Livro - Unidade 1- Curso Medicina Ocupacional ESKADA

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19/05/2020 Livro - Unidade 1
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Livro - Unidade 1
Site: ESKADA | Cursos Abertos da UEMA
Curso: Medicina Ocupacional
Livro: Livro - Unidade 1
Impresso por: Andeylson Fernandes
Data: terça, 19 mai 2020, 09:49
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19/05/2020 Livro - Unidade 1
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Sumário
Capa
Contra-Capa
Apresentação
Aula 1: Conceito
Aula 2: Medidas de segurança
Aula 2 (Continuação)
Aula 2 (Continuação)
Aula 3: Aspectos legais
Aula 3 (Continuação)
Aula 3 (Continuação)
Aula 3 (Continuação)
Resumo
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Capa
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Contra-Capa
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Apresentação
Frequentemente, podemos observar situações de agravo à saúde ou acidentes. Seja em casa, na escola, na universidade, nos ambientes de
trabalho e em outros lugares, o risco iminente de morte está presente. E é necessário conhecimento para a ação!
O primeiro atendimento no socorro à vítima é fundamental e contribuirá para o êxito nas etapas seguintes do tratamento e reabilitação. E
nesse pensamento, esta disciplina aborda os agravos à saúde compreendendo as situações de urgência e emergência e as condutas
adequadas. Também destaca a importância da prevenção e controle de doenças.
Este e-Book está disposto em quatro Unidades, nas quais constam o objetivo, o assunto de estudo, sugestões de links para leitura, músicas e
vídeos. É necessário compromisso e autonomia nos estudos, auxiliando na formação de pro�ssionais prevencionistas e aptos para prestar
cuidados seguros.
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Aula 1: Conceito
O Ministério da Saúde (BRASIL, 2003) de�ne primeiros socorros como sendo os cuidados imediatos que devem ser prestados rapidamente a
uma pessoa, vítima de acidente ou de mal súbito, cujo estado físico põe em perigo a sua vida, a �m de manter as funções vitais e evitar o
agravamento de suas condições, aplicando medidas e procedimentos até a chegada de assistência quali�cada. 
Alguns autores apresentam a ampliação do conceito de primeiros socorros para atendimento em urgência e emergência, considerando todos
os locais onde possam ocorrer acidentes e/ou que tenham um número considerado de pessoas expostas a riscos ou então, vulneráveis a
algum distúrbio com algum problema de saúde já existente que possa se agravar (CORRÊA, CRIVELLARO, FILHO, 2012). 
Nos países desenvolvidos o treinamento em 
primeiros socorros ocorre rotineiramente 
para a população e o dispositivo utilizado na 
reanimação cardiopulmonar – DEA, des�bri- 
lador externo automático, �ca disponível em 
ambientes públicos com circulação de mais 
de 1.500 pessoas por dia, em local acessível 
e equipe preparada para seu manuseio. 
O atendimento inicial é determinante, pois 
o tempo decorrido até a chegada do resga- 
te é crucial. Esse período é conhecido como 
“Golden Hours” – Horas de ouro e se relacio- 
na aos danos cerebrais causados pela falta 
de oxigenação.
Nos países desenvolvidos,  não poderá
ultrapassar 04 minutos. No Bra- 
sil, esse tempo de resposta do sistema de 
urgência, infelizmente ainda é, nas melho- 
res condições, 10-15 minutos. Portanto, en- 
quanto o resgate não chega, a vítima ou as 
vítimas deverão ser atendidas com Suporte 
Básico de Vida (SBV), por quem estiver pre- 
sente no local. 
Os pro�ssionais da saúde e os da Segurança 
no Trabalho devem estar prontos para agir 
adequadamente em qualquer circunstância. 
É inadmissível que tenhamos situações como 
ilustrada na �gura ao lado:
Link Cartilha Primeiros Socorros. UFMG
<http://ftp.medicina.ufmg.br/observaped/cartilhas/cartilha_Primeiros_Socorros_12_03_13.pdf.>. Acesso em: 22 out.2017.
Hit dos Bee Gees ajuda a salvar vidas, diz estudo
<http://www.bbc.com/portuguese/reporterbbc/story/2008/10/081018_beegeessalvaebc.shtml>. Stayin’Alive.>. Acesso em: 20 out. 2017
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Aula 2: Medidas de segurança
A primeira atitude no atendimento pré-hospitalar ou na prestação dos primeiros socorros é avaliar o local do acidente, também conhecido
como controle de cena. A segurança do socorrista é primordial e das pessoas que irão auxiliar no resgate, bem como da vítima.
É importante também veri�car a existência de riscos, como �os e cabos elétricos soltos e desencapados, explosões e desabamentos,
movimentação de veículos e máquinas, vítima com sangramento evidente e a necessidade do uso de luvas de proteção, a falta de sinalização
do local, entre outros.
Matéria sobre Equipes de resgate e acidente grave. <https://g1.globo.com/sp/vale-do-paraiba- regiao/noticia/equipes-de-resgate-
relembram-socorro-as-vitimas-de-acidente-com-dois- mortos-e-20-feridos-em-jacarei-sp.ghtml.>. Acesso em: 22 out.17.
Algumas orientações devem ser seguidas a�m de que o atendimento seja adequado, e�ciente e seguro. Convencionou-se a Cadeia de
Sobrevida ou sobrevivência, que é a representação de como proceder nos atendimentos de emergência.
A American Heart Association’s AHA – Associação Americana do Coração sugere o uso da Cadeia de Sobrevivência:
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Aula 2 (Continuação)
A cadeia de sobrevivência do adulto é constituída por 5 elos, que são:
1º Reconhecimento imediato da parada cardíaca e acionamento do serviço de Emergência (SAMU 192 ou Resgate 193);
2º Reanimação: Ressuscitação Cardiopulmonar RCP, com ênfase nas compressões torácicas;
3º Rápida Des�brilação (existem des�briladores automáticos em diversos locais como shopping, estádios, aviões e grandes supermercados, na
maioria dos casos a rápida des�brilação está relacionado a chegada do serviço de emergência);
Os próximos 2 elos dependem única e exclusivamente da chegada do resgate, são eles:
4º Suporte avançado de vida;
5º Cuidados pós parada cardíaca e�ciente.
É muito importante que o primeiro elo da Cadeia de Sobrevivência – chamar por ajuda ou socorro seja obedecido e informações como: qual o
tipo de emergência; o que está acontecendo; onde está a vítima; de qual telefone está ligando possam ser fornecidas ao resgate.
Caso o socorrista esteja sozinho, antes de iniciar o atendimento deve chamar por socorro. E ter a garantia que o ambiente está seguro, ou
seja, ter o controle da cena, como já vimos.
Vídeo no YouTube - Cadeias de Sobrevivência Atualizações | SBV/RCP 2015 | AHA | IBRAPH Disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=DsC--_-kWvc.>. Acesso em: 22 out.17.
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Aula 2 (Continuação)
No segundo elo da Cadeia de Sobrevivência está o atendimento da vítima com massagem cardíaca. O objetivo é fazer com que o sangue, rico
em oxigênio fornecido pela respiração arti�cial, seja bombeado pelas compressões torácicas, mantendo o cérebro vivo (CORRÊA, CRIVELLARO,
FILHO, 2012).
A massagem cardíaca é uma simulação dos batimentos do coração arti�cialmente, contractilidade (relacionada à profundidade da
compressão) e frequência (velocidade da compressão); sístole - compressão e diástole – retorno completo do tórax a�m de que o coração
retome seu funcionamento. As ventilações devem ser feitas por pro�ssionais de saúde treinados em SBV.
Veremos mais adiante as normas para o atendimento em parada cardiorrespiratória por pro�ssionais e por pessoas leigas.
E reforçando a mensagem sobre as medidas de segurança, enquanto pro�ssionais e cidadãos devemos adotar um comportamento seguro,seja no trabalho, em casa, na rua e na comunidade.
Estar atentos e prontos para agir com conhecimento e respeito às normas de segurança, bem como no atendimento de primeiros socorros.
Vamos ouvir a canção sobre o comportamento seguro e re�etir na nossa prática de vida!
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Aula 3: Aspectos legais
Em nosso país, o atendimento de urgência e emergência é regulamentado pela Portaria No 2048/GM de 05 de novembro de 2002 direcionada
aos Sistemas Estaduais de Urgência e Emergência.
E a Política Nacional de Atenção às Urgências em todas as unidades federadas foi instituída pela Portaria No 1863/GM em 29 de setembro de
2003, bem como o componente pré-hospitalar móvel SAMU – 192 Serviço de Atendimento Móvel às Urgências pela Portaria No 1864/GM na
mesma data.
Links das Portarias:
Aprofundando o assunto!! <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2002/prt2048_05_11_2002.html>. PORTARIA No 2048, DE 5
DE NOVEMBRO DE 2002
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2003/prt1863_26_09_2003.html PORTARIA No 1863, DE 29 DE SETEMBRO DE 2003
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2003/prt1864_29_09_2003.html PORTARIA No 1864, DE 29 DE SETEMBRO DE 2003
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Aula 3 (Continuação)
NO QUE SE REFERE AO CONTEXTO CIVIL O ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR E OS PRIMEIROS SOCORROS SÃO MENCIONADOS NO
ARTIGO 135 DO CÓDIGO PENAL BRASILEIRO – DECRETO LEI No 2848/40 QUE DETERMINA A OBRIGATORIEDADE DE PRESTAR
ATENDIMENTO COM AÇÕES DE SOCORRO E PRESERVAÇÃO DA VIDA, A QUALQUER CIDADÃO, DE QUALQUER FAIXA ETÁRIA.
VEJA, A SEGUIR, O QUE DESCREVE O ART. 135:
Art. 135 - Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida
ou ferida, ao desamparo ou em grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pública:
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.
Parágrafo único - A pena é aumentada de metade, se da omissão resulta lesão corporal de natureza grave, e triplicada, se resulta a morte.
Condicionamento de atendimento médico-hospitalar emergencial (Incluído pela Lei no 12.653, de 2012).
Art. 135-A. Exigir cheque-caução, nota promissória ou qualquer garantia, bem como o preenchimento prévio de formulários administrativos,
como condição para o atendimento médico-hospitalar emergencial: (Incluído pela Lei no 12.653, de 2012).
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa. (Incluído pela Lei no 12.653, de 2012).
Parágrafo único. A pena é aumentada até o dobro se da negativa de atendimento resulta lesão corporal de natureza grave, e até o triplo se
resulta a morte. (Incluído pela Lei no 12.653, de 2012).
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Aula 3 (Continuação)
A �m de evitar processos judiciais, algumas pessoas não querem se envolver em situações de emergência. No entanto, tal situação não está
fundamentada em aspectos reais. Observamos que podem ocorrer processos indenizatórios contra instituições que não tenham cumprido
normas técnicas ou legislação pertinente à segurança. (Fonte: https://www.cpt.com.br/cursos-treinamentopro�ssional/artigos/aspectos-legais-
sobre-primeiros-socorros-em-emergencias).
Em relação ao consentimento, antes de iniciar os primeiros cuidados o socorrista deve se identi�car à vítima e pedir autorização para tocá-la.
Essa permissão pode ser verbal, dependendo do estado da vítima, ou dos seus responsáveis diretos. Menores de idade e pessoas com
de�ciência mental não podem responder legalmente por seus atos.
Nas situações nas quais a vítima não reage, não há responsáveis no local, é menor de idade, portador de de�ciência mental, o socorrista deve
supor que houve o consentimento implícito.
Podem ocorrer situações de recusa de atendimento pela vítima por razões religiosas, ou falta de con�ança no socorrista, ou mesmo falta de
conhecimento. É importante estabelecer uma relação de con�ança com a vítima, entretanto sua vontade deve ser respeitada. A presença de
testemunhas no local é importante pois comprovaram que a vítima recusou o atendimento.
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Aula 3 (Continuação)
O abandono à vítima está relacionado a não permanência na prestação do socorro até que chegue outra pessoa habilitada, uma vez já
iniciado os primeiros socorros. E terá suas implicações legais devido omissão de socorro.
Já a negligência, adotando o conceito do dicionário Houaiss, diz respeito a falta de cuidado, incúria; falta de apuro, de atenção, desleixo,
desmazelo; em que há descuido, displicência, desatenção, desleixo, desmazelo ou preguiça. Indolência; ausência de motivação, de disposição,
de interesse e de vigor. No aspecto jurídico, trata-se de inobservância e descuido na execução do ato (HOUAISS, 2001).
Portanto, a negligência envolve omissão de socorro quando há obrigatoriedade implícita à função; prestação de socorro com qualidade de
atendimento inferior à que seria possível e provocar lesões adicionais ou agravar lesões existentes resultando em implicações legais (Fonte:
https://www.cpt.com.br/cursos-treinamentopro�ssional/artigos/aspectos-legais-sobre-primeiros-socorros-em-emergencias).
Também trazemos o conceito do sigilo relacionado ao atendimento de primeiros socorros. A vítima não deve ser exposta e os acontecimentos
não devem ser divulgados a terceiros, exceção das equipes de resgate, policiais ou atendimento especializado.
Link ACONTECE NO SENADO. Projeto estabelece aulas de primeiros socorros nas escolas. Disponível em:
<https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2017/09/01/projeto-estabelece-aulas-de-primeiros-socorros-nas-escolas.>. Acesso
em: 22 out. 2017.
Leitura do artigo: A importância do treinamento de primeiros socorros no trabalho. Disponível em:
<http://facsaopaulo.edu.br/media/�les/35/35_1390.pdf.>. Acesso em: 23 out.2017.
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Resumo
Nesta Unidade, apresentamos os conceitos de primeiros socorros e as medidas de segurança que devem ser adotadas a�m de que a vida de
todos os envolvidos na cena possa ser preservada e, os cuidados iniciais possam ser prestados de forma adequada, e�caz e segura.
Conhecemos também os aspectos legais relacionados aos primeiros socorros em emergências com destaque ao consentimento da vítima,
situação de negligência, omissão de socorro e sigilo. A�nal, como pro�ssionais de segurança no trabalho precisamos estar conscientes da
nossa responsabilidade de atuar preventivamente, evitando acidentes e agindo adequadamente nos primeiros socorros.