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FPM - Oftalmo 1 - Anatomia

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FPM – Oftalmologia 
Anatomia da Órbita ocular: 
Globo ocular = olho 
Órbita ocular = Parte óssea 
Paredes que compõem a Orbita: 
Superior – Osso frontal e asa menor do esfenoide 
Lateral – Asa maior do esfenoide e Zigomático 
Inferior – Zigomático, pedaço da maxila e processo orbital do osso palatino 
Medial – Etmoide, lacrimal e pedaço da maxila 
7 ossos que compõe a orbita: Frontal, Esfenoide, Etmoide, Palatino, Zigomático, Lacrimal, Maxila. Professora disse que era pra 
saber os ossos como um todo, não necessariamente cada parede isolada. 
Fratura Blow-out: Trauma contuso (soco, bolada). Aumenta a pressão da órbita e fratura algum osso (ex: maxila). Olho fica 
deslocado para dentro (enoftalmia), necessita correção cirúrgica (Ex: colocação de tela), não é caso de urgência 
 
Fratura Trap-door: osso fratura e retorna pra posição, pinçando um parte do musculo (geralmente reto inferior) causando 
restrição de movimento ocular, é caso de urgência pois músculo pode isquemiar e perder o movimento de forma irreversível 
Obs: Nervo óptico é uma estrutura sensível, o menor contato pode deixar o paciente cego de forma irreversível. 
Estrutura da parede orbitária: 
As duas paredes médias orbitárias ficam paralelas entre si, enquanto as paredes laterais formam um ângulo de 45 graus com 
parede medial. O nervo óptico tem um trajeto em abdução ao sair pelo canal óptico. Músculos extrínsecos são os responsáveis 
por manter a PPO (posição primária do olhar) - quando os olhos estão voltados para a frente e para o infinito. 
Ápice orbitário: 
Por onde passam as principais 
estruturas. Encontramos fissuras: 
Fissura orbital superior: 
Fissura orbital inferior: 
Canal óptico (forame): Nervo óptico 
Músculos Extrínsecos e seus 
movimentos principais: 
4 retos e 2 oblíquos: 
Reto superior – Elevação do globo 
Reto inferior – Depressão do globo 
Reto medial – Adução do globo 
Reto Lateral – Abdução do globo 
Oblíquo superior – Inciclotorção 
Oblíquo inferior – Exciclotorção 
Importante saber o movimento principal de cada músculo para saber qual o provável acometido em um desvio ocular. Os 
possíveis desvios são: 
Esotropia – ET – desvio pra dentro 
Exotropia – XT – desvio pra fora 
Hipertropia – desvio pra cima 
Hipotropia – desvio pra baixo 
Vascularização: 
Tanto a pálpebra, como globo e órbita são irrigados pela carótida. A carótida externa vai ser responsável pela pálpebra e área 
externa, e a carótida interna vai se ramificar em uma artéria oftálmica (entra pelo canal óptico) responsável por irrigar todas as 
estruturas da órbita (globo e estruturas intraorbitárias), além de fazer anastomoses com os ramos da carótida externa pra 
complementar a irrigação da pálpebra. A drenagem venosa se dá basicamente por 4 veias que saem uma de cada quadrante do 
globo ocular (vorticosas), as superiores se unem formando a veia oftálmica superior, e as inferiores se unem formando a veia 
oftálmica inferior. A drenagem da pálpebra se dá por meio de tributarias da jugular. Veias oftálmicas superior e inferior se unem 
formando o seio cavernoso. 
É importante ressaltar a proximidade das estruturas intraorbitárias e o espaço intracraniano, infecções podem se disseminar 
causando problemas neurológicos. Importante saber diferenciar uma celulite orbitária de uma celulite pré-septal. Tratamento e 
urgência totalmente diferentes. 
Estruturas orbitárias: 
Globo, músculos, glândula lacrimal, nervos, vasos sanguíneos, gordura, septo. 
Septo = periósteo rebatido, tecido fibroso que protege as estruturas intraorbitárias, em cima do septo encontra-se o músculo 
orbicular, responsável pelo fechamento palpebral sendo inervado pelo nervo facial. 
Via lacrimal 
A lagrima é basicamente produzida pela glândula lacrimal, que fica no canto superior lateral órbita (mas há a contribuição de 
outras glândulas acessórias). Após ser produzida, a lagrima necessita ser escoada, é absorvida no canto medial por meio dos 
pontos lacrimais superior e inferior, adentra os canalículos superior e inferior, alcança o saco lacrimal e desce pelo ducto naso-
lacrimal até escoar no terço inferior do nariz 
 
 
Patologias da Glândula Lacrimal: 
 - Dacrioadenite: Inflamação da glândula lacrimal. Edema e hiperemia no canto lateral superior, formando o sinal do S. 
 
Importante atentar-se a simetria. 
 - Trauma palpebral: O principal problema é quando há acometimento de borda, cirurgia mais delicada. Lacerações que não 
atingem a borda são menos complexas. 
 - Estenose do ponto lacrimal: Muito relacionado ao processo senil, levando a lacrimejamento excessivo. 
 - Ponto lacrimal ectópico: Ponto lacrimal não encontra-se no seu local de origem 
 - Tumor palpebral: principalmente CBC – carcinoma basocelular (pessoas claras, idosas – relacionado a exposição solar) 
 - Infecções: 
• Canaliculite: infecção do canalículo, retirar conteúdo por meio da compressão com cotonete. Paciente chega com 
nódulo na região, hiperemia, dor. 
• Dacriocistite: Infecção do saco lacrimal, celulite pre-septal 
- Obstrução congênita: Dentro do ducto lacrimal encontram-se várias 
válvulas, a última chama valva de Hasner, é comum a criança nascer com a 
valva integra e assim fica lacrimejando, pois a lagrima não passa. É 
necessário fazer uma massagem no local do saco lacrimal indo em direção ao 
ducto e consequentemente forçando a lagrima a passar pela válvula, 
buscando desobstruí-la, fazer 15 a 20 repetições 3 vezes ao dia, todos os 
dias, 90-95% dos casos se resolvem até um ano de idade somente por meio 
da massagem. É necessário atentar a episódios de infeção ou casos que não 
se resolvam depois de 1 ano. Se após um ano o problema não se resolver é 
indicada abordagem cirúrgica. Passa um instrumento por dentro do 
canalículo visando retificar o canal e desobstruir. 
- Dacriocistocele: Saco lacrimal aumentado na criança devido a acúmulo de 
secreção como liquido amniotico, por exemplo. 
O ducto lacrimal pode estar obstruido. Muito frequente no idoso, pode ser um obstrução alta, mais facil de corrigir ou baixa de 
difícil correção. A diferencição se da pela introdução de uma haste pelo ducto lacrimal, se sentirmos uma estrutura fibrosa (soft 
stop) é uma obstrução alta, se sentirmos estrutura óssea (esperado na normalidade), ou seja, mais rígida (hard stop), 
provavelmente a obstrução está abaixo, possivel realizar exame de contraste para identificar o ponto exato. 
Importância do filme lacrimal: Proteção contra infecções, 
lubrificação, nutrição, remoção de células e bactérias, 
oxigenação corneana (córnea é avascular, nutrida pelo humor 
aquoso e pelo filme lacrimal, é um dos motivos pelo qual 
dormir de lente é contraindicado), melhora a superfície óptica. 
Epífora – problema no escoamento das lágrimas, levando a um 
maior lacrimejamento não estando relacionado a aumento da 
produção. 
 
Pálpebras 
Anatomia das pálpebras 
Debaixo da pele que reveste a superfície anterior da pálpebra existe o músculo orbicular. 
Entre os feixes musculares passam algumas fibras colágenas da aponeurose do músculo 
elevador da pálpebra, que se inserem na pele da mesma. 
Os folículos pilosos dos cílios têm direção oblíqua, voltando-se para diante quando se 
aproximam da superfície. Encontram-se dispostos em três ou quatro fileiras, 
imediatamente na frente da linha cinzenta. Têm glândulas 
sebáceas anexas, denominadas glândulas de Zeis. Entre os 
folículos situam-se as glândulas sudoríparas de MolI. Existe 
uma glândula na borda palpebral tanto superior como inferior, conhecida como Melbomian, uma 
das queixas comuns é meibomite (inflamação dessas glândulas), palpebra fica com pontinhos, 
além de alterar a secreção lacrimal e consequetemente o filme lacrimal, acarretando problemas, 
o tratamento consiste em fazer compressa morna e massagem após. 
 
Hordéolo = “Tersol” – tratamento é o mesmo, compressa morna e massagem. 
Geralmente vem de um inflamação das glândulas de Zeis. Podeter como uma 
complicação a celulite, por ter uma porta de entrada aparente para infecção 
(glândula) pensamos em uma celulite pré-septal, tratamento inclui antibioticos. 
 
Blefarite = Olho irritado, vermelho, sensação de coceira. Advém das glandulas sebáceas da pele infectadas, tratamento por 
blephagel (medicamento específico) utilizado pra limpeza dessa região. 
Traumas = levar em consideração se atingiu a borda da pálpebra, se sim encaminhar para o especialista suturar. 
Tumores palpebrais 
Ptose = caimento da palpebra, patologia mais importante na criança! Criança não nasce com a visão completamente 
desenvolvida, desenvolvimento total da via visual (retina, nervo óptico, quiasma, córtex visual no lobo occiptal) se da por volta 
dos 7-8 anos, para que isso ocorra corretamente a via precisa ser estimulada, ou seja, a criança precisa enxergar bem, se ela 
tiver alguma obstrução do eixo visual como a ptose ou catarata congênita, podem ocorrer danos irreversíveis se não houver o 
tratamento. 
Lagoftalmo = presente, muita vezes, em paralisias faciais. Nervo facial é responsável 
por inervar o músculo orbicular que tem como função fechar a pálpebra. Portanto 
paciente não consegue fechar completamente a pálpebra. Temo um mecanismo de 
proteção que chama movimento de bell, quando fechamos as pálpebras o olho 
tende a subir, não deixando a córnea exposta. Na maioria dos casos tem resolução 
espontânea em 6 meses, importante orientar o paciente para fechar o olho ao 
dormir e utilizar colírios durante esse período. 
Ectrópio = É a eversão da margem palpebral, podendo ocorrer na pálpebra superior ou inferior. Pode levar a um condição de 
olhos secos e problemas decorrentes disso. 
Entrópio = É a inversão da margem palpebral (geralmente a pálpebra inferior) se dobra para dentro lesionando a córnea. É 
muito desconfortável, pois os cílios continuamente se esfregam contra a córnea causando irritação, dor, sensibilidade a luz e 
perda progressiva da visão. 
Dermatite de contato = A pele da pálpebra é muita fina, podendo estar mais suscetível a dermatites que outras partes do corpo. 
O mais importante é reconhecer o que estar causando a alergia. 
Xantelasma = Acúmulo de colesterol, forma placas amareladas. 
Infecções: Celulite orbital ou pré-septal. Em crianças geralmente se pede tomografia para definir corretamente. A principal 
causa de celulite orbitária, especialmente em crianças é secundária a sinusite, o etmóide (um dos ossos que compõe a parede 
orbital) é muito fino, uma sinusite do seio etmoidal pode levar a uma celulite. 
Dermatocalaze = Excesso de pele na pálpebra 
Globo ocular - O globo ocular consiste das camadas do olho, o cristalino/lente e as câmaras. 
-Conjuntiva: membrana mucosa transparente que é importante para a distribuição do filme lacrimal durante o piscar do olho. 
Inflamação da conjuntiva (conjuntivite) causada por infecção bacteriana ou viral pode ser dolorosa, desconfortável e restringir a 
visão do paciente. 
-Córnea: protege o olho, de certa forma. É parte do sistema óptico e principalmente responsável pela refração da luz. 
Deformação da córnea pode levar a distúrbios visuais. 
Pterígio é um crescimento benigno de tecido na córnea do olho. Tem geralmente início na região da córnea mais 
próxima do nariz. Embora possa ir gradualmente aumentado de tamanho, raramente cresce ao ponto de cobrir a 
pupila. Em muitos casos ocorre em ambos os olhos simultaneamente. 
-Íris: Esse orifício envolve a pupila e muda seu diâmetro através de contração do músculo esfíncter. Dessa forma a íris regula a 
adaptação do olho ao claro e escuro. As câmaras anterior e posterior do olho são separadas pela íris, mas possuem uma conexão 
através da pupila 
Miose: Diminuição da pupila Midriase: aumento da pupila 
Há a possibilidade do aparecimento de nevus na íris (benigno) e melanomas, importante acompanhar para constatar se há ou 
não crescimento, não esperamos crescimento de nevus. 
Coloboma é uma malformação congênita, hereditária na forma de defeito ocular isolado, ou produzida pela ação de 
drogas ou agentes infecciosos, podendo atingir uma das estruturas de um ou de ambos os olhos, tal como a íris, a 
coróide, a pálpebra, a retina e o nervo óptico. Resulta do fechamento deficiente da fissura embrionária, na fase 
intrauterina, quando se limita à íris, não há problema, ao contrário do que ocorre quando a malformação atinge o nervo 
ótico e a retina. 
- Corpo ciliar: tecido no interior do olho composto pelo músculo ciliar e processos ciliares, localizado atrás da íris, é responsável 
pela formação do humor aquoso e pela acomodação, ou seja, mobilidade do cristalino. 
- Ângulo camerular: Ângulo formado entre a córnea e a íris, por onde será escoado o humor aquoso. Glaucoma, é uma 
neuropatia óptica, começando com o aumento da pressão intraocular podendo levar a danos no nervo óptico. 
- Cristalino: É uma lente. O cristalino possui um grande papel na acomodação do olho, no foco da visão próxima e distante. 
Através da contração e relaxamento dos músculos ciliares, o cristalino muda sua forma, ajustando a refração da luz. Catarata, 
uma doença comum do olho que afeta o cristalino, se desenvolve lentamente durante anos e necessariamente precisa de 
tratamento. 
- Esclera: A esclera representa o branco do olho. 
- Coróide: A coroide contém vasos sanguíneos que suprem a retina. 
 - Retina: A Retina é uma das membranas do seguimento posterior do olho, que tem a função de transformar o estímulo 
luminoso em um estímulo nervoso e enviá-lo ao cérebro, para que as imagens sejam lidas. A membrana nervosa do olho é ligada 
desde o nervo óptico até a pupila. São dez camadas, dos quais se destacam o epitélio pigmentário que é a camada externa, e a 
camada sensorial, composta de foto-receptores (cones e bastonetes). Parte principal da retina fóvea e macula. 
Cones – Número menor e mais concentrado na região central, relacionado com visão fina, reconhecimento de cores 
Bastonetes – Maior número por toda retina, relacionado com visão mais grosseira, claro e escuro.

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