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Seção 6 Direito Constitucional
Estágio Supervisionado I (Universidade de Cuiabá)
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Baixado por Roberto Ribeiro (robmach13@gmail.com)
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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
Relator: Ministro...
Agravante: CONSELHO FEDERAL DA OAB 
Agravado: ESTADO DE PERNAMBUCO 
O CONSELHO FEDERAL DA ORDEM DOS ADVOGADOS DO
BRASIL – CFOAB, serviço público dotado de personalidade jurídica própria e
forma federativa, regulamentado pela Lei nº 8.906/94, com endereço eletrônico
pc@oab.org.br e sede em Brasília/DF, no SAUS, Qd. 05, Lote 01, Bloco M,
inscrito no CNPJ sob nº 33.205.451/0001-14, por seu Presidente CLAUDIO
PACHECO PRATES LAMACHIA e por seus advogados que esta subscrevem
(procuração anexa), vem, à presença de Vossa Excelência, com fulcro no art.
994, inciso III do Código de Processo Civil de 2015, interpor:
AGRAVO INTERNO
Contra decisão monocrática do Relator Ministro do Supremo Tribunal Federal.
1- BREVE SÍNTESE DOS FATOS
O Governador do Estado de Pernambuco, diante da nulidade do
Decreto X/2018, editou um novo ato normativo, o Decreto Y/2019 nomeando o
Sr. Martiniano Santos para o cargo de Secretário Estadual de Meio Ambiente.
Ocorre que a Sra. Cristina Veiga, que ocupara o cargo até então,
inconformada com a sua exoneração e nomeação do Sr. Martiniano, impetrou
mandado de segurança visando anular o ato, o qual foi encaminhado para a
PGE para providências. 
Baixado por Roberto Ribeiro (robmach13@gmail.com)
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Após a defesa elaborada pelo Procurador do Estado, Dr. Bernardo e
o regular trâmite processual, o Mandado de Segurança impetrado pela Sra.
Cristina foi julgado improcedente, e o Decreto Y/2019 permaneceu vigente,
sendo confirmada a nomeação do Sr. Martiniano para o cargo por meio da
decisão judicial publicada no dia 30/01/2019. 
Em face disso, a posse do Sr. Martiniano foi agendada para o dia
15/02/2019. Entretanto, nesses dias que antecederam a posse, foi
publicamente veiculada a informação de que o Sr. Martiniano Santos estava
sendo investigado pela prática de crimes durante a vigência do seu mandato
como Deputado Estadual, nos anos de 2013 a 2017, os quais até então
estavam sendo apurados em sigilo, dos quais somente o Governador do
Estado estava ciente. 
Surgiu então a desconfiança em toda a população local de que o
Decreto Y/2019 que nomeou o Sr. Martiniano para o cargo de Secretário tem
por objetivo protegê-lo, pois enquanto ocupante do cargo de Secretário de
Estado teria a prerrogativa do foro privilegiado. Desconfiança que foi
confirmada pelo vazamento da gravação de uma ligação entre o Governador e
o Sr. Martiniano Santos, onde o Chefe do Executivo dizia: “Fique tranquilo, meu
amigo, vou dar um jeito de lhe tirar dessa. Seu julgamento vai ser por gente
grande!”. 
Com base nisso, o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do
Brasil, ciente da situação, e preocupado em salvaguardar a ordem jurídica
constitucional, ajuizou ação de controle concentrado de constitucionalidade,
alegando que o Decreto Y/2019 descumpre com preceitos básicos da
Constituição Federal, como o do juiz natural, e que por isso deve ser
considerado inconstitucional.
Foi interposta uma ADPF perante o Supremo Tribunal Federal e foi
recebida e após a distribuição foi encaminhada para o Ministro Relator. Ao
analisar a petição inicial, o Ministro Relator de pronto, rejeitou a petição inicial e
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julgou o processo extinto sem resolução do mérito, com fundamento no art 4º
da Lei 9.882/99. Em sua decisão monocrática, publicada no Diário Oficial no
dia 10/03/2019, o Ministro Relator alegou:
“O autor da ação escolheu o meio judicial equivocado para pleitear
a inconstitucionalidade do Decreto Y/2019. A ADPF, por seu caráter
subsidiário, somente é cabível contra lei e ato normativo pré
constituição, os únicos que não podem ser questionados por ADI,
logo não vislumbro o cabimento da ação. Ademais, o que o autor
pretende é uma total afronta ao princípio da separação dos
Poderes, pois o Judiciário não pode anular um ato administrativo
discricionário, analisando o mérito de escolhas políticas. Por isso,
julgo extinta a presente ação pelo não cabimento, sem resolução do
mérito”.
2- DO MÉRITO 
Logo de plano, é importante esclarecer que o “foro privilegiado” tinha
e tem por objetivo, num plano imediato, a proteção propriamente dita dos
cargos do alto escalão da República (Presidente, Vice, Ministros, Deputados,
Senadores, etc.), para dar maior autonomia e segurança no exercício da sua
função institucional, de maneira que estes não podem ser julgados, em regra
no âmbito criminal, por juízes de primeira instância, somente pelos Tribunais
(representantes maiores do Poder Judiciário).
Já num plano mediato, o “foro privilegiado” tem por função proteger
a própria Tripartição dos Poderes e o Sistema de Freios e Contrapesos
(“Checks and Balances”), uma vez que a submissão dos Chefes dos Poderes e
seus maiores representantes às decisões e vontades de um Juiz de primeira
instância criaria uma subordinação, incompatível com este sistema, dos
Poderes Executivo e Legislativo em relação ao Judiciário.
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Neste ponto, vale salientar que tal garantia institucional, em que
pese as diversas críticas, é de salutar importância para o nosso sistema
Republicano, uma vez que os representantes do Poder Judiciário não são
eleitos, ou seja, são escolhidos por meio de certames públicos de aferição de
capacidade técnica, sem passar, no entanto, pelo crivo da representação
popular.
Pois bem. Feitas estas considerações iniciais, passemos a analisar
as implicações do “foro privilegiado” na estratégia de defesa numa persecução
penal, no atual contexto político-jurídico. De início, destaca-se que tanto a
doutrina quanto a jurisprudência praticamentejá pacificaram o acertado
entendimento de que este foro especial não constitui um privilégio pessoal,
mas uma prerrogativa funcional.
Portanto, uma eventual nomeação à cargo com o “foro privilegiado”
simplesmente para suprimir ou alterar o juízo natural de primeira instância,
além de ser um ato administrativo nulo, não altera automaticamente a
competência, existindo decisões divergentes sobre o tema no próprio STF.
Assim, qual seria a vantagem, no âmbito estratégico de defesa
criminal, de possuir o “foro privilegiado”? Até um passado recente, as principais
vantagens seriam (i) de ser julgado por um colegiado, composto por juízes
mais experimentados, e que, em regra, (ii) as Cortes Superiores tinham a
tendência de ser mais “garantistas”.
Atualmente, com o recrudescimento da aplicação da lei penal,
demonstrado inclusive pelas recentes alterações na jurisprudência do STF –
inclusive com a determinação de “prisão em flagrante” de Senador em
exercício do mandato, temos que a vantagem do “garantismo” não subsiste
mais.
Além disso, por mais experientes e técnicos que sejam o Juízes, na
era da sociedade da informação a pressão exercida sobre os julgamentos é
cada vez maior, deixando-os em situações delicadas, pois não podemos
esquecer o lado humano daquele que julga.
Baixado por Roberto Ribeiro (robmach13@gmail.com)
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Desta forma, tem-se que as supostas vantagens do “foro
privilegiado” numa persecução penal, no atual contexto político-jurídico, não
mais existem, muito pelo contrário, ser tornaram, ao que parece, verdadeiras
desvantagens.
Não se pode esquecer, ainda, a grande – e pior – desvantagem do
“foro privilegiado” de ser julgado, na maior parte dos casos, na última – e,
portanto, única – instância do Poder Judiciário. Em outras, palavras com a
“opção” de manter o “foro privilegiado”, o acusado abre mão do duplo grau de
jurisdição, ou seja, de ter sua decisão revisada por uma instância superior,
composta por outros julgadores.
No caso em tela, observa-se que a intenção do Governador do
Estado do Pernambuco tão somente é de, nomear o Secretário do Meio
Ambiente para o mesmo obter vantagem do foro privilegiado e não
responder pelos seus crimes denunciados na primeira instância.
No Mandado de Segurança nº 34.070/DF, o Ministro Gilmar Mendes
reconheceu que consubstancia desvio de finalidade o ato do
Presidente da República que nomeia Ministro de Estado com o
propósito de conferir a este foro por prerrogativa de função.
3- DOS PEDIDOS
A) Seja recebido e conhecido o presente recurso;
B) Seja remetido os autos para apreciação, votação e julgamento no
plenário dessa Suprema Corte;
C) a Intimação do Governador do Estado do Pernambuco, do Advogado
Geral da União e do Procurador Geral da República para que se
manifestem sobre o mérito do presente recurso, no prazo legal;
D) a procedência do pedido, para que o decreto Y/2019 contestada na
presente ação seja declarado INCONSTITUCIONAL.
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Nestes termos,
Pede o deferimento.
Local... Data...
CONSELHO FEDERAL DA OAB...
Advogado...
Oab...
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