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Instituto de Pesquisa Gianelli Martins: Educação e Deveres Fundamentais

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O Instituto de Pesquisa Gianelli Martins nasceu da necessidade de estudos focados nas atividades temáticas da equipe Gianelli Martins Advogados, bem como do interesse dos profissionais em disseminar os conhecimentos adquiridos e incentivar e divulgar a produção intelectual através do diálogo, questionamento e amplo debate, com fundamento nas questões mais atuais e relevantes ligados às Ciências Jurídicas e Sociais. Com objetivos de promover, coordenar e participar de ações institucionais, administrar e realizar procedimentos de seleção de profissionais na área pública e privada cursos de graduação, e extensão, especialização e outras atividades acadêmicas relevantes.
“Se a Educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda” Paulo Freire Educar é capacitar para pensar, criar novas oportunidades
dever fundamental de educar, a urgência da educação, a relação professor-aluno, bullying e responsabilidade das escolas, educação à distância, qualidade da educação: temas presentes nos artigos e análises de nossos autores, de grande relevância à realidade enfrentada no sistema educacional brasileiro. A inclusão social e as dificuldades supera obstáculos A Constituição Federal assegura a todo cidadão o Direito Fundamental à Educação (art. 205 e seguintes). A partir da realidade social são editadas leis que os operadores do Direito, políticos, professores, alunos, gestores educacionais e demais envolvidos se orientam.
. Os professores e demais profissionais relacionados à educação necessitam de habilitação, de constante capacitação e qualificação. divulgado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) o Índice do Desenvolvimento Humano Municipal do Brasil (IDHM), alertando para a situação da educação que o país atravessa, sendo esta, a educação, o principal desafio para todos envolvidos. Somente com uma educação de qualidade é que teremos um país desenvolvido Na perspectiva do Estado Social Democrático, a constitucionalização do direito nos remete à necessidade de se construir uma sociedade solidária capaz de, unida, reduzir as desigualdades sociais e garantir a concretização, na maior medida possível, dos direitos fundamentais. Sob esta perspectiva, os deveres fundamentais surgem como consequência lógica desta nova ordem jurídica, e a sua concepção é apresentada em conexão com a dimensão objetiva dos direitos fundamentais. 
Esta dimensão objetiva, integrada em um Estado Democrático, dá aos deveres fundamentais o reconhecimento da participação ativa dos cidadãos na vida pública, com um conteúdo de dever jurídico.
 Este reconhecimento de deveres fundamentais com a participação ativa dos cidadãos na vida pública resulta em um empenho solidário de todos na transformação das estruturas sociais e, assim, na identificação da responsabilidade social no exercício da liberdade individual que implicará o reconhecimento de deveres jurídicos de respeito pelos valores constitucionais e direitos fundamentais. 
Logo, o direito fundamental à educação, em relação à família, atua simultaneamente como “direito” e “dever” fundamental. o dever de solidariedade que se projeta a partir do direito fundamental à educação, gerando uma obrigação de tutela por parte do Estado e da família (ou responsável pelo menor), 
O dever fundamental de garantir o acesso ao direito à educação é um dever social e estaria classificado como status positivus, tendo em vista, sua efetividade exige da família, neste caso, dos pais ou responsáveis, prestações de coisas e serviços, traduzidos como a obrigatoriedade de efetivação da matrícula escolar e de garantir a frequência às aulas
o dever fundamental em relação à educação impõe aos pais ou responsáveis os deveres de manutenção e educação dos filhos, bem como o dever de escolaridade básica, impondo a este a obrigação de garantir a matrícula do filho menor no sistema educacional; de garantir a frequência na 
Os deveres fundamentais são posições jurídicas da pessoa (em sentido amplo) face ao Estado que geram obrigações jurídicas, 
Com a instauração do Estado social, surgem os direitos sociais, direitos de segunda dimensão que passam a exigir uma atuação positiva do Estado para a sua concretização e que gerarão os deveres sociais a eles conexos e associados2 
 Na Constituição pátria, surge o dever fundamental dos pais na educação dos filhos
Para Nabais, Vieira de Andrade e Sarlet, este é o típico dever fundamental associado4 , conexo ou correlato, pois toma forma a partir do direito fundamental à educação, consagrado no texto constitucional 
o dever está associado a direitos à prestação (como o direito à educação), mas a atuação dos poderes públicos. O artigo 205 da CF dispõe, o dever da família à educação, assim enunciando: “a educação, direito de todos e dever do Estado e da família, [...], visando ao pleno exercício da pessoa, ao seu preparo para o exercício da cidadania e à sua qualificação para o trabalho”. O direito à universalização é expressamente reconhecido no texto constitucional como um direito subjetivo público, constitui típico direito-dever
ou seja, a preservação da dignidade do menor escola; de acompanhar o desempenho do filho na escola
. No caso específico de omissão por parte dos pais do citado dever de matricular os filhos, que é obrigatório configurado o crime de abandono intelectual, previsto no artigo 246, do Capítulo III, do Código Penal, que trata dos crimes contra a assistência familiar: Pena – detenção, 15 dias a um mês, ou multa, pode resultar em sanções penais e administrativas.
No contexto dos deveres fundamentais dos pais em educar seus filhos, o verbo “dever” tem que ser compreendido como um ato de responsabilidade. 
Este dever fundamental decorre da obrigatoriedade à educação, imposta por norma constitucional às crianças de quatro a 17 anos e por dispositivos infraconstitucionais já referidos.\
, a partir da EC 59 de 2009, há obrigatoriedade do Estado de garantir acesso a vagas no sistema educacional para todo o cidadão brasileiro de 4 a 17 anos. Sendo competência do Município a educação infantil e ensino fundamental e do Estado o ensino fundamental e médio
 A obrigatoriedade do ensino deverá ser implementada progressivamente até 2016 nos termos do Plano Nacional de Educação, com apoio técnico e financeiro da União (dever da família em matricular condicionada ao dever do Estado/administração de garantir vagas suficientes), toda a educação básica é obrigatória, o que significa dizer que materializá-la é um dever inarredável do poder público.
 Sendo assim, por meio da educação, podemos desenvolver uma cidadania ativa, na qual o cidadão tenha capacidade de usufruir os seus direitos e assumir as suas responsabilidades. Só assim poderemos ter uma democracia participativa e um país mais justo e sustentável. MATÉRIA Clube Social
O trabalho realizado por Sarita Zinger e Victor Daniel Freiberg é reunir jovens e adultos com deficiência intelectual e oferecer a eles um convívio social e experimento daquelas atividades típicas da faixa etária. Possibilitando e estimulando a criação de um círculo de amizades e a oportunidade de frequentarem lugares diferentes, fora do convívio familiar e da rotina. Todas as atividades são imbuídas de conceitos de educação não formal, trazendo aspectos que fazem a diferença na vida dos jovens e trabalhando problemáticas que são comuns a muitos integrantes. A programação dos encontros é bastante diversa, já fizemos passeios pela cidade com o ônibus de turismo e de barco no Guaíba, jogamos boliche, fomos ao zoológico e ao Museu da PUCRS, cinema, churrascos, festas no Ocidente e Bar Opinião, entre outros. Buscamos inovar na programação trazendo situações onde os membros trabalham o seu comportamento, tendo que adequar-se ao ambiente. Mas, o principal fator é que as atividades do Pertence representam um dos poucos momentos em que estão longe da tutela dos pais e têm certa autonomia, estimulando a autoestima e senso de responsabilidade de cada jovem. 
O princípio da precaução como norteador da gestão de recursoshumanos
na educaçao
 O trabalho humano tem passado por grandes transformações e, em que pese os teóricos ainda apontem que o ambiente escolar, dentre os ambientes de trabalho, é o que menos transformações sofreu nos últimos séculos, é de se registrar a revolução que a educação a distância tem ocasionado, tanto nos aspectos pedagógicos como, principalmente, nos aspectos de gestão de recursos humanos.
O emprego do princípio, conforme aqui proposto, se dá no sentido de dupla proteção: ao empregado e ao empregador (eis que ambos, por ora, desconhecem os impactos trabalhistas da nova forma de ensinar e aprender, desvinculada do ambiente educacional tradicional - o presencial). A nova ambiência escolar (virtual) exige a compreensão do ciberespaço como ambiente de trabalho. 
Assim, parece apropriada a utilização do princípio da precaução para nortear as decisões na gestão escolar de EAD. 
ao gestor incumbiria informar-se sobre o uso e desdobramentos do EAD, especialmente no que tange à matéria das relações de trabalho: duração do trabalho, controle do trabalho, padrão de remuneração, uso da imagem do empregado, direitos autorais, entre outros.
informar o corpo funcional, visando à próxima etapa: a participação. 
Da informação e da participação, naturalmente virão debates e serão implementadas normatizações democráticas e conjuntas, nas quais os espaços virtuais terão seu uso definido e regras de rotina, visando os desvios e abusos (indicação de funcionários moderadores, filtros de conteúdo, cessão ou pagamento de direitos autorais, negociação de jornadas flexíveis e/ou extras para a manutenção de blogs e sítios de conteúdos etc.). 
Neste ponto, pode-se falar em atingir a prevenção como prática de gestão. Para o implemento da prática prevencionista, os riscos devem ser conhecidos, uma vez que pautados pela própria comunidade (Estado, gestores e geridos).
 O que se propõe neste texto, face ao estado em que se encontra o amadurecimento do tema no Brasil e em especial na intersecção Direito Educacional e Direito do Trabalho, é a aplicação da PRECAUÇÃO, que encontra lugar nas situações em que os riscos ainda não se encontram perfeitamente mapeados e sequer se tem certeza se podem se constituir em efetivos riscos em futuro de médio e longo prazo (concretizando-se em danos e em dever de reparar). 
o que se recomenda neste momento é que as instituições de ensino que partirem para o novo mundo da Educação a Distância, o façam de forma pautada na precaução, ou seja, buscando reduzir os impactos negativos das decisões empresariais através de posturas negociadas de forma coletiva e, sobretudo, muito bem avaliadas por competente assessoria jurídica
A velocidade e a liquidez que os canais midiáticos impõem como padrão de relacionamento humano para os próximos tempos não pode ser tomada como modelo para a gestão escolar. 
Na gestão precaucional, elimina-se o dano por inocência ou ingenuidade. Todos os atos da gestão são previamente pensados, calculados e os hipotéticos e eventuais riscos, eliminados ou reduzidos ao extremo. Isto é profissionalização e, sem esta, não há futuro na gestão escolar. 
Lamentavelmente, não raras vezes as famílias querem repassar à escola o dever da educação de seus filhos, esquecendo-se de que é no seio familiar que se formam os alicerces educacionais de qualquer indivíduo. O dever de educação, já dizem a Constituição e o ECA, é da família, da escola, do Estado e de toda a sociedade. responsabilidades por cada ente, propiciará a solução de litígios e um ensino qualificado. Felizmente, o Judiciário não tem se deixado levar por “modismos” e tem feito uma análise técnica sobre os casos de bullying que batem às suas portas
 Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. ENSINO PARTICULAR. AÇÃO INDENIZATÓRIA. PEDIDO DE INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL E MATERIAL. FATO OCORRIDO EM ESTABELECIMENTO DE ENSINO. “BULLYNG”. verifica-se que o educandário recorrido fez o que estava ao seu alcance para minimizar o sofrimento do autor e para entender de forma contrária, deveria a autora ter trazido à baila elementos que comprovassem a sua tese, o que não restou demonstrado no feito. DANOS MATERIAIS INOCORRENTES. Não assiste razão o apelante quanto o pedido de indenização por danos materiais, para não acarretar enriquecimento ilícito, uma vez que não se incumbiu de comprovar os danos materiais que sofreu. DESPROVIDO O RECURSO DE APELAÇÃO. 
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. RESPONSABILIDADE CIVIL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. ALEGAÇÃO DE BULLYING SOFRIDO POR ALUNO DA REDE DE ENSINO MUNICIPAL. RESPONSABILIDADE DO ENTE PÚBLICO PELA INCOLUMIDADE DOS ALUNOS. CARÁTER OBJETIVO. 
FATOS CONSTITUTIVOS DO DIREITO DO AUTOR NÃO COMPROVADOS. DEVER DE INDENIZAR INEXISTENTE. Não tendo a prova dos autos evidenciado suficientemente a alegação de que o autor teria sido vítima de reiterada violência física e psicológica no ambiente escolar, denotando a prática de bullying, tampouco a suposta omissão dos professores, diretores e demais profissionais ligados ao estabelecimento de ensino na condução da situação do aluno, descabe responsabilizar-se o ente público. Sentença de improcedência confirmada. APELAÇÃO DESPROVIDA. 
 Contudo para a configuração da responsabilidade civil, é necessário: ação ou omissão humana, dano e nexo de causalidade, se o educandário demonstrar não ter sido omisso na condução do problema, desenvolvendo atividades entre alunos, pais, professores e orientadores educacionais, no sentido de promover a pacificação das relações, não haverá motivos para ser condenado. Como se sabe, para configuração da responsabilidade civil, é necessário: ação ou omissão humana, dano e nexo de causalidade. Sem a comprovação destes elementos, carece de suporte a responsabilização civil. Neste sentido, se o educandário demonstrar não ter sido omisso na condução do problema, desenvolvendo atividades entre alunos, pais, professores e orientadores educacionais, no sentido de promover a pacificação das relações, não haverá motivos para ser condenado. 
não se pode olvidar que muitos problemas de adaptação do menor na comunidade escolar muitas vezes têm origem em suas condições pessoais. demonstra que o envolvimento da família é fundamental 
Infelizmente, a condição humana não permite soluções por um teorema ou uma equação matemática e, pensar de maneira diversa pode resultar em decisões judiciais simplistas e injustas, colocando-se sobre os educandários uma carga de responsabilidade incompatível e impossível de ser assumida. 
em se tratando de relação de consumo, em que de um lado está o prestador do serviço (escola) e, de outro, o consumidor (aluno), pode ocorrer a inversão do ônus da prova.
a instituição de ensino demonstre ser vigilante e precavida das situações que envolvem violência escolar (e o bullying é apenas uma das formas de violência). Assim, a criação de comissões de combate à violência escolar, formada por representantes de alunos, pais e docentes, além de prevenir e combater tais problemas demonstrará, em eventual caso judicial, que a escola se preocupa e pratica medidas educacionais sobre o tema. A promoção de palestras, debates e conferências para a comunidade escolar com profissionais especializados, tanto na área médica, como psicológica, jurídica e educacional, também se revela como prática muito efetiva no esclarecimento de alunos, pais, educadores e, enfim, da sociedade, já que esta também é interessada, pois os agressores e agredidos de hoje podem ser delinquentes de amanhã, como estudos têm revelado ocorrer na prática. 
Justiça pela qualidade DE EDUCAÇÃO
Em qualquer sociedade do século XXI, são inúmeras as demandas sociais, econômicas e culturais, entretanto, não há estratégia mais vigorosa e sustentável para melhorar a vida dos brasileiros e elevar o patamar do país em diversas áreas do que garantir o direito da população a uma Educação pública de qualidade. Seu impacto na saúde, na segurança, no crescimento econômico, na redução da pobreza e das desigualdades e até na felicidade das pessoas está consagrado nas mais recentes e robustas pesquisasnacionais e internacionais. 
Há mais de oitenta anos, os Pioneiros da Educação Nova assim abriram seu Manifesto de 1932: “Na hierarquia dos problemas nacionais, nenhum sobreleva em importância e gravidade ao da educação”. é preciso reconhecer que a Educação Básica é um direito constitucional, deve-se assumir claramente o dever e a responsabilidade de fazer com que esse direito seja cumprido. A nossa Constituição Federal diz que é um dever do Estado e da família, com a colaboração da sociedade. Os três poderes fazem parte do Estado. Mas o que vem primeiro à mente do cidadão é o Poder Executivo (principalmente o federal). Depois o Legislativo e, com sorte, o Judiciário. Mas todos os três poderes têm o dever constitucional de garantir o direito à Educação. O Sistema de Justiça é espaço essencial para garantirmos condições mais justas de vida e de d e s e n v o l v i m e n t o dos brasileiros e do Brasil. Seus operadores – juízes, promotores, defensores públicos – são a chave para a garantia do direito à Educação de qualidade para todos, tanto por se tratar de um direito humano fundamental quanto por ser essencial ao exercício dos demais direitos. portanto, a missão contemporânea de combater o maior erro histórico do nosso país: o descaso para com a Educação. 
É preciso que o mundo jurídico e o educacional se encontrem e se articulem com o propósito de elevar a qualidade para o aluno, pois ainda é muito comum que o desconhecimento mútuo leve a decisões judiciais que prejudicam a Educação e ações educacionais fora dos limites legais. 
em 2012, chegamos a 98,2% de crianças e jovens de 6 a 14 anos na escola. Porém, sem dúvida, a mobilização pela qualidade da Educação é a maior necessidade contemporânea brasileira e esse avanço ainda é lento. a ideia é fazer com que, juntas, essas áreas possam se ajudar no entendimento sobre a questão da qualidade, mais especificamente da garantia da aprendizagem dos alunos, e assim fazer com que a área educacional avance de maneira mais acelerada e persistente nos próximos anos. 
Existem muitos consensos na área educacional, mas também muitas divergências. No entanto, a aprendizagem dos alunos desde os primeiros anos na escola é um consenso e um direito deles que deve ser assegurado. Devemos ter em mente que não será qualquer Educação que efetivará os direitos das crianças e dos jovens, nem garantirá a sustentabilidade social e econômica do Brasil. 
A urgência da educação
As bandeiras institucionais são uma tradição para o Grupo RBS, tem responsabilidade diferenciada com as comunidades onde está presente e com o desenvolvimento do Brasil. Desse compromisso nasceu também a Fundação Maurício Sirotsky Sobrinho, inicialmente Fundação RBS, como um primeiro passo para aperfeiçoar o que a RBS já fazia no campo social. O empresário Maurício Sirotsky Sobrinho, a preocupação com a educação de crianças e jovens, coloca em prática projetos implementadas pela RBS, como parte de seu Investimento Social Privado (ISP) que, segundo definição do Grupo de Institutos e Fundações (Gife) é a alocação de recursos financeiros, humanos e materiais em causas de interesse da sociedade feita de maneira voluntária e sistemática por uma instituição privada. Em resumo, tratase de recurso privado investido em causa social. O ISP é uma frente da Responsabilidade Social Empresarial (RSE) que define os recursos investidos por uma empresa em ações socialmente responsáveis ligadas diretamente ao seu negócio, entre elas tratamento adequado de resíduos e escolha de fornecedores idôneos, para citar dois exemplos. ISP e RSE estão sob um guarda-chuva maior, o da Sustentabilidade, que, por sua vez, prevê a atuação integrada dos pilares social, financeiro e ambiental de uma organização.
 As bandeiras não têm fins comerciais ou mercadológicos. Elas nascem da observação atenta de profissionais da empresa sobre as demandas sociais recolhidas pelo Comitê Editorial e que ganham forma em várias rodadas de discussão com especialistas da academia, de organizações da sociedade civil e do poder público. Na bandeira Crack, Nem Pensar, de 2009 e 2010, um dos primeiros alertas nacionais contra a epidemia do crack, a proposta inicial era abordar a violência nos centros urbanos.
 Não há como conciliar a onda de otimismo em relação ao momento histórico do Brasil, de crescimento e oportunidades, com má gestão dos recursos destinados à educação.Lançados simultaneamente à bandeira, em agosto de 2012, os seis compromissos da RBS com a educação preveem: 1) Divulgar temas relacionados ao ensino com foco prioritário no interesse dos estudantes; 2) Valorizar a escola como centro de saber e espaço para o desenvolvimento individual e coletivo dos alunos; 3) Dar visibilidade aos indicadores de qualidade da educação, especialmente às avaliações das escolas; 4) Defender a valorização dos profissionais do ensino; 5) Mobilizar a sociedade para participar ativamente no processo educacional, estimulando os pais a se tornarem agentes fiscalizadores da qualidade da aprendizagem; 6) Destacar e premiar iniciativas inovadoras e positivas de ensino, para que sirvam como referência de qualificação. Em 2012, a FMSS passou a concentrar seu foco de atuação Educação e Desenvolvimento Comunitário, implementando e apoiando projetos nestas áreas.
 Em sua primeira fase, em 2012, a bandeira adotou um tom questionador, com o objetivo de colocar a educação como pauta, conscientizar os públicos e buscar respostas, estimulando a ação individual e coletiva. A proposta era mostrar que a melhoria da educação exige olhares plurais e engajamento de toda a sociedade. 
 A ideia básica desta bandeira é que ela é da comunidade, não da RBS ou da FMSS, que atuam como facilitadoras. Ações de divulgação foram realizadas nas redes sociais e em eventos nas escolas, com oficinas ministradas voluntariamente por colaboradores da RBS, da FMSS e parceiros. Para o lançamento do segundo ano da mobilização, trazidos de volta os Monstrinhos, da campanha O Amor é Melhor Herança. Cuide das Crianças, de 2003. Os cinco personagens (Diabo, Mula Sem Cabeça, Bicho-Papão, Bruxa Malvada e Boi da Cara Preta) são até hoje queridos do público e, agora, serão porta-vozes de temas relacionados com o conteúdo básico da campanha, baseado nas metas do Todos Pela Educação. Serão desenvolvidas ações nas três frentes – publicitária, editorial e institucional – com recursos próprios e por meio de parcerias
Educação e inclusão
 No sistema normativo brasileiro, o direito à educação é altamente regulamentado, no entanto, a previsão formal, por si só, não é garantia de sua concretização. Constatamos diariamente a violação a este direito por ação e por omissão do Estado, mesmo 30 anos depois de ter sido consagrado como direito fundamental pela Constituição Federal de 1988. As normas dos arts. 205 a 208 confirmam a fundamentalidade material e formal do direito à educação e o seu cunho de direito social
. O desafio está exatamente neste ponto: como transformar um direito fundamental de eficácia direta e imediata, como o direito fundamental à educação, em um direito efetivado?
 O depoimento a seguir revela a dificuldade de se concretizar um direito que tem cunho prestacional como o direito à educação, e revela a incapacidade da administração pública de torná-lo efetivo.
cursos universitários indicava 100% de absorção pelo mercado de trabalho dos engenheiros de materiais recémformados. 
havia solicitado em minha inscrição um fiscal ledor e uma prova com letras ampliadas para acompanhar, no que conseguisse, a leitura do fiscal. A universidade proporcionou tudo o que eu havia solicitado, realizei a prova em sala reservada, acompanhado de dois fiscais, sendo um deles meu ledor. Passei no vestibular e ingressei na universidade mais concorrida do estado, e me deparei com um ambiente acadêmico que ignorava minha deficiência e minhas necessidades. Sem a conscientização dos professores e um material adaptado (fontes ampliadas ou material digitalizado), eu passei por grandes dificuldades para superar as disciplinas iniciais.Cálculo e Física são desafiadores para qualquer estudante de engenharia, e cursar estas disciplinas sem poder compreender as explicações escritas no distante quadro-negro tornou as aulas pouco producentes. Passei a adaptar o material com recursos próprios e auxilio de colegas. Não percebia obrigação da universidade em me proporcionar adaptações, pois eu acreditava na falácia de que a deficiência era minha, então a obrigação era igualmente minha de “me adaptar” ao ambiente. Demorei muito para descobrir que a deficiência não está na minha visão de menos de 10%, mas sim na sociedade que não respeita minha diversidade, não proporcionando a mim o que eu deveria ter por direito. Embora não tivesse completa percepção de meus direitos, já tinha alguma noção do que não poderia ser feito. Eu não sabia a diferença entre igualdade material e igualdade formal, mas sabia que algo estava errado. Após um concurso vestibular totalmente adaptado à minha diversidade, após ter buscado por meios próprios me adaptar às disciplinas nada acessíveis, após ter obtido as maiores notas da turma nas provas teóricas de Química Experimental, dois professores me dizem que para ser um engenheiro é mais importante contar gotas e diferenciar azul de rosa do que dominar os procedimentos de uma marcha analítica. superei a disciplina com o triplo do estudo necessário a outro aluno para compensar minhas baixas notas nas provas práticas com maiores notas nas teóricas. Apenas no penúltimo ano de graduação a universidade telefonou para mim oferecendo assistência e passei a conhecer o Programa Incluir da UFRGS. Esse programa idealizado pelo professor Hugo Otto Beyer, a partir de um edital de fomento do MEC, passou a equipar a universidade com materiais destinados a garantir que alunos com deficiência tivessem o mesmo direito à educação que os demais alunos. O Programa Incluir da UFRGS passou a contar com diversos alunos bolsistas e equipamentos espalhados pelos campi, com a função de garantir materiais adaptados tais como impressões em Braille, materiais digitalizados para uso de sintetizadores de voz, auxílio em deslocamento de alunos, intérpretes de Libras, materiais em fontes ampliadas e capacitação de professores e servidores. Para mim, foi maravilhoso conhecer o Programa e ter assim mais segurança de cursar minha graduação sem o risco de outro professor decidir sumariamente que eu deveria desistir de buscar meu diploma. Após trabalhar no Programa Incluir, passei a ver com maior clareza que o direito à educação é de todos os alunos, independentemente de deficiência, sendo a adequação de materiais um direito do aluno com necessidades especiais e não seu dever. Aprendi, por fim, a resposta que quis dar aos professores que sugeriram que não poderiam adaptar a prova para mim, alegando favorecimento: basta buscar em um texto de Rui Barbosa, já em 1921, quando escreveu: “tratar com desigualdade a iguais, ou a desiguais com igualdade, seria desigualdade flagrante, e não igualdade real”. 
A relação professor-aluno
 É inaceitável, nos dias atuais, que se despreze o conhecimento e o respeito recíproco entre as comunidades docente e discente, um importantíssimo fator à satisfação do ensino, atividade primordial na formação educacional do cidadão. 
o ensino não é uma via de mão única, mas uma pista devidamente asfaltada, sem pedágios, onde devem transitar o conhecimento e o respeito entre os “mestres” e seus “discípulos”, sendo ambos os principais atores da atividade educacional. 
é preciso por parte dos professores preparo pedagógico e psicológico, para que bem possam trabalhar com uma clientela heterogênea e diversificada culturalmente. 
o professor deve respeitar a pluralidade cultural, as ideologias diversas e a identidade de seus alunos, além das questões relativas à raça, ao nível de conhecimento dos estudantes e a linguagem utilizada por cada qual. 
O aluno identifica no professor um modelo comportamental a ser seguido (ou a ser rechaçado), dependendo justamente da maneira como se constrói a relação entre eles, o que transpõe a sala de aula, para alcançar os demais ambientes acadêmicos e de ensino, tais como as ferramentas da web, os espaços públicos de conversação, seminários e palestras, além de outras orientações educacionais e de aprendizagem.
 O docente não deve estar acima ou abaixo de seus aprendizes, mas ao lado, compartilhando angústias e assistindo àqueles que acreditam que o ensino possa efetivamente ser uma das soluções à conquista de um mundo melhor, para si e para a humanidade. O professor precisa estar atento a tais situações, para compreender as dificuldades dos mais velhos, assistindo-lhes com paciência e atenção. 
O papel do educador do século XXI não é o de apenas ensinar os alunos a ler e a escrever o seu próprio nome. É também o de lhes oferecer uma escolarização ampla, de inclusão social e com mais qualidade. E isso exige dos professores projetos contínuos e duradouros, e não atividades isoladas, o objetivo do professor deve também ser o de preparação do aluno para o mercado de trabalho.
É indispensável que o professor assuma buscando propor uma relação professoraluno mais saudável e próxima dos objetivos educacionais e de ensino, reconhecendo-se o mútuo comprometimento que deve existir, conclui-se: O professor deve tratar o seu aluno como se este fosse – até porque assim o deve ser - a pessoa mais importante do mundo. Se não puder fazê-lo, que não lecione;
Compete ao docente compreender as virtudes e as deficiências de seus discentes, buscando valorizar os aspectos positivos e corrigir as falhas.
 A relação professor-aluno é uma via de duas mãos, onde ambos os que a compõe ensinam e aprendem mutuamente. 
é preciso saber transmitir todas essas informações, compreendendo as dificuldades dos estudantes, socorrendo-os em suas deficiências e ajudando-os a tornarem-se pessoas melhores em relação a si mesmos; A relação professor-aluno não se encontra mais restrita à sala de aula, diante das exigências e necessidades, um servirá de suporte técnico ao outro, para que juntos possam colaborar no processo de ensino e de disseminação da informação e do conhecimento. 
Autonomia Edu Soluções em Educação Através de uma metodologia própria, o objetivo da Autonomia é ensinar a aprender.
. Aprender a aprender. Este é o foco da Autonomia Edu – Soluções em Educação, consultoria que ensina os alunos de Ensino Fundamental e Médio a aprender a estudar de um maneira mais efetiva por meio de palestras, oficinas e, até mesmo, músicas. Autonomia Edu já atua há dois anos apresentam ferramentas para um aprendizado eficiente, que se baseiam em dois pilares: método e boa organização de horários. Assim, os jovens formam um hábito de estudo, tem autonomia no aprendizado e um resgate em sua autoestima. Além de tornar o estudo produtivo, para que ele não tome conta dos horários de lazer. 
 Um dos destaques do método são as palestras musicadas, em que os especialistas usam uma linguagem próxima dos jovens para fixar o conteúdo das palestras: porque estudar, como, quando e com quais métodos. “Trocaram o funk pela música sobre métodos de estudo”, destaca Rafael Korman, que já compôs mais de 300 músicas que ajudam a desenvolver a autonomia dos estudantes
Instituto de Pesquisa Gianelli Martins
.OInstituto de Pesquisa Gianelli Martins (IPGM) tem como finalidade a qualificação de profissionais nas mais diversas áreas, em especial na área jurídica e de gestão de pessoas. Para tanto, busca fomentar a produção intelectual através de grupos de estudo e pesquisa, publicações, eventos, encontros científicos e consultoria acadêmica. A ideia de dar ênfase ao controle, à gestão e à regulação surgiu da experiência e da observação das necessidades de aprofundamento acadêmico nesses que são os eixos do desenvolvimento das atividades administrativas e da prestação dos serviços públicos. 
o Encontro Nacional sobre Controle e Gestão Pública reúne operadores do Direito, políticos, secretários, professores, diretores, gestores, assessores, estudantes e demais profissionaispara discutirem temas relevantes no cenário da Gestão Pública. Na primeira edição, o tema foi Controle das Verbas Públicas, com foco na transparência das administrações, dos gastos eleitorais e os desafios que serão enfrentados com a Copa do Mundo. Já no ano passado tratou também do Controle das Verbas Públicas abordando a Lei de Acesso às informações públicas, controle da gestão pública, controle do Tribunal de Contas da União sobre os programas sociais e de fomento entre outros
O grupo de estudos da área do Direito Social analisa a realidade das relações de trabalho em face aos avanços tecnológicos. O grupo é aberto à comunidade e admite participantes em diversos estágios de formação (graduação, pós-graduação etc.) O trabalho deve ser entendido como um fenômeno multidimensional e o grupo, portanto, tem proposta transdisciplinar é atento às novas tecnologias, o grupo mescla contatos presenciais e recursos de educação à distância (EAD) como, por exemplo, a Platafor Este estudo visa destacar a contribuição do Direito Educacional para a prática educacional, sendo uma contribuição efetiva para o direito à educação e a cidadania. Mediante a Constituição de 1988 e da Lei deDiretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996 proporcionando conhecimentos básicos dos direitos e deveres na educação, tendo no Direito Educacional o mediador das relações entre escola, aluno, professor, governo e demais do processo educacional. 
Direito Educacional é a ponte entre a educação e 
 direito tendo como referências os textos constitucionais. A Constituição é um conjunto de leis que regem um país, com normas que regulam o Estado brasileiro, estabelecendo, as funções e competências dos diferentes órgãos do Estado. Após o Brasil ter vivenciado um grande período de Ditadura Militar, que percorreu os anos de 1964 a 1985, o país se via em um novo processo de redemocratização, em que se via a demanda de devolver ao povo brasileiro todos os direitos retirados durante o processo ditatorial. Com a nova República, em 1985, a Constituição de 1988e a Lei de Diretrizes de Bases da Educação Nacional, em 1996,avançamos na área educacional, inclusive no Direito Educacional. Aliás, a Lei Magna e a LDB, estão contribuindo com os novosparadigmas jurídicos, para construção do Direito Educacional. Acrescenta-se que, a partir de 1990 ampliaram-se as discussões em relação ao Direito.
A complexidade da sociedade, o aumento da demanda pela educação e os conflitos nas relações educacionais provocaram o surgimento de legislações específicas na área da educação e,por consequência, a necessidade de especialização e sistematização do Direito Educacional. Logo, o direito fundamental à educação, em relação à família, atua simultaneamente como “direito” e “dever” fundamental, gerando uma obrigação de tutela por parte do Estado e da família . Os deveres fundamentais são posições jurídicas da pessoa (em sentido amplo) face ao Estado que geram obrigações jurídicas, 
Com a instauração do Estado social, surgem os direitos sociais, direitos de segunda dimensão que passam a exigir uma atuação positiva do Estado para a sua concretização e que gerarão os deveres sociais a eles conexos e associados.
As instituições de ensino privadas ou/e públicas deparam-se com grandes mudanças de concepções e legislativas na área educacional com os seguintes objetivos: a) Superar a fase legislativa da educação, facilitar a compreensão, interpretação e aplicação de legislaçãoeducacional, dotar os profissionais do direito e da educação de um conhecimento global do Direito Educacional, que inclui a legislação, adoutrina, a jurisprudência e os princípios educacionais, incentivar a pesquisa e o debate sobre as relações do DireitoEducacional com os demais ramos da ciência jurídica e do conhecimento, operar em duplo sentido: de um lado preventivamente orientar, de outro lado, apresenta solução de composição ou judicial,. 
Neste caso, qual a ação do Direito Educacional?No primeiro momento, ele entra no cenário da Educação como umelemento de conciliação, que visa a prevenir os possíveis conflitos,que possam surgir na esfera acadêmica.235 No segundo momento,esgotadas todas as possibilidades de compor ou harmonizar os con-flitos na sede administrativa ou conciliatória, cabe aos atores da rela-ção jurídica recorrer à Justiça, para solução judicial.
3. Conceito de Direito EducacionalPodemos identificar dois temas fundamentais para teoriado Direito Educacional: primeiro a conceituação; segundo as re-lações jurídicas. Uma questão que, tão logo se apresenta é, semdúvida, a escolha da expressão “direito educacional”. E, numsegundo momento, a definição ou conceito desse novo ramo daciência jurídica, mas sem a pretensão de traçar barreiras ou apre-sentar definições, que possam impedir a contextualização do Di-reito Educacional.221Uma questão, que logo se apresenta, é, sem dúvida, a es-colha da expressão “direito educacional”. E, num segundo mo-mento, a definição ou conceito desse novo ramo da ciência jurí
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