o fígado ao intestino delgado.
Vesícula Biliar
Regulação –hormonal intestinal
 
Há participação de hormônios tanto no controle da secreção de substâncias, quanto na regulação, mesmo que menos importante, da motilidade gastrointestinal.
 Na mucosa do duodeno e do jejuno, há a secreção de colecistocinina, que provoca a forte contração da vesícula biliar para a liberação da bile no intestino delgado. 
Há produção de secretina no duodeno; esse hormônio tem a função de promover a secreção de bicarbonato pelo pâncreas.
 
Além desses, são secretados o peptídeo inibidor gástrico (PIG), que retarda o esvaziamento do estômago, e a motilina, que é liberada periodicamente e aumenta a motilidade intestinal.[
O suco pancreático é produzido pelo pâncreas que atua no processo digestivo e, através do ducto pancreático (ou canal de Wirsung), é lançado na cavidade do duodeno.
Contém água, enzimas (amilase pancreática, lipase pancreática, tripsinogênio, quimiotripsinogênio, pró-carboxipeptidase, pró- elastase, calicreinogênio, fosfolipase A e B), nucleotidases e grandes quantidades de íons bicarbonatos. 
O pH do suco pancreático oscila entre 8 e 8,3. Sua secreção digestiva é responsável pela hidrólise da maioria das moléculas de alimento, como carboidratos, proteínas, gorduras e ácidos nucleicos.
a amilase pancreática fragmenta o amido em moléculas de maltose;
 a lipase pancreática hidrolisa as moléculas de um tipo de gordura – os triacilgliceróis, originando glicerol e álcool; 
as nucleases atuam sobre os ácidos nucleicos, separando seus nucleotídeos.
As pró-enzimas(tripsinogênio, quimiotripsinogênio, pró-carboxipeptidase, pró- elastase, calicreinogênio, fosfolipase A e B) permanecem inativas até atingirem a luz do duodeno, onde a enzima enteropeptidas, cliva o tripsinogênio em sua forma ativa tripsina. 
A tripsina ativada então desempenha um papel chave de catalisar a clivagem das outras pró-enzimas para produzir quimotripsina, carboxipeptidase, elastase, calicreína e fosfolipase A e B ativas.
O suco pancreático é liberado através das ações dos hormônios secretinas e colecistocinas. 
O suco pancreático é rico em íons bicarbonato. Estes íons têm como função diminuir a acidez do quimo, que vem do estômago, tornando-o alcalino (pH 8.0). Os íons fazem que o pH passe de 2.0 (ácido) para 8.0 (alcalino).
A secretina é um hormônio polipeptídeo com 27 aminoácidos produzida pelas células S do duodeno em resposta a um pH entre2 e 4,5 (muito ácido).
 Ao chegar ao duodeno, o quimo será coberto com suco pancreático (contém enzimas digestivas como lipase, amilase, nuclease, além de proteases inativas como tripsinogênio, quimiotripsinogênio e propeptidase) vindo do pâncreas e com pH próximo a 9 (alcalino) graças à presença de bicarbonato de sódio (secretado por conta do estimulo do hormônio secretina). 
Resumindo, pode-se dizer que a principal função da secretina é estimular a secreção de bicarbonato de sódio no pâncreas;
A gastrina é um hormônio peptídeo que estimula a secreção de ácido clorídrico (parte do suco gástrico) e estimula a motilidade do estômago.
 
É secretado pela célula G no antro do estômago. É também fundamental para o crescimento da mucosa gástrica e intestinal. 
O principal fator que estimula sua produção é a elevação do pH estomacal, porém distensão gástrica, alimentos ricos em proteínas, níveis séricos elevados de cálcio também podem estimular sua produção.
	Bibliografia da Aula
	KOEPPEN, Bruce M.; STANTON, Bruce A. (Ed.). Berne & Levy fisiologia. 6. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009. xiv, 844 p. ISBN 978-85-352-3057-4.
HALL, John E. Tratado de fisiologia médica. 12. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011. 1151 p. ISBN978-85-352-3735-1

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