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artigo Liliana Fael corrigido

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7
A IMPORTÂNCIA DA INTERAÇÃO FAMILIA E ESCOLA NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAEM DA CRIANÇA
MACHADO PEREIRA, Liliana Aparecida ¹
ESMANHOTTO, Barbara Cristina²
Resumo
O presente Artigo discorrerá sobre a importância do bom relacionamento entre família e escola para efetivo desempenho escolar das crianças. O objetivo geral do estudo procurou compreender como ocorre a participação da família no contexto da escola contemporânea. Em relação aos objetivos específicos, consistem em investigar, teoricamente, quais as formas de participação da família no ambiente escolar; compreender se a participação da família no contexto escolar foi se modificando ao longo dos anos e estudar as aproximações do conceito de participação com o processo de gestão democrática. A estrutura do trabalho contempla quatro eixos temáticos que englobam o tema da pesquisa. A metodologia utilizada para o desenvolvimento desta pesquisa é qualitativa e o tipo de pesquisa é o estudo de caso, contemplando o estudo específico da realidade de uma escola de ensino fundamental do município de Presidente Dutra-BA.
Palavras-chave: Participação. Escola. Família. Ensino-Aprendizagem
1- INTRODUÇÃO
	O presente estudo busca discorrer sobre o tema da relação família e escola trazendo à tona questionamentos relativos dos seus aspectos políticos-pedagógico, chamando a atenção para seus vínculos diretos com a organização dos tempos e espaços educativos.
_____________________________
¹ Graduanda em Pedagogia pela Faculdade Educacional da Lapa.
² Graduada em Pedagogia pela Faculdade Positivo, Especialização em Metodologia de Ensino de 1º grau pela Faculdade Positivo, Mestre em Educação pela Fundação Universitária Iberoamericana. Atualmente, atua como tutora nas disciplinas de TCC e bancas de TCC da Faculdade Educacional da Lapa. 
	Devido a este fato é que essa pesquisa tem como problemática: Qual a participação da família na escola contemporânea? Quais as contribuições para o ensino e a aprendizagem da criança?
Este trabalho justifica-se pela relevância de uma discussão que envolve a temática de A importância da interação família e Escola no processo de Ensino e Aprendizagem. Para isso faz-se necessário uma busca bibliográfica para compreendermos melhor essa temática.
O desejo de realizar essa pesquisa se originou a partir do conhecimento mais concreto sobre a luta por uma educação melhor e para compreender como se dá a participação entre essa comunidade Escolar.
O nosso objeto de estudo está ligado diretamente à nossa origem, à realidade vivenciada por nós no decorrer dos anos, possuindo assim, laços afetivos com o mesmo. Esta relação com a temática de estudo desperta, além da curiosidade, do desejo de conhecer, a vontade de contribuir para um estudo mais profundo sobre a mesma. Havendo assim, uma preocupação com que a nossa pesquisa não se reduzisse a uma simples descrição de um caso.
Para alcançarmos nossos objetivos optamos por o estudo de caso, pois, com o intuito de contribuir para sanar algumas lacunas existentes quanto à participação da comunidade Escolar, relação Escola/Família. A metodologia escolhida foi de cunho bibliográfico e o estudo de caso. O nosso estudo foi subdividido em três tópicos: O processo histórico, A relação entre Família e Escola, A revisão bibliográfica.
 2. COMPREENDENDO OS CAMINHOS DA PARTICIPAÇÃO FAMILIAR NAS ESCOLAS
 Sabe - se que a família como instituição responsável pelo desempenho vital de seus agregados como alunos na escola; esta deverá encaminhá-los a instituição de formação científica. Tendo o papel de acompanhar o aprendiz em todos os momentos de dificuldades e sucessos.
 As famílias e responsáveis pelas crianças adolescentes e jovens têm o direito de reivindicar que a escola dê uma educação de qualidade para todos e cada um de seus alunos. Podem e devem cobrar providencias medidas e ações para que isso ocorra.
 A sociedade tem passado por profundas mudanças nas últimas décadas, mudanças estas que tem afetado de forma fundamental a estrutura e equilíbrio das famílias. A escola também, ainda que de forma mais lenta e compassada, tem procurado se adaptar a essas mudanças, mas o que urge nos nossos dias é a interação entre ambas, promovendo uma maior eficiência na educação e ensino das crianças.
 “Costuma-se dizer que a família educa e a escola ensina, ou seja, à família cabe oferecer à criança e ao adolescente a pauta ética para a vida em sociedade e a escola instruí-lo, para que possam fazer frente às exigências competitivas do mundo na luta pela sobrevivência” (OSORIO, 1996, p.82).
2.1 O que é participação?
O termo participação ganhou força no século XX, mais precisamente a partir da década de 60, com uma onda de democratização e reivindicações quanto à participação popular em questões políticas (SÁ, 2001; CASTRO, 2010). Porém, o conceito de participação continua sendo discutido na atualidade e os seus sentidos e usos se multiplicam, dificultando assim a precisão de seu significado. Castro (2010) afirma que “[...] de um modo bem geral, por participação pode-se entender qualquer ação humana que se lança na direção de um contexto mais amplo, com motivações variadas, em lugares e circunstâncias diversas” (CASTRO, 2010, p. 15).
Participação origina-se do latim participare, participar, cuja raiz é pars, partis, o substantivo ‘parte’. Ou seja, na raiz, participar indica a enunciação de ser parte em algo maior, comunicar-se com o que permanece além (da parte), lançar-se no movimento de inserção no todo no qual a parte é parte, como também, afetar o todo, recriá-lo. Participar, então, deslancha sempre um processo de busca, pertencimento e ação criadora (CASTRO, 2010, p. 15).
 Enquanto isso, Sá (2001, p. 71), através de pesquisa, questiona diferentes níveis de profundidade3 na participação, ou seja, na “[...] preparação da tomada de decisão; na tomada de decisão; na execução da tomada de decisão [...]” e a forma como isso “[...] representa um primeiro contributo, que permite discriminar graus diferenciados de partilha de poder e denunciar até o caráter meramente instrumental de boa parte das ofertas participativas [...]” (SÁ, 2001, p. 71). Além disso, frisa que, por vezes, a participação está situada “[...] no nível da simples consulta e, portanto, suscetíveis de serem utilizadas para legitimar decisões eventualmente já tomadas” (SÁ, 2001, p. 71).
Contudo, o autor afirma que não basta saber quando a participação ocorre se acontece antes, durante ou depois da tomada de decisão, mas saber:
[...] qual a proporcionalidade da representação e a substância da própria participação. Assim, por exemplo, se um determinado corpo social está em clara minoria numa determinada estrutura participativa, poderemos estar em presença de um caso típico de incapacidade de determinar/condicionar as decisões por parte desse grupo, apesar de essa presença poder servir para legitimar as decisões aí tomadas (SÁ, 2001, p.71).
 Gohn (2014) destaca a importância ativa do fazer parte e ter parte na participação social, pois essa “[...] tende a aumentar à medida que o indivíduo participa, ela se constitui num processo de socialização e faz com que, quanto mais as pessoas participam, mais tendem a continuar nesse caminho” (GOHN, 2014, p. 36). Em conformidade com isso, Pateman (1992, p. 61) contribui: “[...] quanto mais os indivíduos participam, melhor capacitados eles se tornam para fazê-lo”, ou seja, “[...] a participação promove e desenvolve as próprias qualidades que lhe são necessárias” (PATEMAN, 1992, p. 61).
Os mesmos autores destacam que participar implica fazer parte nas decisões e não apenas ser informado após as decisões já terem sido tomadas (WERTHEIN; ARGUMEDO, 1985, p. 17). Sendo assim, fica evidente a importância da participação no âmbito social e, consequentemente, nos espaços escolares. Levando em consideração todas as ideias discutidas pelos autores citados anteriormente, fica evidente a preocupação emaprofundar a pesquisa, trazendo algumas formas de participação.
2.2 Relação Família-Escola
A escola necessita se concentrar como uma instituição que preze pela questão sociocultural, para tornar mais eficaz o processo educacional. Desta forma, a escola deve também considerara a grande importância que a participação familiar tem sobre o aprendizado do aluno. Desta forma Polonia e Dessem afirmam que:
Quando o foco de debate é o papel dos pais na escolarização dos filhos e suas implicações para a aprendizagem, na escola, há aspectos a serem ressaltados. A família como impulsionadora da produtividade escolar e do aproveitamento acadêmico e o distanciamento da família, podendo provocar o desinteresse escolar e a desvalorização da educação, especialmente nas classes menos favorecidas. POLONIA E DESSEN (2005, p. 304).
 A relação família-escola se torna essencial a partir do momento que se configura como um processo capaz de aperfeiçoar a relação ensino-aprendizagem, pois torna os docentes mais próximos da realidade individual de cada aluno. A formação dos estudantes se torna mais eficaz quando essa associa que os lugares que mais frequenta possuem relações intrínsecas e que seus pais e professores transmitem ensinamentos e discutem a respeito desses. Tornando assim a escola um ambiente mais familiar e agradável. Todavia, o que percebemos, na atualidade é uma mudança nos paradigmas da educação. As funções da família e da escola têm sido confundidas e assim responsabilidades, que outrora eram da família, acabam sendo levadas a escola. Neste contexto Bastos (2011, p. 1) expõe que:
O que vemos hoje, por conta da correria atual, é que os pais estão delegando a outros essa tarefa tão importante que é EDUCAR, sendo esta tarefa de responsabilidade exclusiva dos pais e não de babás, tias, avós, sendo estas pessoas muito importantes, como apoio desse processo educativo quando seguem a mesma linha de educação. BASTOS (2011, p. 1).
 Desta forma, deve-se entender que não é pelo fato de que a criança vai começar a frequentar a escola, que as obrigações educacionais familiares vão ser delegadas somente para os professores. A educação adequada necessita dessa dupla troca educacional em perfeita simetria, ou seja, família e escola trabalhando juntas, sendo assim faz-se necessário o acompanhamento dos familiares no seio escolar. Assim, a presença da família na escola não deve ser encarada como um empecilho ou uma “chateação”, mas como um processo coerente para a formação adequada das crianças.
2.3 Processo histórico e a revisão bibliográfica.
 A grande parte da sociedade está em processo de formação, de forma a crescer o sistema educacional primário, quer sejam em escolas públicas ou privadas existem termos e condições que atingem tanto a escola quanto os pais quando se trata da formação da criança e do adolescente. É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do Poder Público. Assegurar com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à liberdade e a convivência familiar e comunitária. (BRASIL, 1996). 
 Está na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA): as escolas têm a obrigação de se articular com as famílias e os pais têm direito a ter ciência do processo pedagógico, bem como de participar da definição das propostas educacionais. (HEIDRICH, 2009). 
 Tanto a família quanto a escola desejam a mesma coisa: preparar as crianças para o mundo; no entanto, a família tem as suas particularidades que a diferenciam da escola, e suas necessidades que a aproximam dessa mesma instituição. Afirmam que, Sob a dimensão dos direitos educativos da família, sabe-se que o direito dos pais de educar os filhos não é ilimitado e absoluto. (...). Sob essa ótica, a função do Estado é sempre prover, auxiliar e mediar às ações educativas (PASSOS & BASTOS & GOMES, 2011, p. 147). 
 A escola tem sua metodologia e filosofia para educar uma criança, no entanto, ela necessita da família para concretizar o seu projeto educativo. (PARO 2000, P.16). Afirma que, A escola que toma como objetivo de preocupação levar o aluno a querer aprender precisa ter presente a continuidade entre a educação familiar e a escolar.
 De acordo com essa afirmação a escola constitui um contexto diversificado de desenvolvimento e aprendizagem, tanto afetivo como intelectual, com atividades, regras e valores que são permeados por conflitos, problemas e diferenças. É nesse espaço físico, psicológico, social e cultural que a criança processa seu desenvolvimento global, mediante as atividades programadas e realizadas em sala de aula e fora dela. Trata-se de um ambiente multicultural que abrange também a construção de laços afetivos e preparo para inserção na sociedade. 
 A escola torna-se uma extensão do lar. Deixar a família fora desta interação, aluno e escola, formar-se á homens sem vinculo familiar.
 Formar alguém implica exigir e compreender limitações, em doses certas, na hora certa, sem fantasias e sem medos, reconhecendo e respeitando a criança em suas potencialidades. Assim, a família, elemento fundamental no processo desencadeador da formação da criança, futuro adulto, deverá levá-la a ser um individuo coerente, consciente, na medida do possível, alguém realizado. (GAVALDON, 1997, p.35). 
 Quando o assunto é aprendizagem, no âmbito escolar existem obrigações a serem cumpridas com as famílias das crianças, devendo deixar claro os projetos pedagógicos que direciona ao processo ensino-aprendizagem, o papel da escola, ensinar, e dos pais, acompanhar e fazer sugestões, ficando claro deveres e obrigações de ambas às partes. (GAVALDON, 1997, p.34), diz que à escola cabe à educação formal, sistemática; a família cabe à educação geral, informal e assistemática. É importante ressaltar que a família e escola são ambientes de desenvolvimento e aprendizagem humana que podem funcionar como propulsores ou inibidores do saber. 
 Na família, há o reconhecimento do papel dos pais, irmãos e outras pessoas que convivem com a criança ou adolescente, proporcionando contribuições para o seu desenvolvimento geral e acadêmico. 
 Na escola, destacam se os professores e os pais, uma vez que estes se envolvam cotidianamente em atividades programadas e realizam intervenções importantes que afetam o processo de ensino e aprendizagem. Abraçar, beijar e falar espontaneamente com os filhos cultiva a afetividade, rompe os laços da solidão [...]. O toque e o diálogo são mágicos, criam uma esfera de solidariedade, enriquecem a emoção e resgatam o sentido da vida. (CURY, 2003, p. 45) O mundo pode não apostar em nossos filhos, mas jamais devemos perder a esperança de que eles se tornem grandes seres humanos. (CURY, 2003, p. 51).
 A escola hoje enfrenta vários conflitos, sendo o fracasso escolar a questão que vem sendo mais pautado pelos professores como um dos principais problemas dentro da instituição escolar, muitos conflitos e dificuldades por parte dos alunos são atribuídos por problemas familiares mal resolvidos que interferem no desenvolvimento escolar. 
	 Os alunos de famílias desestruturadas sofrem consequências educacionais, criando um buraco no aprendizado da criança, muitas vezes o emocional vai além do querer aprender. Pois é no seio familiar que a criança adota suas próprias raízes e competências. (Segundo TIBA 2012, p.75). Não se corre atrás das borboletas para prendê-las no seu jardim, elas devem ser atraídas pelas flores que o jardineiro cultiva. 
 O sucesso que os pais tanto querem para os filhos são consequências e não objetivos. A criança, quando não é bem amparada pela família no sentido de educar, transmitir conhecimentos, valores, cultura e servir-lhe como exemplo, pode ser influenciado pelos seus grupos sociais. Segundo (TOSCANO 2001,p. 112.), Tão logo, porém ela seja levada a manter contato com pessoas e grupos da sociedade [...], minimiza os valores transmitidos pela família, e adere ao grupo, entrando em choque com os parentes. 
 Quando a criança não é bem estruturada dentro do seu grupo familiar, consequentemente se espelhará em pessoas que de alguma forma são admiradas por essa criança, podendo ser uma pessoa de bem, ou de má índole. 
 Os pais que participam e prestigiam seus filhos durante as atividades e apresentações culturais na escola, faz com que seus filhos sintam-se valorizados, facilitando a construção de sua essencialidade. 
 Desta forma a família poderá diminuir a desmotivação demonstrando que à aprendizagem pode ocorrer de maneira agradável. O que acontece atualmente é a inversão dos papéis: a família espera da escola uma educação exemplar, uma educação completa, surgindo dessa forma um conflito entre ambas, pois a família é um agente socializador, e a escola são destacadas como transmissora de conhecimentos dentro do contexto político-pedagógico. Tiba afirma, quando a escola, o pai e a mãe falam a mesma língua e têm valores semelhantes, a criança aprende sem grandes conflitos e não quer jogar a escola contra os pais. (TIBA, 2002, p. 183). 
 De acordo com (Paro, 2000, p.16), o distanciamento entre escola e família não deveria ser tão grande, pois, para ele, a escola não assimilou quase nada da psicologia de educação e da didática utilizando métodos de ensino muitos próximos e idênticos ao senso-comum predominantes nas relações familiares. 
 Entende se consequentemente que a família e a escola precisam buscar estar nas mesmas sintonias, como se na verdade formássemos uma orquestra onde todos os instrumentos precisam estar em harmonia para apresentarem um belo concerto. Portanto é necessário estar claro que para que aconteça aprendizagem a escola precisa da família, como a família da escola; desta maneira poderemos obter com maior êxito o sucesso no processo de ensino aprendizagem. 
 Os pais precisam conhecer toda a estrutura física, burocrática e humana da unidade escolar, pois é onde seu filho irá passar grande parte da sua vida. As boas práticas que se originam desse e de outros estudos não fogem muito do que sugere o senso comum. Tome-se o exemplo da lição de casa. Muitos pais se angustiam porque não têm a menor idéia de como responder a dúvidas de matemática ou física. 
 Mesmo quando dominam um assunto, ficam na dúvida: até que ponto prestar ajuda quando são requisitados? Na verdade, tudo o que é necessário é incentivar uma leitura mais atenta do enunciado, indicar fontes de pesquisa ou estimular uma nova reflexão sobre o problema. Jamais dar a resposta certa, procedimento cuja repetição está associada à queda no rendimento do aluno. Segundo, (PARO, 2000), na verdade, a disponibilidade de boas condições para o estudo em casa das camadas mais pobres da população parece ser heterogênea, havendo desde situações em que os pais põem à disposição de seus filhos boas condições de trabalho. 
 O que sempre ajuda, aí sim, é demonstrar, desde cedo e de forma bem concreta, quanto se valoriza a educação, essa talvez a maior contribuição possível da família. Daí manter o hábito de conversar com os filhos sobre o que se passa na escola. Freire afirma.
 O educador democrático não pode negar-se o dever de, na sua prática docente, reforçar a capacidade crítica do educando, sua curiosidade, sua insubmissão. (FREIRE, 2005, p.26). No entanto, apesar das diferentes metodologias hoje utilizadas, os problemas continuam, ou melhor, se agravam cada vez mais, pois além do conhecimento em si estar sendo comprometidos irremediavelmente, os aspectos comportamentais não têm melhorado. Ao contrário. Em sala de aula, a indisciplina e a falta de respeito só têm aumentado, obrigando os professores a, muitas vezes, assumir atitudes autoritárias e disciplinadoras.
3.CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 Este Artigo teve por finalidade buscar compreender como ocorre a participação das famílias na escola, buscando entender essa participação através da organização da gestão democrática. Porém, como já foi dito, não se pretende, em momento algum, criticar as famílias ou a escola, apenas questionar e buscar alguns indícios de como ocorre à participação.
	A família, em consonância com a escola e vice-versa, são peças fundamentais para o pleno desenvolvimento da criança e consequentemente são pilares imprescindíveis no desempenho escolar.
 Esse trabalho detalhou, em linhas gerais, como a escola na atualidade ainda necessita resolver algumas carências básicas de organização e de integração com a família e com a comunidade, ressaltando a importância dessa relação para a formação cultural dos estudantes principalmente do alunado das series iniciais do Ensino fundamental, formação essa que envolve tanto as questões de conteúdo como também os valores. 
 Vale ressaltar que a escola brasileira hoje, ainda possui muitas deficiências em sua estrutura, todavia se faz necessário uma série de reflexões que possibilitem uma melhoria considerável na formação dos jovens e adultos. A integração entre família, comunidade e escola é completamente saudável, pois passa a formar estudantes como seres humanos e não mais como meros seres que podem conhecer conteúdos abstratos.
REFERÊNCIAS 
Brasília. MEC BRASIL. Constituição Federal. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Ministério das Comunicações, Diretrizes e Bases da Educação Nacional: Dispositivos Constitucionais Pertinentes a Lei nº 9.394, 20 de dezembro de 1996, Regulamentações-Normas Correlatadas índice de Assuntos e Entidades, Brasília. 
CURY, Augusto. Pais brilhantes professores fascinantes. DIAS, L. Carmem. Curso de Extensão Família e Escola. Presidente Prudente: Unoeste, 2010.
EDWARDS, C.; GANDINI, L.; FORMAN. Abordagem de ReggioEmilia. Porto Alegre: Artmed, 1999.
FREITAS, Ivete Abbade. Família e Escola: A Parceria Necessária na Educação Infantil. Presidente Prudente: Unoeste, 2006
GOKHALE, S. D. A Família Desaparecerá? In Revista Debates Sociais nº 30, ano XVI. Rio de Janeiro, CBSSIS, 1980.
JARDIM, A. P. Relação entre Família e Escola: Proposta de Ação no Processo Ensino Aprendizagem. Presidente Prudente: Unoeste, 2006.
KALOUSTIAN, S. M. (org.) Família Brasileira, a Base de Tudo. São Paulo: Cortez; Brasília, DF: UNICEF, 1988.
LA TAILLE, Yves de Limites: Três Dimensões Educacionais. Paulo. Editora Ática, 2008.
MALDONADO, M. T. Comunicação entre Pais e Filhos: a linguagem do sentir. São Paulo: Saraiva 2002.
NISKIER, A. Educação Brasileira. Rio de Janeiro: FUNARTE, 2001.
OSORIO, Luiz Carlos. Família Hoje. Porto Alegre: Artes Médicas, 1996.
PAROLIN, Isabel. Relação Família e Escola: Revista atividades e experiências. Positivo, 2008.
PIAGET, J. Para onde vai a Educação. Rio de Janeiro: Jose Olympio, 1972-2000.
TIBA, Içami. Disciplina, limite na medida certa. São Paulo: Gente, 1996.
TORETE, Rossana Maria Cozeto. O diretor da escola como mediador entre a família a escola.Presidente Prudente: Unoeste, 2005.

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