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Revisão de Polinômios Função Polinomial ou Polinômio Dada a sequência de números complexos (a0, a1, a2, ..., an), consideremos a função f: ℂ → ℂ dada por f(x) = a0x0+ a1x1+ a2x2+ ...+ anxn . 𝑛 ∈ ℕ, 𝑎𝑖 ∈ ℂ, x ∈ ℂ. a0, a1, a2, ..., an são chamados Coeficientes . a0x0, a1x1, a2x2, ..., anxn são chamados Termos. x também chamado de variável independente. Valor numérico e Raiz f(a) é a imagem de a por f. f(a) = 0 a é raiz ou zero da função Ex.: f(x) = x³ - 6x² + 11x - 6. Calcule: a) f(0) b) f(1) c) f(2) d) f(3) e) f(i) f) f(1 - i) Igualdade Polinômio nulo: f(x) = 0, ∀ 𝑥 ∈ ℂ f = 0 ↔ a0 = a1 = a2 = ... = an = 0 f(x) = 0x0+ 0x1+ 0x2+ ...+ 0xn Igualdade Polinômios idênticos: f = g ↔ f(x) = g(x), ∀ 𝑥 ∈ ℂ Coeficientes de polinômios idênticos: f = g ↔ ai = bi, ∀𝑖 ∈ {0, 1, 2, 3, ..., n} Onde, f(x) = a0x0+ a1x1+ a2x2+ ...+ anxn . g(x) = b0x0+ b1x1+ b2x2+ ...+ bnxn . Igualdade Polinômios idênticos: f = g ↔ f(x) = g(x), ∀ 𝑥 ∈ ℂ Coeficientes de polinômios idênticos: f = g ↔ ai = bi, ∀𝑖 ∈ {0, 1, 2, 3, ..., n} Onde, f(x) = a0x0+ a1x1+ a2x2+ ...+ anxn . g(x) = b0x0+ b1x1+ b2x2+ ...+ bnxn . Ex. Dado P(x) = ax2 + bx + c, calcule a, b e c para que se tenha a identidade P(x + 1) = P(2x). Grau de Polinômios Definição: Seja f(x) = a0x0+ a1x1+ a2x2+ ...+ anxn . 𝜕𝑓 = 𝑝 ⟺ 𝑎𝑝 ≠ 0 𝑎𝑖 = 0, ∀ 𝑖 > 𝑝 · índice do maior termo não nulo. · Se grau de f é n, então an é chamado coeficiente dominante. · Se an = 1, f = polinômio unitário. Grau da soma e grau do produto Grau da soma: Se f, g e f + g são polinômios não nulos, então o grau de f+g é menor ou igual ao maior dos números 𝜕f e 𝜕g. 𝜕(f+g) ≤ máx {𝜕f, 𝜕g} Grau do produto: Se f e g são polinômios não nulos, então o grau de fg é igual à soma dos números 𝜕f e 𝜕g. 𝜕(fg) = 𝜕f + 𝜕g Grau da soma e grau do produto Exemplo: sejam f(x) = x³ - 6x² + 11x – 6 e g(x) = 2x4 – x³ + 11x². Qual é o grau: 1. (f+g)(x) 2. (f.g)x 3. (f+g)²(x) 4. (f.g)³x Grau da soma e grau do produto Exemplo: 142) Qual o grau do polinômio f = (2a² + a – 3)x³ + (a² - 1)x² + (a + 1)x – 3 na indeterminada x, quando a = 1? 146) Seja p(x) um polinômio do segundo grau tal que p(0) = -20; p(1) +p(2) = -18 e p(1) – 3p(2) = 6. Resolva a inequação p(x) <0. Divisão de polinômios Dividir um polinômio f(x) por um polinômio g(x) significa encontrar um polinômio q(x)(quociente) e um polinômio r(x) (resto) da seguinte maneira: Isso significa que: • f(x)= g(x)⋅q(x) + r(x) • 𝜕𝑟 < 𝜕𝑔 (𝑜𝑢 𝑟 = 0 −→ 𝑑𝑖𝑣𝑖𝑠ã𝑜 𝑒𝑥𝑎𝑡𝑎) Divisões Imediatas Dividendo é o polinômio nulo f = 0 q = 0 e r = 0 pois ↔ q.g + r = f 0.g + 0 = 0 =f Dividendo não nulo de grau menor que o divisor: q = 0 e r = f pois ↔ q.g + r = f 0.g + r = 0 + f = f, 𝜕𝑟 = 𝜕𝑓 < 𝜕𝑔 Método de Descartes Também conhecido por método dos coeficientes a determinar. Este método se utiliza da identidade de polinômios e se baseia no fato de que o grau do resto deve ser menor do que o do divisor. por Método da Chave Um dos métodos mais comuns para a divisão de polinômios é o método da chave, semelhante ao método da divisão de números inteiros (sem decimais). por Divisão de Polinômios - Exemplos 157) Divida f por g pelo Método de Descartes: a) f = 3x5 – x4 + 2x³ + 4x – 3 e g = x³ - 2x + 1 158) Aplicando o método da chave, determine o quociente e o resto da divisão de f por g: e) f = x³ + x² + x + 1 e g = 2x² + 3 161) Determine a e b de modo que o polinômio f = x4 – 3ax³ + (2a - b)x² + 2bx + (a + 3b) seja divisível por g = x² - 3x + 4 (método de Descartes ou chave). Divisão por binômios do 1º grau (x – a) Teorema do resto O resto da divisão de um polinômio f por x – a é igual ao valor numérico de f em a. Exemplos: Teorema de D’Alembert Um polinômio é divisível por x – a se, e somente se, a é raiz de f. Exemplo: Dispositivo prático de Briot-Ruffini TEOREMA: Se um polinômio f é divisível separadamente por x – a e por x – b, com a ≠ b, então .f é divisível por (x – a)(x – b) Divisão por binômios do 1º grau quaisquer (bx – c) f = (bx – c).q + r Como proceder para chegar em (x – a)? f = b. (x – c/b) .q + r f = (x – c/b). bq + r Na prática: q’ Divisão por binômios do 1º grau quaisquer (bx – c) Exemplo: Equação Polinomial Equação polinomial, ou equação algébrica, é a sentença f(x) = g(x), onde f(x) e g(x) são funções polinomiais. Exemplo: x³ + x² – x – 1 = 3x² – 3 é uma equação polinomial. Raiz da equação polinomial Valor de x que torna a sentença verdadeira. No exemplo anterior x=1 era uma raiz da equação polinomial. Conjunto solução Conjunto solução, ou conjunto verdade, da equação f(x)=g(x) em ℂ, é o conjunto S cujos elementos são as raízes complexas da equação polinomial. No exemplo anterior x=1 era uma raiz da equação polinomial. x³ + x² – x – 1 = 3x² – 3 Escreva o conjunto solução: Resolução de uma equação polinomial Resolver uma equação é encontrar seu conjunto solução. Equações equivalentes: possuem a mesma solução Ex: x³ + x² – x – 1 = 3x² – 3 e x³ - 2x² – x + 2 = 0 Transformações que não alteram o conjunto solução Somar aos dois membros uma mesma função polinomial Multiplicar os dois membros por um mesmo complexo ≠ 𝟎 Resolução de uma equação polinomial Para resolução de uma equação polinomial buscamos transformá-la em uma equivalente mais simples, e para isso usamos as operações descritas no slide anterior. Casos imediatos P(x) é identicamente nula 0x0+ 0x1+ 0x2+ ...+ 0xn = 0 Verdadeira ∀ 𝑥 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑙𝑒𝑥𝑜. S = ℂ P(x) é constante não nula 0x0+ 0x1+ 0x2+ ...+ k = 0 Falsa ∀ 𝑥 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑙𝑒𝑥𝑜. S = { } Número de raízes T.F.A: Todo polinômio de grau n ≥ 1, admite ao menos uma raiz complexa. Teorema da decomposição Todo polinômio P de grau n (n ≥ 1); P = a0x0+ a1x1+ a2x2+ ...+ anxn Pode ser decomposto em n fatores do primeiro grau, isto é: P = an. (x – r1) (x – r2) (x – r3) ... (x – rn) Onde r1, r2, r3, ..., rn são raízes. Número de raízes Consequência do Teorema da decomposição Toda equação polinomial de grau n (n ≥ 1) admite n, e somente n, raízes complexas. Multiplicidade de raízes No exemplo Dizemos que 1 é raiz tripla (multiplicidade 3); 2 é raiz quádrupla (multiplicidade 4) e 3 é raiz simples da equação. Multiplicidade de raízes Relações de Girard: Relações entre coeficientes e raízes Equação do 2º grau: ax² + bx + c = a. (x – r1).(x – r2) Equação do 3º grau: ax³ + bx² + cx + d = a(x – r1)(x – r2)(x – r3) Relações de Girard: Relações entre coeficientes e raízes Equação grau n: Relações de Girard: Relações entre coeficientes e raízes Aplicações: 1) Calcule a soma e o produto das raízes da equação: 2x4 + 3x3 + 4x² + 5 x + 6 = 0 2) Resolver a equação x³ - 6x² + 3x + 10 = 0, sabendo que a soma de duas raízes é 1. Raízes Conjugadas Teorema: Se uma equação polinomial de coeficientes reais admite como raiz um numero complexo z = 𝛼 + 𝛽𝑖 (𝛽 ≠ 0) , então essa equação também admite como raiz o número 𝑧 = 𝛼 − 𝛽𝑖, conjugado de z. Raízes Conjugadas Consequências: 1. Multiplicidade da raiz conjugada: Se uma equação polinomial de coeficientes reais admite a raiz z = 𝛼 + 𝛽𝑖 (𝛽 ≠ 0) com multiplicidade p, então essa equação também admite como raiz o número multiplicidade p. 𝑧 = 𝛼 − 𝛽𝑖 com Raízes Conjugadas Consequências: 1. Multiplicidade da raiz conjugada: Se uma equação polinomial de coeficientes reais admite a raiz z = 𝛼 + 𝛽𝑖 (𝛽 ≠ 0) com multiplicidade p, então essa equação também admite como raiz o número multiplicidade p. 𝑧 = 𝛼 − 𝛽𝑖 com Raízes Conjugadas Consequências: 2. O número de raízes complexas não reais é um número par. 3. Se uma equação polinomial tem grau ímpar, então ela admite umnúmero ímpar de raízes reais. EX: ax³ + bx² + cx + d = 0 (com a, b, c, d reais) tem uma ou três raízes reais. Raízes Conjugadas Observação: Teorema da raiz conjugada não é válido para equações polinomiais com coeficientes complexos. Ex: x² - ix = 0 admite 0 e i como raízes, porém não admite –i como raiz. Raízes Conjugadas Aplicações: 1) Determinar o menor grau que pode ter uma equação polinomial de coeficiente reais para admitir 1, i e 1 + i como raízes. 2) Formar uma equação polinomial de grau mínimo e coeficientes reais que admita 0 como raiz simples, 1 como raiz dupla e 2 – 3i como raiz tripla. Raízes Conjugadas Aplicações: 3) Resolva a equação x4 + x³ + 2x² + 3x – 3 = 0, sabendo que uma das raízes é 𝑖 3. Exercícios páginas 130 a 132. Raízes Reais: Teorema de Bolzano Dada uma equação polinomial P(x)=0, como proceder para saber quantas raízes reais ela possui num intervalo ]a,b[ dado? 1. Se P(a) e P(b) têm o mesmo sinal, então existe um número par de raízes reais ou não existem raízes da equação em ]a,b[ . 2. Se P(a) e P(b) têm sinal contrários, então existe um número ímpar de raízes reais da equação em ]a,b[ . Teorema de Bolzano Aplicações: 1. Quantas raízes reais x³ + 5x² - 3x + 4 = 0 pode assumir no intervalo ]0,1[ ? 2. Quantas raízes reais x³ - 3x² + 7x + 1 = 0 pode assumir no intervalo ]-1,1[ ? 3. Determinar m de modo que a equação x5 – 2x4 +3x³ -5x² + x + (m – 3) = 0, tenha pelo menos uma raiz real em ]0,2[. Interpretação Geométrica Interpretação Geométrica Raízes Racionais Se uma equação polinomial p(x)= anxn + an-1xn-1+ an-2xn-2+ an-3xn-3+ ...+ a1x + a0 , com (an ≠ 0), de coeficientes inteiros, admite uma raiz racional 𝑝, em que 𝑝 ∈ ℤ, 𝑞 ∈ ℤ∗ e p e q são primos 𝑞 + entre si, então p é divisor de a0 e q é divisor de an. Aplicação 1. Quais são as possíveis raízes racionais da equação 2x6 – 5x5 + 4x4 – 5x3 – 10x2 + 30x -12 =0? 2. Quais são as raízes inteiras da equação x3 + 3x² - 3x – 9 = ?. Consequências 1. O teorema anterior só se aplica a equações polinomiais de coeficientes inteiros (todos). Não é suficiente que o dominante (an) e o termo independente (a0) sejam inteiros. Exemplo: a equação x² - 5x + 1 = 0 apresenta raízes 2 racionais 2 e ½, enquanto que a aplicação errada do teorema anterior, sem se verificara suas premissas, apontaria como raízes possíveis 1 e -1. O que fazer para aplicar o teorema? Consequências 2. Se a equação p(x) = 0, com coeficientes inteiros e 𝑟 a0 ≠ 0, admite uma raiz inteira r = divisor de a0 (termo independente). , então r é 1 Exemplo: as possíveis raízes da equação 7x5 + x4 – x³ – x² – x + 6 = 0 são -1, 1, 2, -2, -3, 3, -6, 6. Consequências 3. Se a equação P(x) = 0, com coeficientes inteiros e an =1 (coeficiente dominante unitário), admite uma raiz racional r = 𝑝 𝑞 , então essa raiz é necessariamente inteira (q = 1). Exemplo: qualquer raiz da equação x4 + 11x³ – 7x² + 4x – 8 = 0 é inteira.
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