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PCC FILOSOFIA E ETICA-1

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Trabalho apresentado como exigência de Prática como Componente Curricular na Disciplina Filosofia e Ética
Nome: JOCILENE JACINTO DA SILVA
Professor(a): VIVIANE CRISTINA SILVA VAZ
Curitiba - PR
2020
Introdução
Convenhamos, quem não quer ser feliz? Acredito que esse é um direito de todos nós, independente de limitações ou não existentes. Sendo assim, posso dizer que, inevitavelmente, precisamos seguir o caminho da ética.
Em relação ao Direito de pessoas com deficiência refere-se a um conjunto de normas cujo cumprimento é assegurado por meio da possível imposição de sanções. A inclusão de pessoas com deficiência na educação, no mercado de trabalho ou em qualquer outra esfera da sociedade encontra-se positivada, em um direito garantido por lei. 
O propósito deste artigo é utilizar os conceitos de inclusão e reconhecimento social, derivados da teoria do filósofo Adolfo Sanchez Vasquez que propõe que “a ética é à base da responsabilidade social e se expressa por meio dos princípios e valores adotados pela organização na condução dos seus negócios. Vasquez define ética como “teoria ou ciência do comportamento moral dos homens em sociedade. Ou seja, é ciência de uma forma específica de comportamento humano” (1993, p.12)
Acomodada também segundo Aristóteles (um grande filósofo), essa felicidade citada depende da plena realização do ser humano como ser racional e livre. A felicidade é sinal, é consequência, do auto realização humana.
Dessa forma, a ética concilia, até mesmo nos dias de hoje, a personalidade do sujeito virtuoso com os valores do grupo social, que se espera que seja igualmente virtuoso. Assim, a sociedade capitalista e individualista em seu alto teor egocêntrico gera relações que dividem os indivíduos em classes totalmente diferentes, uma que desfruta dos benefícios do poder, e outra, que sofre as consequências do poder. Em uma sociedade em que todos desejam o bem-estar material, apenas alguns conseguem e desfrutam dele, nada mais justo e humano que sejam aplicadas leis de inclusão social, com visão de ética e responsabilidade social.
ETICA E RESPONSABILIDADE SOCIAL DENTRO DO CONTEXTO DO PORTADOR DE DEFICIÊNCIA.
 Do estatuto da pessoa com deficiência
Fonte: Portal Acesse
Desde o início da democracia na Grécia, quando foi pela primeira vez sistematizado o princípio da igualdade perante a sociedade, já nos consolidava a mensagem de que não seria de hoje mas a tempos o pensamento que Aristóteles propagava de que: “Devemos tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais, na medida da sua desigualdade”. Mas se todos somos iguais diante da lei nada mais seja mencionado e seja feita a devida inclusão dos excluídos até aqui.
O Estatuto da Pessoa com Deficiência existe desde julho de 2015, e foi criado para garantir e promover a igualdade de direitos aos mais de 45 milhões de brasileiros com deficiência. O objetivo é permitir que todas as pessoas com deficiência tenham acesso às mesmas oportunidades que as demais, sem qualquer discriminação, preconceito ou restrição de direitos. 
O Estatuto da pessoa com deficiência, o principal artigo que são referentes a garantir seus direitos, consta no artigo 4º, estabelecendo que “toda pessoa com deficiência tem direito à igualdade de oportunidades com as demais pessoas e não sofrerá nenhuma espécie de discriminação”. (BRASIL, 2015). 
Importante destacar que a definição sobre quem são pessoas portadoras de deficiência reproduz, corretamente, do artigo 2° do estatuto, fundamentando que, “Considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas”. (BRASIL, 2015)
Pessoas com deficiência em números e suas modalidades
De acordo com pesquisa realizada pelo IBGE em 2010, o número de pessoas com deficiência representa 23,8% da população do país.
No último Censo Demográfico, 45,6 milhões de pessoas declararam ter pelo menos um tipo de deficiência, seja do tipo visual, auditiva, motora ou mental/intelectual. Apesar de representarem 23,9% da população brasileira em 2010, estas pessoas não vivem em uma sociedade adaptada. Segundo a Pesquisa de Informações Básicas Municipais (Munic) de 2014, a maioria das prefeituras não promove políticas de acessibilidade, tais como lazer para pessoas com deficiência (78%), turismo acessível (96,4%) e geração de trabalho e renda ou inclusão no mercado de trabalho (72,6%), IBGE 2010.
Uma norma que muitos não sabem e sobre a isenção de impostos, que nada mais é do que o direito de não precisar pagar determinadas cobranças que seriam comuns às pessoas sem deficiência. 
Existem ressalvas para cada estado, e dever do cidadão orientar-se diante até que ponto são aplicadas ao público com deficiência em cada estado em especifico.
A exemplo, a União, isenta deficientes de pagar Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Já no Rio de Janeiro, a pessoa com deficiência física não precisa pagar IPTU e IPVA. O IPVA também é isento em São Paulo e Minas Gerais. Já a isenção do IOF para a aquisição de automóveis não alcança os portadores de deficiência visual, mental severa ou profunda, ou autistas por falta de previsão legal.
Outras normas que permitem à pessoa com deficiência ter mais qualidade no seu dia a dia e que aumentam a integração social e profissional são:
Transporte gratuito
Assim como estudantes e idosos, as pessoas com deficiência têm direito à gratuidade nos transportes públicos. E, em casos específicos, seu acompanhante também. Embora seja válida em todo o país, cada cidade possui suas próprias regras.
Mas temos que atentar que sem acessibilidade, em seu conceito mais amplo, teremos pessoas com deficiência impedidas de viver com autonomia na cidade. Cadeirantes que não conseguem pegar um ônibus porque a plataforma de acesso, quando existe, não funciona.
Ônibus que não são adaptados para receber esses passageiros, e profissionais não capacitados para trabalhar com o público em questão.
Profissionalização para o mercado de trabalho 
Além das leis que buscam reduzir o custo de vida da pessoa com deficiência, há também programas que estimulam a capacitação profissional, como por exemplo, o Programa de Inclusão de Pessoa com Deficiência, do governo federal, que tem o intuito de garantir o ingresso no mercado de trabalho. 
Além dos programas de profissionalização, também há a garantia de participação em concursos públicos. A legislação garante ainda reserva de até 20% das vagas oferecidas no concurso em atribuições compatíveis com a deficiência.
O Estatuto prevê a reservas de vagas para pessoas com deficiência no mercado de trabalho, obedecendo a seguinte regra:
· até 200 empregados: 2%;
· de 201 a 500 empregados: 3%;
· de 501 a 1000 empregados: 4%;
· mais de 1000 empregados: 5%.
Infelizmente ainda temos pessoas cegas, surdas, cadeirantes ou com deficiência intelectual não conseguem emprego porque as empresas, quando obrigadas a contratá-las, sempre escolhem pessoas com deficiência ‘leve’. A Lei de Cotas nunca foi levada a sério: nem pelas empresas - que não olham para a competência, mas sim para a deficiência - nem pelo governo, que nunca exigiu seu cumprimento.
Aposentadoria especial
Outro benefício muito importante concedido à pessoa com deficiência é a aposentadoria especial. Mas, para ter direito a ela, é necessário que a deficiência física, mental ou sensorial dificulte a participação da vida em sociedade, ou impeça o cidadão de disputar vários tipos de oportunidades com as demais pessoas.
O tempo de contribuição para requerer a aposentadoria especial vai depender do grau de deficiência, que pode ser grave, moderada e leve. Mais detalhes sobre os prazos estão disponíveis no site da Previdência Social.
SAC especial
O acesso adequado ao Serviço de Atendimento ao Cliente (SAC) das empresas também é um direito das pessoas comdeficiência. O problema é que a lei não especifica como deve ser esse atendimento e deixa na mão das empresas criarem ou não um número especial para atender às pessoas com deficiência.
Conclusões finais 
Pessoas com deficiência são cidadãs, não pedem favor, mas exigem direitos.
Precisamos que a rampa da calçada, o elevador do prédio, o banheiro público ou de instituições privadas sejam acessíveis, que haja o instrutor de Libras, o programa de computador ou o ensino em Braille, a escola inclusiva de qualidade e adaptada para receber esse público, nada mais do que justo que se tenham reservas de vagas em supermercados ou as vagas destinadas para o emprego digno, nada mais são do que o direito a dignidade ao prazer de se viver em uma sociedade que cria igualdade mesmo diante de tantas limitações que nos divide nessa sociedade individualista. E preciso que a pessoa com deficiência sinta se incluso na sociedade em que vivencia. E essas devem existir dentro do princípio de que é esse tratamento desigual que constrói igualdade. Sabemos como são amplas as dificuldades dessas pessoas, e o quanto é falha nossas políticas públicas.
Em termos gerais a questão de direito à igualdade é essencial no que se refere às pessoas com deficiência, mas ainda está engatinhando no Brasil, precisamos entender que favorecer a inclusão social, é ser ético é construir a responsabilidade social é tornar possível o exercício do direito à igualdade e que esse seja ativo e funcional no todo. 
Um grande exemplo de Ética e responsabilidade social temos a cidade de Curitiba-PR, que implantou o Plano de Governo Viva Curitiba, o Projeto Viva Inclusão é composto ações da Assessoria dos Direitos da Pessoa com Deficiência, que objetivam promover a inclusão social das pessoas com deficiência no município de Curitiba.
Nesse projeto são desenvolvidas ações de contato direto com a população com deficiência, todo o atendimento que a Prefeitura de Curitiba oferece a esta população buscando sua inclusão na sociedade, bem como o relacionamento com as instituições que oferecem tais atendimentos, vale a pena conhece-lo.
Referencias:
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/49550087/artigo-2-da-lei-n-13146-de-06-de-julho-de-2015
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13146.htm
https://educa.ibge.gov.br/jovens/conheca-o-brasil/populacao/20551-pessoas-com-deficiencia.html
http://www.ibdd.org.br/
http://www.ibdd.org.br/arquivos/cartilha-ibdd.pdf
Pesquisa de 
Fontes bilbliograficas Etica e responsabilidade Social Daniela Coelho 2014 (Pronatec Pernanbuco)
 Informações Básicas Municipais  Munic 2014
IBGE 2010

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