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Noções Demais sujeitos Classificação internacionais Conceito Mínimo de três Estado com voto Estrutura formal Funcionários de dif. nacionalidade Elementos Contr. de no mínimo de três Estados Independente para escolher funcionários Organismos internacionais Atividades normais Tamanho, sede, ideologia e etc. irrelevantes Objetivo internacional Quanto ao Fins gerais Classificação objeto Fins específicos. Ex.cooperação política Quanto à Intergovernamentais estrutura Supranacionais Quanto à Parauniversais Participação Regionais Beligerantes e insurgentes Outras coletividades Santa Sé ONGs O indivíduo Os sujeitos internacionais são os entes destinatários das normas jurídicas internacionais. A existência destes sujeitos comprova a própria vida internacional e o Direito Internacional Público. Dentre as diferentes classificações adotamos aquela que entendemos ser a mais genérica e que não sofre mudanças do transcurso do tempo. Assim, os sujeitos internacionais classificam-se em: Estados – Inexiste dúvida quanto ao seu papel no campo do Direito Internacional. Organismos internacionais – São pessoas jurídicas internacionais que após a sua criação com constituição e objetos definidos, em geral pelos Estados, tomam corpo próprio, adquirem personalidade e vivem independentemente de seus criadores. Representam a cooperação entre os Estados para benefício mútuo e são criados por meio de tratados, possuem estatuto interno, órgãos próprios e são passíveis de responsabilidade internacional. Exemplos: ONU, OMC, FMI, BIRD etc. Elementos: Mínimo de três Estado com voto; Estrutura formal; Funcionários de diferentes nacionalidades; Contribuição de no mínimo três Estados; Independência para escolher funcionários; Atividades normais e regulares; Tamanho, sede, ideologia e etc. irrelevantes; Objetivo internacional. Classificação Quanto ao objeto: Fins gerais (multiplicidade de fins, Ex. ONU) e Fins específicos (objeto determinado). Ex.cooperação econômica (FMI). Quanto à estrutura: Organizações Intergovernamentais (fomentar as relações multilaterais de cooperação) e Supranacionais (limitam a soberania do Estado, exemplo: CECA). Quanto ao Âmbito de Participação: Organizações Parauniversais (podem abarcar todos os Estados da comunidade internacional) e Regionais (se limitam a um número reduzidos de Estados, Ex: OEA) Outras coletividades – São pessoas jurídicas internacionais que não os Estados ou organizações por eles criadas, mas que por outras causas vieram a ter relevância na comunidade internacional, tais como, os beligerantes e insurgentes, a Santa Sé e as ONGs. 1) ONGs – Este termo surgiu ao final da II Grande Guerra e consagrado pela Carta das nações Unidas. Sem um estatuto internacional, as ONGs dependem de regulamentação de cada Estado onde é constituída. 2) Santa Sé – a prova de que esta é um sujeito internacional está no fato de poder assinar tratados. A Cúria Romana mais o Papa formam a Santa Sé. Tem personalidade jurídica internacional porque o Papado continuou a ser considerado pessoa internacional pelos Estados estrangeiros. A Santa Sé não se confunde com o Estado do Vaticano. 3) Cruz Vermelha Internacional – O Comitê Internacional da Cruz Vermelha surge da idéia de Henri Dunant após publicar o livro Memórias de Solferino em 1862, que relata as atrocidades da guerra e sugere ações para minimizar o sofrimento no campo de batalha. Em 1863, Henri Dunant juntamente com outros cidadãos genebrianos criaram o Comitê Internacional de Ajuda aos Feridos e Enfermos, recebendo, posteriormente, o nome de CICV (Comitê Internacional da Cruz Vermelha) em homenagem à Suíça. Em caso de conflito armado internacional as partes, no caso de deposição das armas e pessoas que tenham sido postas fora de combate, devem ser tratadas com humanidade e sem discriminação, onde os feridos e enfermos devem ser recolhidos e tratados. 1952 – A Cruz Vermelha foi institucionalizada. A Cruz Vermelha compreende as Sociedades Nacionais, o Comitê Internacional (este tem a personalidade internacional) e a Liga das Sociedades da Cruz Vermelha. Princípios: Humanização; Imparcialidade; Neutralidade; Independência; Voluntariado; Unidade; Universalidade . 4) Os Médicos Sem-fronteiras - Após uma guerra de secessão, em 1967, em Biafra, na Nigéria, surgem os médicos sem-fronteira (1971), uma vez que era uma guerra interna e a CICV não podia interferir. Assim, médicos da Cruz Vermelha vão até Biafra para socorrer o povo que morria sem nenhuma ajuda. Tanto a CICV quanto o MSF baseiam seu trabalho na prática da não-violência ativa; buscam minimizar os efeitos da violência, diferenciando-se no fato da CICV estar mais limitada às normas de direito internacional. 5) Beligerantes e Insurgentes Os beligerantes são movimentos contrários ao governo de um Estado, que visam a conquistar o poder ou a criar um novo ente estatal, e cujo estado de beligerância é reconhecido por outros membros da sociedade internacional. Exemplo histórico de beligerantes foram os Confederados da Guerra de Secessão dos EUA (1861-1865) e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). Os insurgentes também são grupos que se revoltam contra governos, mas cujas ações não assumem a proporção da beligerância, como no caso de ações localizadas e de revoltas de guarnições militares, e cujo status de insurgência é reconhecido por outros Estados. Exemplo; Organização para a Libertação da Palestina OLP. 6) Indivíduos – Somente as obras mais modernas passaram a mencionar o Homem como sujeito de Direito Internacional. O Homem é o fim último do direito e qualquer ordenamento jurídico o tem com destinatário. Negar a personalidade jurídica internacional do indivíduo seria desumanizar o Direito Internacional.
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