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ACESSE AQUI O SEU LIVRO NA VERSÃO DIGITAL! PROFESSOR Me. Welington Junior Jorge Gestão Escolar e Organização do Trabalho Pedagógico na Educação Básica https://apigame.unicesumar.edu.br/qrcode/3602 C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação a Distância. JORGE, Welington Junior. Gestão escolar e organização do trabalho pedagógico na educação básica. Welington Junior Jorge. Maringá - PR.: UniCesumar, 2021. 232 p. “Graduação - EaD”. 1. Gestão Escolar 2. Trabalho Pedagógico 3. Educação Básica. EaD. I. Título. FICHA CATALOGRÁFICA NEAD - Núcleo de Educação a Distância Av. Guedner, 1610, Bloco 4 Jd. Aclimação - Cep 87050-900 | Maringá - Paraná www.unicesumar.edu.br | 0800 600 6360 Coordenador(a) de Conteúdo Marcia Maria Previato de Souza Projeto Gráfico e Capa Arthur Cantareli, Jhonny Coelho e Thayla Guimarães Editoração Matheus Silva de Souza Design Educacional Ivana Martins Revisão Textual Sarah Cocato Ilustração Bruno Cesar Pardinho Fotos Shutterstock CDD - 22 ed. 370 CIP - NBR 12899 - AACR/2 ISBN 978-65-5615-270-7 Impresso por: Bibliotecário: João Vivaldo de Souza CRB- 9-1679 DIREÇÃO UNICESUMAR NEAD - NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA Diretoria Executiva Chrystiano Mincoff, James Prestes, Tiago Stachon Diretoria de Design Educacional Débora Leite Diretoria de Graduação e Pós-graduação Kátia Coelho Diretoria de Cursos Híbridos Fabricio Ricardo Lazilha Diretoria de Permanência Leonardo Spaine Head de Curadoria e Inovação Tania Cristiane Yoshie Fukushima Head de Produção de Conteúdo Franklin Portela Correia Gerência de Contratos e Operações Jislaine Cristina da Silva Gerência de Produção de Conteúdo Diogo Ribeiro Garcia Gerência de Projetos Especiais Daniel Fuverki Hey Supervisora de Projetos Especiais Yasminn Talyta Tavares Zagonel Supervisora de Produção de Conteúdo Daniele C. Correia Reitor Wilson de Matos Silva Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho Pró-Reitor Executivo de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva Pró-Reitor de Ensino de EAD Janes Fidélis Tomelin Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi EXPEDIENTE Neste mundo globalizado e dinâmico, nós tra- balhamos com princípios éticos e profissiona- lismo, não somente para oferecer educação de qualidade, como, acima de tudo, gerar a con- versão integral das pessoas ao conhecimento. Baseamo-nos em 4 pilares: intelectual, profis- sional, emocional e espiritual. Assim, iniciamos a Unicesumar em 1990, com dois cursos de graduação e 180 alunos. Hoje, temos mais de 100 mil estudantes espalhados em todo o Brasil, nos quatro campi presenciais (Maringá, Londrina, Curitiba e Ponta Grossa) e em mais de 500 polos de educação a distância espalhados por todos os estados do Brasil e, também, no exterior, com dezenas de cursos de graduação e pós-graduação. Por ano, pro- duzimos e revisamos 500 livros e distribuímos mais de 500 mil exemplares. Somos reconhe- cidos pelo MEC como uma instituição de exce- lência, com IGC 4 por sete anos consecutivos e estamos entre os 10 maiores grupos educa- cionais do Brasil. A rapidez do mundo moderno exige dos edu- cadores soluções inteligentes para as neces- sidades de todos. Para continuar relevante, a instituição de educação precisa ter, pelo menos, três virtudes: inovação, coragem e compromis- so com a qualidade. Por isso, desenvolvemos, para os cursos de Engenharia, metodologias ati- vas, as quais visam reunir o melhor do ensino presencial e a distância. Reitor Wilson de Matos Silva Tudo isso para honrarmos a nossa mis- são, que é promover a educação de qua- lidade nas diferentes áreas do conheci- mento, formando profissionais cidadãos que contribuam para o desenvolvimento de uma sociedade justa e solidária. BOAS-VINDAS MEU CURRÍCULO MINHA HISTÓRIA Olá, acadêmico(a) do curso de licenciatura em Pedagogia EaD da Unicesumar! Tudo bem contigo? Antes de apresentar o livro de Gestão Escolar e Organiza- ção do Trabalho Pedagógico na Educação Básica, quero contar a minha experiência com a educação. Confesso que foi algo desafiador. Tinha poucas motivações e até mesmo apoio das pessoas à minha volta, afinal, eles sempre ques- tionaram a razão de ser professor. Assim, a pergunta que se repetia constantemente era: com tantas profissões para você escolher, por que ser professor? No entanto, essa questão não fazia sentido, pois eu fazia parte de uma fa- mília de professores (duas irmãs, primos e tios). Reuniões de família sempre pareciam um verdadeiro conselho de classe: eram professores das mais diversas áreas falando de seus respectivos alunos. Depois de muitas tentativas em outras graduações, esco- lhi aquilo que me faria bem e, consequentemente, teria condições de exercer com excelência. Sempre digo que nada é melhor do que acordar, trabalhar e fazer o que realmente gosta. Assim, ao tomar a decisão de seguir a área da educação, ou seja, fazer uma licenciatura, teve início outro desafio: escolher o campo de atuação. Não é fácil escolher um curso ao qual você deseja seguir para o resto da sua vida. Nesse contexto, eu comecei a fazer um planejamento e selecionei os cursos de meu interesse. Ba- sicamente, eram: História, Sociologia, Filosofia, Matemática e Pedagogia. Após o levantamento, li sobre cada curso, o que estudava, quais disciplinas eram ofertadas, qual era a proposta, campo de atuação e mercado de trabalho. Por fim, a minha primeira graduação foi em Ciências So- ciais. Depois do término, percebi que ficaram duas lacunas: contexto histórico e metodologias e práticas de ensino. Ao ingressar no mestrado em Educação, tive a certeza de que era isso o que realmente gostaria de fazer: poder colaborar com o processo de ensino e aprendizagem nas mais diver- sas áreas da educação. Contudo, ainda faltava a formação basilar, que era constituída pela Pedagogia e pela História. Diante disso, continuei os meus estudos no mestrado e, logo depois, cursei Pedagogia e História. Aqui você pode conhecer um pouco mais sobre mim, além das informações do meu currículo. http://lattes.cnpq.br/4561467918248070 IMERSÃO RECURSOS DE Quando identificar o ícone de QR-CODE, utilize o aplicativo Unicesumar Experience para ter acesso aos conteúdos on-line. O download do aplicati- vo está disponível nas plataformas: Google Play App Store CONCEITUANDO Ao longo do livro, você será convida- do(a) a refletir, questionar e trans- formar. Aproveite este momento! EXPLORANDO IDEIAS Ao longo do livro, você será convida- do(a) a refletir, questionar e trans- formar. Aproveite este momento! Ao longo do livro, você será convida- do(a) a refletir, questionar e trans- formar. Aproveite este momento! PENSANDO JUNTOS EU INDICO Ao longo do livro, você será convida- do(a) a refletir, questionar e trans- formar. Aproveite este momento! Ao longo do livro, você será convida- do(a) a refletir, questionar e trans- formar. Aproveite este momento! REALIDADE AUMENTADA Ao longo do livro, você será convida- do(a) a refletir, questionar e trans- formar. Aproveite este momento! PÍLULA DE APRENDIZAGEM Ao longo do livro, você será convida- do(a) a refletir, questionar e trans- formar. Aproveite este momento! RODA DE CONVERSA https://apigame.unicesumar.edu.br/qrcode/3881 Como podemos gerar uma curiosidade no aluno sobre o assunto que será apre- sentado? Nossa proposta é a de que você construa um texto dentro do ciclo de aprendizagem da Unicesumar, a fim de apresentar a disciplina para o aluno. Para tanto, alguns recursos podem ser utilizados. a. Storytelling. b. Enredo de filme/documentário. A gestão escolar passou por vários desafios e, dentre eles, está a visão administrativa. Modelos da administração ficaram acentuados dentro dos ambientes escolares. São eles: o fordismo, taylorismo e toyotismo. Levando em consideração o percurso histórico, qual é a importância de uma gestão escolar democrática? Os anos de 1980 e 1990 foram fundamentaispara o estabelecimento de uma gestão es- colar democrática. Dentre os acontecimentos ocorridos nesse período, podemos destacar a Constituição Federal de 1988 e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, a Lei nº 9.394/96. Com o estabelecimento das questões legais, foi fortalecida a participação de professores, alunos, pais e responsáveis, ou seja, a comunidade escolar. Assim, foi cons- truída uma escola aberta ao diálogo, a fim de garantir melhorias para um local público e de qualidade. Pensando nas instâncias colegiadas presentes na gestão escolar democrática, indique quais ações efetivas podem ser desenvolvidas pelo grêmio estudantil. Considerando a sua passagem pela educação básica, você participou da constituição de al- gum grêmio estudantil ou até mesmo votou nas eleições organizadas pelos alunos? Qual é a sua visão sobre a participação política nas decisões que cercam os interesses estudantis? Você, como membro do grêmio estudantil, quais ações poderia propor para a equipe diretiva, pensando em uma escola em que pais e alunos tivessem uma maior interação? Considerando o seu conhecimento e o que você estudará na disciplina “Gestão Escolar e Organização do Trabalho Pedagógico na Educação Básica”, é possível destacar a importân- cia de uma gestão escolar democrática e participativa. Por isso, as instâncias colegiadas assumem um papel de grande importância na escola, tendo em vista que permitem que gestor, alunos, professores, pais e responsáveis trabalhem constantemente em busca de uma escola que cumpra a sua função social e venha a ser uma instituição que transforme toda a sociedade. INICIAIS PROVOCAÇÕES GESTÃO ESCOLAR E ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO NA EDUCAÇÃO BÁSICA PERCURSO HISTÓRICO DA GESTÃO ESCOLAR GESTÃO DEMOCRÁTICA NA ESCOLA APRENDIZAGEM CAMINHOS DE 1 3 2 LEGISLAÇÃO NA GESTÃO ESCOLAR 4 5 ORGANIZAÇÃO PEDAGÓGICA DA ESCOLA: CURRÍCULO, PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO GESTÃO ESCOLAR DIGITAL 9 49 89 133 177 1Percurso Histórico da Gestão Escolar Me. Welington Junior Jorge Na Unidade 1, você terá a oportunidade de aprofundar a proble- matização sobre o tema Gestão Escolar e os avanços no decorrer da história no Brasil; além das teorias referentes à Administração Científica, que foi base da construção da Gestão Escolar, já que o(a) gestor(a) precisava desta visão técnica para administrar a escola. Também, discutiremos o tema das dimensões que cercam a escola, sendo elas: econômica, pedagógica, política e cultural. É importante entendermos todas essas questões na hora de desenvolver um bom trabalho como gestor. Ainda, você terá a possibilidade de relacionar os principais aspectos que envol- vem os fundamentos da Gestão Escolar no decorrer da história no Brasil e como desenvolver o trabalho pedagógico dentro do contexto da Gestão Democrática. UNIDADE 1 10 Durante nossa jornada como alunos da Educação Básica, tivemos a oportunidade de conhecer vários gestores escolares, entre eles, diretores(as), coordenadores(as), supervisores(as) e outros que compõem a equipe diretiva da escola, não é mesmo? Você se lembra, por exemplo, da sala do(a) diretor(a)? Muitas vezes, ela era vista como algo inacessível, certo? Quando éramos chamados para falar com o(a) diretor(a) ou com algum(a) outro(a) gestor(a), já pensávamos que levaríamos uma bronca ou algo assim, mas, alguma vez, você parou para observar a importância desse(a) profissional e sua função dentro da escola? Nos anos de 1980 e 1990, foi fundamental, para os estabelecimen- tos de ensino uma Gestão Escolar Democrática. Porém, para serem colocadas em prática essas garantias, eram necessários dispositivos legais que sustentavam a obrigatoriedade da Gestão Democrática. Com a Constituição de 1988 e a Lei de Diretrizes e Bases da Edu- cação Nacional – Lei 9.394/96, foi possível dar os primeiros passos para uma proposta democrática, ou seja, com o estabelecimento das questões legais, foi possível uma escola aberta ao diálogo, bus- cando melhorias para uma escola pública e de qualidade. Nada melhor do que estudarmos a teoria e colocarmos em prática tudo o que aprendemos, não é mesmo? Para isso, contudo, é fundamental ficar atento a al- gumas questões. No decorrer desta unidade, falarei sobre o contexto histórico da Gestão Escolar, ou seja, precisamos recorrer às aulas de História para focar nas Teorias da Administração e para entender como as instituições de ensino funcionavam, por isso, desenvolva uma tabela apontando qual é a função de um administrador dentro de um empresa, o que ele faz? Vamos lá! Em 1996, tivemos a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB 9.394/96 que trouxe mudanças significativas para a educação brasilei- ra. A partir dela, surge um novo olhar para a Gestão Escolar. No entanto, antes da LDB, como as escolas eram administradas? Que papel o(a) pedagogo(a) exercia na escola? E, hoje, que função exerce? Reflita sobre isso e continue lendo para descobrir um pouco mais sobre esse assunto. 11 UNICESUMAR Você, como acadêmico(a) de Pedagogia, deve imaginar quantas atribuições tem o pedagogo(a), não é mesmo? Pois bem, dentro deste universo que podemos chamar de escola, algumas dimensões estão presentes de forma muito clara, são elas: econômica, pedagógica, política e cultural. Pensando nisso, como podemos entender o papel do(a) gestor(a) nessas dimensões? Na dimensão econômica, podemos destacar a responsabilidade de organização e estruturação, ou seja, os recursos financeiros. A dimensão pedagógica está voltada para a aplicabilidade da educação em si, possibilitando que os(as) docentes tenham condições de desen- volver suas atividades. Quanto à dimensão política, temos o relacionamento com o sistema educacional e suas hierarquias e a própria sociedade, a qual vê a escola como um instrumento de mudança social. A cultural, como o próprio nome já diz, tem relação com os valores, a qualidade de vida e o desenvolvimento humano. Partindo desse entendimento, como um(a) bom(a) gestor(a) pode desen- volver suas atividades? É possível determinar apenas uma dimensão como a mais importante? Existem outras dimensões que poderiam estar presentes de acordo com o que estudamos nesta unidade? DIÁRIO DE BORDO UNIDADE 1 12 PERCURSO HISTÓRICO DA GESTÃO ESCOLAR Caro(a) aluno(a), nesta primeira unidade, você fará um estudo contextualiza- do sobre a influência da Administração e a função do(a) pedagogo(a) como gestor(a) ligada, diretamente, às necessidades do Capitalismo. No decorrer dos estudos, você precisa entender que a gestão passou – e ainda passa – por influências do mundo do trabalho. Sendo assim, é de extrema importância que façamos uma breve abordagem histórica para entendermos essa trajetória. Vale destacar, analisando a história e as discussões apresentadas nesta unidade, que o modelo de produção taylorista/fordista influenciou muito a área da educação, pois, do mesmo modo que se exigia dos operários nas fá- bricas e/ou indústrias, exigia-se dos professores nas escolas. A padronização do trabalho, a agilidade, a economia de tempo e dinheiro estavam interligadas nessa forma de aplicação tanto do trabalho quanto da educação. Por muito tempo, a escola foi vista como uma extensão da indústria, e a forma de ad- ministrar era bem parecida. É importante que você, aluno(a) de Pedagogia, entenda que o processo de gestão é fundamentado e conduzido segundo uma determinada concepção de educação e sociedade e, também, que ele não ocorre de forma neutra e descontextualizada. Ao estudar os períodos históricos, fica clara a influência do Estado nas decisões do(a) gestor(a)/diretor(a), ou seja, a forma com que se governa também reflete na escola. Desse modo, devemos compreender a escola como um local que tenha condições de transformar a sociedade não apenas com viés científico, mas, também, social, cultural, político e econômico. Nesta unidade, trabalharemos a trajetória da Gestão Escolar, com suas im- plicaçõeshistóricas, desde o modelo fordista/taylorista até os dias atuais; e as características do gestor e suas ramificações. Concebemos, assim, este material como um importante auxiliador no processo de ensino-aprendizagem e que os alunos poderão utilizar para esclarecer suas dúvidas quanto aos processos. Aproveite a jornada, e desejo a você uma ótima leitura. Bons estudos! 13 UNICESUMAR CONTEXTO HISTÓRICO DA GESTÃO ESCOLAR Se você finalizou seus estudos antes do ano de 1996, pode ter uma visão de insti- tuição escolar diferente da dos dias atuais, isso porque a legislação, que veremos na Unidade 2, apresenta os avanços que a Gestão Escolar teve no decorrer do tempo. Neste momento, precisamos ficar atentos à questão da figura do(a) administra- dor(a) na escola, focando suas atribuições e competências de sua função. Para que facilitar a compreensão, imagine a escola como uma empresa. Desta forma, sur- gem alguns questionamentos: o que a empresa visa? Quais são os seus interesses? E em relação a custo e despesas? Devo ressaltar que a disciplina é Gestão Escolar, porém a ideia de administrador(a) esteve muito presente no decorrer da história. Estudaremos o Fordismo, Taylorismo e Toyotismo. Abordaremos, tam- bém, alguns teóricos da Administração. Você pode pensar “qual é a relação dos conceitos?”, mas devemos lembrar que a Gestão é uma linha da Admi- nistração, por isso, entenderemos como funciona essa teoria. É necessário levar em consideração que existem várias outras linhas de pesquisa na área da Administração, porém compreenderemos, apenas, algumas delas e qual a sua relação com a Gestão Escolar. O Taylorismo e o Fordismo tinham como objetivo eliminar o desperdício, tirar o maior proveito possível de todos os recursos, reduzir os custos de produção e o tempo e gerar maior lucro para os donos das fábricas. Isso também acontecia nas escolas, tendo em vista que a valorização não estava na qualidade do traba- lho ofertado, e, sim, na quantidade de atividades passadas aos profissionais que, consequentemente, repassavam aos estudantes. Um aspecto importante do mo- delo taylorista/fordista foi o controle do tempo para que a maior produtividade possível fosse alcançada pelos operários. Os trabalhadores eram supervisionados e controlados todos os dias. Da mesma forma, isso ocorria nas escolas. Também conhecida como Teoria da Administração Científica, o Taylorismo, idealizado por Frederick Winslow Taylor, tinha a intenção de aplicar a Ciência à Administração para garantir um melhor custo/benefício às empresas da época. UNIDADE 1 14 “ Taylor propôs a ideia de uma gerência que criasse, através de mé-todos de experimentação do trabalho, regras e maneiras padrões de executar o trabalho. Essas regras padrões seriam obtidas pela melhor equação possível entre tempo e movimento. Para Taylor a garantia da eficiência era papel fundamental da gerência. Assim, criava-se métodos padronizados de execução que deveriam otimi- zar a relação entre tempo e movimento (RIBEIRO, 2015, p. 66). Já Henry Ford, idealizador do Fordismo, ao racionalizar a produção, idealizou e efetivou a linha de montagem, tendo a esteira mecânica como maior exemplo. Dessa forma, permitiu uma produção em série, em que se é possível produzir em grande escala, consolidando, assim, um sistema de produção altamente explora- tório. Sobre o Fordismo, Manuel Castells afirma que: “ O modelo de produção em massa, ou simplesmente fordismo, fun-damentou-se em ganhos de produtividade obtidos por economias de escala em um processo mecanizado de produção padronizada com base em linhas de montagem, sob as condições de um grande mercado por uma forma organizacional específica: a grande empresa estruturalizada nos princípios de integração vertical e na divisão so- cial e técnica institucionalizada de trabalho. Esses princípios estavam inseridos nos métodos de administração conhecidos como tayloris- mo e organização científica do trabalho (CASTELLS, 1999, p. 212). No Toyotismo, a principal característica é o modelo de produção just in time (produção por demanda), que se refere ao trabalho realizado em equipe e não mais individualizado, como nos modelos taylorista e fordista. “ Poderíamos até afirmar que o toyotismo é o modo de organização do trabalho e da produção capitalista adequado à era das novas máquinas da automação flexível, que constituem uma nova base técnica para o sistema do capital, e da crise estrutural de superpro- dução, com seus mercados restritos. Entretanto, cabe salientar que toyotismo é meramente uma inovação organizacional da produção capitalista sob a grande indústria, não representando, portanto, uma nova forma produtiva propriamente dita (ALVES, 2007, p. 246). 15 UNICESUMAR O processo de qualidade anterior dá lugar ao controle interno, feito pelo próprio operário. No Toyotismo, passa a vigorar o trabalhador polivalente e multifuncio- nal, que consegue operar diversas máquinas de forma simultânea. Dentro do conceito de Administração, algumas ideias precisam ficar bem claras para compreender o que é uma Gestão Escolar com características admi- nistrativas, por isso, três conceitos são fundamentais para você, acadêmico(a), compreendê-la, são eles: Taylorismo, Fordismo e Toyotismo. “ Taylorismo: um exemplo dos métodos de Taylor foi a expe-riência na qual demonstrou que a produtividade mais elevada resulta da minimização do esforço muscular. Essa é uma das ideias fundamentais da ad- ministração científica: a produ- tividade resulta da eficiência do trabalho e não da maximização do esforço. A questão não é tra- balhar duro, nem depressa, nem bastante, mas trabalhar de for- ma inteligente (MAXIMIANO, 2011, p. 67). Figura 1 – Frederick Winslow Taylor Fonte: Wikimedia Commons (2005, on-line). “ Fordismo: na produção massificada, o produto é dividido em partes e o processo de fabricá-lo é dividido em etapas. Cada etapa do processo produtivo corresponde à montagem de uma parte do produto. Cada pessoa e cada grupo de pessoas, num sistema de pro- dução em massa, tem uma tarefa fixa dentro de uma etapa de um processo predefinido. A divisão do trabalho implica a especialização do trabalhador (MAXIMIANO, 2018, p. 76). UNIDADE 1 16 “ Toyotismo: o Sistema Toyota de Produção está ancorado na filo-sofia da “eliminação completa de todo e qualquer desperdício”. Para eliminar desperdícios, os proces- sos produtivos implementados pe- los fundadores da Toyota incorpo- raram, desde o início, os embriões dos dois princípios fundamentais do TPS: Jidoka e just-in-time (MAXIMIANO, 2011, p. 176). Figura 2 - Henry Ford com Modelo T em 1921 Fonte: Wikimedia Commons ([2020], on-line). Figura 3 – Kiichiro Toyoda Fonte: Wikipedia (2013, on-line). 17 UNICESUMAR TEORIAS CLÁSSICAS DA ADMINISTRAÇÃO As duas principais teorias clássicas da Administração são a de Taylor e a de Fayol. É importante ressaltar que uma está relacionada à divisão de tarefas, e a outra, focada na departamentalização. Agora, veremos mais a fundo as teorias. Teoria Clássica de Fayol (1841-1925) Para Henri Fayol, o conjunto das operações de toda empresa pode ser divi- dido em seis grupos, sendo: 1. Operações técnicas: produção, fabricação, transformação. 2. Operações comerciais: compras, vendas, permutas. 3. Operações financeiras: procura e gerências de capitais. 4. Operações de segurança: proteção de bens e de pessoas. 5. Operações de contabilidade: inventários, balanços, preços de cus- to, estatística etc. 6. Operações administrativas: previsão, organização, direção, coor- denação e controle (FAYOL, 1989, p. 23). Limita-se a estudar a Administração como ciência que formata e estrutura as organizações. Tem seu foco principal na organização formal, nos princípios gerais da Administração e nas competências do administrador. De acordo com Antônio Cesar Amaru Maximiano, Fayol estabeleceu: O presente vídeo tem como proposta apresentar as principais ideias dos teóricos res- ponsáveis por reinventaros processos produtivos dentro das suas particularidades. Com o avanço das indústrias, era necessário repensar os meios de produção. Com o avanço do capitalismo, as indústrias precisam produzir mais com o menor custo, sen- do necessário criar formas para que tal feito fosse colocado em prática. https://www.youtube.com/watch?v=Knm9GPIuewQ EXPLORANDO IDEIAS UNIDADE 1 18 Figura 4 – Teorias da Administração / Fonte: adaptado de Maximiano (2011). 19 UNICESUMAR Teoria Clássica de Taylor (1856-1915): Administração Científica Para compreender melhor a teoria proposta por Taylor, é importante destacar a contagem do tempo ao executar cada operação e de que forma o operário a realizava. Quando identificava-se uma forma mais rápida de se fazer algo, os outros operários precisavam realizá-la da mesma forma, havendo uma sin- tonia no tempo e movimento da sua execução. A essência da teoria de Taylor é fazer com que se siga os métodos, garantindo a agilidade e, consequente- mente, a produtividade, ou seja, sua teoria permitiu que, dentro da linha de produção, fossem localizadas as lacunas (desperdícios) para (re)inventar uma outra forma de fazer. Vimos, até aqui, conceitos básicos para compreender a Administração. Vale destacar que a nossa disciplina é de Gestão Escolar e Organização do Trabalho Pedagógico na Educação Básica, e as teorias anteriormente apresen- tadas foram fundamentais para compreender como as questões técnicas esti- veram presentes na escola. É importante dizer que a escola precisa de um(a) gestor(a), porém, como veremos durante toda a disciplina, não se pode deixar de lado as ações pedagógicas, por isso, o equilíbrio entre ambos os conceitos precisam estar em sintonia. Título: Tempos Modernos Ano: 1936 Sinopse: não é possível falar de linha de produção, exploração do trabalho, supervisão das atividades, baixos salários, alta jornada de trabalho, sem falar do filme Tempos Modernos de Charles Cha- plin. O filme retrata bem a condição de trabalho dentro de uma indústria, por meio de uma linha de montagem que acelera a todo momento, obrigando os operários seguir o seu ritmo. Embora lan- çado em 1936, a produção cinematográfica é muito atual, já que faz discussões que persistem até os dias de hoje. EU INDICO UNIDADE 1 20 A atuação do pedagogo em diferentes períodos da história A Administração Escolar sofreu as influências da expansão da nossa sociedade e da racionalização do trabalho. Integrou-se ao campo de estudos e pesquisas, desenvolvendo-se como um dos fatores utilizados para atender às necessida- des do desenvolvimento econômico. Com o passar do tempo, no contexto da democratização da sociedade, as novas exigências das relações de trabalho requerem formação diferenciada dos trabalhadores, mas, principalmente, dos gestores. A gestão dos processos educacionais se encontra nos vários modos de organização da sociedade civil, nas suas representações políticas e econômicas, produzindo novas culturas de organização e de administração institucional. No final da primeira República, no início da Era Vargas, a sociedade passou por uma crise de agroexportação. A modernidade é impulsionada pela indus- trialização e pela mudança na organização social com impacto na urbanização (ANDREOTTI, 2006). A partir desse momento, o que marca a política é um Estado que intervém na economia e em todos os processos administrativos. As novas formas de produção e de conflitos sociais colocam a educação como pro- pulsora do progresso e da integração social, visando a adaptação dos cidadãos às formas de reestruturação do trabalho. A escola precisava se adaptar a tais mudanças, exigindo ampliação e reorganização da administração, da educação e da escola (ANDREOTTI, 2006). A sociedade depositava na escola as expectativas de superação dos proble- mas sociais. Assim, a educação e, mais precisamente, a escola deveriam repensar os seus objetivos e, consequentemente, a sua forma de administrar as ações cotidianas para atender aos interesses políticos da sociedade, que transferia a responsabilidade de salvadora dos problemas econômicos. É necessário com- preender que a escola começa a atender as demandas do mercado, isso ficará mais claro a seguir. Ao dar continuidade na leitura do livro didático, é importante conhecer os períodos históricos da sociedade brasileira, para que fique fácil a compreensão das mudanças ocorridas na escola. A formação do pedagogo ganha destaque no Brasil a partir de 1964. Até esse momento, havia a hierarquização das funções, como administração, supervisão, planejamento e inspeção escolar. Assim, a atuação do pedagogo consistia em 21 UNICESUMAR direcionar e controlar o processo escolar. Imperava o autoritarismo, a estru- tura verticalizada, a falta de diálogo entre os profissionais que ensinavam em uma mesma instituição, entre outras características que constituíam o Regime Militar (SOUZA; TAVARES, 2014). A figura do profissional técnico foi rompida com a profissionalização do pe- dagogo, deixando de ser um especialista para ser o pedagogo unitário. “ Esse pedagogo unitário é a síntese proposta ou sonhada de um pro-fissional que tenha uma sólida formação teórica, um compromisso político e uma clareza das questões sociais emergenciais que se põem diante da escola. É um profissional que, aliado ao professor, enfrenta al- guns desafios que a realidade impõe (URBANETZ; SILVA, 2008, p. 45). Por isso, é necessário conhecer os processos da Administração no ambiente esco- lar, o supervisor, coordenador, inspetor, orientador, que partiam das propostas da Administração, passam a assumir uma única formação, envolvendo várias áreas do conhecimento. O modelo de produção taylorista/fordista influenciou muito a área da edu- cação, pois, do mesmo modo que se exigia dos operários nas fábricas e/ou indús- trias, exigia-se dos professores nas escolas. Esse modelo era baseado na padroni- zação do método de trabalho e das ferramentas utilizadas, tendo como finalidade atender às demandas educacionais de trabalhadores e dirigentes, definindo os limites entre ações intelectuais e instrumentais, determinando as funções de cada um no processo (PREVITALLI; SILVA, 2009). Para atender à demanda na formação dos profissionais, a educação foi recebi- da como fundamento para o desenvolvimento econômico, assumindo caracterís- ticas do modelo produtivo taylorista/fordista, já que era necessária a qualificação em massa dos trabalhadores. Com a Reforma Universitária de 1968, o planejamento e a execução na escola ficam a cargo do pedagogo-especialista, sendo esse o responsável pelo planeja- mento, controle e avaliação (BRZEZINSKI, 1996). Na escola, havia os profissio- nais que pensavam e os que executavam as tarefas propostas, isto é, cada um rea- lizava a sua função de forma fragmentada, não interferindo na função do outro. Dessa forma, com a incorporação do modo organizacional taylorista/fordista, a escola consolida uma função reprodutora da sociedade capitalista. UNIDADE 1 22 Com a crise da década de 1970, a estagnação da economia que afetou os países desenvolvidos, o baixo crescimento dos mercados, a sua instabilidade e a eleva- ção da concorrência internacional colocaram dificuldades ao sistema taylorista/ fordista. As mudanças no setor de produção, principalmente, aquelas ligadas ao setor financeiro, e o deslocamento para o setor de serviços acarretaram em mu- danças profundas no modelo de produção. Assim, passa a ser utilizado um novo modelo de produção, conhecido como Toyotismo (PREVITALLI; SILVA, 2009). Com esse novo modelo de produção, uma nova Pedagogia se faz necessária, pois a nova organização do trabalho exige novas competências. A partir dos prin- cípios toyotistas, um diferente tipo de profissional chega à escola, em função do novo método flexível de organização, gestão e trabalho. O professor passa a ser visto como parceiro da escola, podendo dar sua opinião, suas ideias e sugestões em relação aos quesitosadministrativos e pedagógicos de sua escola. REDEMOCRATIZAÇÃO DO BRASIL Fonte: Agência Brasil (2010, on-line). 23 UNICESUMAR A democratização do Estado para a administração da educação manteve as características de centralização, controle e fiscalização. À escola, como instituição social, foi cobrada maior eficiência, produção e qualidade para atender às novas formas de produção e a adequação do trabalhador ao mundo globalizado. Para esses quesitos, sustenta-se a necessidade de gerenciamento da educação por pro- fissionais capacitados, competentes e eficientes. Significa assegurar que a escola precisa de um(a) gestor(a) que atue como um gerente de uma empresa. Na sociedade atual, há uma reordenação da produção impulsionada pela tec- nologia, a qual requer novas formas de administrar para atingir os mesmos fins, e, assim, reveste-se de determinadas aparências para atrair os interesses dos dife- rentes grupos sociais. A gestão da educação e da escola passa a ser caracterizada com a visão da democracia, da descentralização, da autonomia e da participação. “ Novos desafios e exigências são apresentados à escola, que recebe o estatuto legal de formar cidadãos com capacidade de não só enfrentar esses desafios, mas também de superá-los. Como consequência, para trabalhar em educação, de modo a atender essas demandas, torna-se imprescindível que se conheça a realidade e que se tenha as compe- tências necessárias para realizar nos contextos educacionais os ajustes e mudanças de acordo com as necessidades e demandas emergentes no contexto da realidade externa e no interior da escola. No contex- to dessa sociedade, a natureza da educação e as finalidades da escola ganham uma dimensão mais abrangente, complexa e dinâmica e, em consequência, o trabalho daqueles que atuam nesse meio. O objetivo maior da comunidade educacional revela-se, portanto, o de se esta- belecer uma comunidade de ensino efetivo, onde persevere, coletiva- mente, não somente o ideal de ensinar de acordo com o saber produ- zido socialmente, mas o de aprender, em acordo com os princípios de contínua renovação do conhecimento, criando-se um ambiente de contínuo desenvolvimento para alunos, professores, funcionários e é claro, os gestores. O conhecimento da realidade ganha novas perspec- tivas: a organização do projeto político-pedagógico da escola e o seu currículo; o papel da escola e o desempenho de seus profissionais, que devem renovar-se e melhorar sua qualidade continuamente, tendo o aluno como centro de toda a sua atuação (LÜCK, 2009, p.16). UNIDADE 1 24 Aos administradores escolares, é conferida a importância estratégica como cons- trutores do movimento democrático. Isso quer dizer que os gestores desempe- nham papéis de coordenação, motivação e influência para compartilhar as ações – que são do poder público –com a família e com os que trabalham na escola e, desse modo, responsabilizam-se pelo “ônus” da manutenção da escola e da reso- lução dos problemas educacionais (CARVALHO, 2009). O trabalho dos gestores escolares tem se revelado tanto como fortalecedor de ações que buscam a garantia dos direitos fundamentais das crianças e dos adolescentes quanto como inibidor de iniciativas inovadoras, reforçando a in- ternalização das estruturas sociais vigentes. É importante ressaltar que é quase inconcebível qualquer outra forma de gestão que não a democrática. Entretanto, apesar dos discursos sobre gestão participativa e outras propostas democráticas, os elementos do modelo racio- nal-burocrático permanecem na gestão escolar. É preciso ter consciência que as forças econômicas e sociais, assim como as ferramentas políticas e intelectuais, são construídas nas relações, tendo as elites dominantes como ponto de apoio às aspirações e expectativas de determinados grupos. O QUE É GESTÃO ESCOLAR? A Teoria da Administração que influenciou a gestão da educação no contexto brasileiro, nos anos 60, foi a Administração Científica e Gerencial de Fayol e Taylor, com seus princípios no enfoque organizacional. A principal preocupa- ção de Taylor era com o controle do operário. Pensando a partir da doutrina de Fayol, consolidamos a formulação teórica que identifica a escola como uma grande empresa e estudamos uma administração que seja aplicável à escola como a qualquer outra empresa. Para o autor, a administração tem seus fundamentos em três elementos básicos, e são eles: ■ A racionalização do trabalho. ■ A divisão do trabalho. ■ O interesse no trato pela administração. 25 UNICESUMAR A gestão do sistema educacional é constituí- da, basicamente, por um processo de articulação para o desenvolvimento da proposta político- -pedagógica das esco- las públicas. Entretanto, esse processo de gestão é fundamentado e con- duzido de acordo com uma determinada con- cepção de educação e de sociedade e, também, não acontece de modo neutro e descontextualizado. Sendo assim, é importante entender que pensar um processo administrativo da educação significa definir um projeto de cidadania e atribuir uma finalidade à escola que seja coerente com esse projeto (LIBÂNEO, 2015). Sander (1995, p. 55), “com o objetivo de realizar uma análise da administração da educação, apresenta uma divisão em quatro dimensões articuladas de forma dialética”, sendo elas: ■ Dimensão econômica. ■ Dimensão pedagógica. ■ Dimensão política. ■ Dimensão cultural. Para o autor, para cada uma dessas dimensões de análi- se, há, respectivamente, um critério de desempenho ad- ministrativo, sendo eles: eficiência, eficácia, efetividade e relevância. Com isso, faz-se necessário compreender as dimensões que cercam a Gestão Escolar para ser pos- sível analisar suas atribuições. https://apigame.unicesumar.edu.br/qrcode/3895 UNIDADE 1 26 Como o próprio Sander (1995) apresenta, este profissional precisa ter a com- petência econômica, ou seja, quanto maior a eficiência para captar e utilizar os recursos econômicos para atingir os objetivos do sistema educacional, maior será a competência do(a) gestor(a) nesse quesito. É fundamental que ele(a) co- nheça a origem dos recursos e como utilizá-los com responsabilidade, buscando a eficiência econômica. Como, também, é necessária a competência pedagógica: o(a) gestor(a) demonstrará sua competência neste quesito a partir da formulação de objetivos na área educacional e sua eficácia na execução, fazendo com que a equipe pedagógica, em conjunto com os professores, desenvolva suas funções de forma sincronizada. Não podemos esquecer da competência política, pela qual o(a) gestor(a) pre- cisa perceber como o ambiente externo influencia o sistema de educação e quais suas responsabilidades, criando estratégias para satisfazer as demandas políticas e sociais da comunidade escolar, já que a escola precisa cumprir a sua função social ao formar pessoas capazes de se compreenderem como cidadãos. Por fim, não menos importante, temos a competência cultural: conhecer os valores sociais, políticos e culturais, compreender e respeitar toda diversidade presente na escola, entendendo que todas as pessoas que estão ali presentes fazem parte do processo educacional e precisam ser respeitadas, independentemente das diferenças. Assim, a administração da educação somente será considerada relevante à medida que oferecer condições propícias para promover a qualidade de vida humana no sistema educacional, nas escolas e na sociedade como um todo (SAN- DER, 1995). É importante insistir nesta questão, tendo em vista que ter um am- biente agradável para se trabalhar faz toda a diferença para os profissionais da educação. A equipe precisa chegar à escola sabendo que terá condições de exercer suas atividades com eficiência. Neste vídeo, você terá o entendimento da Gestão Escolar com um viés administrativo e pedagógico: https://youtu.be/WhvyRmJatRs EXPLORANDO IDEIAS https://youtu.be/WhvyRmJatRs https://youtu.be/WhvyRmJatRs 27 UNICESUMAR Perfil do gestor Você deve imaginar: é possívelestabelecer um perfil de gestor? A resposta é “sim”! Porém, não se transforma em um(a) gestor(a) do dia para noite, é necessário muito estudo e dedicação, afinal esse profissional precisa estar aberto ao diálogo, construindo, assim, uma escola que possibilite um ambiente sau- dável para todos. Docentes, discentes, equipe pedagógica, operacional, pais e fornecedores pre- cisam se deparar com um ambiente organizado, por isso, são fundamentais alguns elementos para a administração escolar. Ainda de acordo com Sander (1995), são elementos da administração escolar e de responsabilidade do(a) gestor(a): Planejamento: para elaborar o planejamento, o(a) gestor(a) deve partir do conhecimento da realidade na qual o processo educativo se desenvolverá, isto é, do conhecimento da comunidade escolar do seu entorno. Para essa efetivação, é preciso que se realize uma coleta de informações significativas desta realidade e, a seguir, se faça a análise e interpretação delas, transfor- mando-as em subsídio ao planejamento que resultará no documento deno- minado projeto político-pedagógico da escola. Organização: o(a) gestor(a) é o(a) responsável por determinar as funções de cada funcionário. Deve, também, tomar providências quanto aos recursos físicos, materiais e financeiros que garantam o êxito das ações desenvolvidas pela escola. Nas escolas públicas, a estrutura do sistema educacional já é estabelecida. Qualquer alteração que venha a ser proposta pela escola deve acontecer por meio de seu colegiado e necessita de aprovação dos órgãos competentes. Com relação à seleção de pessoal, é realizada por meio de concurso público, e suas atribuições já fazem parte de estatutos da categoria. Porém, na estruturação da instituição escolar, é preciso superar a ruptura existente entre quem faz a escola e quem se beneficia de seus serviços. UNIDADE 1 28 Neste vídeo, a Professora Heloísa Lück falará sobre as dimensões em gestão escolar e suas competências: https://youtu.be/Ii67fV1Wp74 EXPLORANDO IDEIAS Assistência à execução: o diretor deve sempre verificar se todos os recur- sos necessários estão disponíveis antes de iniciar a execução da atividade educativa, para possibilitar aos executores, funcionários da escola, o pleno desenvolvimento de suas atribuições sem prejuízos dos serviços prestados por eles. Durante a execução, o diretor deve ter uma postura de acompanha- mento, apoio e cobrança, bem como de coordenação de esforços, visando ao alcance dos objetivos propostos pela escola. Avaliação dos resultados: esta etapa se realiza por meio da observação das ações, visando verificar se realmente são coerentes com os objetivos propostos, dirigem-se aos objetivos estabelecidos e até que ponto estes objetivos estão sendo alcançados. Deve ocorrer em termos quantitativos e qualitativos. Em termos quantitativos, devem ser considerados: o número total de matrículas, a frequência dos alunos e dos funcionários, o rendimento escolar dos alunos e o índice de evasão escolar. Competências do(a) gestor(a): conforme vamos avançando, podemos per- ceber que as atribuições do pedagogo não são algo simples, muito pelo contrá- rio, são muitas atribuições que cercam essa função. Além das atribuições, não podemos esquecer das competências, afinal são elas que darão base para o licenciado exercer suas funções. Você consegue imaginar como um diretor precisa estar antenado a várias competências dentro de um ambiente escolar? No decorrer da leitura desta unidade, você deve estar percebendo que não é uma tarefa fácil administrar uma escola, afinal, além das questões técnicas que envolvem este cenário, é ne- cessário uma visão pedagógica para fazer com que a escola cumpra o seu papel. No decorrer do curso de Licenciatura em Pedagogia, você observará que o pedagogo pode atuar em várias frentes, não apenas em sala de aula. Podemos ir além, em ambientes não escolares como ONGs, hospitais, empresas, institutos, dentre vários outros, por isso, algumas competências são necessárias para que o(a) gestor(a) possa desenvolver a sua atividade com plenitude. 29 UNICESUMAR De acordo com Heloísa Lück, “ A competência para o exercício de uma função ou profissão pode ser vista sob duas óticas: a da função/profissão em si e a da pessoa a exercê-la. Em relação à função/profissão, competência é o conjunto sistêmico de padrões mínimos necessários para o bom desempenho das responsabilidades que caracterizam determinado tipo de ativi- dade profissional. Em relação à pessoa, constitui na capacidade de executar uma ação específica ou dar conta de uma responsabilidade específica em um nível de execução suficiente para alcançar os efeitos pretendidos. A competência envolve conhecimentos, habilidades e atitudes referentes ao objeto de ação, sem a qual a mesma é exercida pela prática do ensaio e erro. A definição de competências tem por objetivo estabelecer os parâmetros necessários, tanto para orientar o exercício do trabalho em questão, como para orientar os estudos e preparação para esse exercício. Também se constitui em um sistema de avaliação de efetividade do trabalho realizado. Em última instância, com a sua definição e aplicação, é possível promover o desenvolvi- mento organizacional e seus melhores resultados (LÜCK, 2009, p. 12). São muitas as atribuições e competências que um(a) gestor(a) precisa ter, não é mesmo? Não é possível ser um(a) gestor(a) com um olhar voltado apenas para a administração; da mesma forma que não é interessante focar apenas nas questões pedagógicas da escola. Podemos ter um olhar antagônico para essas duas áreas, por isso, a responsabilidade desse profissional é muito grande. O(A) gestor(a) é cercado(a) de docentes, discentes, equipes operacional, diretiva e pedagógica, pais e responsáveis, ou seja, é necessário ter condições de gerir todos os envolvidos, fazendo com que a escola seja um ambiente saudável para estar e trabalhar. São muitas atividades realizadas pelo(a) gestor(a)! É necessário desconstruir a imagem de um(a) diretor(a) autoritário(a) que apenas dá ordens e pouco faz. O(A) gestor(a), para gerir pessoas, precisa se deparar com desafios diários. Como já vimos até aqui, não é possível ter apenas um olhar administrativo, é preciso estar atento às questões pedagógicas. PENSANDO JUNTOS UNIDADE 1 30 TRABALHO PEDAGÓGICO NO CONTEXTO ESCOLAR Uma coisa que precisa ficar muita clara para você, acadêmico(a), é que o(a) ges- tor(a) precisa ter um entendimento de várias frentes no contexto escolar. O(A) profissional precisa ter atributos que discutirei a seguir. Neste momento, é impor- tante deixar de lado o trabalho dentro da sala de aula e partir para um viés mais administrativo, porém sem esquecer das questões pedagógicas. O(A) gestor(a) precisa estar interligado(a) a vários setores da escola, por isso, é importante es- clarecer os pontos a seguir. E agora? Gestor ou administrador? Tanto o termo gestão quanto o termo administração são de origem latina (gerere e administrare). O primeiro, gerere, tem o sentido de governar, conduzir, dirigir. O segundo, administrare, tem um significado mais específico – administrar um bem, defendendo os interesses daquele(a) que o possui –, constituindo-se em uma aplicação do administrar. Quando falamos de educação, esses termos se aplicam como uma instância inerente à prática educacional, que envolve o conjunto de normas/diretrizes e práticas que garantem, de um lado, o significado histórico do que se faz e, do outro, a união do conjunto na diversidade de sua concretização. 31 UNICESUMAR A administração da educação alcança as po- líticas, o planejamento, a gestão e a avaliação da educação. Sendo assim, concebida como uma grande coordenação de esforços para a realização da implementação de políticas e planos, a gestão passa a ser uma parte da administração. Ao(À) gestor(a), cabe uma visão amplificada, com dinamismo e boa articulação, capaz de tomar decisões e fazer avaliações. De acordo com Lücket al. (2012), o modelo eficaz de um(a) diretor(a) apresenta o seguinte perfil: Área administrativa: ■ Visão de conjunto e estratégica. ■ Conhecimento da política e da legislação educacional. ■ Competência administrativa e pedagógica. ■ Habilidades de planejamento. ■ Habilidades de manejo e controle e orçamento. ■ Habilidades de organização. ■ Habilidades de acompanhamento e monitoramento. ■ Habilidades de avaliação. ■ Habilidade de usar uma grande variedade de técnicas de solução de problemas. ■ Habilidade de resolver problemas criativamente. ■ Habilidade de tomar decisões eficazmente. Área de relacionamento interpessoal/inteligência emocional: ■ Habilidade de se comunicar eficazmente. ■ Habilidade de mobilizar a equipe escolar e comunidade local. ■ Habilidade de facilitar processos de equipe. ■ Habilidade de desenvolver equipes. ■ Habilidade de negociar e resolver conflitos. ■ Habilidade de avaliar e dar feedback ao trabalho dos outros. https://apigame.unicesumar.edu.br/qrcode/3917 UNIDADE 1 32 A comunicação do(a) bom(boa) gestor(a): A boa comunicação é de extrema importância para qualquer organização empresarial e escolar, pois o ser humano está, a todo instante, falando, gesticu- lando ou fazendo mímica para o seu interlocutor, ou seja, está estabelecendo comunicações a todo momento. “ Ao analisar o processo de comunicação, é fácil constatar que o processo deve começar pelo receptor. Este é o elemento principal no processo, uma vez que o objetivo da comunicação é o entendi- mento da mensagem. Por isso, pelo receptor facilita a decodifica- ção ao usar os apelos e termos de acordo com o público-alvo. No entanto, quando se comunica alguma coisa para várias pessoas ao mesmo tempo, a mensagem pode ser distorcida devido às dife- rentes capacidades de entendimento (LAS CASAS, 2006, p. 147). Para estabelecer boa comunicação, é preciso, primeiramente, conhecer o me- canismo de comunicação dentro de uma organização. Quando há o entendi- mento, por parte da equipe da escola, sobre o funcionamento da comunicação, as relações tendem a melhorar, tendem a ser menos conflituosas, o que facilita o trabalho de todos os profissionais dentro da instituição. DESCENTRALIZAÇÃO, DEMOCRATIZAÇÃO E INCLUSÃO Uma das coisas que o Regime Militar (1964-1985) nos mostrou no decorrer da histó- ria é que a democracia é algo muito importante e necessária dentro de uma sociedade. A Constituição Federal de 1988 nos apresentou outra forma de compreender a liber- dade, não apenas no que tange às questões políticas, embora elas sejam fundamentais dentro do contexto ao qual estamos estudando, mas o que eu quero deixar claro para vocês é que a Constituição Cidadã deu o seu primeiro passo para uma escola descen- tralizadora, inclusiva e participativa. Falar em Gestão Participativa não é algo restrito às instituições escolares, ela rompe barreiras que adentram outras esferas, sendo elas instituições públicas ou privadas, respeitando sempre suas particularidades. 33 UNICESUMAR Quando falamos em democracia dentro do ambiente escolar, devemos, princi- palmente, estar aberto ao diálogo com professores, pais ou responsáveis, alunos e todos aqueles que fazem parte da comunidade escolar. Falar em Gestão Participa- tiva é trazer conceitos fundamentais para uma boa organização escolar. A escola precisa ser vista como um ambiente diverso, em que o debate deve ser garantido como forma de expressão de pensamentos, respeitando, claro, a dignidade do próximo. Sempre devemos ter em mente que as instituições de ensino são res- ponsáveis, em conjunto com o Estado e a família, por transformar a sociedade, proporcionando valores do que é ser um bom cidadão. A proposta desta unidade é trazer esses conceitos tendo em vista que a escola não pode ser omissa na hora de formar os indivíduos para a sociedade, e o(a) ges- tor(a) precisa estar em constante diálogo para ouvir os seus anseios e necessidades e aplicá-los, de fato, dentro da sala de aula. Por isso, ser gestor(a) não é apenas administrar uma escola com viés técnico, como já discutimos anteriormente, mas também proporcionar a toda a comunidade escolar decisões que contribuirão para um bom andamento na construção da autonomia e formação das pessoas que fazem parte desse processo. De acordo com Lück (2011), a Gestão Participativa é entendida como uma forma de regular o envolvimento dos funcionários de uma organização no seu processo decisório. A gestão apresenta o conceito de participação, ou seja, do trabalho associado de pessoas que analisam situações, decidem sobre seu encaminhamento e agem sobre elas em conjunto. UNIDADE 1 34 Compete aos responsáveis pela gestão escolar promover a criação e a sus- tentabilidade de um local propício à participação total no processo social escolar dos seus profissionais, de estudantes e de seus pais, uma vez que se entende que é por essa participação que os mesmos desenvolvem consciência social crítica e sentido de cidadania. Segundo Lück et al. (2012), algumas ações importantes devem ser bus- cadas para a transformação das relações ocorridas na escola, na tentativa de se criar um local que estimule as participações da comunidade escolar. Essas ações são as seguintes: “ Criar uma visão de conjunto associada a uma ação de cooperativismo;Promover um clima de confiança;Valorizar as capacidades e aptidões dos participantes; Associar esforços, quebrar arestas, eliminar divisões e integrar esforços; Estabelecer demanda de trabalho centrado nas ideias e não em pessoas; Desenvolver a prática de assumir responsabilidades em conjunto (LÜCK et al., 2012, p. 18-19). Ainda segundo a autora, com estas novas tendências, os chefes passam a parti- cipar e dar maior apoio à autonomia e à liberdade dos seus colaboradores. Esta prática melhora a satisfação e o compromisso de todos com a escola. A Gestão Democrática se apresenta por meio da interação da escola com a comunidade, em que a cidadania é exercida pela participação da população em variados quesitos da administração escolar. Sobre a Gestão Democrática, Heloísa Lück nos diz que: “ A realização da gestão democrática é um princípio definido na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Art. 3º. Inciso VIII), e na Constituição Federal (Art. 206, inciso VI). O mesmo se assenta no pressuposto de que a educação é um processo so- cial colaborativo que demanda a participação de todos da co- munidade interna da escola, assim dos pais e da sociedade em geral. Dessa participação conjunta e organizada é que resulta a qualidade do ensino para todos, princípio da democratização da educação. Portanto, a gestão democrática é proposta como 35 UNICESUMAR condição de: i) aproximação entre escola, pais e comunidade na promoção de educação de qualidade; ii) de estabelecimento de ambiente escolar aberto e participativo, em que os alunos possam experimentar os princípios da cidadania, seguindo o exemplo dos adultos. Sobretudo, a gestão democrática se assenta na pro- moção de educação de qualidade para todos os alunos, de modo que cada um deles tenha a oportunidade de acesso, sucesso e progresso educacional com qualidade, numa escola dinâmica que oferta ensino contextualizado em seu tempo e segundo a realidade atual, com perspectiva de futuro (LÜCK, 2009, p. 70). A educação é uma ferramenta de suma importância nesse processo, tendo em vista que ela busca formar cidadãos completos nos quesitos físico, social, cognitivo e emocional. É por meio da educação que os indivíduos ampliam suas visões de mundo e se tornam críticos, reflexivos, dinâmicos, solidários, criativos e capazes de solucionarem os problemas do seu dia a dia. É impor- tante que os indivíduos se desprendam da sua condição de alienação imposta pelas elites. É preciso conceber a vida com outra visão, ou seja, ter um apro- fundamento das ideias e não olhar superficialmente os assuntos que envolvem nossa sociedade. Quando falamos em Gestão Democrática, é necessário apresentaralguns pontos para que ela realmente seja concretizada. Além de ter um(a) gestor(a) aberto(a) a ouvir os anseios da comunidade escolar, deve se fazer presente o funcionamento das Instâncias Colegiadas de forma autônoma e participativa. Quero destacar que veremos essas instâncias nas próximas unidades, mas é importante observar se o gestor proporcionou um debate para a constitui- ção do Conselho Escolar, Projeto Político-Pedagógico, Grêmio Estudantil, da Avaliação Institucional, Eleição Direta para Diretor(a). O fato de ter essas instâncias ativas não garante uma Gestão Democrática, é essencial que elas sejam realizadas de maneira coletiva e participativa. O objetivo da escola é disseminar o conhecimento científico, erudito e transformador. Deste modo, todo esforço na implantação de uma Gestão Democrática deve promover a função social da escola, que é socializar os conteúdos historicamente acumulados pela humanidade, provendo condições aos indivíduos de progredir, crescer e se desenvolver totalmente. UNIDADE 1 36 Liderança e sabedoria A liderança é uma das principais características dos(as) gestores(as). Segundo Grun (2007), o verdadeiro líder deveria se inspirar no modelo dos monges, como, por exemplo, São Bento, descrito em seu livro A sabedoria dos monges na arte de liderar pessoas. Acredita-se que, se o(a) diretor(a) se fundamentar nesses valores e atos, certamente será um(a) profissional de sucesso e um(a) líder respeitado(a) pela sua comunidade. São os conselhos de São Bento para uma boa liderança, de acordo com Grun (2007): 37 UNICESUMAR REQUISITOS PARA UMA BOA LIDERANÇA Experiência: para saber administrar, é preciso ser sábio, experimentar as coisas. Maturidade humana: está ligada aos hábitos e ao caráter. A pessoa madura é sóbria, sensata e ponderada. Modéstia: saber utilizar as palavras. Humildade: trata-se de uma virtude que significa forças, e só quem tem virtudes serve para exercer a liderança. Humildade é a coragem de descer à própria condição de humanidade. Serenidade: ser sereno é não ser turbulento. Uma pessoa turbulenta não pensa claramente, suas emoções são arruinadas e não consegue liderar. Senso de justiça: o líder deve ser justo com todos e com as necessidades de cada um. O líder deve tratar a todos com justiça, respeitando os direitos de cada um. Clareza nas decisões: aquele que deseja liderar outras pessoas precisa deci- dir-se com clareza e de forma rápida, clareza é uma virtude espiritual. Senso de economia: não se deve esbanjar. Deve-se ter cuidado, é importante tratar das coisas de modo correto. Atitude de pai: o líder tem de apresentar em si a qualidade de pai, sendo aquele que educa, apoia, incentiva, corrige os erros. Zelo: o líder deve zelar por tudo e por todos, mas não deve fazer tudo sozi- nho, deve delegar funções. Atenção: trata-se de ter cuidado, atenção, executar a tarefa e tomar decisões com cuidado. Crença na pessoa humana: não se deve entristecer os irmãos, nem magoar o outro. O líder deve entender que todo funcionário contribui com o sucesso da empresa, o trabalho deve enriquecer o ser humano, trazer prazer e alegria. Sem entristecer: para São Bento, o líder não deve transmitir tristeza, mas tranquilidade e paz. UNIDADE 1 38 REQUISITOS PARA UMA BOA LIDERANÇA Sem desprezar: aquele que despreza segrega a sua comunidade. O desprezo atormenta e desmotiva, corta relações afetivas, atrapalha o desenvolvimento. A liderança como serviço: somente aquele que presta atenção em si mesmo e cuida de si próprio poderá cuidar bem dos outros e prestar atenção ao que faz bem ao outro e à equipe. Dedicação: a dedicação tem a ver com amor, liderar exige amor aos seus colaboradores. Servir à vida: liderar significa despertar vida nas pessoas, fazer com que delas emane a vida. Aquele que conduz vai à frente. Liderar, então, significa que o diretor que serve as pessoas, com o tempo, levará a empresa à vitória. Despertar a criatividade: liderar é uma tarefa criativa. O líder deve despertar a criatividade em seus colaboradores, fazer exalar a vida das pessoas na empresa. Poder de cura: o líder deve dedicar-se com toda a sua atenção e com todo o seu coração aos colaboradores doentes para que eles possam viver humana- mente e trabalhar com prazer. Reconhecer os sinais do tempo: não lamentar a passagem do tempo, utilizar isso de forma a desenvolver a criatividade, oferecer produtos que possam suprir as necessidades atuais. Delegar responsabilidades: distribuir, de forma adequada, as funções no trabalho. Responsabilidade social: liderar significa assumir responsabilidade pela socie- dade, e somente poderá confiar uma tarefa de liderança àquele que estiver disposto a entender sua responsabilidade ao mundo como um todo. Liderar como tarefa de educar: o líder é responsável pelo crescimento de seus funcionários e pelo seu desenvolvimento. Hospitalidade: o líder verdadeiro é aquele que integra seus colaboradores internos e externos, respeitando a dignidade de cada um. O respeito com as coisas: todos os recursos são presentes de Deus, todos são preenchidos pelo bem e pela sabedoria Dele. É patrimônio, por isso, o líder deve conservá-los e aumentá-los. 39 UNICESUMAR REQUISITOS PARA UMA BOA LIDERANÇA Espiritualidade ao lidar com o dinheiro: deve-se viver com os recursos sem negligenciar. Usar a boa palavra: o líder é sábio, humilde, não condena e nem julga. Não se intrometer em tudo: o líder deve contentar-se com a tarefa que lhe foi confiada e contribuirá para a edificação da empresa. Disseminar as informações: escutar e dar valor às questões dos funcionários. Consideração: o líder deve ter grande consideração para com os seus colabo- radores. Não melindrar: não irritar seus funcionários. Dar asas à alma: a liderança significa reger as almas. Para isso, deve-se convi- ver com as pessoas para conhecê-las, para satisfazê-las. Engrandecer a vida: engrandecer significa colocar à disposição dos colabora- dores, dando-lhes espaço para o crescimento coletivo. Não sobrecarregar: a felicidade, a integridade, o bem-estar e a autoestima do indivíduo estão acima do sucesso. Amar as pessoas: o amor precisa ser combinado com a prudência, sem exa- geros. Ser médico: o líder tem a responsabilidade de tornar os seus colaboradores saudáveis. Reconhecer a própria fraqueza: o líder tem que reconhecer as suas fraque- zas, ter benevolência para com seus funcionários, pois ele também pode errar. Confrontar-se com a verdade: deve-se cortar a raiz dos problemas, das intri- gas e das calúnias. Pensar com o coração: o líder deve ser prudente. O medo paralisa, o amor vivifica: é preciso liderar com amor e não espalhar o medo. Encontrar a medida certa: o líder deve ter equilíbrio. UNIDADE 1 40 REQUISITOS PARA UMA BOA LIDERANÇA Sem ciúme e sem desconfiança: não se deve ter ciúme ou desconfiança da- queles que o cercam. Discernir e manter as proporções: o líder não deve fazer de seus próprios padrões um modelo para os outros. Equilíbrio entre forças e fraquezas: o líder tem como tarefa levar os colabora- dores que não correspondem às expectativas da empresa, deve cuidar dos fracos e equilibrar esses desempenhos. Sem obsessão pelo trabalho: o trabalho por obsessão não constrói, só destrói. Serenidade da alma: deve-se trabalhar com tranquilidade, com paz na alma e com equilíbrio. Pureza de coração: o líder precisa de serenidade para lidar com as emoções. O silêncio: quando o indivíduo está em contato com o silêncio, ele não se deixa perturbar tão facilmente. Tempo certo: o ser humano não deve trabalhar contra a sua natureza e con- tra seu ritmo. O tempo e os seres humanos devem caminhar juntos para que seja possível realizar um bom trabalho. A atmosfera do trabalho: o líder deve difundir uma atmosfera de paz e de contentamento interior. A casa de Deus: a casa de Deus não deve perturbar nem angustiar, mas sim erigir e construir. A liderança tem uma tarefa espiritual. Visão: é precisoter visão, ver além dos limites, motivar e modificar (GRUN, 2007). Os itens apresentados são os conselhos práticos retirados do livro de Grun (2007) para o(a) líder nos dias de hoje. O desafio da liderança é colocar esses conse- lhos em prática e reconhecer que eles são a base para formar um bom líder. São muitas atribuições ao(à) gestor(a). Quando não estamos no posto, podemos ter dificuldade para compreender todo o contexto, mas são várias atribuições. Ser gestor(a) é, além de administrar, cuidar da equipe e deixar ela em condições de desenvolver suas atividades. 41 UNICESUMAR Figura 5 – Pilares da gestão escolar / Fonte: o autor. UNIDADE 1 42 1. Gestão Pedagógica Ocupa-se da gestão da área educacional, da educação escolar, em relação aos objetivos gerais e específicos para o ensino; das linhas de atuação, em função dos objetivos e do perfil da comunidade e dos alunos; das metas a serem atingidas. Preocupa-se com os conteúdos curriculares; acompanha e avalia o rendimen- to das propostas pedagógicas, dos objetivos e o cumprimento de metas; avalia o desempenho dos alunos, do corpo docente e da equipe escolar como um todo. O(A) diretor(a) deve ser o(a) grande administrador(a) da Gestão Pedagógica e o(a) primeiro(a) responsável pelo seu sucesso, sempre auxiliado(a) nessa tarefa pela Equipe Pedagógica, como o(a) Supervisor(a) e o(a) Orientador(a). 2. Gestão Administrativa A Gestão Administrativa tem como principais funções: cuidar da parte física da instituição, como os equipamentos, os materiais e o prédio da escola; cuidar da área institucional, aplicando a legislação da forma correta, de modo que os direi- tos e deveres sejam cumpridos e respeitados; e, também, administrar as atividades que envolvam a secretaria. 3. Gestão Financeira É responsável pelas funções administrativas que englobam o planejamento e a execução das ações referentes ao financeiro da escola e, também, com sua apli- cabilidade e controle dentro da instituição de ensino. 4. Gestão de Recursos Humanos Tem como objetivo manter as boas relações entre os estudantes, a equipe da escola e a comunidade. Por lidar diretamente com pessoas, é uma área mais sensível da administração. É importante, para o bom funcionamento da escola, que os pro- fissionais estejam satisfeitos, para que tenham melhor rendimento. A Gestão de Recursos Humanos ajuda a manter a organização da escola, para que ela funcione de um modo que proporcione um bom local de ensino-aprendizagem. 43 UNICESUMAR 5. Gestão da Comunicação Ocupa-se dos procedimentos necessários para manter a boa comunicação na escola, principalmente, para manter um bom relacionamento dentro da comu- nidade escolar. Ela é responsável pela comunicação da escola com os alunos e com os pais dos alunos e da escola com seus colaboradores. 6. Gestão de Tempo e Eficiência dos Processos Ocupa-se de administrar o tempo para estabelecer prioridades e garantir o foco no cumprimento das obrigações. Encarrega-se de estabelecer listas de priorida- des, funções bem delimitadas entre os trabalhadores e, ainda, delimitar processos para gerar maneiras de automatizá-los no cotidiano. Por fim, ser gestor(a) está além de cuidar dos recursos financeiros da escola, é necessário ter uma visão total de todos os processos, são relações de pessoas, financeiro, pedagógico, comunicação, administrativo, recursos humanos, den- tre várias outras atribuições. É preciso estar atento(a) a todos os problemas que venham a acontecer na escola, ter a capacidade e reconhecimento de liderança, para que, assim, venha a ser possível realizar um bom trabalho em prol de um objetivo comum, que é uma escola de qualidade. Título: Gestão Escolar: perspectivas, desafios e função social Autora: Andrea Ramal Editora: Gen LTC Ano: 2013 Sinopse: este livro destaca a importância do papel do(a) gestor(a) escolar na qualidade da educação básica do país. Muitas vezes, o trabalho do(a) gestor(a) não é reconhecido, tendo em vista que, sempre que se fala em educação, a primeira imagem que se tem são dos professores, ou seja, o trabalho do(a) gestor(a), muitas vezes, não é reconhecido pelo comunidade escolar. Porém, para que tenha uma equipe sólida, é necessária uma liderança que tenha condições de estar a frente, buscando sempre o melhor para o seu grupo. Além de líder, o(a) gestor(a) precisa ser um(a) administrador(a), que saiba envolver toda a comunidade escolar em prol de um objetivo comum. EU INDICO UNIDADE 1 44 CONSIDERAÇÕES FINAIS Prezado(a) aluno(a), você deve ter observado que as reflexões trazidas nesta primeira unidade, foram apenas um início para as próximas discussões. A proposta não foi aprofundar nos conceitos de Gestão Escolar e Gestão De- mocrática, mas, sim, proporcionar uma visão geral do que trataremos nas unidades seguintes. Desta forma, problematizarei essas questões nas próximas unidades, trazendo os aspectos legais e conceituais. Foi destacado que as Teorias da Administração foram cruciais para com- preendermos a processo da Gestão Escolar. Iniciei a discussão pelo Taylo- rismo/Fordismo, que influenciou muito a área educacional, pois operava da mesma forma dentro das fábricas e das escolas, tratando os funcionários da indústria e os professores de forma semelhante. A forma de padronizar o trabalho e a tentativa de economizar tempo e dinheiro se conectam nessa concepção de trabalho e educação. Fizemos, nesta unidade, um apanhado histórico sobre a função do(a) pedagogo(a) na educação, sobre a sua evolução. Passamos pelo Taylorismo/ Fordismo e chegamos aos tempos do Toyotismo. Assim, pudemos entender que o processo de gestão é baseado e constituído de acordo com uma deter- minada concepção de educação e de sociedade e que ele não ocorre de forma neutra e fora de contexto. O(A) gestor(a) de uma escola deve administrá-la como se estivesse gerindo uma empresa particular, utilizando-se dos mesmos processos e pilares que são úteis para o bom funcionamento da empresa como um todo. O(A) diretor(a) deve ser o(a) grande administrador(a) da Gestão Escolar, sempre auxiliado pela Equipe Pedagógica, como o(a) Supervisor(a) e o(a) Orientador(a). Nesta unidade, trabalhamos a trajetória da Gestão Escolar com suas im- plicações históricas, desde o modelo Fordista/Taylorista até os dias atuais; as características do(a) gestor(a) e suas ramificações. Esperamos ter facilitado o entendimento e a aplicação das questões que envolvem as funções dos(as) gestores(as) escolares, colaborando para um bom resultado no processo de ensino-aprendizagem. 45 AGORA É COM VOCÊ 1. Seguindo a linha da Administração dentro dos ambientes escolares, algumas teorias apresentadas nesta unidade tinham como proposta eliminar os desperdícios causados, ou seja, os recursos disponíveis precisavam ter um maior proveito, economizando custos para o Estado. Seguindo esta mesma linha, os(as) gestores(as) precisavam minimizar os custos da escola e aumentar a produtividade, ou seja, os professores precisavam passar muito conteúdo para os alunos, pelo fato desta ação ser resultado de eficiência. Além da produção dos professores em sala de aula, outro fator importante era o controle do tempo, para que a maior produtividade possível fosse tirada dos professores, ou seja, os seus trabalhos em sala de aula eram supervisionados e controlados todos os dias. De acordo com o enunciado, quais teorias podemos identificar? a) Taylorismo/Fordismo. b) Fordismo/Weberianismo. c) Toyotismo/Fordismo. d) Toyotismo/Taylorismo. e) Fordismo/Fayol. 2. A partir da segunda metade do século XVIII, com a Revolução Industrial, a sociedade exigia mão-de-obra qualificada, para isto, a escola adotou princípios empresariais vi- sando um conhecimento técnico, fragmentando sua estrutura, excluindo a reflexão da realidade escolar, revelando assim marcas do taylorismo, princípios que obedecendo à ideologia dominante, formava pessoas que apoiavam esta ideologia e serviam a ela, internalizando em suaorganização os elementos funcionais do processo de Fayol, com pequenas mudanças em sua denominação e sua aplicação (NASCIMENTO; SCHNEC- KENBERG, s/d, p. 06). NASCIMENTO, C. de F.; SCHNECKENBERG, M. A Trajetória da Gestão Democrática no Ambiente Escolar. [2020]. Disponível em: https://silo.tips/download/a-trajetoria-da- -gestao-democratica-no-ambiente-escolar. Acesso em: 17 de nov. 2020. Com base na concepção de Taylorismo expressa no trecho anterior, avalie as seguintes asserções: I - Para Taylor, o trabalhador precisa saber de várias áreas, reduzindo a contratação e aumentando a carga horário. II - O operário deveria se especializar em um setor específico. III - Basear sua remuneração na quantidade de peças produzidas. IV - Realizar o trabalho em grupo, fortalecendo a equipe. 46 A G O R A É C O M V O C Ê Está correto o que se afirma em: a) I e II, apenas. b) I e III, apenas. c) II e III, apenas. d) III e IV, apenas. e) IV, apenas. 3. A formação do diretor escolar está relacionada diretamente com o desempenho do seu trabalho na gestão escolar, pois esta ao envolver múltiplas dimensões e desdobramen- tos exige desta profissão, entre outros requisitos, capacidade de liderança, atualização, conhecimento da legislação vigente, sobretudo em relação às suas demandas e ao desenvolvimento de contínuo aprimoramento (SILVA, 2015, p. 60). SILVA, C. G. da. Dimensões da Gestão Escolar: saberes e práticas do Diretor da Escola. 2015. 188 p. Dissertação (Mestrado em Educação: Currículo) – Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2015. Disponível em: https://leto.pucsp.br/bitstream/ handle/9860/1/Camila%20Godoi%20da%20Silva.pdf. Acesso em: 5 nov. 2020. Com base na concepção de dimensões da Gestão Escolar, avalie as seguintes asserções. I - Dimensão econômica: envolve os recursos financeiros, ou seja, os recursos que a escola recebe, precisando ter conhecimento de quais aplicações bancárias de curto, médio ou longo prazo precisam ser realizadas. II - Dimensão pedagógica: envolve técnicas de educação na sua execução, exemplo disso é o(a) pedagogo(a) montar as aulas dos professores que têm dificuldades. III - Dimensão política: relaciona-se esse tema com a organização das eleições para diretor(a). IV - Dimensão cultural: está relacionada com os valores inseridos no processo educa- cional como um todo, exemplo disso é o trabalho com a diversidade. Está correto o que se afirma em: a) I e II, apenas. b) I e III, apenas. c) II e IV, apenas. d) III e IV, apenas. e) IV, apenas. 47 A G O R A É C O M V O C Ê 4. A gestão escolar, como área de atuação, constitui-se, pois, em um meio para a realização das finalidades, princípios, diretrizes e objetivos educacionais orientadores da promoção de ações educacionais com qualidade social, isto é, atendendo bem a toda a população, respeitando e considerando as diferenças de todos os seus alunos, promovendo o aces- so e a construção do conhecimento a partir de práticas educacionais participativas, que fornecem condições para que o educando possa enfrentar criticamente os desafios de se tornar um cidadão atuante e transformador da realidade sociocultural e econômica vigente, e de dar continuidade permanente aos seus estudos (LÜCK, 2009, p. 23). Neste sentido, considerando os pilares presentes na Gestão Escolar, qual podemos destacar no que tange à aplicação da legislação vigente? a) Gestão Pedagógica. b) Gestão Administrativa. c) Gestão de Recursos Humanos. d) Gestão Financeira. e) Gestão Logística. 5. O que se constata na prática, é que mesmo existindo um planejamento previamente construído e elaborado com uma determinada finalidade, este não é aplicado efetiva- mente. Nota-se que uma descrença geral está enraizada na prática diária dos professo- res, no que diz respeito ao planejamento. Cabe ressaltar, também, que o gestor e toda a equipe diretiva necessitam adotar uma postura que vá de encontro a este marasmo pedagógico, transformando esta visão negativista. Postura que a maioria dos gestores não exercita no seu dia a dia (MIZUTA, 2014, p.16). MIZUTA, G. D. Planejamento escolar e as dimensões políticas e técnicas: sua rela- ção com as especificidades do cotidiano escolar. 2014. 52 f. Monografia (Especialização em Gestão Escolar) – Universidade de Brasília, Brasília, 2014. Considerando o exposto anteriormente, assinale a alternativa que apresenta as competên- cias necessárias para um bom gestor. a) Competência Comunicativa e Pedagógica. b) Competência Administrativa e Pedagógica. c) Competência Administrativa e Financeira. d) Competência de Recursos Humanos e Comunicação. e) Competência Emocional e Liderança. 48 CONFIRA SUAS RESPOSTAS 1. A está correta, tendo em vista que, na questão, podemos observar duas práticas: eliminar os desperdícios causados e controle do tempo. As teorias presentes são Taylorismo e Fordismo. 2. C está correta, tendo em vista que a proposta do Taylorismo é fazer com que o ope- rário fosse especializado em um área, proporcionando mais agilidade na produção, e os operários deveriam ganhar de acordo com a produção, ou seja, quem produz mais ganharia mais. 3. E está correta, já que o conceito de Dimensão Cultural está atrelada à diversidade cultural presente na escola, cada indivíduo com sua bagagem cultural. 4. B. A Gestão Administrativa tem como principais funções: cuidar da parte física da instituição, como os equipamentos, os materiais e o prédio da escola; cuidar da área institucional, aplicando a legislação da forma correta, de modo que os direitos e deveres sejam cumpridos e respeitados; e, também, administrar as atividades que envolvam a secretaria. 5. B está correta, já que o(a) gestor(a) precisa ter um olhar em duas esferas – Admi- nistrativa e Pedagógica –, tendo em vista que o seu trabalho é desenvolvido em instituições de ensino. 2Legislação na Gestão Escolar Me. Welington Junior Jorge Na Unidade 2, você terá a oportunidade de aprofundar a pro- blematização sobre o tema da Legislação na Gestão Escolar e os avanços pós-Constituição Federal de 1988 e Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDBEN (9.394/96). A proposta foi analisar a legislação vigente da Gestão Escolar Democrática e quais os princípios para se fazer uma boa gestão nos estabeleci- mentos de ensino. As discussões desta unidade têm como intuito a observação das principais legislações a nível federal, afinal são as previsões legais que respaldam o trabalho do(a) gestor(a)/ diretor(a), e tais discussões são necessárias para atingirmos o objetivo de termos uma escola que seja o espaço de transfor- mação de toda a sociedade. O(A) gestor(a) precisa estar atento(a) para que possa desenvolver um trabalho visando à participação de toda comunidade escolar. Ainda, você terá a possibilidade de compreender as leis de uma forma crítica, relacionando-as com o contexto da Gestão Democrática. UNIDADE 2 50 Você já teve que ir à coordenação/direção por não fazer a atividade ou não entregar o dever de casa no dia correto? Ou, então, ficou de castigo na sua casa porque não cumpriu as regras? De fato, seguir as leis vigentes em nossa sociedade é um exercício diário, mas elas são necessárias para que seja possível termos uma sociedade justa e que promova o bem-estar para todos. Contudo, quem é responsável por criar essas leis? Na esfera municipal, temos os vereado- res; na estadual, os deputados estaduais; e, a nível federal, os nossos deputados federais e senadores; ou seja, de forma típica, é o Legislativo o responsável por essa função. Por isso, muitas coisas só podem ser feitas se estiverem dentro da legalidade, e, com a Gestão Escolar, não é diferente. Como seria uma sociedade sem leis? Seria fácil governar/administrar? Para aprofundarmos nossa discussão acerca da atuação do gestor escolar, proponho, nesta unidade, uma análise fundamentando conceitos teóricos e legais que cercam a Gestão Democrática, partindo da Constituição Federal de 1988 até a alteração
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