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FPM VII Cardiologia HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA A hipertensão é dividida em duas: a essencial, que não possui uma causa específica [geralmente relacionada com fatores de risco que levam a um aumento sustentado dos níveis pressóricos], e a secundária, que possui uma causa específica para a hipertensão. Será abordado primeiramente a hipertensão essencial. Definição: PA maior ou igual que 140x90 (leia-se: 140 ou 90, ou seja, posso ter aumento individual – só da sistólica ou só da diastólica), em 2 ou + medidas da PA, com intervalos de 1 a 2 minutos. Pacientes mais jovens tendem a ter pressão diastólica maior (porque a pressão diastólica maior indica que o relaxamento ainda está bom), e idosos tendem a ter hipertensão sistólica isolada (devido ao envelhecimento e disfunção sistólica. Preferencialmente em mais de uma ocasião. Utilização da técnica apropriada (manguito apropriado para diâmetro de cada braço, com 5 a 10 minutos de repouso sentado, não ter consumido café ou fumado nos últimos 30 minutos, estar com a bexiga vazia, e com os pés apoiados no chão). Aparelho calibrado. Paciente em posição sentado e com o braço apoiado na altura do coração. Frequentemente se associa a: distúrbios metabólicos (tireoide, diabetes), alterações funcionais e/ou estruturais de órgãos-alvo (função renal), sendo agravada pela presença de outros fatores de risco (porém não estabelecem relação CAUSAL): Dislipidemia Obesidade abdominal Intolerância à glicose Diabetes melito São órgãos-alvo: coração, rins, cérebro e doenças vasculares. A hipertensão mantém associação independente com (maior risco de): Morte súbita. Acidente vascular encefálico. Infarto agudo do miocárdio. Insuficiência cardíaca. Doença arterial periférica. Doença renal crônica, fatal e não fatal. EPIDEMIOLOGIA Prevalente em 32,5% (36 milhões) de indivíduos adultos, sendo mais comum em idosos, acometendo 60% deles, contribuindo direta ou indiretamente para 50% das mortes por doença cardiovascular. Junto com DM, suas complicações (cardíacas, renais e AVE) têm impacto elevado na perda da produtividade do trabalho e da renda familiar, estimada em US$4,18 bilhões entre 2006 e 2015. Então a prevenção da HAS seria de extremo benefício econômico para o governo, e, apesar de existirem programas atualmente como o Hiperdia, ainda não se alcança bons resultados. Figura: taxa de mortalidade no Brasil por doença cardiovascular (DCV) e distribuição por causas no ano de 2013. DIC: doenças isquêmicas do coração, DCbV: doença cerebrovascular, DH: doenças hipertensivas, ICC: insuficiência cardíaca congestiva. Os casos de hipertensão vêm diminuindo devido ao aumento do investimento no diagnóstico e tratamento. ETIOLOGIA PRIMÁRIA Representa 90 a 95% dos casos: não consegue se estabelecer a causa exata da HAS. Doença complexa, determinação poligênica na maioria dos casos, associada com interação direta de fatores ambientais. SECUNDÁRIA 5 a 10%: casos em que são identificadas doenças responsáveis pela HAS. FATORES DE RISCO Fernando Carli Realce Fernando Carli Realce Fernando Carli Realce Fernando Carli Realce Fernando Carli Realce Fernando Carli Realce Idade: mulher acima de 55 anos e homem acima de 45 anos. Bebidas: 30g de álcool/dia para homens e 15g/dia para mulheres. Hereditariedade: parentes de primeiro grau que cursam com hipertensão. Sedentarismo: mínimo de 150 minutos por semana de atividade física aeróbica. FISIOPATOLOGIA Uma causa específica subjacente não pode ser definida. Nenhuma patologia identificada em qualquer sistema orgânico. Nenhum modelo preciso de patogênese estabelecido. Uma variedade de distúrbios fisiopatológicos podem ser a causa de hipertensão sustentada. Doença complexa, que envolve vários sistemas (cardiocirculatório, renal e nervoso). Nenhum mecanismo isolado é responsável pelo surgimento da HAS na maioria dos indivíduos. Mecanismos: SNS, SRAA, sensibilidade ao sal, disfunção endotelial (menor secreção de óxido nítrico diminuindo a capacidade de dilatação), resistência à insulina, susceptibilidade genética. CONTROLE DA PRESSÃO ARTERIAL PA = débito cardíaco x resistência periférica. Fatores que afetam: Volume sanguíneo (relacionado com débito cardíaco): concentração de sódio e aldosterona. Vasoconstritores: angiotensina II, catecolaminas. Fatores humorais. Vasodilatadores: prostaglandinas e cininas. Fatores cardíacos: FC e contratilidade. Fatores neurais: alfa-adrenérgico para constrição e beta-adrenérgico para dilatação. Fatores locais: pH e hipóxia. (em indivíduos normais, substancias tendem a equilíbrio, porém em indivíduos com propensão a desenvolver HA, há mais vasoconstritores do que vasodilatadores, o que faz aumentar a resistência vascular periférica). SISTEMA NERVOSO SIMPÁTICO Mediador fundamental para manter pressão arterial e frequência cardíaca, em que alterações contribuem para início e manutenção da doença. Alterações: barorreflexo (principal) e quimiorreflexo central e periférico. Fase aguda: ação do simpático mediando MAIOR constrição arterial/venosa e AUMENTO do DC. Longo prazo: ativação simpática leva a vasoconstrição renal (aumento da resistência periférica). Causa: Maior retenção de sódio e água, aumentando o débito cardíaco. Espessamento da parede vascular (lesão endotelial com diminuição da produção de óxido nítrico, levando a desbalanço das substancias vasodilatadoras/vasoconstritoras). Maior resistência vascular. HVE (lesão de órgão alvo: hipertrofia ventricular esquerda). o Por estimulação direta e indireta da norepinefrina. Inibição da bomba Na/K. o Menor efluxo celular de sódio, causando maior retenção de sódio e água. Então, o SNS não age somente no aumento da resistência vascular periférica, mas também no aumento do volume circulante (aumentando débito cardíaco). SISTEMA RENINA ANGIOTENSIA ALDOSTERONA Renina: enzima secretada pelas células justaglomerulares. O determinante para sua liberação é o volume circulante. Renina → angiotensinogenio → AT I → AT II A angiotensina I tem menor capacidade vasoconstritora do que a II, tendo, então, a angiotensia II papel de destaque na HAS (sendo atualmente a base do tratamento o bloqueio da conversão da ATI em ATII com os inibidores da ECA). Angiotensina II: CV: vasoconstrição, hipertrofia e hiperplasia vascular, disfunção endotelial e maior contração ventricular com hipertrofia ventricular esquerda. SNC e periférico: ativação do centro vasopressor, alteração barorreflexo (aumenta vasoconstrição), liberação ADH (aumenta volume), maior liberação de catecolaminas (aumenta vasoconstrição), sede e liberação de prostaglandinas. Renal: retenção tubular de sódio, vasoconstrição da arteríola eferente sendo potente estímulo para a liberação de mais renina. A angiotensina II é o estimulo primário para a secreção de aldosterona na adrenal. A aldosterona promove maior reabsorção de Na e H20 pelos túbulos distais dos néfrons (aumenta volume circulante, aumentando DC). Fernando Carli Realce Fernando Carli Realce Fernando Carli Realce Fernando Carli Realce Fernando Carli Realce Fernando Carli Realce Fernando Carli Realce Fernando Carli Realce Fernando Carli Realce Fernando Carli Realce Fernando Carli Realce Fernando Carli Realce A angiotensina II também está relacionada com maior produção de superóxidos que levam a lesão endotelial, com depleção de óxido nítrico e consequente desbalanço. (saber imagem acima). Angiotensina II também relacionada com o aparecimento de aterosclerose. DISFUNÇÃO ENDOTELIAL Endotélio: modula a atividade da célula muscular lisa vascular e é o principal regulador do controle da resistência vascular periférica. Na HAS há desequilibroentre substancias vasodilatadoras e vasoconstritoras, com o predomínio de vasoconstritoras, o que leva a um aumento da resistência vascular periférica. Produção de substâncias vasodiltadoras: NO: potente vasodilatador com propriedades de inibir a adesão e agregação plaquetária e também de suprimir a migração e proliferação de células musculares lisas. Prostaciclinas. Produção de substâncias vasoconstritoras: Endotelina, PGs, tromboxano, radicais superóxidos. A disfunção endotelial também é uma precursora da aterosclerose. Na HAS, há uma diminuição da resposta vasodilatadora para vários estímulos de liberação de NO, levando a um remodelamento vascular anormal, perpetuando a doença hipertensiva. REMODELAMENTO VASCULAR Ocorre devido a hipertrofia e hiperplasia de células musculares lisas, com diminuição do relaxamento e do lúmen do vaso. A RVP está elevada na hipertensão em razão de alterações na estrutura, propriedades mecânicas e funcionais das pequenas artérias. RESISTÊNCIA À INSULINA Inabilidade de alcançar uma taxa normal de captação de glicose em resposta à insulina. Ou seja, o organismo perde a capacidade de retirar glicose da circulação para os tecidos, com aumento de glicose circulante – sendo a principal etapa do desenvolvimento do diabetes. Hiperinsulinemia: aumento da insulina devido a resistência aos efeitos da insulina na utilização periférica da glicose. APESAR DA INSULINA SER UM POTENTE VASODILATADOR, o seu EXCESSO promove ativação do SNS (vasoconstrição e retenção de líquido), ação trófica sobre a musculatura do vaso (diminui complacência e aumenta RVP) e maior reabsorção de sódio – contribuindo para o surgimento da HAS. DIAGNÓSTICO E CLASSIFICAÇÃO Avaliação inicial: Confirmação do diagnóstico. Suspeição. Identificação de causa secundária. Avaliação do risco CV. As lesões de órgão-alvo (LOA) e doenças associadas também devem ser investigadas. MAPA: medida ambulatorial da pressão arterial por 24h > não é utilizado rotineiramente. INVESTIGAÇÃO Avaliação da medição da PA no consultório e/ou fora dele, utilizando-se de técnica adequada e equipamentos validados. História médica (pessoal e familiar). Exame físico (paciente em REG pode indicar apneia do sono que é causa secundária). Fernando Carli Realce Fernando Carli Realce Fernando Carli Realce Fernando Carli Realce Fernando Carli Realce Fernando Carli Realce Fernando Carli Realce Fernando Carli Realce Fernando Carli Realce Fernando Carli Realce Fernando Carli Realce Investigação clínica e laboratorial. No consultório: a PA deve ser medida em TODA avaliação por médicos de qualquer especialidade e demais profissionais de saúde devidamente capacitados. Recomenda-se, pelo menos, a medição da PA: Cada dois anos para os adultos assintomáticos com PA menor ou igual a 120/80 mmHg; Anualmente para aqueles com PA maior que 120/80 mmHg e inferiores a 140/90 mmHg. O risco cardiovascular começa a aumentar a partir do nível de 115/75. Hipotensão ortostática: Importante porque o tratamento para hipertensão nesses casos deve ser menos severo, principalmente em idosos devido ao risco de queda. Deve ser suspeitada em pacientes idosos, diabéticos, etilistas pesados, disautonômicos e naqueles em uso de medicação anti- hipertensiva. Medir a PA com o paciente deitado, e, pedir para levantar, após 3 minutos em pé, medir a PA novamente, sendo a hipotensão ortostática definida como a redução da PAS > 20 mmHg ou da PAD > 10 mmHg. A hipotensão ortostática deve ser relatada no prontuário do paciente. Medição da PA fora do consultório pode ser feita de duas formas: Medição residencial da pressão arterial (MRPA): de 3 a 5 aferições por dia num período de 5 dias anotados. MAPA de 24h: aparelho eletrônico que é instalado no paciente e insufla a cada 15 minutos para aferir a pressão. Não há limitação das atividades Tais instrumentos levam a um maior número de medidas obtidas e refletem as atividades usuais dos examinados. Há a abolição ou sensível redução do efeito do avental branco (EAB). Maior engajamento dos pacientes com o diagnóstico e o seguimento. Hipertensão do avental branco: pressão alterada dentro do consultório e normal fora dele. Hipertensão mascarada: pressão normal dentro do consultório, porém alterada fora dele, com a presença até de lesão de órgãos alvo. Atentar que para quando se utiliza medidas como o MAPA e MRPA, o parâmetro 140/90 de normalidade é alterado. Fernando Carli Realce Fernando Carli Realce Fernando Carli Realce Fernando Carli Realce Fernando Carli Realce Fernando Carli Realce Fernando Carli Realce Fernando Carli Realce Fernando Carli Realce Fernando Carli Realce Todos os pacientes com pressão alterada (maior que 14/9) na primeira consulta merecem tratamento farmacológico imediato? Depende. Deve-se levar em conta o número de fatores de risco e qual o valor da PA. Risco cardiovascular baixo pode-se tentar mudança do estilo de vida e reavaliação em três meses. Porém, de risco moderado a alto, ou com PA grau 3, recomenda-se tratamento farmacológico imediato. HIPERTENSÃO NO CONSULTÓRIO E MAPA NORMAL: hipertensão do avental branco. HIPERTENSÃO NO CONSULTÓRIO E MAPA ALTERADO: diagnóstico de hipertensão arterial. Atentar para o fluxograma anterior e tabela a seguir. Necessário saber para a prova! CLASSIFICAÇÃO Entre as duas aferições no consultório que devem ser feitas, quando houver diferença de valor, SEMPRE LEVAR EM CONTA A MAIOR, e utilizá-la para fazer a classificação da hipertensão. O mesmo vale para os valores de pressão sistólica e diastólica: sempre levar em conta a classificação mais avançada de hipertensão, mesmo que o outro valor esteja em categoria anterior. Efeito do avental branco: diferença de pressão entre as medidas obtidas no consultório e fora dele, desde que essa diferença seja igual ou superior a 20 mmHg na PAS e/ou 10 mmHg na PAD. HAS do avental branco: valores anormais da PA no consultório, porém com valores considerados normais pela MAPA ou MRPA. HAS mascarada: valores normais da PA no consultório, porém com PA elevada pela MAPA ou medidas residenciais. HAS sistólica isolada: PAS aumentada com PAD normal. A hipertensão sistólica isolada e a pressão de pulso (diferença entre pressão arterial sistólica e a diastólica) são importantes fatores de risco cardiovascular (FRCV) em pacientes de meia-idade e idosos. Quanto maior a pressão de pulso, maior o FRCV, indicando uma disfunção diastólica. AVALIAÇÃO CLÍNICA E COMPLEMENTAR Objetivos: Confirmação do diagnóstico de HA por medição da PA. Identificação dos FRCV. Pesquisa de LOAs, sejam elas subclínicas ou clinicamente manifestas. Pesquisa da presença de outras doenças associadas. Estratificação do risco CV global. Avaliação de indícios para suspeita de HA secundária. AVALIAÇÃO CLÍNICA ANAMNESE História clínica completa • tempo de diagnóstico, evolução e tratamento prévio. • As informações sobre a história familiar são fundamentais para aumentar a certeza do diagnóstico de HA primária. • FR específicos para DCV, comorbidades, aspectos socioeconômicos e estilo de vida, • Uso prévio e atual de medicamentos ou outras substâncias que possam interferir na medição da PA e/ou no tratamento da HA. Atentar principalmente para uso de anti-inflamatório. Atentar para sopros abdominais ou torácicos. Exames laboratoriais que devem ser pedidos para TODOS os pacientes: Fernando Carli Realce Exame de urina deve ser pedido para analisar perca de proteína. Hiperuricemia é fator de risco para lesão endotelial. UREIA NÃO CONSTA NA DIRETRIZ PARA EXAMES DE ROTINA. Exames recomendados em situações especiais: Raio X de tórax: suspeita de cardiomegalia. Ecocardiograma: suspeita de sobrecarga ventricular. Albuminúria: suspeita de lesão renal; é preditor de eventos adversos. US das carótidas: placas de carótida aumentam risco CV. US renal ou Doppler: pacientes com massas abdominais ou sopro abdominal. HbA1c: pacientes com glicemia alterada ou histórico familiar de DM. Teste ergométrico: saber se paciente tem maior predisposição a hipertensão, ou se possui hipertensão ao esforço (principalmente em pacientes que trabalham com esforço físico). MAPA. ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO CV (SCORE DE RISCO GLOBAL) O risco CV global deve ser avaliado em cada indivíduo hipertenso para tomar uma melhor decisão terapêutica e permitir uma análise prognóstica. Serve para identificação dos indivíduos hipertensos que estão mais predispostos às complicações CV, especialmente infarto do miocárdio e AVE, sendo fundamental para uma orientação terapêutica mais agressiva. Quanto mais alto o RCV, mais agressivo deverá ser o tratamento, devido ao maior risco de mortalidade. FATORES DE RISCO PARA DAC (DOENÇA ARTERIAL CORONÁRIA) NA AVALIAÇÃO DO RISCO ADICIONAL DO HIPERTENSO: Sexo masculino. Idade. o Homem maior ou igual 55 anos, mulheres maior ou igual a 65 anos. História de DCV prematura em pacientes de 1º grau. Tabagismo. Dislipidemia. Resistencia à insulina. Obesidade. Lesão de órgão-alvo na avaliação do risco adicional no hipertenso: Hipertrofia ventricular esquerda. EMI da carótida >0,9mm ou placa carotídea. ITB < 0,9 Doença renal crônica estágio 3. Albuminúria entre 30 e 300 mg/24h ou relação albumina-creatinina urinária 30 a 300 mg/g. A tabela a seguir NÃO é necessário saber decorada, mas sim como utilizá-la. As situações em que NÃO se indica tratamento medicamentoso imediato são as sem risco adicional e as de baixo risco, a qual se prescreve mudança do estilo de vida. Pacientes em risco moderado e alto: tratamento medicamentoso + orientar mudança do estilo de vida. Hipertensão é um dos principais fatores de risco para aterosclerose. São 3 fases de classificação. Fase 1: indivíduos com manifestação clínica de doença aterosclerótica ou seus equivalentes, homens e mulheres, possuem risco superior a 20% em 10 anos de apresentar novos eventos cardiovasculares ou de um primeiro evento cardiovascular. Critérios de identificação de pacientes com alto risco de eventos coronarianos (Fase 1), ou seja, se presente, já é alto risco: Doença aterosclerótica arterial coronária, cerebrovascular ou obstrutiva periférica, com manifestações clinicas (AVC). Aterosclerose na forma subclínica, significativa, documentada por metodologia diagnóstica. Procedimentos de revascularização arterial (angioplastia coronariana ou de carótida) Diabetes melito tipos 1 e 2. Fernando Carli Realce Fernando Carli Realce Fernando Carli Realce Fernando Carli Realce Fernando Carli Realce Fernando Carli Realce Fernando Carli Realce Fernando Carli Realce Fernando Carli Realce Fernando Carli Realce Fernando Carli Realce Fernando Carli Realce Fernando Carli Realce Fernando Carli Realce Fernando Carli Realce Fernando Carli Realce Fernando Carli Realce Fernando Carli Realce Fernando Carli Realce Doença renal crônica. Hipercolesterolemia família. Se não tiver nenhuma dessas manifestações, segue-se para a Etapa 2 que é a estratificação de risco de Framingham (será abordado na aula de aterosclerose). Pacientes definidos como alto risco na etapa 2, as metas terapêuticas já são definidas. Pacientes de baixo e intermediário risco, seguem a estratificação para a etapa 3. (essa avaliação será detalhada na aula de aterosclerose). DECISÃO E METAS TERAPÊUTICAS A abordagem terapêutica da PA elevada inclui medidas não medicamentosas e o uso de fármacos anti-hipertensivos, a fim de reduzir a PA, proteger órgãos-alvo e prevenir desfechos CV e renais. A decisão terapêutica deve basear-se não apenas no nível da PA, mas considerar também a presença de fatores de risco, lesão de órgão alvo e/ou doença cardiovascular estabelecida. Mudança do estilo de vida: para todos os pacientes, independente do risco CV. Já o inicio da terapia farmacológica deve ser analisado, pois hipertensos estágio 1 e risco CV baixo ou moderado, deve se aguardar 3 a 6 meses para analisar efeito da intervenção no estilo de vida. METAS TERAPÊUTICAS TRATAMENTO NÃO MEDICAMENTOSO Também chamado de mudança do estilo de vida. • Controle ponderal: O aumento de peso está diretamente relacionado ao aumento da PA tanto em adultos quanto em crianças. O aumento da gordura visceral também é considerado um fator de risco para HA. Reduções de peso e de CA correlacionam-se com reduções da PA e melhora metabólica • Medidas nutricionais: O sucesso do tratamento da HA com medidas nutricionais depende da adoção sustentada de um plano alimentar saudável e sustentável Dietas radicais resulta em abandono do tratamento SABER: A dieta DASH (Dietary Approaches to Stop Hypertension) • enfatiza o consumo de frutas, hortaliças e laticínios com baixo teor de gordura; inclui a ingestão de cereais integrais, frango, peixe e frutas oleaginosas; • preconiza a redução da ingestão de carne vermelha, doces e bebidas com açúcar • Redução do consumo de sódio: O aumento do consumo de sódio está relacionado com o aumento da PA O limite de consumo diário de sódio em 2,0 g está associado à diminuição da PA. No entanto, o consumo médio do brasileiro é de 11,4 g/dia. • Atividade física Refere-se a qualquer movimento corporal que aumente o gasto energético, o que inclui andar na rua, subir escada, fazer trabalhos físicos domésticos, fazer práticas físicas de lazer (150 min/semana de atividade aeróbica). • Exercício físico Refere-se à atividade física realizada de forma estruturada, organizada e com objetivo específico. • Cessação do tabagismo: O tabagismo aumenta o risco para mais de 25 doenças, incluindo a DCV. Fernando Carli Realce Fernando Carli Realce Fernando Carli Realce Fernando Carli Realce Fernando Carli Realce Fernando Carli Realce Fernando Carli Realce Fernando Carli Realce O hábito de fumar é apontado como fator negativo no controle de hipertensos. No entanto, não há evidências que a cessação do tabagismo reduza a PA . • Controle do estresse. • Evitar excesso no consumo de álcool Limitar o consumo diário de álcool: 1 dose nas mulheres e pessoas com baixo peso e 2 doses nos homens. Fernando Carli Realce
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