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EXECELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA ______ DA COMARCA DE LONDRINA – PR. Processo nº _______. Julião e sua esposa Ruth, já qualificados na Ação de Usucapião movida por João, vêm respeitosamente, perante a Vossa Excelência, por meio de seu advogado OAB/XX 00.000, apresentar CONTESTAÇÃO COM RECONVENÇÃO, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos: Do mérito Das alegações do autor Trata-se de Ação de Usucapião pela qual pretende O Autor ter reconhecido o seu domínio sobre o imóvel localizado na Rua das Bromélias, nº 100, na cidade de Londrina/PR. Argumenta os autores que há 9 anos, encontra-se na posse ininterrupta do imóvel de, alegam também que desde que entrou para o imóvel sempre agiu como se fosse dono, e tendo fixado nele moradia, e de sua família, bem como tornando as terras produtivas passando a tirar da terra o sustento da família, mediante seu trabalho e que tem pago regularmente os impostos dessa propriedade. Pretende o autor, também o julgamento procedente da ação de usucapião, bem como a declaração do domínio sobre o imóvel em questão. Da Tempestividade A presente contestação com reconvenção é tempestiva, nos termos do art. 335, III, do CPC/15, que concede o prazo de 15 (quinze) dias úteis para sua apresentação, cujo termo “Art. 335. O réu poderá oferecer contestação, por petição, no prazo de 15 (quinze) dias, cujo termo inicial será a data: I - da audiência de conciliação ou de mediação, ou da última sessão de conciliação, quando qualquer parte não comparecer ou, comparecendo, não houver autocomposição; II - do protocolo do pedido de cancelamento da audiência de conciliação ou de mediação apresentado pelo réu, quando ocorrer a hipótese do art. 334, § 4º, inciso I ; Tempestiva, pois, a presente contestação c/c reconvenção” Das preliminares Inercia da inicial por ausência de consentimento do companheiro Art. 73 CPC. João constou como autor e que não há consentimento expresso do Marcos seu conjuge quanto ao ajuizamento de uma ação que trata de direito real imobiliário, no tocante o art. 73, caput, do CPC, que exige dos cônjuges e também dos companheiros o consentimento para propor ações que versem sobre direito real imobiliário, como no caso da usucapião. A presente ação deve ser julgada inepta, por falta de consentimento do cônjuge, sendo condição indispensável a participação de ambos os cônjuges para regular a formação processual. A ausência de integração da capacidade processual pelo cônjuge resulta em vício da relação processual, nos termos do art. 76 do Código de Processo Civil. Ilegitimidade “ad processum” por não observância do art. 595 do CC Cabe salientar que a procuração anexada aos autos, consta apenas a digital do autor sob a rubrica “analfabeto” nos termos do Art. o art. 595, do Código Civil de 2002, estabelece a necessidade de a procuração estar assinada por duas testemunhas. Caso contrário, estará configurada a ilegitimidade processual. Assim, requer seja reconhecida a irregularidade. Dos Fundamentos Jurídicos O autor e seu companheiro ingressaram no imóvel por força de um contrato de locação, ou seja, a posse qualificada “ad usucapionem”, não está presente no caso. Visto que o autor não tinha a posse do referido imóvel, pois era mero detentor, cabe salientar que estava na propriedade em virtude de permissão ou tolerância. Ocorre que a posse é quando alguém usa ou pode usar algum dos poderes ligados ao direito de propriedade, como por exemplo, a guarda, o uso, o gozo ou disponibilidade da coisa. A posse significa ter, reter, ocupar, estar, desfrutar de alguma coisa. Estar na posse da propriedade não significa necessariamente ter direito a posse da mesma. Com base nos artigos abaixo citados: ART. 1239 CC. Aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural ou urbano, possua como sua, por cinco anos ininterruptos, sem oposição, área de terra em zona rural não superior a cinquenta hectares, tornando-a produtiva por seu trabalho ou de sua família, tendo nela sua moradia, adquirir-lhe-á a propriedade. “ART. 5º, XXII CF. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: XXII - é garantido o direito de propriedade; Art. 1.208 CC. Não induzem posse os atos de mera permissão ou tolerância assim como não autorizam a sua aquisição os atos violentos, ou clandestinos, senão depois de cessar a violência ou a clandestinidade. Da reconvenção Regulamentada pela lei 8245/1991 o contrato de locação deve ser rescindido, expedindo-se mandado de despejo. O autor deve ser condenado a pagar o valor devido referentes aos aluguéis em atraso, devidamente corrigidos, de acordo com o cálculo discriminado anexado à presente. Diante de tal fato, requer se o pagamento devido correspondentes aos meses que por sua vez não foram liquidados, tornando assim inadimplentes. Dos pedidos e dos Requerimentos Ante o exposto, pede o reconhecimento e acolhimento da preliminar arguida, bem como Improcedência na petição inicial; Seja o pedido da reconvenção julgado TOTALMENTE PROCEDENTE, afim de efetuar o despejo e condenar a cobrança dos aluguéis atrasados; Seja o reconvindo condenado ao pagamento de custas e despesas processuais, bem como honorários advocatícios, conforme preceitua o art. 85 parágrafo 1º do CPC. Dá-se à causa o valor de R$ XXXXX Nesses termos, pede deferimento. ________, ___ de ______ de ______. ______________________________ Nome do Advogado OAB/XX 00.000
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