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17/05/19 1 AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA DISCIPLINA: Psicodiagnóstico Infantil PROFESSORA: Prof. Me. Kátia Christine Teichmann Mestra em Saúde e Gestão do Trabalho Psicóloga e Neuropsicóloga Clínica Esp. em Avaliação Psicológica pelo IPOG Professora do IPOG Diretora da LUMINA Psicologia Aplicada APRESENTAÇÃO ü Nome ü Área de atuação ü Experiência com crianças (filhos, netos, sobrinhos, ambiente de trabalho, profissional) ü Visão da avaliação psicológica na atuação profissional 17/05/19 2 MAPA DA DISCIPLINA CONCEITO DESENVOLVIMENTO INFANTIL CARACTERIZAÇÃO INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO PSICODIAGNÓSTICO INFANTIL UNIDADE I - PSICODIAGNÓSTICO ü O psicodiagnóstico é uma avaliação psicológica com propósitos clínicos. ü É um processo científico que visa identificar forças e fraquezas no funcionamento psicológico dos indivíduos avaliados, com um foco na existência ou ausência de psicopatologias. ü São utilizadas diferentes estratégias de avaliação incluindo a entrevista psicológica, a observação clínica, os testes psicométricos e técnicas projetivas, além do raciocínio clínico especializado. ü Do psicodiagnóstico resulta a compreensão do funcionamento psíquico de indivíduos e a orientação específica para tratamento de possíveis transtornos identificados. O QUE AVALIAR? 17/05/19 3 DEMANDAS A demanda do psicodiagnóstico infantil pode decorrer: ü Encaminhamento de profissionais da área da saúde (médicos de diferentes especialidades, fonoaudiólogos, nutricionistas, fisioterapeutas, etc.), ü Comunidade escolar, ü Área jurídica, ü Busca espontânea dos responsáveis (no caso de crianças). IMPORTANTE TER EM MENTE ü Desenvolvimento humano como processo de mudanças sistemáticas (ordenadas, padronizadas e relativamente duradouras) e contínuas da concepção até a morte; ü Desenvolvimento multidirecional a partir do padrão biológico e ambiental; ü Domínio e conhecimento dos constructos psicológicos que serão avaliados; ü Conhecimento prático dos instrumentos de avaliação; ü Foco no sujeito avaliado; ü Para além dos aspectos quantitativas e nosológicos; ü Realizar o exame das funções psíquicas a cada encontro; ü Cuidado com a linguagem empregada; ü Identificar a hipótese diagnóstica, terapêutica e prognóstica trazida pelo cliente; ü Ansiedade por um diagnóstico/rótulo. 17/05/19 4 ATENÇÃO SENSO- PERCEPÇÃO MEMÓRIA ORIENTAÇÃO CONAÇÃO PENSAMENTO LINGUAGEM INTELIGÊNCIA AFETO CONSCIÊNCIA FUNÇÕES PSÍQUICAS UNIDADE II – CARACTERIZAÇÃO PRIMEIRO CONTATO – ü Identificando a demanda ü Contrato de trabalho ü TCLE – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ANAMNESE – ü A coleta de dados do desenvolvimento motor, cognitivo e psicossocial ü (estudo de caso - A.M.K – masc. 07 anos) ENTREVISTA PSICOLÓGICA – ü Mais dados... (entrevista complementar com a mãe do A.M.K) ü Levantamento de hipóteses e seleção de instrumentos!! ENTREVISTA LÚDICA – ü O jogo e o desenho como instrumentos (Resta 1, Torres de Hanói, Torres de Londres, Quebra-cabeças, pega varetas, etc.) 17/05/19 5 OBSERVAÇÃO CLÍNICA – ü Um olhar treinado para perceber além do óbvio. APLICAÇÃO E CORREÇÃO DE INSTRUMENTOS – ü Aplicando e revendo a bateria. ü Surpresas na correção!! ü (estudo de caso - G.G.C – masc. 10 anos). INTEGRAÇÃO DE DADOS/RESULTADOS – ü Montando o quebra-cabeças. CONFECÇÃO DO LAUDO/RELATÓRIO – ü A redação ideal? UNIDADE II – CARACTERIZAÇÃO UNIDADE II – CARACTERIZAÇÃO ENTREVISTA DEVOLUTIVA PARA PAIS, ESCOLAS E OUTROS PROFISSIONAIS – ü O que informar – todos os resultados; ü Como – positivo primeiro; ü Para que – para orientar estratégias terapêuticas adequadas; ü Quando – ao final do processo. ENCAMINHAMENTOS – ü Indicando outras avaliações e tratamentos necessários. ü (estudo de caso - J.P.A. – fem. 07 anos) ü (estudo de caso - M.E.R.D. – fem. 6 anos) 17/05/19 6 17/05/19 7 17/05/19 8 UNIDADE III - DESENVOLVIMENTO INFANTIL NECESSIDADES DO SER HUMANO Segurança Atenção – dar e receber Conexão emocional Comunidade Amizade e intimidade Privacidade Autonomia e controle Competência e capacidade Status social Propósito de vida HUMAN GIVENS INSTITUTE PRIMEIRA INFÂNCIA – 0 a 03 anos de idade 17/05/19 9 DESENVOLVIMENTO MOTOR IDADES (meses) HABILIDADE 1 Levanta a cabeça quando segurada pelos ombros 3 Vira-se para o lado quando deitada de costas. Pega um chocalho 5 - 6 Vira-se de bruços quando deitada de costas 6 Sentar-se sem apoio 8 - 9 Ficar de pé com apoio 10 Agarrar com polegar e indicador 11 Ficar de pé de modo seguro 12 - 14 Caminhar bem 16 - 20 Construir torres de dois blocos 22 - 24 Pular no mesmo lugar 26 -28 Imita movimentos da mão 32 - 34 Sobe escadas alternado os pés 38 - 42 Desce escadas alternando os pés Nota: Esta tabela apresenta as idades em que as crianças conseguem realizar cada tarefa segundo o Teste de Triagem do Desenvolvimento – Denver II e a Bayley – Escalas de Desenvolvimento do bebê e da criança pequena. FONTE: Adaptado de Papalia (2006) DESENVOLVIMENTO COGNITIVO IDADES (meses) HABILIDADE 1 Olhos seguem pessoa em movimento 3 Estende o braço para tocar anel suspenso 6 Manipula um sino, demonstra interesse em detalhes 9 Tagarela expressivamente 12 Acaricia brinquedo em imitação 14 - 16 Utiliza duas palavras diferentes apropriadamente 20 - 22 Sabe o nome de três objetos 26 -28 Combina quatro cores 32 - 34 Utiliza o pretérito 38 - 42 Conta Nota: Esta tabela apresenta as idades em que as crianças conseguem realizar cada tarefa segundo a Bayley – Escalas de Desenvolvimento do bebê e da criança pequena. FONTE: Adaptado de Papalia (2006) DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM IDADES (meses) HABILIDADE 1- 6 É capaz de perceber a fala, chorar e dar alguma resposta ao som. Arrulha e ri. Brinca com os sons da fala. Começa a armazenar padrões sonoros na memória e a ligar os sons ao significado, principalmente o de seu próprio nome e dos pais. 6 - 12 Balbucia sequências de consoantes e vogais. Reconhece sons básicos da linguagem e começa a conhecer suas regras, 9 - 12 Imita sons. Começa a utilizar gestos para se comunicar; utiliza gestos convencionais sociais. 10 – 18 Diz a primeira palavra (geralmente o nome de alguma coisa). Diz palavras isoladas. Compreende a função simbólica de denominação. 16 - 24 Aprende muitas palavras novas, expandindo rapidamente seu vocabulário de cerca de 50 para até 400 palavras. Utiliza verbos e adjetivos. Diz sua primeira frase (2 palavras). Utiliza menos gestos e nomeia as coisas. Ocorre um salto na compreensão. 24 Utiliza muitas locuções de duas palavras; não balbucia mais, quer conversar. 30 Aprende novas palavras quase todos os dias; fala combinando três ou mais palavras; compreende muito bem; comete erros gramaticais. Fala cerca de1000 palavras, 80% das quais inteligíveis; comete alguns erros de na estrutura das frases. FONTE: Adaptado de Papalia (2006) 17/05/19 10 ü Nascimento – atenção elementar e involuntária/responsiva. ü Primeiros meses – constante alternância no estado de alerta. ü 1º mês – fixa o olhar porém a atenção não é voluntária. Esse fenômeno dura até o 4º mês quando o bebê consegue controlar melhor a orientação atencional. ü A partir do 6º mês até os 02 anos de idade a atenção adquire um aspecto mais direcionado e seletivo. ü O desenvolvimento da atenção voluntária se relaciona à aquisição da linguagem e ao desenvolvimento das interações sociais. DESENVOLVIMENTO DA ATENÇÃO DESENVOLVIMENTO DA MEMÓRIA ü As primeiras memórias são implícitas pode ser condicionada desde o nascimento com estímulos reforçadores como leite, voz materna, batimento cardíaco, chupeta, etc. ü 2 a 3 meses – vestígios mnemônicos se estendem por duas semanas até seis semanas em bebês de 06 meses. ü 3 anos – memória explícita. ü 3 a 4 anos – início damemória biográfica com a aquisição da linguagem e interação social. ü A memória operacional visuoespacial adquire maior capacidade de armazenamento que a memória fonológica nos anos iniciais. ü A formação de novas memórias se dá através das vias sensoriais. DESENVOLVIMENTO PSICOSSOCIAL ü 0-3 Os bebês são receptivos à estimulação. Começam a demonstrar interesse e curiosidade e sorriem prontamente para as pessoas. ü 3-6 São capazes de prever o que vai acontecer e sentir desapontamento quando isso não ocorre. Demonstram ficando zangados ou cautelosos. Sorriem, resmungam e riem com frequência. Época do despertar social e são primeiras trocas recíprocas entre bebê e cuidador. ü 7-9 fazem “jogos sociais” e tentam obter resposta das pessoas. “Falam”, tocam e tentam fazer outros bebês responder. Exprimem emoções mais diferenciadas, demonstram alegria, medo, raiva e surpresa. 17/05/19 11 DESENVOLVIMENTO PSICOSSOCIAL ü 9-12 Os bebês preocupam-se muito com o seu cuidador. Podem ficar com medo de estranhos e agir de modo reservado em novas situações. Com 1 ano comunicam suas emoções de maneira mais clara, demonstrando estados de espírito, ambivalência e gradações dos sentimentos ü 12-18 Andam e exploram seu ambiente, usando as pessoas às quais tem apego como base segura. A medida que dominam o ambiente, tornam-se mais confiantes e mais ansiosos por afirmação. ü 18-36 às vezes, ficam ansiosas porque percebem o quanto estão se separando do cuidador. Elaboram sua consciência das limitações por meio da imaginação, brincadeiras e identificação com adultos. TRÊS PADRÕES DE TEMPERAMENTO CRIANÇA FÁCIL CRIANÇA DIFÍCIL CRIANÇA DE AQUECIMENTO LENTO HUMOR Intensidade branda a moderada, geralmente positiva Alta intensidade, chora e/ou ri intensamente, geralmente negativas Moderadamente intensa tanto negativa quanto positiva REAÇÃO Reage bem Reage mal Reage lentamente à novidade e mudança SONO Regulares Irregulares Mais regularidade que a cça difícil ALIMENTAÇÃO Aceita novos alimentos com facilidade Aceita novos alimento lentamente Inicialmente apresenta reação negativa SOCIALIZAÇÃO Sorri para estranhos Desconfia de estranhos ADAPTAÇÃO Adapta-se facilmente Adapta-se lentamente FRUSTRAÇÃO Aceita a maioria das frustrações sem estardalhaços Reage à frustração com acessos de raiva ROTINAS Adapta-se rapidamente a novas rotinas e regras de novos jogos Adapta-se lentamente a novas rotinas Gradualmente desenvolve, sem pressão, gosto por novos estímulos após exposições repetidas Fonte: Adaptado de Papalia (2006) 17/05/19 12 PARA AVALIAR DESENVOLVIMENTO ESCALA BAYLEY III Avalia aspectos: Cognitivo; Linguístico; Motor; Socioemocional e Comportamento adaptativo. População-alvo: Bebês e crianças pequenas, de 1 a 42 meses de idade. ESCALA DENVER O DENVER II é usado para identificar a criança cujo desenvolvimento parece estar a t r a s a d o e m c o m p a r a ç ã o c o m o desenvolvimento de outras crianças, ou seja, é um teste de triagem do desenvolvimento. Pode ser também usado para identificar mudanças no escore ou padrões ao decorrer do tempo, sendo primeiro interpretados os itens individuais e depois o teste inteiro. A triagem é realizada considerando quatro áreas primordiais do desenvolvimento: pessoal social, motor-fino adaptativo, linguagem e motor grosso. O instrumento é destinado para crianças desde o nascimento até os 6 anos de idade. 17/05/19 13 INTEGRAÇÃO SENSORIAL • processo de desenvolvimento cerebral envolve a maturação de diversos processos, sensoriais e perceptivos que favorecem e possibilitam o desenvolvimento cognitivo. Dessa forma, na UNIDADE PRIMÁRIA de desenvolvimento cerebral estão presentes as respostas instintivas de sobrevivência vinculadas aos sentidos da visão, da audição, do tato, do olfato, da gustação e da propriocepção. • Na UNIDADE SECUNDÁRIA de desenvolvimento ocorre a integração dos sentidos através do processamento visual, auditivo, tátil, propriocepção consciente e linguagem receptiva. • O desenvolvimento e integração da primeira e segunda unidades permitem e subsidiam o desenvolvimento da UNIDADE TERCIÁRIA que está relacionada com a cognição, a tomada de decisão, o planejamento e a ação. • É esse desenvolvimento integrado que possibilita a apreensão, compreensão, reconhecimento e processamento das informações obtidas na realidade externa e que se convertem em aprendizagem. • Dificuldades, transtornos ou desvios nessa rota de desenvolvimento ou em qualquer das unidades leva ao prejuízo e dificuldades na aprendizagem. INTEGRAÇÃO SENSORIAL ü É processo neurológico que organiza a informação sensorial para gerar respostas adaptativas às demandas do ambiente. As falhas das múltiplas funções sensoriais do sistema nervoso podem interferir no comportamento e na aquisição de habilidades inerentes aos desenvolvimento infantil. Os sentidos e a sequência de ativação: ü Tato (experiência de texturas) ü Vestibular (equilíbrio) ü Propriocepção (consciência corporal) ü Olfato (experiência dos cheiros) ü Paladar (experiência dos sabores) ü Audição (experiência dos sons separados e integrados) ü Visão (experiências de cores, formas e sombreados) 17/05/19 14 TRANSTORNOS DA INTEGRAÇÃO SENSORIAL ü Hiperresponsividade: resposta mais intensas e mais rápidas do que as normalmente observadas. Podem gerar ansiedade, agressividade, impulsividade, medo, irritabilidade, dificuldade de socialização, cautela excessiva, dificuldade para consolar o choro e perfeccionismo. ü Hiporresponsividade: respostas menos intensas e mais lentas do que o tipicamente observadas. Podem gerar apatia, isolamento social, distração e lentidão. ü Busca sensorial: desejo intenso e insaciável por estímulos sensoriais. Podem gerar hiperatividade, impulsividade, intensidade e intromissão. TRANSTORNOS DA INTEGRAÇÃO SENSORIAL TRANSTORNO MOTOR ü Transtorno postural: baixo tônus postural, cai facilmente, coordenação bilateral. Comportamentos observáveis: desmotivação, preguiça, cansaço frequente, preferencia por ficar recostada ou deitada. ü Dispraxia: tropeça ou tromba nas pessoas, baixo desempenho nos esportes e atividades com bola, aprendizagem lenta, dificuldades em aprender atividades motoras novas, desorganização, escrita mais lenta (letra feia, sem forma e desorganizada no papel). Comportamentos observáveis: preferencia por atividades sedentárias, expectador, baixo limiar de frustração em atividades motoras e aparência desleixada. TRANSTORNO DE DISCRIMINAÇÃO SENSORIAL ü Refere-se à dificuldade para interpretar a intensidade, a duração e os elementos temporais e espaciais específicos das sensações. Podem envolver diferentes sistemas sensoriais e em diferentes graus. Dificuldades com motricidade fina, orientar-se espacialmente e quando é chamada, diferenciar cheiro ou sabor dos alimentos. TRANSTORNOS DA INTEGRAÇÃO SENSORIAL TRANSTORNO DO PROCESSAMENTO AUDITIVO CENTRAL – TPAC OU DPAC ü A criança apresenta como sintomas a dificuldade de atenção, de compreensão, de audição, de concentração, de aprendizagem, de localização do som, de interpretação, a dificuldade em atender a ordens, bem como a falta de memória, a confusão ao narrar fatos, a agitação excessiva, a dificuldade no entendimento de piadas ou palavras de duplo sentido, a inversão de letras ao escrever (b, d, p, q), a troca de sons na fala, principalmente R e L e o baixo rendimento escolar. TRANSTORNO DO PROCESSAMENTO VISUAL – SÍNDROME DE IRLEN ü É uma alteração viso-perceptual, causada por um desequilíbrio da capacidade de adaptação à luz que produz alterações no córtex visual e déficits na leitura. A Fotofobia e cinco outras manifestações podem estar presentes: problemas na resolução visuoespacial, restrição de alcance focal, dificuldades na manutenção do foco e astenopia (lacrimejamento, cefaleia e dor nos olhospor fraqueza nos músculos e a erros de refração) e na percepção de profundidade. 17/05/19 15 SEGUNDA INFÂNCIA – 03 aos 06 anos de idade DESENVOLVIMENTO MOTOR ü As crianças tornam-se mais delgadas e atléticas ü Precisam de menos sono e podem apresentar problemas no sono (Terror noturno – dos 03 aos 08 anos, ocorrem em menos de uma hora após adormecer. Pesadelos ocorrem pouco antes de amanhecer) ü Enurese primária ou persistente (2 por semana por pelo menos 3 meses) ü Aperfeiçoam a capacidade de correr, saltar e arremessar uma bola ü Melhoram a capacidade de amarrar o cadarço, desenhar com lápis no papel e servir a própria comida ü Desenvolvem habilidades motoras refinadas que envolvem a coordenação visuomotora ü Começam a demonstrar a preferência pela mão direita ou esquerda ü Aos 03 anos de idade a dentição está completa DESENVOLVIMENTO MOTOR 03 anos 04 anos 05 anos Não são capazes de virar o u p a r a r s ú b i t a e rapidamente Tem mais controle para p a r a r, v i r a r e i n i c i a r movimento São capazes de iniciar, virar e parar eficazmente em jogos Saltam a uma distância de 30 a 60 cm Saltam a uma distância de 60 a 84 cm Saltam a uma distância de 71 a 91 cm Sobem escadas sem se apoiar alternando os pés D e s c e m e s c a d a s comprimidas alternando os pés com apoio D e s c e m u m a e s c a d a comprida alternando os pés e sem apoio Pulam uma série irregular de saltos Pulam de 4 a 6 passos sobre um dos pés Saltam uma distância de 4,8 cm com facilidade 17/05/19 16 DESENVOLVIMENTO ARTÍSTICO ü As mudanças no desenho infantil refletem a maturação cerebral. ü Aos 02 anos as crianças rabiscam em padrões com linhas verticais e em ziguezague ü Aos 03 anos já desenham formas como círculos, quadrados, retângulos, triângulos, cruzes e xis e em seguida, começam a combinar as formas em desenhos mais complexos ü A fase pictórica começa entre 4 e 5 anos de idade e a transição do desenho abstrato para o representacional é indicadora do desenvolvimento cognitivo da capacidade representacional. ü Neupsilin-Inf, Figuras Complexas de Rey, Teste Gestáltico Visomotor de Bender – avaliam aspectos visuoconstrutivos através da execução de cópias. DESENVOLVIMENTO COGNITIVO AVANÇO COGNITIVO SIGNIFICADO Uso de símbolos As crianças não precisam estar em contato sensório-motor com o objeto, ou evento ou pessoa para pensar sobre ele. São capazes de imaginar que objetos ou pessoa possuem propriedades diferentes daquelas que elas de fato possuem. Compreensão de identidades Sabem que alterações superficiais não mudam a natureza das coisas. Compreensão de acusa e efeito Se dão conta que os eventos possuem causas. Capacidade de classificar Organizam objetos, pessoas e eventos em categorias com significado. Compreensão de números Sabem contar e lidar com quantidades. Empatia Tornam-se mais capazes de imaginar como os outros poderiam sentir-se e reconhecem a emoção sentida Teoria da mente Tornam-se mais conscientes da atividade menta e do funcionamento da mente. Fonte: Adaptado de Papalia (2006) DESENVOLVIMENTO DA ATENÇÃO ü 4 a 5 anos – aumento na capacidade de ignorar distratores ü 6 a 8 anos – atenção mais seletiva, controlada e eficaz Observar: ü Fatores que influenciam na capacidade atencional: motivação, ansiedade, humor, cansaço, dor, sono, fome, medicamentos e déficits sensoriais (visual e auditivo) ü Distraibilidade, omissões, comissões (respostas inesperadas), perseveração, falta de persistência, perda ou grande alternância de foco nas conversas, baixa inibição, negligência, confusão, dificuldades na diferenciação de estímulos, baixa tolerância à tarefas tediosas. 17/05/19 17 DESENVOLVIMENTO DA MEMÓRIA A memória é responsável pela aquisição, armazenamento e recuperação de informações. Subdivide-se em diversos sistemas e subsistemas (cada qual com sua especificidade, tempo de duração e conteúdo). ü 3 anos – memória explícita ü 3 a 4 anos – início da memória biográfica com a aquisição da linguagem e interação social ü A memória operacional visuoespacial adquire maior capacidade de armazenamento que a memória fonológica nos anos iniciais ü A formação de novas memórias se dá através das vias sensoriais Observar: ü Nível atencional e integração sensório-perceptual ü Lapsos e brancos, esquecimentos cotidianos, dificuldades de evocação de eventos passados e futuros, excesso de perguntas e repetição de instruções ü Problemas de leitura, soletração, resolução de problemas matemáticos, e cálculos mentais podem ser indicativos de déficits de memória operacional DESENVOLVIMENTO PSICOSSOCIAL Entre 03 e 06 anos de idade a criança já se reconhece como um ser independente que apresenta qualidades específicas, bem como habilidades para comunicar-se de uma forma mais clara. Desenvolve o autoconceito, ou seja, o senso de identidade. Possibilitando a auto definição mais abrangente, descrevendo-se com um conjunto de características que enfocam principalmente comportamentos concretos e características externas. Desenvolvimento da autoestima se dá pelo feedback do adulto. Importante corrigir e elogiar sempre o comportamento, deixando clara a aprovação ou crítica aos comportamento. A criança é autorreferente e a crítica não discriminada é entendida como erra na criança e não do comportamento. DESENVOLVIMENTO PSICOSSOCIAL As aquisições emocionais e cognitivas são expressivas nessa etapa e a criança se depara com a necessidade de lidar com sentimentos conflitantes e com estímulos concorrentes. Espera-se que desenvolva habilidades de auto regulação emocional e da atenção ampliando sua capacidade de percepção. O Jogo de faz e conta é um indicador do desenvolvimento cognitivo. 17/05/19 18 TERCEIRA INFÂNCIA – 07 AOS 11 ANOS DE IDADE 17/05/19 19 DESENVOLVIMENTO MOTOR Aos 6 anos as meninas são superiores na precisão dos movimentos e os meninos são superiores em ações menos complexas que envolvam forca. Pequenos saltos são possíveis. Sabem arremessar com transferência de peso e passo adequados. Aos 7 anos podem equilibra-se em um pé só de olhos fechados. São capazes de caminhar sobre uma barra fixa de 5 cm de largura. Pulam e saltam e pequenos quadrados com precisão e podem fazer polichinelos. Aos 8 anos dispõe de poder de pressão de 5,4 kg. Podem executar saltos rítmicos alternados e arremessar uma bola pequena à distância de 12 metros. DESENVOLVIMENTO MOTOR Aos 9 anos os meninos são capazes de correr a uma velocidade de 5 m/s e arremessam bolas a uma distância de 21,3m. Aos 10 anos as crianças são capazes de avaliar e interceptar a trajetória de pequenas bolas arremessadas a distância. As meninas são capazes de correr a velocidade de 5,1 m/s. Aos 11 anos saltam a distância de 1,5m aproximadamente. A terceira infância é um período de grande desenvolvimento motor e ideal para se estimular a prática esportiva. Os parâmetros de desenvolvimento físico são bastante heterogêneos. DESENVOLVIMENTO COGNITIVO Avanços significativos nas tarefas que exigem raciocínio lógico como pensamento espacial, compreensão de causalidade, categorização (seriação e inferência), raciocínio indutivo e dedutivo, conservação e operações numéricas. Desenvolvem noções de moralidade, certo e errado. Incremento significativo na capacidade de memória operacional e da atenção seletiva. Sofisticação do vocabulário e no desenvolvimento da leitura e escrita. 17/05/19 20 DESENVOLVIMENTO COGNITIVO Os transtornos da aprendizagem ficam mais evidentes e podem estar relacionados ao: Déficit Cognitivo ; Transtornos Específicos da Aprendizagem – Dislexia, Discalculia, Disgrafia e Disortografia; Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade – TDAH; Horas de tela; Ausência de aprendizagem de melhores estratégias de aprendizagem – Metacognição; Rotinas de sono e estudos. DESENVOLVIMENTOPSICOSSOCIAL 6 a 7 anos Quer ser o primeiro e o melhor em tudo Focaliza menos em si mesmo e demonstra maior preocupação com os outros Desenvolve autoconceito realista e positivo Ganha consciência dos próprios sentimentos Começa a aprender com os erros Pode se apaixonar pelo professor/a ou colegas de brincadeiras do sexo oposto 7 a 8 anos Cuida de si, seu quarto e objetos Tem senso de humor conta piadas Obtém distinção moral baseado em julgamento interno É autocrítico, pode apresentar falta de confiança Não gosta de chamar atenção, mesmo que seja por elogios Desenvolve um sentido de responsabilidade DESENVOLVIMENTO PSICOSSOCIAL 8 a 9 anos Fica impaciente e acha uma tortura esperar por eventos especiais É influenciado pela pressão dos pares Busca gratificação imediata Busca elogios ativamente Tem medo de falar diante das classe É autocrítico Altamente sociável 9 a 10 anos É trabalhador e impaciente ao mesmo tempo Quer colocar alguma distância entre ele e os adultos Pode expressar uma ampla gama de emoções Reconhece papeis sociais e comportamentos adequados; os considera inflexíveis Pode ser distante Tem mais estabilidade emocional que anteriormente - controla raiva 17/05/19 21 10 a 11 anos Demonstra interesse pela cultura adolescente: músicas, vídeos e maquiagem Tentar evitar parecer criança Entende como os comportamentos afetam as pessoas É confiável Sente orgulho por fazer as coisas bem Sucumbe a pressão dos pares prontamente Incrementa a autoconsciência DESENVOLVIMENTO PSICOSSOCIAL FAMÍLIA 17/05/19 22 A família é, geralmente, o meio no qual a criança se desenvolve. Sua função básica é de proteção, apoio, nutrição, abrigo e educação. O desenvolvimento emocional também é responsabilidade da família. Estatuto da Criança e Adolescente – ECA é um dispositivo que assegura o direito ao convívio familiar, em ambiente que garanta o desenvolvimento integral e saudável. Fatores de risco para o desenvolvimento infantil: - Condições socioeconômicas, - Saúde mental dos pais, - Baixa escolaridade dos pais, - Violência doméstica e abuso de substâncias, - Estresse contínuo, - Sexo feminino das crianças. FAMÍLIA Fatores protetivos: - Rede de suporte e apoio familiar e comunitário, - Presença e envolvimento de adultos cuidadores, - Participação na estruturação em brincadeiras, - Leitura, - Comunicação verbal - Participação na aprendizagem. NEGLIGÊNCIA X SUPERPROTEÇÃO FAMÍLIA 17/05/19 23 ESCOLA ESCOLA O contexto escolar em conjunto com o contexto familiar constituem o cenário de desenvolvimento intelectual, social, emocional e moral que influenciam o desempenho e adaptação. A escolha da escola deve refletir a ideologia dos pais no que diz respeito à educação e formação da criança. É na escola que, comumente se identificam os problemas no desenvolvimento que pode envolver atrasos nas aquisições neuropsicomotoras, problemas no processamento sensorial, queixas de comportamento agressivo, impulsivo, desafiador e hiperatividade. Ao identificar precocemente, se garante que a criança acumule SUCESSOS no progresso acadêmico. INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO 17/05/19 24 UNIDADE IV – INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO TESTE EDITORA CONSTRUCTO IDADE ESI – Escala de Stress Infantil Casa do psicologo Emocional – Estresse 06 a 14 anos ETPC – Escala de traços de personalidade para crianças Vetor Emocional – Traços de personalidade 5 a 10 anos SSRS – Inventário De Habilidades Sociais, Problemas De Comportamento E Competência Acadêmica Para Crianças Casa do Psicólogo Emocional – Habilidades sociais, problemas de comportamento e competência acadêmica para crianças 6 a 13 anos SMHSC – Sistema Multimídia De Habilidades Sociais Casa do psicólogo Emocional – Traços de personalidade 7 a 12 anos UNIDADE IV – INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO TESTE EDITORA CONSTRUCTO IDADE HTP - Casa – Árvore – Pessoa – Técnica Projetiva de Desenho Vetor Emocional – Traços de personalidade A partir de 8 anos As Piramides Coloridas de Pfister Casa do Psicólogo Emocional – Traços de personalidade 6 a 14 anos CAT – A – Teste de Apercepção Infantil – Figuras de Animais Vetor Emocional – Traços de personalidade 5 a 10 anos UNIDADE IV – INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO TESTE EDITORA CONSTRUCTO IDADE Bateria Piaget-Head de Orientacao Direita – Esquerda Vetor Cognitivo – Orientação direita- esquerda 6 a 13 anos BENDER – Teste Gestaltico Visomotor de Bender Vetor Cognitivo – Maturação perceptomotora 6 a 10 anos BENTON – Teste de Retenção Visual de Benton Vetor Cognitivo – Percepção visual, memória visual e habilidades visuoconstrutivas 7 a 30 anos E 60 a 60 anos BPA – Bateria Psicológica de Atenção Vetor Cognitivo – Atenção 6 a 82 anos 17/05/19 25 UNIDADE IV – INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO TESTE EDITORA CONSTRUCTO IDADE THCP – Teste de habilidades e conhecimento Pré-alfabetização Vetor Cognitivo – Nível de conhecimento pré- alfabetização 4 a 7 anos CMMS-3 – Escala de Maturidade Mental – Columbia 3 Casa do Psicólogo Cognitivo – Raciocínio e Inteligência 3 a 9 anos e 11 meses DFHII – Desenho da figura Humana: Avaliação do Desenvolvimento LAMP – Lab. De Avaliação e medidas Psicológicas – PUC - Campinas Cognitivo – Desenvolvimento cognitivo 5 a 12 anos DFH – Escala Sisto – Desenho da Figura Humana Vetor Cognitivo – Desenvolvimento cognitivo 5 a 10 anos UNIDADE IV – INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO TESTE EDITORA CONSTRUCTO IDADE EMAC – Escala Masculina de Autocontrole e EFAC – Escala Feminina de Autocontrole Vetor Cognitivo – Comportamento e habilidades sociais 8 a 15 anos TIG – NV – Teste de Inteligência Geral não verbal Casa do Psicólogo Cognitivo – Raciocínio e Inteligência 10 a 79 anos TNVRI – Teste não Verbal de Raciocínio para Crianças Vetor Cognitivo – Raciocínio e Inteligência 5 a 13 anos TONI – 3 – Teste de Inteligência não Verbal Vetor Cognitivo – Raciocínio e Inteligência 6 a 10 anos UNIDADE IV – INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO TESTE EDITORA CONSTRUCTO IDADE WASI – Escala Wechsler Abreviada de Inteligência Casa do Psicólogo Cognitivo – Raciocínio e Inteligência 6 a 89 anos WCST – Teste Wisconsin de Classificação de Cartas – Infantil e Adolescente Casa do Psicólogo Cognitivo – Funções Executivas 6 a 17 anos FDT – Teste dos Cinco Dígitos Hogrefe – CETEPP Cognitivo – Funções Executivas 6 a 92 anos Figuras Complexas de Rey Casa do Psicólogo Cognitivo – Memória Visual 4 a 88 anos 17/05/19 26 UNIDADE IV – INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO TESTE EDITORA CONSTRUCTO IDADE NEUPISILIN – Inf – Instrumento de Avaliação Neuropsicológica Breve para Crianças Vetor Cognitivo – Funções neuropsicológicas 6 a 12 anos e 11 meses RAVEN – Matrizes Progressivas Coloridas de Raven Hogrefe – CETEPP Cognitivo – Raciocínio e Inteligência 5 a 11 anos e 8 meses WISC IV – Escala Wechsler de Inteligência para Crianças Casa do Psicólogo Cognitivo – Raciocínio e Inteligência 6 a 16 anos SON-R 2 1/2 – 7 [a] Teste Não- Verbal de Inteligência Hogrefe - CETEPP Cognitivo – Inteligência geral 2 1/2 a 7 anos RAVLT – Teste de Aprendizagem Auditivo-Verbal de Rey Vetor Cognitivo – Processos Neuropsicológicos 6 a 92 anos 17/05/19 27 CMMS-3 – ESCALA DE MATURIDADE MENTAL COLUMBIA 3 FICHA TÉCNICA Objetivo: Avaliar a capacidade de raciocínio geral de crianças de 3 anos e 0 meses a 9 anos e 11 meses. A escala não necessita de respostas orais e pouco depende da motricidade dos participantes. Público alvo: As normas brasileiras contemplam esse público. Amostra: A amostra normativa foi composta por 695 crianças de ambos os sexos, com idades entre 3 anos e 0 meses e 9 anos e11 meses, matriculadas em escolas publicas (75%) e particulares (25%) das cinco regiões geopolíticas brasileiras. Material: Manual técnico, Livro de estímulos e Folhas de resposta. Aplicação: A CMMS-3 é aplicada individualmente, com duração aproximada de 30 minutos. São apresentados aos participantes entre 55 e 66 itens a depender da faixa etária em que o avaliando se encontrar. Contexto: Pode ser utilizada em avaliações clínicas e escolares ou em outros contextos nos quais se faca necessária a avaliação da capacidade de raciocínio geral. Em razão da praticidade em sua aplicação, sua correção e sua interpretação, o teste é indicado para compor protocolos de avalição multidimensional de crianças com suspeitas de déficits cognitivos. CAT-A – TESTE DE APERCEPÇÃO TEMÁTICA PARA CRIANÇAS FICHA TÉCNICA Objetivo/finalidade: Investigar a dinâmica da personalidade da criança em sua singularidade, de modo a compreender o mundo vivencial da criança, sua estrutura afetiva, a dinâmica de suas reações diante dos problemas que enfrenta e a maneira como os enfrenta. Público-alvo: Crianças entre 5 e 10 anos. Aplicação: Individual. Tempo de aplicação: Livre (as aplicações levam em média 45 minutos.) Evidencias de validade: Estudos de validade de constructo com o Teste de Fábulas, de Jurema A. Cunha e Maria Lúcia T. Nunes, e com o Teste de Apercepção Temática, Henry Murray, e estudos de validade de critério com crianças vítimas de violência doméstica e com distúrbio de conduta. Fidedignidade: Estudos de concordância entre avaliadores. Normas: A técnica não é referenciada por normas; são apresentados os temas que costumam ser evocados pelos cartões, para indicar a demanda dos estímulos.
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