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curso_no_es_b_sicas_educa_o_dist_ncia_sp__05041

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Seja bem Vindo! 
 
 
 
Curso Noções Básicas 
Educação à Distância 
 
WWW.CursosOnlineSP.com.br 
 
Carga horária: 35 horas 
 
 
 
 
http://www.cursosonlinesp.com.br/
 
 
 
Conteúdo programático: 
 
Introdução 
Educação e educação a distância 
Educação a distância – abordagem sistêmica 
Instituições de educação a distância 
Modelos de cursos 
Tipos de cursos a distância 
Formatos de cursos a distância 
Tendências em EAD: 5 que vieram para ficar 
Customização 
Gamification 
Social learning 
Vídeo 
M-learning 
A importância da educação a distância na sociedade atual 
Referências 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
 
 
 
 
 
Educação a Distância tem despertado significativo interesse de vários grupos 
e instituições nos últimos anos. Esse interesse é global e independe do grau de 
desenvolvimento social e econômico dos países. Mesmo com diferentes 
necessidades e expectativas, há indícios de um quase consenso da importância do 
aumento dos índices de escolaridade em todos os níveis, com destaque para o 
segmento de adultos trabalhadores, um grupo que representa aumento e 
diversificação imediata nos índices de produção, competitividade e empregabilidade. 
A crescente demanda por formação, conhecimento e atualização ocorre 
concomitantemente com a expansão e barateamento das tecnologias de 
comunicação e informação, o que coloca a Educação a Distância como uma 
alternativa promissora para o atendimento educacional nesse cenário. Existem várias 
possibilidades de uso de mídias, estratégias pedagógicas, tipos de cursos e 
instituições para ED. A análise de diversas alternativas e possibilidades pode 
contribuir para uma definição mais clara não só na adequação de algumas iniciativas, 
como também dos limites desta modalidade educacional. 
 
 
EDUCAÇÃO E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA 
 
 
 
A educação está necessariamente vinculada ao seu tempo e ambiente, como 
Tiffin e Rajasingham (1995, p. 85) mencionam na tabela 1. 
 
 
Tabela 1: Educação vinculada ao tempo e ambiente 
 
Pré-industrial Industrial Informação 
Linguagem Latim e Grego Línguas Nacionais Inglês 
Alunos Jovens da elite Jovens em geral Todos 
Idade dos alunos 6 a 20 anos 6 a 16 anos Qualquer idade 
Pagamento Os pais Impostos Alunos 
Instituição Igreja Estado Corporações 
Lugar Lugares de 
 
conhecimento 
Cidades Qualquer lugar 
Tempo Combinado Fixo Qualquer tempo 
Economia Tradicionalismo Taylorismo Neoliberalismo 
Fonte do conteúdo Professor Estado Necessidades do 
 
aluno 
Fonte: Traduzido de Tiffin e Rajasingham (1995, p. 85) 
 
 
Lévy (1993 p.127) corrobora a posição de Tiffin e Rajasingham (1995) quanto 
à questão do conhecimento e do aprendizado estar associada ao cenário de valores 
e tecnologias de uma sociedade. Para estabelecer com mais precisão a relação do 
“conhecimento com o cenário tecnológico dos grupos sociais, usamos o quadro “Os 
Três Pólos do Espírito” enfatizando que estes contextos ocorrem simultaneamente 
nos dias de hoje, estando presentes com intensidades variáveis em diferentes 
contextos.” 
Tabela 2: Os Três Pólos do Espírito 
 
PÓLO DA ORALIDADE PÓLO DA ESCRITA PÓLO INFORMÁTICO 
 
PRIMÁRIA - MEDIÁTICO 
FIGURAS DO 
 
TEMPO 
Círculos Linhas Segmentos, pontos 
DINÂMICA 
CRONOLÓGICA 
- Horizonte do eterno 
retorno. 
- Devir sem 
referencial nem vestígio. 
- História, 
 
na perspectiva de 
uma realização. - 
Vestígios, acumulação. 
- Velocidade 
pura, sem horizonte. 
- Pluralidade de 
devires imediatos ( a 
dinâmica fundamental 
do pólo 
informáticomediatico 
permanece 
parcialmente 
indeterminada). 
REFERENCIAL 
TEMPORAL DA 
AÇÃO E SEUS 
EFEITOS 
- Inscrição em uma 
continuidade imemorial. 
- Imediatez. 
- Retardo, ato de 
diferir. 
- Inscrição no 
tempo, com todos os 
riscos que isto implica. 
- Tempo real. - 
 
A imediatez 
estendeu seu campo 
de ação e de retroação 
à medida da rede 
informático- mediática. 
 
PRAGMÁTICA 
DA 
COMUNICAÇÃ 
O 
Os 
 
parceiros 
comunicação 
encontram-se 
mergulhados 
mesmas 
circunstâncias 
compartilham 
hipertextos 
próxi 
da 
 
nas e mos 
A distância entre os 
hipertextos do autor e do 
leitor pode ser muito 
grande. Disto resulta uma 
pressão em direção à 
universalidade e à 
objetividade por parte do 
emissor, assim como a 
necessidade de uma 
atividade interpretativa 
por parte do receptor. 
Conectados à red 
informático-mediática, 
os atores da 
comunicação dividem 
cada vez mais um 
mesmo hipertexto. A 
pressão em direção à 
objetividade e à 
universalidade diminui, 
as mensagens são 
cada vez mais 
produzidas de forma a 
durarem. 
DISTÂNCIA DO 
INDIVÍDUO EM 
RELAÇÃO A 
MEMÓRIA 
SOCIAL 
A memória encontrase 
encarnada em 
pessoas vivas e em grupos 
atuantes 
A memória está semi- 
objetivada no escrito: - 
possibilidade de uma 
crítica ligada a uma 
separação parcial do 
indivíduo e do saber; - 
exigência de verdade 
ligada à identificação 
parcial do indivíduo e do 
saber. 
A memória social ( em 
permanente 
transformação) 
encontra- se quase 
que totalmente 
objetivada em 
dispositivos 
técnicos: 
declínio da verdade e 
da crítica. 
FORMAS 
CANÔNICAS 
DO 
SABER 
- Narrativa 
 
- Rito 
-Teoria (explicação, 
 
fundação, exposição 
sistemática). 
- Interpretação. 
- Modelização 
operacional ou de 
previsão. 
- Simulação. 
CRITÉRIOS 
DOMINANTES 
- Permanência ou 
conservação. 
- Significação 
Verdade, de acordo com 
as modalidades da: 
- crítica, - 
- Eficácia. 
 
- Pertinência 
local. 
 
 (com toda a dimensão 
emocional deste termo). 
objetividade, 
 
- universalidade. 
- Mudanças, 
novidade. 
Fonte : Reproduzido da obra de Pierre Lévy (1993, p. 27) 
 
 
 
Concordando com Lévy (1993) e Tiffin e Rajasingham (1995), pode‐se inferir 
que uma única abordagem em relação ao modo adequado de transmitir/construir 
conhecimento não seja pertinente em todas as situações, pois todas as tecnologias e 
economias estão presentes simultaneamente, em diferentes graus de 
desenvolvimento, no mesmo espaço geográfico. 
Qualquer categorização dos estágios da sociedade em relação à Educação 
deve levar em conta que a mudança de paradigmas ocorre de forma contínua, apesar 
de desigual. A diversidade da qualidade de vida e acesso à tecnologia vai do neolítico 
à realidade virtual, sendo que estes ambientes podem conviver ao mesmo tempo a 
 
 
Tabela 3: Escolas pedagógicas 
 
Poucos quilômetros de distância um do outro (Rodrigues, 1998). Isso se aplica 
com especial ênfase ao Brasil, onde a diversidade é enorme, mesmo no espaço 
geográfico dos grandes centros urbanos. 
Modelo Definição Objetivo Premissas Instrutor/Prof. 
Objetivismo Aprendizado é a Transferência do Professor detém todo Controla o 
 absorção não conhecimento do o conhecimento. material e a 
 crítica do professor para o Estudantes aprendem velocidade de 
 conhecimento aluno. melhor estudando de aprendizado. 
 Memorização do forma intensiva e Provê estímulo. 
 conhecimento isolada. 
 
Construtivismo Aprendizado é o 
processo de 
construção de 
conhecimento 
por um indivíduo. 
Formação de 
conceitos abstratos 
para representar a 
realidade. Dar 
significado a 
eventos e 
informações. 
Indivíduos aprendem 
melhor quando 
descobrem sozinhos e 
quando controlam a 
velocidade do 
aprendizado. 
Aprendizado 
centrado nas 
atividades dos 
alunos. 
Instrutor mais 
ajuda do que 
direciona. 
Colaborativismo Aprendizado 
emerge através 
de entendimento 
partilhado por 
mais de um 
aluno. 
Promove 
habilidades 
grupais, 
comunicação, 
participação, 
capacidade de ouvir 
. Promove 
socialização. 
Envolvimento é 
crítico no aprendizado. 
Alunos tem algum 
conhecimento anterior 
sobre o assunto. 
Orientado para a 
comunicação. 
Instrutor atua com 
questionador e líde 
da discussão 
Cognitivo Aprendizado é o 
processamento e 
transferência de 
novos 
conhecimentospara a memória 
de longo termo. 
Melhora as 
habilidades 
cognitivas dos 
estudantes. Melhora 
memorização e 
retenção do 
conhecimento. 
Limitado pela 
atenção seletiva. 
Conhecimento 
anterior afeta nível de 
apoio necessário. 
Estímulo pode 
afetar a atenção. 
Instrutor necessita 
retorno do 
aprendizado dos 
estudantes. 
Socio- 
culturalismo 
Aprendizado é 
subjetivo 
e 
individualista. 
Delegação. 
 
Emancipação do 
aprendizado. 
Orientado para a 
ação, consciência 
social com a visão 
mais de mudar do 
que de aceitar ou 
entender a 
sociedade. 
Informações 
distorcidas e 
formatadas em seus 
próprios termos. 
Aprendizado 
ocorre melhor 
em ambientes 
familiares ao aluno. 
Instrutor é sempre 
considerado 
representante de 
uma cultura. A 
instrução é sempre 
no contexto social 
e cultural do grupo. 
Fonte: Tradução de Leindner e Jarvenpaa (1995) 
 
 
Leidner e Jarvenpaa (1995) mencionam várias escolas pedagógicas e suas 
características principais. A adoção de uma teoria em particular ou a criação de um 
conjunto de atividades que considere várias correntes têm interferência direta na 
seleção dos conteúdos, no planejamento de atividades e interação entre alunos com 
professores e colegas, na flexibilidade necessária para considerar o contexto do aluno 
e no controle do ritmo do aprendizado. 
Pode‐se categorizar, para efeito de análise, as teorias em dois grandes grupos, 
as que tomam por princípio o aprendizado individual (contextualizado ou não) e as 
que consideram a socialização e a interação aluno‐aluno como condição sine qua non 
para a construção do conhecimento pelo indivíduo e ainda as soluções híbridas, que 
utilizam partes de cada teoria. 
A intenção desta distinção é o nível de adequação das teorias pedagógicas às 
mídias que são utilizadas em cursos a distância. As mídias disponíveis têm 
interferência direta nas possibilidades de interação dos alunos com professores, 
tutores e colegas. A maioria das teorias de aprendizado foram formuladas antes do 
que Lévy (1993, p. 127) chama de Pólo Informático‐Mediático e não consideram o 
grau de acesso às informações e interações possível com as tecnologias de 3a. 
geração. Ravet e Layte (1997) acreditam que "nós estamos apenas começando a 
explorar o poder da tecnologia de transformar o aprendizado". 
Acredita‐se que as teorias da aprendizagem que consideram o uso integrado 
das tecnologias de comunicação ainda estão em construção, o que não implica o 
descarte dos modelos construídos e validados no cenário presencial, não só porque 
os contextos e as premissas nos quais elas foram formuladas ainda existe, como 
também pela possibilidade da aplicação de conceitos gerais ou fragmentos nos 
novos cenários. 
 
 
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA – ABORDAGEM SISTÊMICA 
 
 
 
Uma das características mais marcantes da Educação a Distância é, 
obviamente, a separação física entre o professor e os alunos durante a maior parte 
do tempo. Para haver comunicação é necessária a utilização do meio de 
comunicação, da mídia utilizada no curso ‐ material impresso, áudio, vídeo, 
teleconferência, videoconferência, 
Internet, softwares, CD‐ROM etc.; que atuam como um “filtro” na comunicação, 
diferenciando‐a da presencial. Na aula face a face, mesmo que a participação dos 
alunos seja restrita por timidez, ou pelo número de alunos na mesma sala, o professor 
dispõe de uma série de sinais que permitem identificar a reação dos alunos. 
Uma rápida olhada, por exemplo, revela quem está realmente fazendo 
anotações, refletindo sobre um conceito complexo ou se preparando para fazer um 
comentário. O estudante que está frustrado, cansado ou desatento também é 
facilmente identificado. O professor atento consciente e/ou inconscientemente recebe 
e processa estes sinais a ajusta a aula para atender as necessidades dos alunos. 
(Willis, 1992) 
Em cursos a distância, essa percepção é ou filtrada pela mídia em tempo real 
e/ou postergada pela assincronicidade dos contatos por escrito, alterando a 
capacidade do professor em adaptar o curso às necessidades/características 
inesperadas dos alunos ou não‐detectados no planejamento do curso. 
Essa interferência na percepção da reação dos alunos, que altera a 
possibilidade de ajustes imediatos, como na alternativa presencial (cabe ressaltar que, 
embora exista a possibilidade de adequação no contato face a face, isso nem sempre 
ocorre) aumenta a importância de planejamento dos cursos. A dificuldade de ajustes, 
principalmente quando o curso é baseado nas mídias de 1a. e 2a. geração, que 
apresentam restrições na interatividade aluno‐professor, aluno‐ tutor e aluno‐ aluno 
(Holmberg, 1996; McIsaac e Gunawardena, 1996) é uma das causas da ênfase na 
necessidade de uma etapa de avaliação de necessidades ou diagnóstico em todos os 
modelos que consideram uma visão sistêmica para a EAD. 
Willis (1996) ao justificar a necessidade de planejamento instrucional para 
cursos a distância, destaca a importância da existência de um processo e de uma 
estrutura para planejamento sistemático, desenvolvimento e adaptações baseado nas 
necessidades identificadas do aluno e nos requerimentos do conteúdo, uma vez que 
alunos e professores nem sempre partilham o mesmo repertório e os contatos 
presenciais são esporádicos. O modelo proposto por Willis é composto de 4 etapas 
principais: Design, Desenvolvimento, Avaliação e Revisão 
 
Figura 1. Design Instrucional para Cursos a Distância. Adaptado de Willis (1996). 
O modelo proposto na Figura 1 considera as etapas necessárias para o ciclo 
genérico de um curso, independente do tipo de certificação e sem considerar os 
aspectos institucionais e legais de cada contexto, que também exercem influência na 
condução do trabalho como um todo. 
O modelo proposto por Eastmond (1994, p.90) considera que a avaliação das 
necessidades tem o mesmo peso do desenvolvimento e da avaliação e deve 
considerar os seguintes estágios: 
 
 
 
Figura 2. Organização do curso passo a passo. Adaptado de Eastmond (1994, p. 90) 
 
 
Os estágios identificados por Eastmond para a elaboração do diagnóstico 
incluem uma série de sugestões de estratégias para a obtenção dos dados: 
questionários, entrevistas, pesquisa documental, observação participativa, grupos de 
discussão, envolvimento da comunidade. Destaca ainda a importância da análise dos 
dados e do envolvimento da instituição. Moore e Kearsley (1996) ao proporem uma 
visão sistêmica para todo o processo de Educação a Distância, destacam também a 
importância do diagnóstico e incluem a própria filosofia da instituição dentre as 
variáveis. 
Tipo de Curso → Design → Implementação → Interações → Ambiente Aprendizado 
 
 
 
 
- Necessidades - Design - Impresso - Tutores - Trabalho 
 
dos Alunos Instrucional 
- Filosofia da 
 
Instituição 
- Planejamento 
 
do curso 
- Vídeo/Áudio - 
 
Administração 
- Residência 
- Especialistas - Produção dos 
 
materiais 
- Televisão/Rádio - Colegas - Sala de Aula 
- Estratégia 
 
pedagógica 
- Estratégias de 
 
Avaliação 
- Softwares - Centros de 
 
Aprendizagem 
 - Videoconferência 
 - Redes de 
 
Computadores 
 
 
 
Figura 3. Modelo Sistêmico para Educação a Distância. Adaptado de Moore 
e Kearsley, 1996, p. 9. 
 
 
O Modelo de Moore e Kearsely (1996) não refere‐se especificamente ao curso, 
logo é mais abrangente e inclui um número maior de variáveis, com destaque para a 
estrutura da Instituição que promove o curso já na etapa inicial e na maneira como os 
alunos terão acesso ao curso. Os modelos apresentados por Willis (1996), Eastmond 
(1994) e Moore e Kearsley (1996) referem‐se aos cursos, sendo que 
Moore e Keasley fazem referência à filosofia da instituição no estágio inicial. Pode‐ se 
afirmar que a política e os objetivos da instituição vai permear toda a atividade, o que 
inclui a estratégia de diagnóstico, o quanto os resultados do diagnóstico vãointerferir 
no design dos cursos e como os resultados da avaliação final serão utilizados no 
planejamento de novos cursos. 
Sobre a questão institucional, Bates (1997) coloca a importância da definição 
da missão da instituição como essencial para o modo de atuação da organização junto 
ao mercado, sendo que as etapas iniciais são: “definição dos nichos de mercado onde 
atua/atuará e definição do equilíbrio entre uso de tecnologia e presencial “. A definição 
das áreas de atuação da organização é fundamental para o planejamento e 
implementação de toda a estrutura física da instituição (Aoki, 1998), dos tipos de 
cursos oferecidos, do atendimento aos alunos e das equipes de profissionais 
envolvidos. 
Ainda segundo Bates (1997, p.10) “ a opção do uso de tecnologias de 
comunicação requer mudanças estruturais e organizacionais, para que os recursos 
disponibilizados possam ser utilizados em todo o seu potencial. ” 
As estruturas organizacionais adequadas são fundamentais para que a EaD 
tenha êxito. Como na modalidade presencial são necessários prédios de tijolos e 
cimento, na modalidade a distância as estruturas devem ser planejadas para todas as 
etapas de planejamento, produção, atendimento aos alunos e avaliação. O 
comprometimento da instituição com os programas e o atendimento às necessidades 
dos alunos é essencial para a continuidade dos projetos e a credibilidade da própria 
metodologia. 
A falta de planejamento a longo prazo da instituição é, com certeza, uma das 
principais causas de fracasso de iniciativas em EAD no Brasil apontadas por Nunes 
(1992): 
• “Organização de projetos‐piloto sem a adequada preparação de seu 
segmento; 
• Falta de critérios de avaliação dos programas e projetos; 
 
• Inexistência de uma memória sistematizada dos programas 
desenvolvidos e das avaliações realizadas (quando existentes); 
• Descontinuidade dos programas sem qualquer prestação de contas à 
sociedade e mesmo aos governos e entidades financiadoras; 
• Inexistência de estruturas institucionalizadas para a gerência dos 
projetos e a prestação de contas de seus objetivos; 
• Organização de projetos‐piloto somente com a finalidade de testar 
metodologias; 
• Programas pouco vinculados às necessidades reais do país e 
organizados sem qualquer vinculação exata com programas de governo; 
• Permanência de uma visão administrativa e política que desconhece os 
potenciais e as exigências da educação a distância, sem pessoal qualificado. ” 
As causas apontadas por Nunes são problemas políticos administrativos das 
instituições que conduziam os programas, e não da Educação a Distância per se, daí 
a importância de um planejamento estratégico institucional a longo prazo, da 
documentação de projetos e avaliações que tenham critérios e metodologias comuns, 
aceitos pela academia e que permitam análises comparativas e longitudinais, sob 
pena de tornar as falhas recorrentes, causando desperdício de 
tempo e dinheiro, não só das equipes envolvidas nos projetos, como também dos 
alunos. 
 
 
INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA 
 
 
 
Belloni (1999) destaca dois tipos de instituições como os mais consolidados 
dentre os que oferecem cursos a distância: 
 
 
a) Instituições Especializadas – Dedicam‐se exclusivamente ao ensino a 
Distância. Nesta categoria podemos citar as grandes Universidades europeias, que 
seguem o modelo operacional da UK Open University. Características essenciais 
desse tipo de instituição são a abrangência – nacional ou internacional, orçamentos 
próprios e independentes e emissão de seus próprios diplomas, com o mesmo valor 
formal das instituições que operam no modelo presencial. 
b) Instituições Integradas – Fazem pare de uma instituição formal 
tradicional e atuam também a distância. Os exemplos mais significativos podem ser 
encontrados nos EUA, Canadá e Austrália. Efeitos de sinergia benéficos para a 
modalidade presencial (uso de tecnologia) e a distância (feedback mais rápido dos 
cursos e a estrutura do presencial). 
Outro tipo de organização mencionada por Belloni, que também trabalha com 
EAD, e é uma tendência que vem despontando nos últimos anos, são os consórcios 
que agrupam várias instituições, educacionais ou não, com o intuito de otimizar os 
recursos necessários para a produção e administração de cursos e expandir os 
mercados de atuação. 
Os consórcios, embora sejam uma opção que permite gerar ganho em escala 
de produção – pelo maior número de alunos a utilizarem o mesmo material e em 
possibilitar o atendimento local aos alunos, esbarram nas questões políticas e 
prioridades de cada instituição. Quando os consórcios envolvem vários países, tem‐ 
se que considerar também os valores políticos, sociais e econômicos (McIsaac e 
Gunawardena, 1996; Collis, 1997) evitando‐se materiais que contenham abordagens 
preconceituosas. 
 
 
Um aspecto fundamental no planejamento dos cursos e que depende 
essencialmente dos objetivos da instituição, mencionado por Belloni (1999), é a 
distinção entre Educação Aberta e Educação a Distância. Os critérios de distinção 
entre as duas modalidades são: 
 
 
Educação Aberta: 
 
 
 
a) Critérios de acesso ao sistema educacional e 
 
b) Flexibilidade de tempo, espaço e ritmo. 
 
 
Educação a Distância: 
 
 
 
a) Separação professor‐aluno e 
 
b) Uso de meios técnicos para comunicação 
 
 
As duas modalidades podem existir de forma independente ou consorciada, 
ou seja, instituições podem ter critérios de admissão de alunos e acompanhamento 
dos cursos flexíveis o suficiente para se encaixar na modalidade aberta e que atuem 
somente com atividades presenciais e instituições que trabalhem com EAD e que 
mantenham os mesmos critérios de admissão e ritmo de estudos da instituição 
presencial formal a que estão vinculadas. 
Hanna (1998) aponta as seguintes possibilidades emergentes de atuação 
para instituições Universitárias: 
 
 
Tabela 4. Modelos Organizacionais Emergentes em Educação Superior 
 
Tipos de Universidades Certificação Currículo 
1. Extensão de Instituições 
Tradicionais 
A mesma da instituição à qual 
pertence 
Estável, pode ser mais flexível 
do que o da instituição à qual 
está vinculada 
2. Particular centrada na 
formação de adultos 
Oficial por região*. Programas 
específicos ou 
disciplinas também são 
 
certificadas. 
Foco nas oportunidades do 
mercado de trabalho. Orientada 
para adultos. 
3. Educação a Distância – 
base tecnológica 
Oficial 
ainda 
formal. 
por 
sem 
região*. Muitas 
reconhecimento 
Currículo mais flexível voltado 
para competência e 
desenvolvimento da força de 
trabalho. 
4. Corporativas Oficial 
ainda 
formal. 
por 
sem 
região*. Muitas 
reconhecimento 
Voltado para as competências 
e filosofia da empresa. 
5. Alianças 
Universidade/Indústria 
A Universidade traz sua 
certificação para os programas 
Desenvolvimento e 
competência da força de 
trabalho 
6. Certificação por 
 
competência 
Oficial 
 
ainda 
por 
 
sem 
região*. Muitas 
 
reconhecimento 
Gera o certificado com base 
 
na experiência e competência 
 
 formal. dos alunos, sem oferecer 
 
cursos 
7. Multinacionais Parcerias com instituições 
locais 
Restrições no currículo. Ênfase 
em áreas sem especificidades 
culturais 
Fonte: Adaptado de Hanna, 1998. 
 
 
 
* Nos EUA, que o autor toma como base para sua pesquisa e referências, é 
comum o reconhecimento da certificação da instituição por Estado ou região, não 
existindo um órgão nacional responsável, como o MEC no Brasil. 
 
 
O quadro mostra diversas alternativas, e uma questão permanece sem solução 
definitiva em todas as opções que não envolvam uma Instituição formal ou que adotem 
um modelo que busque performances já consolidadas no mercado: a certificação. 
Em muitos casos, o reconhecimento formal da certificação não é fator 
fundamental para o interesse profissional do aluno. A importância, principalmenteno 
Brasil, se dá no âmbito da empregabilidade nos setores controlados pelo governo, 
direta ou indiretamente. Muitos dos modelos apresentados por Hanna já fazem, ou 
farão, uso intensivo de tecnologia (Material Impresso, Fitas de Vídeo e Áudio, CD‐ 
ROM, Internet, Realidade Virtual), sendo que o uso dos pressupostos EAD deve 
aumentar exponencialmente devido ao crescimento da utilização de materiais e 
metodologias para uso em situações eminentemente presenciais, esmaecendo a 
distinção entre as modalidades presencial e a distância (Bates, 1997; McIsaac e 
Gunawardena, 1996 ). 
O reconhecimento do investimento (tempo e financeiro) do aluno em obter um 
certificado adequado ao tipo de curso realizado é uma demanda da carreira 
profissional, independente se o curso for presencial ou a distância, para isso o 
estabelecimento de critérios de avaliação padronizadas para que as instituições 
possam se adequar para obter o aval da organização responsável pela certificação 
(no Brasil o Ministério da Educação e Cultura ‐ MEC) é fundamental. Os critérios 
utilizados devem ser os mesmos do presencial (permitindo ajustes, quando 
necessário), ou aceitos pelo sistema educacional vigente, sob pena dos novos 
modelos se tornarem alternativas de segunda categoria. 
 
 
 
A possibilidade de critérios aceitos internacionalmente (guardadas as 
características culturais de cada país e de cada instituição) seria de grande valia, essa 
iniciativa certamente deveria ser conduzida por organismos internacionais e, além de 
criar a possibilidade de reconhecimento da certificação dos alunos, serviria de base 
para o planejamento para todas as instituições que pretendem trabalhar com 
Educação a Distância, mesmo em âmbito local. Uma iniciativa em andamento é o 
LTSC ‐ Learning Technology Standards Comitte (1999), que trabalha na organização 
de parâmetros internacionais para programas que utilizem Computer‐ Aided 
Instruction (CAI). 
Um exemplo da pertinência do estabelecimento de uniformidade de uma 
estrutura básica é o trabalho de Strong e Harmon (1997) que, ao analisar 3 cursos a 
distância, apontam a necessidade de formar “consumidores” exigentes para cursos a 
distância, e propõe um Guia do Consumidor para Programas On line que considera 
várias questões sobre diversos aspectos do programa: 
 
 
Tabela 5. Check list para alunos em EAD. 
 
Instituição 1 A instituição e o programa são tem certificação reconhecida pelos 
 
. órgãos adequados? 
 2 
 
. 
Quais são os critérios de admissão? 
 3 
 
. 
Quais os índices de evasão do programa? 
 4 
 
. 
Quais recursos da instituição estarão disponíveis aos alunos? 
 5 
 
. 
Que serviços de suporte aos alunos serão oferecidos? 
Programa 
 
e Equipe 
1 
 
. 
O programa atende suas necessidades e contribui para suas aspirações 
 
profissionais e/ou pessoais? 
 2 
 
. 
O curso será valorizado pela instituição onde trabalha ou pretende trabalhar? 
 3 
 
. 
Os créditos serão reconhecidos se houver troca de curso ou escola? 
 4 
 
. 
Quais as credenciais e qualificação do corpo docente? 
 5 
 
. 
Quais serão as interações entre alunos e professores (síncrona ou 
 
assíncrona, chats, conferências, etc.)? 
 6 
 
. 
Como será a avaliação? 
 7 
 
. 
Há necessidade de períodos presenciais ou orientação? 
 8 
 
. 
Os cursos são atualizados adequadamente? 
Custos 1 Todos os custos estão discriminados? 
 
 . 
 2 
 
. 
As estimativas da instituição 
 
experiências concretas? 
estão baseadas em critérios realistas e 
 3 
 
. 
Qual a relação custo/benefício em critérios como: 
 
a) o mercado de aplicação do conhecimento (para o aluno); 
b) Qual a utilidade do curso e do conteúdo para a instituição onde o aluno 
trabalha; e 
c) Qual o tempo necessário para recuperar o investimento em aumento 
de salário ou produtividade. 
Fonte: Tradução de Strong e Harmon (1997) 
 
 
 
O check list acima foi aplicado nos materiais de divulgação de 3 cursos de pós‐ 
graduação e possibilitou identificar mais claramente os objetivos e tendências de cada 
um, que não constavam de forma adequada nos materiais de divulgação e nos sites 
das instituições. A expansão do número de instituições que oferecem cursos, gera um 
aumento da competitividade ( Farrel, 1999, Bates, 1997, Hanna, 1998) e a qualidade 
dos cursos certamente será um diferencial a ser considerado, uma vez que o leque 
de opções do aluno não está mais restrito às questões geográficas. Se, por um lado 
a competição é saudável enquanto fator de aprimoramento, por outro, é necessário 
mais do que formar “consumidores exigentes” para cursos a distância. A possibilidade 
da criação de mecanismos de regulamentação que, sem restringir as possibilidades 
de adequação às necessidades locais, garantissem aos alunos a qualidade do serviço 
educacional que buscam seria de grande valia. 
Em qualquer tipo de instituição é possível a oferta de vários tipos de cursos. A 
estrutura, a demanda do mercado e a filosofia da organização vão determinar quais 
os modelos possíveis de serem utilizados. Se optarmos pela organização pelo tipo 
de certificação, podemos considerar: 
a) Doutorado; 
 
b) Mestrado; 
 
c) Especialização; 
 
d) Graduação e 
 
e) Extensão. 
 
 
Cada tipo curso requer uma abordagem diferenciada na formação dos 
professores, nas atividades dos alunos e nas estruturas de suporte. Embora a 
Educação a Distância possa ser utilizada em todas as alternativas mencionadas, com 
variações nos encontros presenciais e no design dos cursos, deve‐se atentar para os 
modelos e critérios já consolidados na modalidade presencial, ou deixar claras as 
inovações para que os alunos estejam cientes das formas adequadas de proceder em 
situações diferenciadas. 
 
 
 
MODELOS DE CURSOS 
 
 
 
Segundo o Institute for Distance Education da Maryland University ‐ IDE 
(1997), os cursos oferecidos por meio de Educação a Distância partilham com os 
cursos presenciais os seguintes componentes: 
‐ Apresentação do conteúdo; 
 
‐ Interação com professores, alunos e 
suporte; 
‐ Aplicações práticas e 
 
‐ Avaliação. 
 
 
Independente do modelo adotado, o estágio de planejamento de cursos em 
Educação a Distância, deve considerar, de acordo com o IDE: 
 
 
Tabela 6. Questões comuns a todos os Modelos de Cursos 
 
Suporte Logístico a) distribuição de materiais; 
 b) estrutura de avaliação de aprendizagem que assegure a 
 
identificação e segurança dos testes; 
 c) ressarcimento aos professores e equipe de suporte de 
custos com comunicação ou deslocamento para 
atendimento aos alunos. 
Suporte aos Alunos a) orientação acadêmica; 
 b) atendimento individualizado; 
 c) acesso à bibliotecas, laboratórios e equipamentos de 
 
informática. 
Suporte aos 
 
Professores 
a) treinamento da tecnologia e metodologia do curso 
 b) reconhecimento financeiro e/ou acadêmico do trabalho 
 
em EAD; 
 c) assessoria de especialistas na produção de materiais e 
 
acesso às ferramentas apropriadas; 
 d) seleção e contratação de bons professores. 
Avaliação de 
 
processo 
a) avaliação adequada dos professores; 
 
 b) a estrutura de suporte técnico e administrativa deve ser 
avaliada pelos alunos e professores. A avaliação deve 
fazer distinção entre o desempenho dos professores e os 
demais sistemas de suporte; 
 c) avaliação dos treinamento e suporte dos professores. 
Laboratório a) desenvolvimento de kits para uso individual; 
 b) demonstração de experimentos por videoconferência; 
 c) gravação e edição dos experimentos, usando gráficos e 
 
colocando questões; 
 d) utilizar simulações por computador disponíveis no 
 
mercado ou especialmente elaboradas; 
 e) encontros presenciais 
 
equipamento adequado. 
intensivos em locais com 
Fonte: Adaptação do IDE (1997). 
 
 
 
Além da estrutura básica apontada na tabela 6, válida para todos os cursos, 
ainda são considerados os seguintes modelos de cursos, pelo IDE: 
Tabela 7: Modelos de cursosa distância 
 
b) Aprendizado Independente 
 
Este modelo não requer que o aluno esteja em determinado lugar em 
horário previamente estabelecido. Recebe material para estudo 
individual e acompanhamento de um responsável indicado pela 
a) Classe Distribuída 
 
O uso de tecnologias de comunicação interativas permite expandir 
cursos baseados em sala de aula para outras localidades. Os 
professores e a instituição controlam o ritmo e o lugar. 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Adaptação do IDE (1997). 
 
 
 
As tabelas 6 e 7 apresentam duas abordagens que são interdependentes, a 
estrutura da tabela 6 é necessária para todas as alternativas apresentadas na tabela 
7, considerando as especificidades do conteúdo e dos requerimentos de cada tipo de 
certificação. 
Mason (1998) faz outra categorização de modelos de cursos, no qual o recorte 
é a possibilidade de interferência do aluno na seleção do conteúdo e nas discussões 
 
 
Tabela 8. Modelos de cursos segundo a possibilidade de interferência do 
 
aluno 
 
instituição. 
c) Aprendizado Independente + Aula 
 
Esta alternativa utiliza material impresso e outras mídias para que o 
aluno possa estudar no seu próprio ritmo, consorciado com encontros 
presenciais ou usando mídias interativas com o professor e colegas. 
A estrutura básica do curso, normalmente produzido em larga 
e as equipes que interagem com os alunos (outros professores ou 
tutores). Mesmo que os alunos possam direcionar as atividades e 
discussões para questões que são de seu interesse pessoal e/ou 
profissional. 
Suporte 
+ A base é a separação entre a equipe que planeja e produz o curso Conteúdo a) 
 
escala, deve ser seguida pelo aluno. A possibilidade de 
contextualização se dá essencialmente através de interação com os 
professores assistentes ou tutores. Em relação ao curso como um 
todo, o tempo dos alunos em discussões on-line não representa mais 
do que 20% do total de dedicação. 
b) Wrap Around Esta categoria consiste em criar uma parte de curso (guias de estudo, 
atividades, discussões) que é construída sobre uma base de materiais já 
existentes (livros, CD-ROMs, tutoriais). Este modelo tende a incentivar que 
os alunos façam mais pesquisas, gerando mais liberdade e 
responsabilidade. O papel do professor ou tutor é mais intenso, porque 
uma parcela menor do curso é pré-determinada, de modo que ajustes são 
feitos a cada vez que o curso é implementado. 
 
Atividades síncronas, trabalhos em grupo e a incorporação de novas 
referências é possível neste modelo. O tempo dedicado à discussões, em 
relação ao total do curso, gira em torno de 50%. 
c) Integrado Este modelo é oposto ao primeiro. A base do curso são atividades 
colaborativas, pesquisa intensiva e projetos em pequenos grupos. O 
conteúdo é fluido e dinâmico e determinado, em grande parte, pelas 
atividades individuais ou do grupo. De certa forma, desaparece a 
distinção entre conteúdo e suporte. 
Fonte: Tradução de Models of On-line Courses, Mason (1998). 
 
 
 
As alternativas de modelos de cursos a distância apresentadas por Mason não 
excluem as etapas de Planejamento Básico detalhadas na tabela 6 e devem também 
levar em conta os requisitos de cada tipo de certificação, independente das mídias 
utilizadas. Quanto mais alternativas de cursos a Instituição oferecer, maior deve ser a 
atenção com a estrutura tecnológica básica (que varia de curso para 
curso) e com o trabalho das equipes de produção de cursos e atendimento aos 
alunos. 
A complexidade do cenário que se apresenta para as instituições que trabalham 
(ou pretendem trabalhar) com EaD é muito grande. Embora seja tema comum na 
literatura a importância da definição dos nichos de mercado onde a organização vai 
atuar, isso nem sempre é tarefa fácil, especialmente devido à velocidade das 
mudanças e da ausência de critérios de avaliação consolidados, o que no Brasil é 
fundamental para a garantia da validade da certificação. 
 
 
Tipos de cursos a distância 
 
 
 
No Brasil temos pelo menos sete tipos de cursos a distância. Conheça cada 
um deles: 
 
 
1. Ensino médio e fundamental – São cursos direcionados a estudantes que 
querem terminar o ensino básico. Podem ser oferecidos por instituições públicas e 
privadas e são voltados para adultos que não tiveram oportunidade de estudar no 
tempo regulamentar. Também existe a opção de supletivo a distância. 
 
 
2. Cursos de nível técnico – Formam profissionais de nível médio e 
geralmente são focados na aquisição de alguma habilidade específica. Têm duração 
curta, entre um ano e meio e dois. Alguns são bem conhecidos, como o Técnico em 
Segurança do Trabalho, Técnico em Administração e Técnico em Recursos Humanos. 
Cuidado para não confundir técnico com tecnólogo. Veja a diferença a seguir. 
 
 
3. Curso de tecnólogo – Os tecnólogos são cursos de nível superior focados 
em uma área específica do conhecimento. Fazem muito sucesso no Brasil porque são 
voltados às necessidades do mercado de trabalho, têm alta empregabilidade e um 
tempo de formação mais curto. Alguns exemplos: Gestão em Recursos Humanos, 
Empreendedorismo, Logística e Gestão Ambiental. 
 
 
4. Curso de formação de professores – As licenciaturas são as 
modalidades mais comuns da educação a distância. A missão aqui é formar 
professores do ensino fundamental e médio. Tem opções em todas as áreas do 
conhecimento: Letras, Ciências Biológicas, Química, Física, Matemática, História, 
Geografia, Educação Física e muito mais. Entre eles, Pedagogia é o que mais se 
destaca na preferência dos brasileiros. A graduação ocupa o primeiro lugar na lista de 
matriculados entre todos os tipos de cursos EAD. Geralmente as licenciaturas EAD 
têm duração de quatro anos. 
 
 
5. Bacharelado – Os bacharelados também estão se tornando cada vez mais 
comuns na educação a distância. Com duração média de quatro anos, formam 
profissionais com um perfil mais generalista. No EAD, os mais conhecidos são 
Administração, Serviço Social e Ciências Contábeis. Cursos como Enfermagem, 
Engenharia de Produção, Engenharia Civil e Elétrica também têm caído no gosto do 
brasileiro. 
 
 
6. Pós-graduação – Os cursos de pós-graduação a distância também 
crescem sem parar no Brasil. Existem milhares à disposição dos alunos, mesmo em 
áreas que não têm ainda uma opção de graduação a distância, como Odontologia e 
Direito. O tempo pode variar conforme o nível de formação (especialização, MBA, 
mestrado ou doutorado). As formações variam de faculdade para faculdade. 
 
 
7. Cursos livres – Aqui o terreno é ilimitado. Os cursos livres a distância 
podem ser de qualquer tipo, oferecer qualquer dinâmica em qualquer área. Podem, 
inclusive, ser totalmente online. Têm apenas o objetivo de complementar ou trazer 
novos conhecimentos aos interessados. Os de idiomas são bastante comuns. Não 
oferecem grau de formação, como os demais. Podem também ser oferecidos pelas 
empresas para seus funcionários, com conteúdos corporativos sobre produtos e 
serviços, código de ética, competências comportamentais e muito mais. 
 
 
Formatos de cursos a distância 
 
 
 
Exceto pelos cursos livres, os cursos a distância no Brasil precisam, por lei, 
oferecer um determinado número de atividades presenciais. 
O percentual de encontros varia de acordo com o tipo de formação. Cursos que 
demandam mais atividades práticas, como Engenharia ou Enfermagem, terão mais 
encontros presenciais. Os mais teóricos terão maior parte da sua carga horária feita 
a distância. 
 
 
Conheça os três principais formatos de cursos a distância: 
 
 
1. A distância – São cursos que têm a maior parte da carga de disciplinas a 
distância. Por determinação do Ministério da Educação, 80% das aulas podem ser 
feitas pela internet, no ambiente virtual de aprendizagem disponibilizado pela 
instituição de ensino. Os outros 20% devem ser cumpridos em encontros presenciais, 
que podem ser apresentação de trabalhos,atividades de laboratório ou aplicação de 
provas finais. A frequência desses encontros pode ser quinzenal, mensal ou até 
mesmo semestral, dependendo do curso e da instituição. 
2. Semipresencial – São cursos que têm parte das atividades a distância e 
parte presencial. É o tipo ideal para quem gosta tanto de estudar remotamente quanto 
presencialmente. Graduações que exigem mais aulas em laboratório adotam esse 
modelo. O percentual de cada tipo de atividade vai variar de acordo com a instituição. 
3. Presencial com atividades a distância – São cursos que têm maior parte 
da carga presencial mas oferecem algumas atividades a distância. É o inverso do 
primeiro tipo. Muitas graduações, principalmente as mais técnicas, como Engenharia, 
têm oferecido essa possibilidade ao aluno. Nesse caso, o MEC permite que até 20% 
das atividades sejam realizadas no modelo EAD. 
 
 
Tendências em EaD: 5 que vieram para ficar 
 
 
Não há controvérsia: o impacto da tecnologia na educação tem sido 
exponencial, com novas tendências surgindo a cada ano que passa. E na EaD os 
avanços estão ocorrendo a passos largos, dada a procura. 
No Brasil, até 2023, a graduação on-line será maioria, e, hoje, mais de 5 
milhões de alunos cursam EaD, segundo Censo 2015. Ou seja, o segmento está em 
expansão, com isso, é fator crucial que as instituições de ensino superior ofereçam 
currículos atraentes e alinhados às tendências. 
http://www.valor.com.br/empresas/4872694/em-2023-graduacao-line-sera-maioria
http://abed.org.br/arquivos/Censo_EAD_2015_POR.pdf
Muito mais relevante que explorá-las é adotar as que já estão sendo usadas. 
 
Abaixo, listamos cinco tendências de EaD que já são realidade. Confira. 
 
 
1. Customização 
 
Hoje, o conteúdo é personalizado ao perfil de aprendizagem do aluno. 
 
Também é chamada de Adaptive Learning. 
 
Isso quer dizer que o material didático foi desenvolvido levando em 
consideração a vivência do aluno, a familiaridade com o tema, entre outros fatores. 
 
 
Existem muitas plataformas de personalização de conteúdo que 
adaptam disciplinas e cursos. 
 
 
2. Gamification 
 
Além do uso de vídeo como ferramenta interativa, os serious games estão 
invadindo a EAD; consistem em promover a aprendizagem a partir de 
jogos orientados, de forma divertida, que podem incluir missões, pontos, 
rankings, e que geram recompensa aos alunos a cada objetivo alcançado. 
http://site.wayco.com.br/
https://dtcom.com.br/blog/dtcom-inova-com-as-disciplinas-digitais-wayco/
 
 
 
Além disso, a interatividade nos games é explorada de forma mais 
abrangente, indo ao encontro do que deseja o aluno de hoje: 9 em cada 10 usuários 
preferem conteúdo interativo. 
 
 
3. Social Learning 
 
Nem um pouco novo, o conceito foi explorado pelo psicólogo canadense Albert 
Bandura, na década de 70, e leva em conta o aluno, comportamento e ambiente. 
O termo é baseado na interação de indivíduos, na troca mútua de 
conhecimento, seja formal ou informal, e coloca todas as formas de aprendizagem em 
um mesmo modelo. 
Hoje, o social learning é explorado por meio de chats, fóruns, redes sociais e 
qualquer canal que promova a interação na EaD. Entretanto, ainda é desafio fazer 
com que os alunos estudem em grupo quando estão on-line: 8 de cada 10 preferem 
estudar sem companhia. 
https://www.goconqr.com/en/blog/goconqrs-online-learning-report-2017/
https://www.goconqr.com/en/blog/goconqrs-online-learning-report-2017/
https://www.goconqr.com/en/blog/goconqrs-online-learning-report-2017/
http://www.esludwig.com/uploads/2/6/1/0/26105457/bandura_sociallearningtheory.pdf
https://www.goconqr.com/en/blog/goconqrs-online-learning-report-2017/
https://www.goconqr.com/en/blog/goconqrs-online-learning-report-2017/
4. Vídeo 
 
Um dos meios mais usados na EaD. Se vídeos geram mais engajamento na 
publicidade, na EaD com certeza é uma das melhores opções para adaptar o 
conteúdo. 
O audiovisual encanta, especialmente os nativos digitais. Um exemplo bem- 
sucedido do uso de vídeos é do professor Sal Khan, que possui uma rede de mais de 
42 milhões de usuários, com produções em vídeo sobre as mais diversas áreas do 
conhecimento. 
 
 
5. M-Learning 
 
Os smartphones já passaram os computadores no acesso à internet. Com isso, 
está cada vez mais fácil acessar o material didático onde e quando quiser, até mesmo 
pela ainda precária rede móvel brasileira. O grande desafio agora é adequar as 
plataformas para que sejam responsivas. 
 
 
Uma barreira citada por professores é o receio de que os alunos não 
mantenham a devida atenção com uso de computador e celular. 
O professor, filósofo e sociólogo Pierre Lévy rebate, dizendo que os alunos 
não sofreriam uma “sobrecarga cognitiva”, e que é um “problema falso”. 
http://adnews.com.br/publicidade/pesquisa-publicidade-em-video-gera-16-mais-engajamento.html
http://adnews.com.br/publicidade/pesquisa-publicidade-em-video-gera-16-mais-engajamento.html
https://dtcom.com.br/blog/nativos-digitais-instituicao-adaptada/
https://www.ted.com/talks/salman_khan_let_s_use_video_to_reinvent_education
http://www.brasil.gov.br/infraestrutura/2016/04/pela-primeira-vez-celulares-superaram-computadores-no-acesso-a-internet-no-pais
http://exame.abril.com.br/tecnologia/google-deixa-de-mostrar-nas-buscas-sites-nao-responsivos/
Segundo o professor, é necessário que os alunos tenham disciplina: “A gente 
precisa aprender quando ligar e desligar o aparelho, utilizando-o conscientemente. É 
um domínio de si próprio, uma disciplina”, destaca. 
Essas são algumas das principais tendências que já estão sendo colocadas em 
prática na educação a distância, com objetivo de oferecer o que há de melhor e mais 
atrativo para o aluno, que já não possui o mesmo perfil de aprendizado de anos atrás. 
 
 
A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NA SOCIEDADE ATUAL 
 
 
A sociedade atual transforma-se a cada dia e a educação precisa acompanhar 
essas transformações. A nova ordem econômica global e desenvolvimento 
tecnológico redimensionam as formas de pensar e trazem para discussão diferentes 
práticas pedagógicas. Para a escola cabe o desafio de além de promover uma 
educação de qualidade, qualificar os estudantes para utilizar, com habilidade e 
competência, as tecnologias disponíveis. A escola da atualidade e todos os espaços 
de aprendizagem não podem ser indiferentes às possibilidades de uso do computador 
e da internet no espaço pedagógico. 
No contexto das sociedades atuais, a Educação a Distância surge como uma 
modalidade de educação que pode possibilitar formas diferentes de ver o mundo, de 
ensinar e aprender. Ela traz aspectos positivos ao contexto educacional, como 
democratização de oportunidades educacionais e possibilidade de se constituir em 
instrumento de emancipação do indivíduo no contexto social. Propicia a produção de 
conhecimento individual e coletivo, favorecido pelos ambientes digitais e interativos 
de aprendizagem. 
A Educação a Distância tem provocado várias discussões no âmbito 
acadêmico, o que demonstra o interesse pelo tema. Vários cursos são criados e 
difundidos, tanto de graduação, como de pós-graduação, nas diversas áreas do 
conhecimento. Políticas públicas educacionais definem posicionamentos sobre o 
assunto, buscando estabelecer legislações específicas de incentivo a programas de 
Educação a Distância. Essa modalidade de ensino exige dos educadores ensino exige 
dos educadores reflexões amplas e de forma integrada, que os levem a repensar os 
conceitos de educação e de tecnologia. Para criar propostas pedagógicas que 
desenvolvam as potencialidades que essas tecnologias trazem para o processo 
coletivo de construção do conhecimento, torna-se necessário avaliar esta modalidade 
de ensino, cuja aprendizagem não está atrelada a presença física dos alunos nas 
instituições de ensino. 
Conforme Luckesi (2011) a educação pode ser compreendidacomo mediação 
de um projeto social. Nela há a possibilidade de agir a partir dos próprios 
condicionamentos históricos. Esta linha de pensamento interpreta a educação 
dimensionada dentro dos determinantes sociais, com possibilidades de agir 
estrategicamente. Portanto, a educação, nesse ponto de vista poderá ser reproduzida 
desde que também possibilite formar cidadãos críticos e poderá estar a serviço de um 
projeto de libertação da sociedade capitalista, a educação é visualizada assim como 
agente da transformação da sociedade. 
De uma forma geral, a educação deve estar de acordo com as necessidades e 
transformações da sociedade na qual está inserida, pois, a educação reflete as 
transformações da base material da sociedade e, por isso, não está acima da 
sociedade, mas consiste em uma dimensão concreta da vida material e que se 
modela em consonância com as condições de existência dessa mesma sociedade 
(BUENO; GOMES, 2011, p. 54). 
Evidencia-se que a educação é um processo histórico e transitório que sofre 
alterações de acordo com o contexto sócio econômico e as condições objetivas em 
que se realiza, sendo necessário se adequar as necessidades de seus alunos. É 
primordial a contextualização teórica da problemática do uso das tecnologias 
educacionais nos cursos de formação continuada tendo em vista as transformações 
sociais, econômicas, políticas e tecnológicas (BUENO; GOMES, 2011) 
 
 
 
 
Na sociedade atual há uma grande necessidade de atualização, muitas são as 
mudanças que ocorrem na sociedade constantemente e os profissionais precisam 
buscar um meio de estar aprendendo. Por outro lado, as mais variadas atividades da 
sociedade atual impossibilitam de um modo geral, as pessoas dedicarem um tempo 
específico no seu dia a dia para voltar à sala de aula, sendo que a Educação a 
Distância se torna uma ferramenta essencial nesse processo. A Educação a Distância 
(EAD) é uma maneira de ensino que permite atingir um número significativo de 
pessoas. Ela rompe com a forma tradicional de ensino e aponta para um novo 
paradigma. A EAD seria uma forma de ensinar e aprender que proporciona ao aluno 
que não possui condições de comparecer diariamente à escola a oportunidade de se 
apropriar dos conteúdos que são transmitidos aos estudantes 
da educação presencial. Uma forma que possibilita a eliminação de distâncias 
geográficas e temporais ao proporcionar ao aluno a organização do seu tempo e local 
de estudos (HACK, 2011). 
Conforme Preti (2000), a grande parte dos alunos da Educação a Distância 
apresenta características particulares, tais como: são adultos inseridos no mercado 
de trabalho, residem em locais distantes dos núcleos de ensino, não conseguem 
aprovação em cursos regulares, são heterogêneos e com pouco tempo para estudar 
no ensino presencial, sendo assim necessitam que um ensino mais flexível e que se 
encaixe em suas reais necessidades. 
Neder (2000) refere-se ao conceito de EAD com bastante propriedade, 
colocando essa modalidade como um meio, uma ferramenta que permite ampliação 
do acesso à escola, o atendimento a adulto, possibilitando o uso de novas tecnologias 
de comunicação e de informação. 
Em seu artigo 80, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (nº 
9394/96) define a educação a distância como uma forma de ensino que possibilita a 
autoaprendizagem, com a mediação de recursos didáticos sistematicamente 
organizados. 
Historicamente surge na pós-revolução russa, ou seja, na década de vinte, do 
século passado, para suprir deficiências da escola formal que, por ter sido até então 
elitista, atingia um número restrito de pessoas (PETRI, 2000). 
Segundo Petri (2000), a política de Educação a Distância atingiu todo o Leste 
Europeu para garantir a formação dos trabalhadores. Somente na Rússia, 2.500.000 
estudantes (mais da metade dos inscritos nas universidades) estudavam a distância 
antes da ruptura do bloco socialista. 
Segundo Amorim (2012), o início da Educação a Distância (EAD) no mundo foi 
na Suécia em 1833 com o primeiro curso de contabilidade transmitido por 
correspondência, evidenciando a importância da necessidade da criação de diversos 
materiais impressos que seriam distribuídos e divulgados por meio das 
correspondências. 
Conforme Alves (2011) há várias experiências feitas pela Europa e também nos 
Estados Unidos envolvendo a EAD, mas foi a partir do século XIX que ela passa a 
existir institucionalmente para o restante dos continentes, sendo importante 
considerar em 1922 na União Soviética tem início o primeiro curso por 
correspondência, em 1948 é criada na Noruega a primeira legislação oficial para 
escolas por correspondências. 
Alguns acontecimentos sociais como a Reforma do Estado, a estruturação legal 
para as bases de uma educação em sintonia com as grandes questões nacionais 
colocava a gestão, na década de 1990, a assumir responsabilidades com as 
mudanças diante das políticas públicas favorecedoras do processo de modernização. 
Concomitantemente, crescia o debate em torno da gestão democrática e da melhoria 
na formação de professores, diante da necessidade de expansão da educação básica 
e de profissionais capazes de atuar de forma polivalente e em contextos de 
diversidade sob vários aspectos. Coloca-se então, a importância de uma gestão 
eficiente e eficaz, voltada para uma formação que possibilite a superação de 
problemas do cotidiano escolar. Uma das formas dessa formação ocorrer é através 
da Educação a Distância (HACK, 2011). 
Pode-se observar que em vários lugares e momentos da história a Educação a 
Distância torna-se uma ferramenta indispensável para dar continuidade eficiente no 
processo de aprimoramento educacional. Essas experiências acima citadas e 
muitas outras foram muito importantes para a consolidação da EAD, pois somente ela 
consegue romper com as barreiras geográficas e temporais tendo agora como aliado 
as novas tecnologias que auxiliam neste novo processo de ensino aprendizagem. 
Para Bernardo (2009), as várias universidades ou mesmo escolas que adotam 
a modalidade EAD, têm incorporado ao longo do seu desenvolvimento as novas 
tecnologias de informática e de telecomunicação, pois estas conseguem romper as 
barreiras geográficas e temporais e iniciam um novo processo de ensino 
aprendizagem que insere estas novas tecnologias no cotidiano escolar. 
A Educação a Distância será parte natural do futuro da escola e da universidade. Valerá 
ainda o uso do correio, mas parece definitivo que o meio eletrônico dominará a cena. 
Ensino a Distância é uma proposta para socializar informação, transmitindo-a de 
maneira mais hábil possível. 
Educação à distância, por sua vez, exige aprender a 
aprender, elaboração e consequente avaliação. É uma modalidade de realizar o 
processo de construção do conhecimento de forma crítica, criativa e contextualizada, 
no momento em que o encontro presencial do educador e do educando não ocorrer, 
promovendo-se, então, a comunicação educativa através de múltiplas tecnologias 
(HACK, 2011). 
Sousa e Ramalho (2012) observam que são inúmeros os desafios da formação 
de gestores em serviço e com a utilização de metodologias que incluam a EAD, não 
só para os cursistas, mas para toda a equipe técnica, pedagógica, as instituições e os 
executores desses projetos, pois vários são os fatores que devem 
ser analisados para que os alunos a distância possam ter um atendimento adequado 
e um aprendizado eficiente. 
De acordo com Sousa e Ramalho (2012) vive-se no meio de transformações 
incomensuráveis no seio da sociedade, as quais exigem da escola e dos profissionais 
nova forma de organização, produção e assimilação de conhecimento. 
Luck (2011) compreende que a gestão educacional deve estar compreendendo 
essas transformações sociais para estabelecer direcionamento e mobilização 
capazes de sustentar e dinamizar o modo de ser e fazer do sistema de ensino e das 
escolas, semo que todos os demais esforços e gastos são despendidos sem 
promover os devidos resultados. Defende também que o processo de gestão 
pressupõe a ação ampla e continuada que envolve múltiplas dimensões, tanto 
técnicas quanto políticas e que só se efetivam de fato, quando articuladas entre si. 
No Brasil na atualidade, segundo Moran (2009), há duas formas modelos de 
educação a distância que são aplicadas. No primeiro caso, o professor aparece em 
seu aspecto tradicional de atuação, ministrando o conteúdo através das suas 
teleaulas. No segundo, o professor relaciona-se diretamente com os alunos, através 
dos materiais impressos e ferramentas digitais disponíveis, orientando-os através de 
uma tutoria com o objetivo de uma formação realmente significativa. 
Independente das relações que envolvam a prática da ensinoaprendizagem na 
modalidade EAD, é muito importante que as metodologias devam ser constantemente 
avaliadas, pois se bem repensadas e retrabalhadas será possível assim sempre 
melhorar a qualidade da educação no país conforme relata Moran (2009) que a 
educação a distância não é mais uma modalidade complementar, ela está se 
expandindo e afetando profundamente e educação como um todo. 
Há uma opção pela cosmovisão transformadora, pela qual a educação é uma 
força presente na trama constitutiva da vida social. Em sua concepção, devemos 
colocá-la a serviço do ser humano, individual e coletivo, na busca de sua 
emancipação, ou seja, na busca da igualdade de condições de vida para todos, por 
dentro da própria vida social e não por fora dela. Dentre as linhas pedagógicas, 
certamente os pressupostos progressistas são mais interessantes, por estarem 
pautados na formação de uma liberdade efetiva, porém a criticidade progressista 
esbarra nas estruturas educacionais brasileiras muito arcaicas e ainda hoje com 
traços tradicionais. Na prática docente cada vez mais cheia de desafios o importante 
é extrair o que cada uma delas apresenta de melhor, dando subsídios para que 
possamos criar estilos próprios e coerentes de atuação pedagógica (LUCKESI, 2011). 
As mudanças no processo econômico, no mercado de trabalho, na cultura 
globalizada requerem transformações nos sistemas educacionais. A sociedade exige 
indivíduos com competências múltiplas, capazes de aprender e de adaptar-se a 
situações que desenvolvam múltiplas competências, capazes de aprender e de 
adaptar-se a situações que desenvolvam capacidades de autogestão, adaptabilidade, 
flexibilidade, autonomia e independência. 
Na medida em que novas exigências se impõem, a educação procura adequar-
se a esse novo tempo e à sociedade por meio de uma possibilidade plausível na 
distância: a Educação a Distância, que minimiza a necessidade de deslocamento 
físico, tanto dos participantes, quanto dos formadores. 
Os estudos podem ser desenvolvidos nos locais de origem dos cursistas, 
gerando economia de recursos. A apropriação tecnológica é outra vantagem, porque 
leva o recurso a pessoas que, de outra forma, talvez não tivessem esta 
oportunidade, possibilitando também a interação, a um só tempo, de um 
grande número de pessoas em uma grande extensão territorial. 
A Educação a Distância se apresenta como uma forma viável de 
interação eficaz, que proporciona discussões de valor pedagógico e 
relevância para os conteúdos abordados, exigindo aptidões de mediação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
 
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profissional. 
ALVES, Lucinéia. Educação à distância: conceitos e história no Brasil e no 
mundo. BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação: Lei nº 9.394/96 – 24 
de dez. 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. 
Brasília, 1998. 
BUENO, J. L. P.; GOMES, Marco A. de O. Uma análise Histórico-crítica da 
formação de Professores com tecnologias de informação e comunicação. 
Revista Cocar Belém, vol. 5, n. 53, 2011. 
HACK, Josias Ricardo. Introdução à educação à distância. Florianópolis: 
LLV/CCE/UFSC, 2011. 
LUCK, H. Gestão educacional: uma questão paradigmática. 9 ed- Petrópolis, 
Rio de Janeiro: Vozes, 2011. 
LUCKESI, Cipriano Carlos. Filosofia da Educação, 2.ed. São Paulo: Ed. 
Cortez, 2011. 
MORAN, José Manuel. Aperfeiçoando os modelos de EAD existentes na 
formação de professores. Disponível em: 
<http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/faced/article/download/577
5/4196>. Acesso em: 17 ago. 2016. 
NEDER, M. L. C. A Orientação Acadêmica na EAD: a perspectiva de (re) 
significação do processo educacional. PETRI, O. (Org.). Educação a 
Distância: construindo significados. Cuiabá: NEAD/UFMT, 2000. 
PETRI, O. Autonomia do Aprendiz na Educação a Distância: significados e 
dimensões. In: PETRI, O. Educação a Distância: construindo significados. 
Cuiabá, 2000. 
SOUSA, A. da S. Q.; RAMALHO, B.L. Políticas de Formação de Professores 
no Brasil e a modalidade a distância: pontos para reflexão, IN Revista Exitus 
UFOPA Belém, PA: Editora: Destaque-se- ano 2, 2012. 
 
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http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/faced/article/download/5775/4196
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	Conteúdo programático:
	INTRODUÇÃO
	EDUCAÇÃO E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
	Fonte: Traduzido de Tiffin e Rajasingham (1995, p. 85)
	Fonte : Reproduzido da obra de Pierre Lévy (1993, p. 27)
	Tabela 3: Escolas pedagógicas
	EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA – ABORDAGEM SISTÊMICA
	INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
	Educação Aberta:
	Educação a Distância:
	Tabela 4. Modelos Organizacionais Emergentes em Educação Superior
	Tabela 5. Check list para alunos em EAD.
	MODELOS DE CURSOS
	Tabela 6. Questões comuns a todos os Modelos de Cursos
	Tabela 7: Modelos de cursos a distância
	Tabela 8. Modelos de cursos segundo a possibilidade de interferência do
	Tipos de cursos a distância
	Formatos de cursos a distância
	Conheça os três principais formatos de cursos a distância:
	Tendências em EaD: 5 que vieram para ficar
	1. Customização
	2. Gamification
	3. Social Learning
	4. Vídeo
	5. M-Learning
	A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NA SOCIEDADE ATUAL
	REFERÊNCIAS

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