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Psicologia do Desenvolvimento - 1ª, 2ª e 3ª Infância.

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Psicologia 
do denvolvimento
Nicolle Marcondes
1ª infância (0-2 anos)
Desenvolvimento biopsicossocial e cognitivo
A primeira fonte de nutrição de um bebê se dá por meio do aleitamento. A alimentação é uma ação que envolve
aspectos físicos e emocionais; o contato corporal desenvolve o vínculo de afeto entre mãe e filho.
o leite materno previne diversas doenças, protege o bebê de infecções, traz benefícios biológicos, cognitivos e
psicológicos ao estimular o vínculo afetivo. 
O hemisfério esquerdo é o centro da linguagem e do pensamento lógico. 
O hemisfério direito processa as informações visuais e espaciais, permitindo ler mapas ou desenhar.
Ligando os dois hemisférios, existe uma faixa rígida de tecido denominada corpo caloso. 
O período de crescimento de um indivíduo em que notamos rápidas transformações, é a fase da primeira infância, que
corresponde ao período de 0 a 2 anos. O crescimento nesses dois primeiros anos ocorre de modo expressivo; entre os
aspectos envolvidos nessa evolução, existem os biológicos, físicos e psíquicos.
Alimentação
Quanto ao cérebro e os reflexos apresentados pelos recém-nascidos. 
O cérebro, é a maior parte do encéfalo; ele se divide em duas metades, ou hemisférios esquerdo e direito, 
cada um dos hemisférios possui com funções especializadas. 
O corpo caloso é como uma mesa telefônica
gigante de fibras conectando os hemisférios
e permitindo que ambos compartilhem
informações e coordenem comandos. Ele
cresce drasticamente durante a infância,
atingindo o tamanho adulto em torno dos 10
anos.
As funções cerebrais que dizem respeito às
capacidades sensoriais são responsáveis pelo
desenvolvimento e crescimento acelerado nos
meses iniciais, favorecendo os sentidos de tato,
visão, olfato e paladar e oportunizando ao bebê
perceber o mundo que o cerca. 
A partir do nascimento, já é possível ver, ouvir,
sentir o toque, identificar gostos, odores e realizar
movimentos, apesar de esses orgãos ainda
terem um longo período para se desenvolver até
a maturação completa.
Durante aproximadamente 9 meses, o feto partilha com sua mãe as emoções e, quando nasce, passa a perceber o
mundo que o cerca, trazendo essas experiências e vivenciando novos sentimentos.
O desenvolvimento social das crianças de 0 a 2 anos:
Quanto ao desenvolvimento social
0 a 3 meses Os bebês são receptivos à estimulação. Eles começam a demonstrar interesse e curiosidade e sorriem
prontamente para as pessoas.
3 a 6 meses Os bebês podem antecipar o que está prestes a acontecer e experimentar decepção quando isso não
acontece, mostram isso ficando zangados ou agindo cautelosamente. Eles sorriem com frequência.
Essa é uma época de despertar social e das primeiras trocas recíprocas entre o bebê e o cuidador.
6 a 9 meses Os bebês jogam "jogos sociais e tentam obter respostas das pessoas. Eles "falam" tocam e incitam
outros bebes a responder. Eles expressam emoções mais diferenciadas, demonstrando alegria, medo,
raiva e surpresa.
9 a 12 meses Os bebês estão intensamente preocupados com seu principal cuidador, podem desenvolver medo de
estranhos e agir com desânimo em novas situações. Com 1 ano de idade, eles comunicam emoções
de maneira mais clara, demonstrando humores, ambivalência e gradações de sentimento.
12 a 18 meses Crianças pequenas exploram seu ambiente, usando as pessoas com as quais têm mais apego como
base segura. A medida que dominam o ambiente, tornam-se mais confiantes e mais ávidas por
autoafirmação
18 a 36 meses Crianças pequenas, às vezes, tornam-se ansiosas porque, agora, compreendem o quanto elas estão
se separando de seu cuidador. Elas elaboram a consciência de suas limitações na fantasia e no
brincar e pela identificação com adultos.
Sobre o convívio social no ambiente escolar na etapa de inserção na creche, a criança deve ser cuidada a partir de uma
visão integrada, com a promoção de situações que respeitem a individualidade e a diversidade, desenvolvendo e
ampliando suas capacidades de autoconhecimento e conhecimento do mundo que a cerca. Assim, cabe ao espaço
educacional planejar atividades, organizando o ambiente e o tempo com o objetivo de estimular o processo de
desenvolvimento motor, cognitivo, emocional e social das crianças.
Desenvolvimento biopsicossocialDesenvolvimento biopsicossocialDesenvolvimento biopsicossocial
Psicologia 
do denvolvimento
1ª infância (0-2 anos)
Volta-se para as mudanças, ou estágios, na qualidade do funcionamento
cognitivo. Interessa-se em saber como a mente estrutura suas atividades e se
adapta ao ambiente. 
Estuda os mecanismos básicos da aprendizagem. Querem saber como o 
 comportamento muda em resposta à experiência. Considera que a criança já
nasce sendo capaz de aprender e com relativa capacidade de memorizar por
meio dos sentidos. 
Nicolle Marcondes
Desenvolvimento biopsicossocial e cognitivo
Crianças têm uma capacidade de nos surpreender pelo modo como interagem, pela inteligência que demonstram, as
habilidades cognitivas que revelam, a curiosidade que as move quando ainda nem aprenderam as primeiras palavras.
Para dar conta de compreender muitos desses comportamentos e desenvolvimentos, diversos pesquisadores e
psicólogos se dedicaram a esses estudos; dessas observações, destacaremos seis abordagens:
Desenvolvimento CognitivoDesenvolvimento CognitivoDesenvolvimento Cognitivo
Mede as diferenças quantitativas nas habilidades que compõem a inteligência,
utilizando testes que indicam ou preveem essas habilidades. Verifica por meio de
testes (QI - quociente de inteligência) a diferença quantitativa nas habilidades
constituintes da inteligência. 
 
Focaliza a percepção, aprendizagem, memória e resolução de problemas. Seu
objetivo é descobrir como as crianças processam as informações do momento
em que as recebem até utilizá-las. 
Examina o “hardware” do nosso sistema nervoso e busca identificar quais são as
estruturas do cérebro envolvidas em aspectos específicos da cognição. Esse
estudo analisa o sistema nervoso central a fim de identificar quais partes dessa
estrutura são responsáveis pelo desenvolvimento da cognição. 
Examina os efeitos dos aspectos ambientais dos processos de aprendizagem, particularmente o papel dos pais e de
outros cuidadores. Os pesquisadores que adotam essa concepção encontram, na teoria sociocultural de Vygotsky,
influências para compreender como o contexto cultural afeta as interações sociais na primeira infância, promovendo
a capacidade cognitiva.
Abordagem behaviorista
Abordagem piagetiana
Abord. do proc. de informação
Segundo os behavioristas, a aprendizagem ocorre por meio do condicionamento clássico e operante: o primeiro se
baseia na associação de um estímulo que comumente não provocaria determinada resposta a outro estímulo, que
desencadeia tal resposta de modo reflexivo e involuntário. Já no condicionamento operante, a aprendizagem se
baseia na associação de comportamentos e suas consequências.
Abordagem psicométrica
Apesar de não existir um consenso que defina a inteligência, grande parte dos profissionais admite que o
comportamento inteligente diz respeito à capacidade de adquirir, recordar, compreender e resolver problemas.
Uso de reflexos 
Reações circulares primarias
Reações circulares secundarias
Coordenação de esquemas secundárias
Reações circulares terciarias
Combinações mentais
O primeiro dos quatro estágios propostos pelo autor é denominado sensório-motor e abrange o período do
nascimento até os 2 anos de idade aproximadamente. Nesse período, os bebês podem aprender sobre si e sobre o
ambiente que o cerca por meio de ações sensoriais. Dentro desse estágio, existem seis sub-estágios, e que
compõem o estágio sensório-motor do desenvolvimento cognitivo de Piaget: 
1.
2.
3.
4.
5.
6.
Os pesquisadores dessa teoria analisam as partes separadas de ações complexas para identificar quais habilidades
são necessárias para qual etapa dessas ações e em qual idade essas habilidades começam a se desenvolver. Do
período de 0 a 2 anos, foram observados o desenvolvimento da habituação, o processamentovisual, o
processamento de informações como preditor de inteligência e a relação com o desenvolvimento das capacidades
piagetianas.
Abord. neurociência cognitiva
Na primeira infância, as partes cerebrais responsáveis pela memória ainda estão em formação, sendo comum a
amnésia infantil até o amadurecimento do hipocampo, responsável por memórias de maior duração. Desde os
primeiros meses de vida, é de suma importância a estimulação ambiental para o amadurecimento das estruturas da
memória
Abordagem sociocontextual
Psicologia 
do denvolvimento
1ª infância (0-2 anos)
Nicolle Marcondes
Desenvolvimento biopsicossocial e cognitivo
Ao nascer, grande parte dos bebês já consegue virar a cabeça quando estão deitados de costas. 
Se estiverem de bruços, muitos deles conseguem erguer a cabeça o suficiente para virá-la. 
A partir de aproximadamente 2 e 3 meses de idade, já são capazes de erguer a cabeça mais alto. Por volta dos 4
meses, costumam conseguir manter a cabeça ereta quando são seguradas por alguém ou quando estão sentadas.
Em relação ao controle das mãos, os bebês já nascem com um reflexo de preensão, ação de agarrar com força
qualquer objeto colocado na palma de sua mão. Quando são acariciadas nas palmas das mãos, elas costumam ter o
reflexo de fechá-las. Entre 7 e 11 meses, as mãos já conseguem a coordenação necessária para apanhar pequenos
objetos. 
Em relação à locomoção, após os 3 meses de idade, o bebê rola de frente para trás e, posteriormente, faz o
movimento contrário. Aos 6 meses, já é capaz de se sentar com apoio e, aproximadamente aos 8 meses, sem apoio.
Com o passar do tempo, novas conquistas vão sendo acrescidas a novas descobertas, em uma interação com o
ambiente em que vive.
Para acompanhar essa evolução, foi criado um teste de triagem denominado Denver Teste. Com ele, crianças de 1
mês até 6 anos de idade são acompanhadas para ver se estão se desenvolvendo dentro do padrão esperado. A partir
desse acompanhamento, são testadas as habilidades motoras amplas no uso de grupos de músculos grandes, tais
como rolar o corpo e pegar uma bola, e habilidades motoras finas, que se relacionam à coordenação precisa de
músculos pequenos, tais como pegar um chocalho e copiar.
No desenvolvimento motor instintivamente, vão surgindo as primeiras habilidades, tais como agarrar, engatinhar e andar.
À medida que o sistema nervoso central, os músculos e os ossos se desenvolvem e o bebê encontra em seu ambiente
possibilidades de explorar os espaços, mais habilidades vão sendo adquiridas. O desenvolvimento motor é marcado por
diversas realizações, nas quais o bebê vai, passo a passo, alcançando novas conquistas.
Desenvolvimento MotorDesenvolvimento MotorDesenvolvimento Motor
Entre os três e seis anos, temos o período marcado por novas habilidades que vão sendo adquirida enquanto outras são
aprimoradas. Nessa nova etapa, conseguimos observar notoriamente as mudanças físicas e biológicas que se
apresentam sob os seguintes aspectos:
As crianças crescem rapidamente entre os 3 e 6 anos de idade, mas num ritmo diferente. Com
aproximadamente 3 anos, as crianças normalmente começam a perder a forma roliça característica dos
bebês e assumem a aparência mais esguia e atlética da infância. À medida que os músculos abdominais se
desenvolvem, a barriga grande da criança entre 1 e 3 anos se fortalece. O tronco, os braços e as pernas
ficam mais longos. A cabeça ainda é relativamente grande, mas as outras partes do corpo continuam a se
amoldar à medida que as proporções corporais se tornam gradualmente mais similares às de um adulto.
Quanto ao desenvolvimento social, a criança deve encontrar tanto no ambiente familiar quanto nos espaços
educacionais uma estrutura que atenda duas necessidades. A organização temporal e espacial na educação infantil
deve ser pensada com base na indissociabilidade das ações cuidadoras e educativas.
Os espaços são
concebidos como
componentes ativos do 
processo educacional e neles são
refletidas as concepções de educação
assumidas pelo educador e pela
escola. É importante que a sala de
aula seja um lugar motivador, em
que se acolham as diferentes formas
de ser e agir, contempladas nos
projetos de trabalho, nos quais as
crianças vivenciam experiências e
descobertas. [...] O espalho físico
pode ser transformado em espaço
educativo dependendo da atividade
que nele acontece.
Psicologia 
do denvolvimento
2ª infância (3-6 anos)
Nicolle Marcondes
Desenvolvimento biopsicossocial e cognitivo
Desenvolvimento biopsicossocialDesenvolvimento biopsicossocialDesenvolvimento biopsicossocial
O cérebro se torna mais maduro, ampliando as capacidades do sistema nervoso, respiratório, imunológico, circulatório e
das habilidades motoras. Dos 3 aos 6 anos de idade, as áreas de maior crescimento do cérebro são as frontais,
responsáveis pelo planejamento e organização de ações;
Cada criança realiza uma atividade, tendo uma
variedade de materiais que oportunizam o exercício
da criatividade. 
É importante que os profissionais da educação
compreendam que as crianças têm direitos e
liberdade de escolha e que, acima de tudo,
percebam que organizar um espaço não se resume
a equipar um ambiente com variados brinquedos,
mas também oferecer flexibilidade e respeito pelas
escolhas feitas – dar a oportunidade de a criança
ter o direito a fala, atenção e expressão de seus
sentimentos.
Desenvolvimento CognitivoDesenvolvimento CognitivoDesenvolvimento Cognitivo
Uma importante contribuição acerca dessa fase se deu por meio das investigações de Jean Piaget, que denominada
esta fase como estágio pré-operatório. Compreende o desenvolvimento em que há uma expansão da capacidade do
pensamento simbólico, mas as crianças ainda não estão sufi cientemente desenvolvidas para realizar operações
usando a lógica. 
Esses são alguns dos avanços cognitivos referentes à faixa etária de 3 a 6 anos: 
Uso de símbolosUso de símbolos
As crianças não precisam estar em contato sensóriomotor com um
objeto, pessoa ou evento para pensar neles. As crianças podem
imaginar que objetos ou pessoas têm outras propriedades além das
que elas realmente têm.
Compreensão deCompreensão de
identidadesidentidades
As crianças têm consciência de que alterações superficiais não mudam
a natureza das coisas.
Psicologia 
do denvolvimento
2ª infância (3-6 anos)
Nicolle Marcondes
Desenvolvimento biopsicossocial e cognitivo
Desenvolvimento CognitivoDesenvolvimento CognitivoDesenvolvimento Cognitivo
Entendimento deEntendimento de
causa e efeitocausa e efeito
As crianças percebem que os acontecimentos têm causas.
Capacidade deCapacidade de
classificarclassificar
Na faixa etária de 3 a 6 anos, na segunda infância, as crianças apresentam avanços na atenção e no
processamento de informação, iniciando a aquisição da habilidade de formar memórias de longo prazo. 
Apesar de as crianças mais novas não se lembrarem tanto quanto as mais velhas, elas conseguem ter atenção em
detalhes com exatidão sobre um evento, enquanto os adultos costumam se concentrar mais na essência dos
acontecimentos. 
Sobre o desenvolvimento da memória:
Compreensão deCompreensão de
númerosnúmeros
EmpatiaEmpatia
Teoria da menteTeoria da mente
As crianças organizam objetos, pessoas e eventos em categorias
significativas. 
As crianças sabem contar e lidar com quantidades. 
As crianças se tornam mais capazes de imaginar como os outros
podem se sentir.
As crianças se tornam mais conscientes da atividade mental e do
funcionamento da mente.
Desenvolvimento MotorDesenvolvimento MotorDesenvolvimento Motor
Há avanço nas habilidades motoras grossas, que envolvem músculos maiores no corpo, tornando-as capazes de
correr, saltar, pular, escalar, já que os músculos e ossos estão mais fortalecidos, assim como o pulmão, ampliando
as capacidades respiratórias.
Em relação a coordenação motora fina, que requer o movimento de pequenos músculos e que envolvem a
coordenação de olhos e mãos e dos músculos pequenos, permitem que as crianças consigam, por exemplo,
abotoar uma camisa e desenharimagens. “As crianças em idade pré-escolar mesclam continuamente as
habilidades que já possuem com as que estão adquirindo para produzir capacidades mais complexas. Essas
combinações de habilidades são conhecidas como sistemas de ação.
Devido ao desenvolvimento do córtex cerebral, responsável pelas áreas sensoriais e motoras, as crianças, nesse
período de vida, passam a ter uma melhor coordenação entre o que planejam e o que são capazes de fazer. 
Outro aspecto a ser abordado sobre o desenvolvimento motor diz respeito às relações simbólicas do esquema
corporal. Esse conceito se refere à representação que temos de nosso corpo, como enxergamos nossas possibilidades
de movimentos, ações e limitações. Trata-se de uma representação complexa que se constrói a partir de nossas
experiências corporais.
PSICOLOGIA 
DO DENVOLVIMENTO
3ª INFÂNCIA (7- 11 ANOS)
PENSAMENTO ESPACIAL CAUSA E EFEITO CATEGORIZAÇÃO
SERIAÇÃO 
E 
INFERÊNCIA TRANSITIVA
RACIOCÍNIOS INDUTIVO
E 
DEDUTIVO 
NÚMEROS 
E 
MATEMÁTICA
CONSERVAÇÃO
Nico l l e Marconde s
Desenvolvimento biopsicossocial e cognitivo
Desenvolvimento biopsicossocialDesenvolvimento biopsicossocialDesenvolvimento biopsicossocial 
É importante falar, também, sobre alguns problemas relacionados à saúde, a condições físicas e à segurança das
crianças na faixa etária de 7 a 11 anos de idade. A obesidade, por exemplo, é uma preocupação em áreas da saúde por
todo o mundo. Crianças acima do peso estão propensas a desenvolver enfermidades crônicas. Por outro lado,
questões envolvendo a imagem corporal podem levar as crianças a tentar perder peso de modo inadequado e
desenvolver transtornos da alimentação, principalmente quando se aproximam do período da adolescência.
Como causas da obesidade podemos citar fatores hereditários, acrescidos a uma vida com poucos exercícios,
alimentação excessiva e/ou inadequação de alimentos. 
A obesidade infantil é preocupante, visto que os efeitos para a saúde das crianças se assemelham aos dos adultos.
Há grandes consequências, como problemas comportamentais, físicos, depressivos e associados à baixa
autoestima
O desenvolvimento físico das crianças nesta etapa pode varias significativamente entre os 6 e os 11 anos as crianças
chegam a alcançam aproximadamente o dobro do que pesavam e sua altura muda constantemente. 
Em relação ao desenvolvimento cerebral, este se dá por meio da interação dos fatores genéticos e ambientais. Na
infância, as áreas cerebrais vão se especializando em tarefas específicas, aumentando a velocidade e a eficiência e
ampliando a capacidade de descarte de informações que não lhe tragam relevância.
Desenvolvimento CognitivoDesenvolvimento CognitivoDesenvolvimento Cognitivo
Segundo Jean Piaget, por volta dos 7 anos de idade é chegado o terceiro estágio, denominado operatório-concreto,
que diz respeito à capacidade de realizar operações mentais para a resolução de problemas reais. 
Nessa fase, as crianças adquirem o poder de pensar de modo lógico, levando em conta diversos aspectos de um fato.
A seguir alguns dos avanços em capacidades cognitivas selecionados durante a terceira infância:
Para Piaget a mudança do
pensamento rígido e ilógico
das crianças menores para
o pens. flexível e lógico das
crianças mais velhas
depende, ao mesmo tempo,
do desenvolv. neurológico e
das experiências de
adaptação ao ambiente. 
Desenvolvimento MotorDesenvolvimento MotorDesenvolvimento Motor
Os processos que envolvem o crescimento e desenvolvimento humano impactam diretamente nas relações intra e interpessoais, nas
quais as crianças convivem com seus pares, lidam com diferentes biótipos e realizam comparações intrínsecas a essas mudanças
internas e externas que vão acontecendo com elas. Assim, as aquisições motoras não devem ser concebidas somente como um
fenômeno biológico, já que envolvem outros elementos culturais e sociais inerentes ao ambiente.
Na faixa etária de 7 a 11 anos, as habilidades motoras seguem um desenvolvimento gradual. As capacidades físicas nesse período
ocorrem por meio de evoluções na coordenação e no controle motor, levando ao favorecimento da aprendizagem de habilidades mais
complexas. Evidenciam-se aumentos na força, velocidade e resistência, sendo mais avançados nos casos em que as crianças
receberam o estímulo adequado.
há algumas diferenças também no desenvolvimento das meninas e meninos, mas, assim como em fases anteriores, essa variação
de desempenho depende do quanto houve prática motora, atividades que por questões culturais acabam fazendo com que
meninos tenham mais acesso às atividades que as meninas.
Além de questões culturais, a aquisição motora também se relaciona com fatores neurofisiológicos e psicológicos, com
experiências, estilos do ensino, de modo que deve ser pensada em um contexto com esses variados fatores.
Diversos pesquisadores apontam a ocorrência de períodos críticos relacionados entre a coordenação motora na infância e nas
próximas fases de desenvolvimento, assim como apresentam índices maiores de práticas de exercícios físicos em indivíduos que
tiveram essa prática ativa na infância. 
É recomendável que haja, em todas as fases do desenvolvimento, estímulos para a prática de atividades que oportunizem a
aquisição e o aprimoramento das habilidades motoras para que as crianças tenham domínio e autonomia dessas capacidades.

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