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Engenharia de Controle Tema 7 – Modelos Matemáticos de Sistemas Dinâmicos Fabrício Bradaschia Universidade Federal de Pernambuco – UFPE Centro de Tecnologia e Geociências – CTG Departamento de Engenharia Elétrica – DEE Objetivos do Tema Os objetivos deste tema são: • Representar matematicamente os principais sistemas a serem controlados: elétricos, eletrônicos, mecânicos, térmicos, fluídicos, etc.; • Apresentar a correlação existente entre os elementos e as variáveis de cada sistema; • Mostrar que, devido à correlação entre elementos e variáveis, todos os sistemas possuem um sistema elétrico análogo, que pode ser montado de forma a simplificar a compreensão do seu funcionamento e a facilitar o projeto do sistema de controle. Modelagem de Sistemas Dinâmicos Um das questões mais importantes na análise e projeto de sistemas de controle é a correta modelagem dos sistemas dinâmicos. Dependendo das características do sistema a ser modelado, o projetista pode representá-lo no espaço de estados ou por funções de transferência. É papel do projetista não só modelar com precisão o sistema, mas também realizar suposições e aproximações de forma que o sistema possa ser realisticamente caracterizado por um modelo matemático linear quando necessário. Modelagem de Sistemas Dinâmicos A teoria clássica de análise e controle de sistemas, baseada em técnicas realizadas em papel e caneta (abordagem de engenharia), está perdendo espaço nos últimos anos. Devido aos recentes avanços computacionais, a modelagem precisa de sistemas dinâmicos complexos tem ganhado cada vez mais importância, já que, hoje, é possível carregar tais modelos complexos em poderosos softwares computacionais, analisá-los e controlá-los usando técnicas matemáticas complexas (abordagem analítica) e ferramentas baseadas em inteligência artificial (abordagem computacional). Modelagem de Sistemas Dinâmicos A modelagem de sistemas parte do uso das leis naturais que regem as respectivas áreas do conhecimento. Por exemplo, os sistemas mecânicos e elétricos podem ser modelados usando as Leis de Newton e Leis de Kirchhoff, respectivamente. Além da modelagem dos sistemas, é de grande importância modelar os controladores analógicos (que podem ser eletrônicos, pneumáticos e hidráulicos), os sensores e os atuadores. Vale ressaltar que será apresentada aqui somente uma introdução aos procedimentos de modelagem, já que existem uma infinidade de diferentes sistemas, cada um podendo ser tão complexo quanto se queira. Sistemas Elétricos Os sistemas elétricos, na maioria das aplicações, podem ser considerados sistemas lineares e invariantes no tempo, modelados por EDOs. Algumas exceções devem ser destacadas: sistemas elétricos de potência, que abrangem grandes distâncias podem ser modelados por equações diferenciais parciais; sistemas elétricos que possuem equipamentos de Eletrônica de Potência possuem comportamento não linear; etc. Os sistemas elétricos convencionais possuem três elementos básicos que podem ser conectados entre si: capacitor, indutor e resistor. Sistemas Elétricos Os sistemas elétricos são regidos pelas leis eletromagnéticas. Para um capacitor (que armazena energia potencial elétrica), tem-se: 𝑖 = 𝐶 𝜕𝑣 𝜕𝑡 Para um indutor (que armazena energia no campo magnético), tem- se: 𝑖 = 1 𝐿 𝑣𝑑𝑡 Sistemas Elétricos Para um resistor (que dissipa energia – efeito Joule), tem-se: 𝑖 = 1 𝑅 𝑣 Nos sistemas elétricos, a corrente elétrica pode ser considerada como uma variável-através, pois ela “atravessa” os elementos de um lado a outro (no capacitor tal efeito não ocorre, embora possa ser considerado que sim). A tensão elétrica pode ser considerada uma variável-sobre, pois uma corrente atravessando um elemento causa uma diferença de potencial entre os dois terminais do elemento (tensão sobre). Sistemas Elétricos A razão entre a transformada de Laplace da variável-sobre pela transformada de Laplace da a variável-através define a dinâmica do elemento, ou seja, representa sua função de transferência. Se o elemento armazena energia através da variável-sobre, então ele é um elemento armazenador de energia capacitivo. Se o elemento armazena energia através da variável-através, então ele é um elemento armazenador de energia indutivo. Se o elemento não armazena e, sim, dissipa a energia armazenada nos outros elementos, então ele é um elemento dissipador de energia. Assim, o resistor é um elemento dissipador de energia e o capacitor e o indutor são armazenadores sobre e através. Sistemas Elétricos Portanto, a função de transferência dos elementos são: 𝑖 = 𝐶 𝜕𝑣 𝜕𝑡 → 𝑉 𝑠 𝐼(𝑠) = 𝑍𝐶 = 1 𝑠𝐶 𝑖 = 1 𝐿 𝑣𝑑𝑡 → 𝑉 𝑠 𝐼(𝑠) = 𝑍𝐿 = 𝑠𝐿 𝑖 = 1 𝑅 𝑣 → 𝑉 𝑠 𝐼(𝑠) = 𝑍𝑅 = 𝑅 Para resolver um sistema elétrico complexo, pode-se usar as leis de Kirchhoff, o divisor de tensão, o divisor de corrente, a análise de malhas e a análise nodal. É possível também fazer associações série- paralelo dos elementos e representar o sistema completo por um diagramas de blocos. Sistemas Elétricos Uma associação em série ocorre quando os elementos compartilham a mesma variável-através (corrente). Uma associação em paralelo ocorre quando os elementos compartilham a mesma variável-sobre (tensão). Assim, um elemento equivalente a uma associação em série possui a seguinte função de transferência: 𝑉𝑒𝑞 𝑠 𝐼𝑒𝑞(𝑠) = 𝑉1 𝑠 + ⋯+ 𝑉𝑛 𝑠 𝐼(𝑠) = 𝑉1 𝑠 𝐼1(𝑠) + ⋯+ 𝑉𝑛 𝑠 𝐼𝑛(𝑠) Assim, um elemento equivalente a uma associação em paralelo possui a seguinte função de transferência: 𝑉𝑒𝑞 𝑠 𝐼𝑒𝑞(𝑠) = 𝑉(𝑠) 𝐼1 𝑠 + ⋯+ 𝐼𝑛 𝑠 → 1 𝑉𝑒𝑞(𝑠) 𝐼𝑒𝑞(𝑠) = 1 𝑉1(𝑠) 𝐼1(𝑠) + ⋯+ 1 𝑉𝑛(𝑠) 𝐼𝑛(𝑠) Sistemas Elétricos Exercício 1: Dado o circuito abaixo, encontre o diagrama de blocos expandido e o diagrama de blocos simplificado, considerando que 𝑣 𝑡 é a entrada do sistema e 𝑖2 𝑡 é a saída. Sistemas Elétricos O diagrama de blocos é montado da seguinte forma: usa-se 𝑉(𝑠) e 𝑉1 𝑠 (tensão do nó entre os resistores) para encontrar 𝐼1 𝑠 ; usa-se 𝐼1 𝑠 e 𝐼2 𝑠 para encontrar 𝑉1 𝑠 ; usa-se 𝑉1 𝑠 e 𝑉𝐶 𝑠 para encontrar 𝐼2 𝑠 ; e por fim, realimenta-se 𝐼2 𝑠 com 1/𝑠𝐶 para encontrar 𝑉𝐶 𝑠 . O diagrama em blocos possui um ramo direto e três contornos de malha fechada. Assim: 𝐼2 𝑠 𝑉(𝑠) = 𝑠𝐿 𝑅1𝑅2 1 + 𝑠𝐿 𝑅1 + 𝑠𝐿 𝑅2 + 1 𝑠𝑅2𝐶 + 𝐿 𝑅1𝑅2𝐶 𝐼2 𝑠 𝑉(𝑠) = 𝐿𝐶𝑠2 (𝑅1 + 𝑅2)𝐿𝐶𝑠 2 + (𝑅1𝑅2𝐶 + 𝐿)𝑠 + 𝑅1 Sistemas Eletrônicos Os elementos em um sistema elétrico são considerados passivos, pois suas dinâmicas são determinadas completamente pelas variáveis através e sobre (corrente e tensão). Os circuitos eletrônicos são constituídos de uma combinação de elementos passivos (resistores, capacitores e indutores) e ativos. O principal elemento ativo é o amplificador operacional (AOP). O AOP é considerado um elemento ativo, pois recebe energia de uma fonte externa que não determina sua dinâmica. Sua dinâmica depende completamente dos elementos que estão conectados em seus terminais de entrada e saída. Assim, diferentes circuitos podem ser montados usando diferentes combinações do AOP com elementos passivos. Sistemas Eletrônicos Ao associar dois circuitos elétricos passivos em cascata, a função de transferência resultante é diferente do produto das funções de transferência individuais. Isso ocorre, pois tais circuitos trocam energia entre si, de forma que a dinâmica de um circuito é influenciada pelo outro. A grande vantagem dos circuitos contendo AOPs reside no fato de que sua impedância de entrada é muito elevada e sua impedância de saída é muito pequena. Assim, ao associar dois circuitos com AOPs em cascata, um circuito praticamente não demanda energia do outro (todos são alimentados por uma fonte externa). Logo, a função de transferência resultante é igual ao produto das funções de transferência individuais. Sistemas EletrônicosUm exemplo simples de configuração com AOP é o amplificador inversor: 𝐸𝑠 𝑠 𝐸𝑒(𝑠) = − 𝑍2(𝑠) 𝑍1(𝑠) Sistemas Eletrônicos A partir da configuração amplificador inversor, é possível obter diferentes funções de transferência: Sistemas Eletrônicos Vale ressaltar que existem outras configurações com AOPs que podem ser adotadas: • Amplificador não inversor; • Amplificador somador; • Amplificador diferencial; • Conversor tensão-corrente e corrente-tensão; • Entre outros. Sistemas Eletrônicos Exercício 2: Dado o circuito abaixo, encontre a função de transferência, 𝑉𝑠(𝑠) 𝑉𝑒(𝑠). Sistemas Eletrônicos Primeiramente, encontra-se as impedâncias 𝑍1(𝑠) e 𝑍2(𝑠) . Posteriormente, faz-se a divisão, encontrando a função de transferência: 𝑍1(𝑠) = 𝑅1 1 + 𝑅1𝐶𝑠 𝑍2(𝑠) = 𝑅2𝐶2𝑠 + 1 𝐶2𝑠 𝑉𝑠 𝑠 𝑉𝑒(𝑠) = − 𝑍2 𝑠 𝑍1 𝑠 = −𝑅2𝐶1 𝑠2 + 1 𝑅2𝐶2 + 1 𝑅1𝐶1 𝑠 + 1 𝑅1𝑅2𝐶1𝐶2 𝑠 𝑉𝑠 𝑠 𝑉𝑒(𝑠) = −1,232 𝑠2 + 45,95𝑠 + 22,55 𝑠 Sistemas Translacionais Os sistemas mecânicos são naturalmente sistemas de massa distribuída, modelados com equações diferenciais parciais no espaço tridimensional e no tempo. Porém, em muitos casos, é possível considerá-los (aproximá-los) como sistemas de massa concentrada, modelados por equações diferenciais ordinárias (só dependentes do tempo). Os sistemas mecânicos podem ser classificados em sistemas translacionais, nos quais ocorrem movimentos de translação, e sistemas rotacionais, nos quais ocorrem movimentos de rotação. Os sistemas mecânicos translacionais possuem três elementos básicos que podem ser conectados entre si: a massa, a mola e o amortecedor (atrito) viscoso. Sistemas Translacionais Os sistemas mecânicos translacionais são regidos por forças aplicadas aos elementos. Para um sistema força-massa (que armazena energia cinética), tem-se: 𝑓 = 𝑀 𝜕2𝑦 𝜕𝑡2 = 𝑀 𝜕𝑣 𝜕𝑡 = 𝑀𝑎 Para um sistema força-mola (que armazena energia potencial), tem- se: 𝑓 = 𝐾𝑦 = 𝐾 𝑣𝑑𝑡 = 𝐾 𝑎𝑑𝑡 Sistemas Translacionais As forças de atrito surgem quando ocorre qualquer tendência de movimento entre dois corpos em contato. As forças de atrito pode ser classificadas como atrito viscoso (cinético), atrito estático e atrito de Coulomb. Destes, só trataremos do atrito viscoso. Para um sistema força-atrito viscoso (que ocorre dissipação de energia), tem-se: 𝑓 = 𝐵 𝜕𝑦 𝜕𝑡 = 𝐵𝑣 = 𝐵 𝑎𝑑𝑡 Sistemas Translacionais Nos sistemas mecânicos translacionais, a força pode ser considerada como uma variável-através, pois a força aplicada em um lado da mola é transmitida através da mola até o outro lado. A velocidade pode ser considerada uma variável-sobre, pois uma variação na força que atua na mola é capaz de causar uma diferença de velocidade entre um lado da mola fixo no espaço e o outro lado móvel. Logo, surge uma diferença de velocidade sobre a mola. A razão entre a transformada de Laplace da variável-sobre pela transformada de Laplace da a variável-através define a dinâmica do elemento, ou seja, representa sua função de transferência. Sistemas Translacionais Se o elemento armazena energia através da variável-sobre, então ele é um elemento armazenador de energia capacitivo. Se o elemento armazena energia através da variável-através, então ele é um elemento armazenador de energia indutivo. Se o elemento não armazena energia e dissipa a energia armazenada nos outros elementos, então ele um elemento dissipador de energia. Assim, nos sistemas translacionais, a massa é o armazenador capacitivo, a mola é o armazenador indutivo e o amortecedor viscoso é o dissipador de energia. Sistemas Translacionais Assim, para o sistema força-massa-velocidade, tem-se: 𝑓 = 𝑀 𝜕𝑣 𝜕𝑡 → 𝐹 𝑠 = 𝑠𝑀𝑉 𝑠 → 𝑉 𝑠 𝐹(𝑠) = 1 𝑠𝑀 → 𝐶𝑎𝑝𝑎𝑐𝑖𝑡𝑖𝑣𝑜 (𝐶 = 𝑀) Exemplo: considere que a força que atua na massa 𝑀1 é a mesma que atua na massa 𝑀2. Como a força é uma variável-através, então as massas estão em série. Qual é a massa que sujeito à mesma força equivale às massas 𝑀1 e 𝑀2? 𝑉𝑒𝑞 𝐹 = 𝑉1 𝐹 + 𝑉2 𝐹 = 1 𝑠𝑀1 + 1 𝑠𝑀2 1 𝑠𝑀𝑒𝑞 → 1 𝑀𝑒𝑞 = 1 𝑀1 + 1 𝑀2 Sistemas Translacionais Assim, para o sistema força-mola-velocidade, tem-se: 𝑓 = 𝐾 𝑣𝑑𝑡 → 𝐹 𝑠 = 𝐾 𝑠 𝑉 𝑠 → 𝑉 𝑠 𝐹(𝑠) = 𝑠 𝐾 → 𝐼𝑛𝑑𝑢𝑡𝑖𝑣𝑜 𝐿 = 1 𝐾 Exemplo: considere que uma força atua em duas molas (𝐾1 e 𝐾2) em série. Qual é a constante da mola que sujeito à mesma força equivale às molas em série? 𝑉𝑒𝑞 𝐹 = 𝑉1 𝐹 + 𝑉2 𝐹 = 𝑠 𝐾1 + 𝑠 𝐾2 𝑠 𝐾𝑒𝑞 → 1 𝐾𝑒𝑞 = 1 𝐾1 + 1 𝐾2 Sistemas Translacionais Assim, para o sistema força-atrito viscoso-velocidade, tem-se: 𝑓 = 𝐵𝑣 → 𝐹 𝑠 = 𝐵𝑉 𝑠 → 𝑉 𝑠 𝐹(𝑠) = 1 𝐵 → 𝐷𝑖𝑠𝑠𝑖𝑝𝑎𝑡𝑖𝑣𝑜 𝑅 = 1 𝐵 Exemplo: considere que uma força atua em dois amortecedores (𝐵1 e 𝐵2) em série. Qual é o coeficiente do amortecedor que sujeito à mesma força equivale aos amortecedores em série? 𝑉𝑒𝑞 𝐹 = 𝑉1 𝐹 + 𝑉2 𝐹 = 1 𝐵1 + 1 𝐵2 1 𝐵𝑒𝑞 → 1 𝐵𝑒𝑞 = 1 𝐵1 + 1 𝐵2 Sistemas Translacionais Exercício 3: Determine a função de transferência 𝑋(𝑠) 𝐹(𝑠) do sistema abaixo. B Sistemas Translacionais Existem três diferentes abordagens para resolver o problema. No primeiro caso, é realizado o diagrama de forças na massa e é considerado que a soma das forças é igual ao produto da massa e pela aceleração. Neste caso, a aceleração e a velocidade são transformadas em posição (𝑥), surgindo uma EDO de 𝑥 em função de 𝑓. Posteriormente, aplica-se a transformada de Laplace na EDO e encontra-se a função de transferência desejada: 𝑓 = 𝑀𝑎 + 𝐵𝑣 + 𝐾𝑥 → 𝑀 𝜕2𝑥 𝜕𝑡2 + 𝐵 𝜕𝑥 𝜕𝑡 + 𝐾𝑥 → 𝑋 𝑠 𝐹(𝑠) = 1 𝑀𝑠2 + 𝐵𝑠 + 𝐾 Sistemas Translacionais Na segunda abordagem, cada relação força-deslocamento (mola, amortecedor e massa) é primeiramente transformada para o domínio 𝑠. Posteriormente, é realizado o diagrama de forças na massa, com sua respectiva força resultante. Por fim, manipula-se a equação algébrica, encontrando a função de transferência desejada: 𝐹(𝑠) = 𝑀𝑠2𝑋(𝑠) + 𝐵𝑠𝑋(𝑠) + 𝐾𝑋(𝑠) → 𝑋 𝑠 𝐹(𝑠) = 1 𝑀𝑠2 + 𝐵𝑠 + 𝐾 Sistemas Translacionais No terceiro caso, o sistema mecânico é convertido em um sistema elétrico análogo, considerando a analogia resistência-amortecedor, mola-indutor, massa-capacitor, força-corrente e velocidade-tensão. Como todo o sistema mecânico está sujeito à mesma velocidade, equivale a um sistema elétrico RLC sujeito à mesma tensão (RLC paralelo). A força externa 𝑓 , que faz surgir forças em todos elementos do sistema, equivale a uma fonte de corrente 𝑓, que faz surgir correntes em todos elementos do RLC paralelo. Assim: f(t) Sistemas Translacionais Para o sistema RLC paralelo, tem-se que (𝑀 = 𝐶, 𝐾 = 1 𝐿 e 𝐵 = 1 𝑅): 𝐹 𝑠 = 𝑉 𝑠 𝑅 + 𝑉 𝑠 𝑠𝐿 + 𝑠𝐶𝑉 𝑠 → 𝑉 𝑠 𝐹 𝑠 = 𝑠𝑅𝐿 𝑅𝐿𝐶𝑠2 + 𝐿𝑠 + 𝑅 𝑉 𝑠 𝐹 𝑠 = 𝑠𝑋 𝑠 𝐹(𝑠) = 𝑠𝑅𝐿 𝑅𝐿𝐶𝑠2 + 𝐿𝑠 + 𝑅 → 𝑋 𝑠 𝐹(𝑠) = 1 𝐶𝑠2 + 𝑠 𝑅 + 1 𝐿 𝑋 𝑠 𝐹(𝑠) = 1 𝑀𝑠2 + 𝐵𝑠 + 𝐾 Sistemas Translacionais Assim: 𝐵 1 𝐵 1 𝐵 𝐵 Sistemas Translacionais Exercício 4: Encontre o circuito elétrico análogo do sistema mecânico abaixo, considerando as analogias força-corrente e velocidade-tensão. 𝐵1 𝐵2 𝐵3 Sistemas Translacionais Nota-se que o sistema possui dois referenciais de posição (𝑥1 e 𝑥2), além do ponto fixo (terra). Todos os elementos do sistema se deslocam com velocidade 𝑣1, com velocidade 𝑣2 ou com velocidade 𝑣1 − 𝑣2. Portanto, considere o sistema elétrico com três nós: 𝑣1, 𝑣2 e o terra (solo). Todos os elementos que se deslocam com velocidade 𝑣1 têm que ser conectados do nó 𝑣1 ao terra. Todos os elementos que se deslocam com velocidade 𝑣2 têm que ser conectados do nó 𝑣2 ao terra. Por fim, todos os elementos que se deslocam com velocidade 𝑣1 − 𝑣2 devem ser conectados entre os nós 𝑣1 e 𝑣2. Como a força externa 𝑓 está atuando no sistema que se desloca com velocidade 𝑣1 ,então ela é representada como uma fonte de corrente conectada ao nó 𝑣1. Sistemas Translacionais Assim: 1 𝐵1 1 𝐵3 1 𝐵2 Sistemas Rotacionais Os sistemas mecânicos rotacionais possuem três elementos básicos que podem ser conectados entre si: o momento de inércia (da massa), a mola (torção) e o amortecedor (atrito) viscoso. Os sistemas mecânicos rotacionais são regidos por torques aplicados aos elementos. Para um sistema torque-inércia (que armazena energia cinética), tem-se: 𝑇 = 𝐽 𝜕2𝜃 𝜕𝑡2 = 𝐽 𝜕𝜔 𝜕𝑡 = 𝐽𝛼 Sistemas Rotacionais Para um sistema torque-mola (torção – que armazena energia potencial), tem-se: 𝑇 = 𝐾𝜃 = 𝐾 𝜔𝑑𝑡 = 𝐾 𝛼𝑑𝑡 Para um sistema torque-atrito viscoso (que ocorre dissipação de energia), tem-se: 𝑇 = 𝐷 𝜕𝜃 𝜕𝑡 = 𝐷𝜔 = 𝐷 𝛼𝑑𝑡 Sistemas Rotacionais Nos sistemas mecânicos rotacionais, o torque pode ser considerado como uma variável-através, pois o torque aplicado em um lado da mola é transmitido através da mola até o outro lado. A velocidade angular pode ser considerada uma variável-sobre, pois uma variação no torque que atua na mola é capaz de causar uma diferença de velocidade entre um lado da mola fixo no espaço e o outro lado móvel. Logo, surge uma diferença de velocidade angular sobre a mola. A razão entre a transformada de Laplace da variável-sobre pela transformada de Laplace da a variável-através define a dinâmica do elemento, ou seja, representa sua função de transferência. Sistemas Rotacionais Assim, nos sistemas rotacionais, o momento de inércia é o armazenador capacitivo, a mola é o armazenador indutivo e o amortecedor viscoso é o dissipador de energia. Para o sistema torque-inércia-velocidade, tem-se: 𝑇 = 𝐽 𝜕𝜔 𝜕𝑡 → 𝑇 𝑠 = 𝑠𝐽𝑊 𝑠 → 𝑊 𝑠 𝑇(𝑠) = 1 𝑠𝐽 → 𝐶𝑎𝑝𝑎𝑐𝑖𝑡𝑖𝑣𝑜 (𝐶 = 𝐽) Para o sistema torque-mola-velocidade, tem-se: 𝑇 = 𝐾 𝜔𝑑𝑡 → 𝑇 𝑠 = 𝐾 𝑠 𝑊 𝑠 → 𝑊 𝑠 𝑇(𝑠) = 𝑠 𝐾 → 𝐼𝑛𝑑𝑢𝑡𝑖𝑣𝑜 𝐿 = 1 𝐾 Sistemas Rotacionais Para o sistema torque-atrito viscoso-velocidade, tem-se: 𝑇 = 𝐷𝜔 → 𝑇 𝑠 = 𝐷𝑊 𝑠 → 𝑊 𝑠 𝑇(𝑠) = 1 𝐷 → 𝐷𝑖𝑠𝑠𝑖𝑝𝑎𝑡𝑖𝑣𝑜 𝑅 = 1 𝐷 Da mesma forma que nos sistemas translacionais, os sistemas rotacionais podem ser resolvidos a partir da analogia com o sistema elétrico. Assim, torques externos representam fontes de corrente, cada referencial de posição angular ou velocidade angular corresponde a um nó do circuito. Todos elementos com mesma velocidade estão conectados em um mesmo nó. Já os elementos entre dois referenciais de velocidade, estão conectados entre nós do circuito. Sistemas Rotacionais Exercício 5: Determine a função de transferência 𝜃2(𝑠) 𝑇(𝑠) do sistema abaixo. Sistemas Rotacionais O sistema é redesenhado para mostrar os mancais como atritos viscosos conectados a um referencial fixo e a torção como mola: Os dois referenciais, 𝜔1 e 𝜔2, representam os nós do circuito. No nó 𝜔1, estão conectados o resistor 1/𝐷1 e o capacitor 𝐽1. Entre 𝜔1 e 𝜔2, está conectada a mola 1/𝐾. No nó 𝜔2, estão conectados o resistor 1/𝐷2 e o capacitor 𝐽2. A fonte de corrente 𝑇 está conectada no nó 𝜔1. Sistemas Rotacionais Assim, a função de transferência 𝜃2(𝑠) 𝑇(𝑠) é: 𝑊1 𝑠 𝑇 𝑠 = 1 𝐽1𝑠 + 𝐷1 + 𝐽2𝐾𝑠 + 𝐷2𝐾 𝐽2𝑠 2 + 𝐷2𝑠 + 𝐾 𝑒 𝑊2 𝑠 𝑊1 𝑠 = 𝐾 𝐽2𝑠 2𝐷2𝑠 + 𝐾 𝑊2 𝑠 𝑇 𝑠 = 𝑊2 𝑠 𝑊1 𝑠 𝑊1 𝑠 𝑇 𝑠 = 𝐾 𝐽1𝐽2 𝑠 3 + 𝐽1𝐷2 + 𝐽2𝐷1 𝑠 2 + 𝐽1 + 𝐽2 𝐾 + 𝐷1𝐷2 𝑠 + 𝐷1 + 𝐷2 𝐾 𝜃2 𝑠 𝑇 𝑠 = 1 𝑠 𝑊2 𝑠 𝑇(𝑠) = 𝐾 𝐽1𝐽2 𝑠 4 + 𝐽1𝐷2 + 𝐽2𝐷1 𝑠 3 + 𝐽1 + 𝐽2 𝐾 + 𝐷1𝐷2 𝑠 2 + 𝐷1 + 𝐷2 𝐾 𝑠 Sistemas Rotacionais e Translacionais Em muitos sistemas mecânicos, um motor, capaz de aplicar um torque controlado em uma extremidade do seu eixo, é conectado a um sistema de polia, correia e massa ou de pinhão, cremalheira e massa, na outra extremidade do seu eixo. Na maioria dos casos, estes sistemas podem ser reduzidos a um sistema completamente rotacional ao considerar os elementos acoplados na outra extremidade do eixo (o sistema polia-correia- massa ou o sistema pinhão-cremalheira-massa) como uma simples inércia de carga (𝐽𝐶) conectada à extremidade do eixo do motor. Dependendo da velocidade e das perdas dos sistemas acoplados, é possível representar também um atrito viscoso (𝐷𝐶 ) aplicado à inércia de carga, 𝐽𝐶 . Sistemas Rotacionais e Translacionais Sistemas Rotacionais com Engrenagens Um trem de engrenagens ou uma correia conectando polias são dispositivos mecânicos capazes de transmitir energia de uma parte do sistema a outro, de forma que variáveis como torque, velocidade angular e deslocamento angular podem ser alterados. Considere o caso de duas engrenagens acopladas que possuem inércia, atrito e folga desprezíveis: Sistemas Rotacionais com Engrenagens Para este sistema, é possível encontrar as seguintes relações: • O número de dentes (𝑁) é proporcional aos raios (𝑟): 𝑁1𝑟2 = 𝑁2𝑟1 • A distância percorrida na superfície das engrenagens é a mesma: 𝑟1𝜃1 = 𝑟2𝜃2 • Desprezando as perdas, a energia entregue a uma engrenagem é transmitida completamente à outra engrenagem: 𝑇1𝜃1 = 𝑇2𝜃2 • Assim, as seguintes relações são verdadeiras: 𝑇1 𝑇2 = 𝑟1 𝑟2 = 𝑁1 𝑁2 = 𝜃2 𝜃1 = 𝜔2 𝜔1 Sistemas Rotacionais com Engrenagens Considere um sistema inércia, atrito viscoso e mola acoplado ao eixo da engrenagem 2, que está conectada à engrenagem 1, na qual está sendo aplicado um torque 𝑇1. É possível simplificar o sistema de duas formas: ou levando o torque da engrenagem 1 para a engrenagem 2 ou trazendo o sistema inércia, atrito viscoso e mola da engrenagem 2 para a engrenagem 1. No primeiro caso, tem-se: Sistemas Rotacionais com Engrenagens No segundo caso, escreve-se a equação dinâmica da engrenagem 2 em função de 𝑇2 e 𝜔2 e depois 𝑇2 e 𝜔2 são convertidos para 𝑇1 e 𝜔1, ou seja, como se o sistema estivesse todo acoplado ao eixo da engrenagem 1. Assim, surge uma relação entre a inércia, o atrito viscoso e a mola equivalentes na engrenagem 1 e a inércia, o atrito viscoso e a mola originais na engrenagem 2. Sistemas Rotacionais com Engrenagens De forma generalizada, os elementos mecânicos podem ser deslocados de uma engrenagem de origem para uma engrenagem de destino ao multiplicar suas constantes pela relação: 𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑑𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠 𝑑𝑎 𝑒𝑛𝑔𝑟𝑒𝑛𝑎𝑔𝑒𝑚 𝑑𝑒 𝑑𝑒𝑠𝑡𝑖𝑛𝑜 𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑑𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠 𝑑𝑎 𝑒𝑛𝑔𝑟𝑒𝑛𝑎𝑔𝑒𝑚 𝑑𝑒 𝑜𝑟𝑖𝑔𝑒𝑚 2 Assim, para o sistema referenciado da engrenagem 2 para 1, tem-se: 𝐽1 = 𝐽2 𝑁1 𝑁2 2 𝑒 𝐷1 = 𝐷2 𝑁1 𝑁2 2 𝑒 𝐾1 = 𝐾2 𝑁1 𝑁2 2 Sistemas Rotacionais com Engrenagens Exercício 6: Determine a função de transferência 𝜃2(𝑠) 𝑇1(𝑠) do sistema abaixo. Sistemas Rotacionais com Engrenagens O primeiro passo é deslocar os elementos conectados ao eixo da engrenagem 1 (origem) para o eixo da engrenagem 2 (destino). Assim, o sistema resultante possui duas inércias acopladas ao mesmo eixo, com valores 𝐽1 𝑁2 𝑁1 2 e 𝐽2. Portanto, a inércia resultante é a soma das inércias. O sistema possui também dois atritos viscosos entre as inércias e o solo, com valores 𝐷1 𝑁2 𝑁1 2 e 𝐷2 . Portanto, o atrito viscoso resultante é a soma dos atritos. A mola resultante é a mola 𝐾2 original. O torque resultante também é referenciado ao eixo 2: 𝑇2 = 𝑁2 𝑁1 𝑇1. Sistemas Rotacionais com Engrenagens O sistema resultante se torna: A função de transferência deste sistema já foi vista e é igual a: Sistemas Térmicos As duas variáveis mais importantes em um sistema térmico são a temperatura, 𝑇, e o fluxo de calor (fluxo térmico), 𝑞. A transferência de calor está relacionada com o fluxo de calor, que é taxa de variação temporal do calor armazenado (energia térmica), 𝑄, em um objeto: 𝑞 = 𝜕𝑄 𝜕𝑡 O calor armazenado em um objeto está relacionado à sua temperatura através de uma capacitância térmica, 𝐶 , que representa o quanto de calor se pode armazenar para cada incremento de 1𝐾 na temperatura.Assim: 𝑄 = 𝐶𝑇 Sistemas Térmicos Desta forma, o fluxo de calor em um objeto está relacionado à taxa de variação de sua temperatura: 𝑞 = 𝐶 𝜕𝑇 𝜕𝑡 É importante ressaltar que a capacitância térmica depende da massa específica, do volume e do calor específico do objeto. A transmissão de calor em um sistema térmico pode ocorrer por condução, convecção e radiação. Dos três, só serão estudados a condução e a convecção, pois são aproximadamente lineares. Sistemas Térmicos A condução descreve como um objeto sólido conduz calor. Assim, se há uma diferença de temperatura entre duas superfícies de um objeto, o fluxo de calor ocorre da superfície de maior temperatura (𝑇2) para de menor temperatura (𝑇1) através da relação: 𝑞 = ∆𝑇 𝑅 = 𝑇2 − 𝑇1 𝑅 → 𝑅 = 𝑇2 − 𝑇1 𝑞 O termo 𝑅 representa a resistência térmica de condução, que depende da condutividade térmica do material, da área da seção transversal na qual o fluxo de calor atravessa e da distância entre as duas superfícies de temperatura 𝑇1 e 𝑇2. Sistemas Térmicos A convecção descreve como ocorre a transferência de calor entre um objeto sólido e um fluido. Considere que o fluido em contato com a superfície do objeto está a uma temperatura maior (𝑇2) e o fluido a uma certa distância do objeto está a uma temperatura menor (𝑇1). Assim, o fluxo de calor se dá através da relação: 𝑞 = ∆𝑇 𝑅 = 𝑇2 − 𝑇1 𝑅 → 𝑅 = 𝑇2 − 𝑇1 𝑞 O termo 𝑅 representa a resistência térmica de convecção, que depende do coeficiente de transferência de calor convectivo e da área do objeto que está em contato com o fluido (onde o fluxo de calor atravessa). Sistemas Térmicos Portanto, em um sistema térmico, é fácil relacionar o fluxo de calor à variável-através, já que ele atravessa o sólido ou fluido, e a diferença de temperatura à variável-sobre, já que ocorre uma diferença de temperatura sobre o objeto ou fluido. Assim, a função de transferência do fluxo de calor em um objeto é: 𝑞 = 𝐶 𝜕𝑇 𝜕𝑡 → 𝑄 𝑠 = 𝑠𝐶𝑇 𝑠 → 𝑇 𝑠 𝑄(𝑠) = 1 𝑠𝐶 → 𝐶𝑎𝑝𝑎𝑐𝑖𝑡𝑖𝑣𝑜 (𝐶 = 𝐶) De forma equivalente, a função de transferência da condução e convecção se dão por: 𝑞 = ∆𝑇 𝑅 → 𝑄 𝑠 = ∆𝑇 𝑠 𝑅 → ∆𝑇 𝑠 𝑄(𝑠) = 𝑅 → 𝑅𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡𝑖𝑣𝑜 (𝑅 = 𝑅) Sistemas Térmicos Exercício 7: Considere que 𝑙 é um objeto sólido de temperatura 𝑇𝑙. Considere que 𝑓 é um fluido cuja temperatura na sua camada superior é 𝑇𝑓. Determine a função de transferência 𝑇𝑙(𝑠) 𝑇𝑓(𝑠) do sistema abaixo, em função de 𝐶 (objeto) e 𝑅 (convecção). Sistemas Térmicos O fluxo de calor entrando no objeto 𝑙 é: 𝑞 = 𝐶 𝜕𝑇𝑙 𝜕𝑡 O fluxo de calor entregue pelo fluido 𝑓 ao objeto 𝑙 é: 𝑞 = ∆𝑇 𝑅 = 𝑇𝑓 − 𝑇𝑙 𝑅 Igualando os fluxos e realizando a transformada de Laplace, tem-se: 𝑠𝐶𝑇𝑙 𝑠 = 𝑇𝑓 𝑠 − 𝑇𝑙(𝑠) 𝑅 → 𝑇𝑙 𝑠 𝑇𝑓(𝑠) = 1 𝑅𝐶𝑠 + 1 Sistemas Fluídicos Os sistemas de fluidos incompressíveis (volume constante) são análogos aos sistemas elétricos, podendo ser modelados por elementos passivos como resistores, capacitores e indutores. As duas variáveis mais importantes em um sistema fluídico são a pressão, 𝑃, e a vazão líquida volumétrica, 𝑞. A vazão líquida volumétrica em um recipiente é definida como a diferença entre a vazão volumétrica de entrada, 𝑞𝑖 , e a vazão volumétrica de saída, 𝑞𝑜, ou seja: 𝑞 = 𝑞𝑖 − 𝑞𝑜 Sistemas Fluídicos Pela lei da conservação de volume, a vazão líquida volumétrica é igual à taxa de variação temporal do volume, 𝑉, de um fluido em um recipiente: 𝑞 = 𝑞𝑖 − 𝑞𝑜 = 𝜕𝑉 𝜕𝑡 O volume armazenado em um recipiente está relacionado à sua pressão, 𝑃, através de uma capacitância fluídica, 𝐶, que representa o quanto de volume se pode armazenar no recipiente para cada incremento de 1𝑁/𝑚2 na pressão. Assim: 𝑉 = 𝐶𝑃 Sistemas Fluídicos Assim, a relação entre a vazão líquida volumétrica e a pressão em um recipiente é: 𝑞 = 𝑞𝑖 − 𝑞𝑜 = 𝐶 𝜕𝑃 𝜕𝑡 Considerando um reservatório cuja base possui área 𝐴 e cujo fluido possui altura ℎ, pode-se encontrar as expressões para a pressão e a capacitância fluídica: 𝑃 = 𝐹 𝐴 = 𝑚𝑔 𝐴 = 𝜌𝑉𝑔 𝐴 = 𝜌𝑔ℎ 𝐶 = 𝑉 𝑃 = 𝑉 𝜌𝑔ℎ = 𝐴 𝜌𝑔 Sistemas Fluídicos A inércia fluídica, 𝐿, representa a inércia de um fluido em um sistema tubular em variar bruscamente sua vazão volumétrica. A consequência é a geração instantânea de uma diferença de pressão no tubo com o intuito de se contrapor à variação de vazão. Considere um tubo sem atrito em que o fluido se move com velocidade 𝑣. Para provocar uma variação de vazão volumétrica, uma força 𝐹 é aplicada. Sistemas Fluídicos Assim: 𝐹 = 𝐴∆𝑃 = 𝑚 𝜕𝑣 𝜕𝑡 = 𝜌𝐴𝑙 𝜕𝑣 𝜕𝑡 ∆𝑃 = 𝑃1 − 𝑃2 = 𝜌𝑙 𝜕𝑣 𝜕𝑡 𝑞 = 𝜕𝑉 𝜕𝑡 = 𝐴 𝜕𝑙 𝜕𝑡 = 𝐴𝑣 → 𝑣 = 𝑞 𝐴 ∆𝑃 = 𝑃1 − 𝑃2 = 𝜌𝑙 𝐴 𝐿 𝜕𝑞 𝜕𝑡 = 𝐿 𝜕𝑞 𝜕𝑡 O termo 𝐿 (inércia fluídica) também é conhecido como indutância fluídica. Sistemas Fluídicos Em sistemas fluídicos reais, tubos, conexões, válvulas, joelhos e derivações, possuem uma resistência à passagem dos fluidos. Tal resistência fluídica, 𝑅, é representada como uma força contrária ao movimento do fluido no elemento. Como consequência, é gerada uma diferença entre a pressão do fluido na entrada do elemento e a pressão do fluido na saída do elemento (queda de pressão). Se o escoamento for laminar, então a relação entre a vazão volumétrica, 𝑞, e a diferença de pressão no elemento, ∆𝑃, é linear e representa a resistência fluídica. Assim: 𝑞 ∆𝑃 ∝ 𝑞 → 𝑅 = ∆𝑃 𝑞 = 𝑃1 − 𝑃2 𝑞 Sistemas Fluídicos Portanto, em um sistema fluídico, a vazão volumétrica líquida se relaciona à variável-através, já que ela atravessa os elementos (recipientes, tubos, conexões, etc.), e a diferença de pressão se relaciona à variável-sobre, já que ocorre uma diferença de pressão sobre os elementos. Assim, a função de transferência da vazão líquida volumétrica em um recipiente é: 𝑞 = 𝐶 𝜕𝑃 𝜕𝑡 → 𝑄 𝑠 = 𝑠𝐶𝑃 𝑠 → 𝑃 𝑠 𝑄(𝑠) = 1 𝑠𝐶 → 𝐶𝑎𝑝𝑎𝑐𝑖𝑡𝑖𝑣𝑜 (𝐶 = 𝐶) Sistemas Fluídicos De forma equivalente, a função de transferência da resistência à passagem de fluido se dá por: 𝑞 = ∆𝑃 𝑅 → 𝑄 𝑠 = ∆𝑃 𝑠 𝑅 → ∆𝑃 𝑠 𝑄(𝑠) = 𝑅 → 𝑅𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡𝑖𝑣𝑜 (𝑅 = 𝑅) Por fim, a função de transferência da inércia à variação da vazão volumétrica em um elemento se dá por: ∆𝑃 = 𝐿 𝜕𝑞 𝜕𝑡 → 𝐿𝑠𝑄 𝑠 = ∆𝑃 𝑠 → ∆𝑃 𝑠 𝑄(𝑠) = 𝑠𝐿 → 𝐼𝑛𝑑𝑢𝑡𝑖𝑣𝑜 (𝐿 = 𝐿) Sistemas Fluídicos Exercício 8: Obtenha a função de transferência, 𝐻(𝑠)/𝑄𝑒(𝑠), que define o sistema, considerando que o recipiente possui uma capacitância fluídica 𝐶 e a válvula possui uma resistência fluídica 𝑅. Sistemas Fluídicos Na primeira abordagem, a função de transferência, 𝐻 𝑠 /𝑄𝑒(𝑠), é diretamente definida pelas equações dinâmicas do sistema: 𝑞 = 𝑞𝑒 − 𝑞𝑠 = 𝐶 𝜕𝑃 𝜕𝑡 = 𝐶𝜌𝑔 𝜕ℎ 𝜕𝑡 ∆𝑃 = 𝑃1 − 𝑃2 = 𝑅𝑞𝑠 = 𝜌𝑔ℎ → 𝑞𝑠 = 𝜌𝑔ℎ 𝑅 𝑞𝑒 = 𝐶𝜌𝑔 𝜕ℎ 𝜕𝑡 + 𝜌𝑔ℎ 𝑅 𝑄𝑒 𝑠 = 𝑠𝐶𝜌𝑔𝐻 𝑠 + 𝜌𝑔 𝑅 𝐻 𝑠 → 𝐻 𝑠 𝑄𝑒(𝑠) = 𝑅/𝜌𝑔 𝑅𝐶𝑠 + 1 Sistemas Fluídicos Na segunda abordagem, a função de transferência, 𝐻 𝑠 /𝑄𝑒(𝑠), é definida através do circuito elétrico análogo. Primeiramente, a vazão volumétrica líquida de cada elemento (reservatório e válvula) são diferentes, embora os dois estejam sendo alimentados pela vazão de entrada, 𝑞𝑒 . Além disso, a diferença de pressão do reservatório é igual à da válvula, pois ambos estão ligados à pressão atmosférica. Assim, 𝑞𝑒 funciona como uma fonte de corrente que alimenta o circuito que contém um capacitor e um resistor. Como a diferença de pressão (variável-sobre) nos elementos é igual, então 𝑅 e 𝐶 estão em paralelo. A corrente em 𝑅 é igual a 𝑞𝑠 e a corrente em 𝐶 é igual a 𝑞 = 𝑞𝑒 − 𝑞𝑠. Sistemas Fluídicos Desta forma, é possível encontrar a função de transferência da diferença de pressão (tensão) nos elementos pela vazão de entrada (fonte de corrente). Depois, a relação da diferença de pressão setransforma e altura é usada para encontrar a função de transferência de 𝐻 𝑠 /𝑄𝑒(𝑠): ∆𝑃 𝑠 𝑄𝑒(𝑠) = 𝑅/𝑠𝐶 𝑅 + 1/𝑠𝐶 = 𝑅 𝑅𝐶𝑠 + 1 ∆𝑃 𝑠 = 𝜌𝑔𝐻 𝑠 → 𝐻 𝑠 𝑄𝑒(𝑠) = 𝑅/𝜌𝑔 𝑅𝐶𝑠 + 1 Atuadores Na modelagem de sistemas de controle, os atuadores possuem um papel fundamental no processo de converter a variável de controle gerada pelo controlador em uma variável de atuação, que dependem do sistema a ser controlado. Se o controlador é eletrônico, então os atuadores têm que converter um sinal elétrico de baixa potência em uma variável de atuação equivalente do sistema a ser controlado. Assim, se o sistema a ser controlado for elétrico ou eletrônico, então o atuador deve ser uma fonte de potência (podendo ser linear ou chaveada), capaz de converter um sinal elétrico de baixa potência em um de alta potência. Se o sistema for mecânico translacional, atuadores são eletropneumáticos. Atuadores Se for rotacional, devem ser usados atuadores eletromecânicos, nos quais se destacam os motores de CC. Se o sistema for térmico, são usados aquecedores elétricos, e se for fluídico, são usados atuadores eletro-hidráulicos. Vale ressaltar que a apresentação das modelagens detalhadas de tais atuadores poderia formar uma disciplina completa de 60 horas e, por este motivo, não será explorada desta disciplina. Como prova de conceito, será apresentado mais à frente o modelo de um dos atuadores mais importantes: o motor de CC. Caso queiram aprender mais sobre alguns destes atuadores, vale a pena cursar as disciplinas de Circuitos Elétricos 1, Eletrônica 1, Eletrônica Analógica, Eletrônica de Potência, Modelagem e Dinâmica de Máquinas Elétricas e Acionamentos Elétricos. Atuadores Além disso, caso os sistemas a serem controlados sejam translacionais, rotacionais ou fluídicos, há a possibilidade de projetar controladores 100 % pneumáticos ou hidráulicos, ou seja, controladores que incorporam o sensor, o cálculo do erro, os ganhos do controlador e o atuador em um só dispositivo. O dispositivo pode ser completamente modelado usando as leis da mecânica translacional, rotacional e dos fluidos e não contém nenhum elemento elétrico ou eletrônico na sua composição. Como tais tipos de controladores/atuadores fogem ao escopo de uma disciplina de controle para engenheiros eletricistas e eletrônicos, sua modelagem não será abordada na disciplina. Aos interessados, sugiro a leitura dos livros do Ogata e do Golnaraghi. Motores de CC Os motores de corrente contínua (CC) são um dos atuadores mais utilizados para produzir movimento em uma indústria. A grande vantagem dos motores de CC é a simplicidade da sua modelagem e controle quando comparados com os motores de CA síncronos e assíncronos. As suas grandes desvantagens são o elevado custo por cv (cavalo- vapor), o elevado peso/volume por cv e a alta frequência de manutenção. Felizmente, nos últimos anos, tais desvantagens estão sendo vencidas devido ao avanço tecnológico dos comutadores e das escovas e também do desenvolvimento de motores de CC a imã permanente. Por estes motivos, a aplicação dos motores de CC nos equipamentos e na indústria tem se intensificado. Motores de CC O esboço de um motor de CC é visto abaixo, com a representação do enrolamento de campo (estator) e de armadura (rotor). Motores de CC O diagrama elétrico dos enrolamentos de campo e de armadura é visto ao lado. O enrolamento de campo é responsável por gerar o fluxo no entreferro, essencial para possibilitar a geração de torque na armadura. O modelo do motor de CC será deduzido desprezando não linearidades, como histerese e saturação, e perdas nas escovas, rolamentos, etc. Motores de CC O fluxo de campo no entreferro, 𝜑, é proporcional à corrente de campo, 𝑖𝑐: 𝜑 = 𝐾𝑐𝑖𝑐 O torque mecânico, 𝑇𝑚, está linearmente relacionado com o fluxo de campo, 𝜑, e com a corrente de armadura, 𝑖𝑎: 𝑇𝑚 = 𝐾1𝜑𝑖𝑎 Admitindo-se que o controle se dará pelo enrolamento de armadura, o enrolamento de capo deverá gerar um fluxo constante através de uma corrente de campo constante, 𝑖𝑐, ou usando um imã permanente. Assim: 𝑇𝑚 = 𝐾1𝐾𝑐𝑖𝑐 𝑖𝑎 = 𝐾𝑚𝑖𝑎 Motores de CC A corrente de armadura, 𝑖𝑐, está relacionada à tensão de armadura, 𝑣𝑎, através da equação de malha: 𝑣𝑎 = 𝑅𝑎𝑖𝑎 + 𝐿𝑎 𝜕𝑖𝑎 𝜕𝑡 + 𝑣𝑐𝑒 O termo 𝑣𝑐𝑒 representa a força contraeletromotriz gerada na armadura, que é diretamente proporcional à velocidade angular, 𝜔: 𝑣𝑐𝑒 = 𝐾𝑐𝑒𝜔 A equação mecânica representa o movimento de rotação do eixo acoplado à armadura, que depende do torque de carga, 𝑇𝐿, do atrito viscoso, 𝑏, e do momento de inércia do motor de CC, 𝐽: 𝐽 𝜕𝜔 𝜕𝑡 = 𝑇𝑚 − 𝑇𝐿 − 𝑏𝜔 𝑒 𝜔 = 𝜕𝜃 𝜕𝑡 Motores de CC A representação do sistema completo no espaço de estados em função da corrente de armadura, 𝑖𝑎, da velocidade angular, 𝜔, e do deslocamento angular, 𝜃, é: 𝑖𝑎 𝜔 𝜃 = − 𝑅𝑎 𝐿𝑎 − 𝐾𝑐𝑒 𝐿𝑎 0 𝐾𝑚 𝐽 − 𝑏 𝐽 0 0 1 0 𝑖𝑎 𝜔 𝜃 + 1 𝐿𝑎 0 0 𝑣𝑎 + 0 − 1 𝐽 0 𝑇𝐿 Vale ressaltar que 𝐾𝑚 pode ser considerado igual a 𝐾𝑐𝑒, já que em regime permanente e desprezando as perdas, a potência elétrica de entrada na armadura é igual à potência mecânica de saída no eixo: 𝑣𝑐𝑒𝑖𝑎 = 𝑇𝑚𝜔 → 𝐾𝑐𝑒𝜔 𝑖𝑎 = 𝐾𝑚𝑖𝑎 𝜔 → 𝐾𝑐𝑒 = 𝐾𝑚 Motores de CC Aplicando a transformada de Laplace nas equações do torque mecânico em função da corrente de armadura e de malha de armadura e da força contraeletromotriz, é possível encontrar: 𝐼𝑎 = 𝑉𝑎 − 𝑉𝑐𝑒 𝑅𝑎 + 𝐿𝑎𝑠 → 𝑇𝑚 = 𝐾𝑚 𝑅𝑎 + 𝐿𝑎𝑠 𝑉𝑎 − 𝐾𝑐𝑒𝜔 Aplicando a transformada de Laplace na equação mecânica do motor de CC, é possível encontrar: 𝜔 = 𝑇𝑚 − 𝑇𝐿 𝐽𝑠 + 𝑏 𝑒 𝜃 = 1 𝑠 𝜔 Motores de CC Assim, é possível obter o diagrama de blocos do motor de CC representando o efeito da tensão de armadura, 𝑣𝑎 , no seu deslocamento angular, 𝜃: 𝑇𝐿(𝑠) Motores de CC A função de transferência completa que representa o efeito da tensão de armadura, 𝑣𝑎, no deslocamento angular, 𝜃, do motor de CC é (sistema de terceira ordem): 𝐺 𝑠 = 𝜃(𝑠) 𝑉𝑎(𝑠) = 𝐾𝑚 𝑠 𝑅𝑎 + 𝐿𝑎𝑠 𝐽𝑠 + 𝑏 + 𝐾𝑐𝑒𝐾𝑚 Como a constante de tempo da armadura é, geralmente, muito menor que a constante de tempo da inércia do motor, ou seja, 𝐿𝑎 𝑅𝑎 ≪ 𝐽 𝑏, tal dinâmica pode ser desprezada e o sistema se torna de segunda ordem: 𝐺 𝑠 = 𝜃(𝑠) 𝑉𝑎(𝑠) = 𝐾𝑚 𝑠 𝑅𝑎𝐽𝑠 + 𝑅𝑎𝑏 + 𝐾𝑐𝑒𝐾𝑚 Sensores Na modelagem de sistemas de controle, os sensores possuem o papel de converter a variável gerada na saída do sistema a ser controlado em uma variável compatível com o controlador utilizado. Se o controlador é eletrônico, então os sensores têm que converter a variável de saída do sistema a ser controlado em um sinal elétrico de baixa potência. Assim, se o sistema a ser controlado for elétrico ou eletrônico, então o sensor deve ser um dispositivo capaz de converter um sinal elétrico de alta potência em um de baixa potência (TCs, TPs, resistores shunt, sensores de efeito hall, etc.). Se o sistema for mecânico translacional, sensores são eletropneumáticos. Sensores Se for rotacional, devem ser usados sensores eletromecânicos, nos quais se destacam os potenciômetros e tacômetros (analógicos) e os enconders (digitais). Se o sistema for térmico, são usados sensores de temperatura, e se for fluídico, são usados sensores eletro- hidráulicos. Vale ressaltar que, devido à grande quantidade de sensores disponíveis no mercado e à complexidade em modelá-los detalhadamente, tais modelos não serão explorada desta disciplina. Como prova de conceito, serão apresentados os sensores analógicos mais importantes: o potenciômetro e o tacômetro. Caso queiram aprender mais sobre alguns sensores, vale a pena cursar as mesmas disciplinas previamente comentadas na seção de atuadores. Potenciômetros O potenciômetro é um transdutor eletromecânico capaz de converter um movimento angular (sistemas rotacionais)ou linear (sistemas translacionais) em um sinal elétrico de baixa potência. Quando uma tensão é aplicada aos terminais fixos do potenciômetro, uma tensão proporcional ao deslocamento surge no seu terminal móvel, como visto abaixo: 𝑒 𝑡 = 𝐾𝑠𝜃𝑐 𝑡 𝐾𝑠 = 𝐸 𝜃𝑚𝑎𝑥 Potenciômetros Dois potenciômetros também podem ser usados para medir o deslocamento (angular ou linear) de dois elementos no mesmo sistema de referência. Neste caso, ao medir a diferença de tensão entre os dois terminais, obtém-se a diferença de deslocamento dos dois elementos em relação ao sistema de referência: 𝑒 𝑡 = 𝐾𝑠 ±𝜃1 𝑡 ∓ 𝜃2 𝑡 Potenciômetros Nos sistemas de controle com motores de CC, os potenciômetros podem ser usados para medir e já calcular o erro entre a posição desejada (referência) e a posição atual do eixo do motor: Potenciômetros O sinal 𝑒(𝑡) representa o erro na posição atual do motor em relação ao desejado. Tal erro é amplificado, de forma a alimentar o motor com uma tensão necessária para que ele corrija sua posição: Potenciômetros As formas de onda típicas de um controle de posição com potenciômetros e o motor de CC podem ser vistas ao lado. Neste caso, o amplificador faz o papel do controlador e do atuador elétrico. Como o amplificador é CC, ele é do tipo proporcional (P). Tacômetros Os tacômetros são dispositivos eletromecânicos que convertem energia mecânica rotacional em energia elétrica. Em geral, os tacômetros geram uma tensão CC que é proporcional à velocidade angular de giro do seu eixo. Na prática, o tacômetro é um motor de CC de pequena proporção, cujo eixo é acoplado ao eixo em que se deseja medir a velocidade. Como sua proporção é pequena, suas constantes de tempo de inércia e de armadura são desprezíveis quando comparadas à sua velocidade angular nominal, de forma que: 𝜃(𝑠) 𝑉𝑎(𝑠) = 𝐾𝑚 𝑠 𝑅𝑎 + 𝐿𝑎𝑠 𝐽𝑠 + 𝑏 + 𝐾𝑐𝑒𝐾𝑚 = 1 𝑠𝐾𝑐𝑒 → 𝑉𝑎 𝑠 = 𝐾𝑐𝑒𝜔(𝑠) Tacômetros Uma aplicação típica dos tacômetros é no controle de velocidade angular de motores (CC ou CA). Neste caso, a tensão gerada pelo tacômetro (proporcional à velocidade atual) é comparada com uma tensão que representa a velocidade desejada e o erro de tensão alimenta o amplificador de potência: 𝑣𝑎 Tacômetros Outra típica aplicação do tacômetro é na melhoria da estabilidade no controle de posição angular de motores (CC ou CA). Neste caso, a tensão gerada pelo tacômetro alimenta uma malha interna de velocidade, enquanto a tensão gerada pelo encoder alimenta a malha externa de posição: 𝑣𝑎 Resumo dos Sistemas Baseado nas definições de variáveis-através e variáveis-sobre, é possível resumir as equivalências entre as variáveis dos diferentes sistemas analisados: Resumo dos Sistemas Também é possível estabelecer um paralelo entre os diferentes elementos presentes nos sistemas, classificando-os como armazenamentos indutivos, capacitivos ou dissipadores de energia: Resumo dos Sistemas Também é possível estabelecer um paralelo entre os diferentes elementos presentes nos sistemas, classificando-os como armazenamentos indutivos, capacitivos ou dissipadores de energia: Resumo dos Sistemas Também é possível estabelecer um paralelo entre os diferentes elementos presentes nos sistemas, classificando-os como armazenamentos indutivos, capacitivos ou dissipadores de energia: Resumo dos Sistemas Pode ser visto abaixo, um resumo dos principais atuadores e sensores apresentados e suas funções de transferência: Resumo dos Sistemas Pode ser visto abaixo, um resumo dos principais atuadores e sensores apresentados e suas funções de transferência: Resumo dos Sistemas Pode ser visto abaixo, um resumo dos principais atuadores e sensores apresentados e suas funções de transferência: Resumo dos Sistemas Pode ser visto abaixo, um resumo dos principais atuadores e sensores apresentados e suas funções de transferência: Resumo dos Sistemas Pode ser visto abaixo, um resumo dos principais atuadores e sensores apresentados e suas funções de transferência: Resumo dos Sistemas Pode ser visto abaixo, um resumo dos principais atuadores e sensores apresentados e suas funções de transferência: Resumo dos Sistemas Pode ser visto abaixo, um resumo dos principais atuadores e sensores apresentados e suas funções de transferência: Resumo dos Sistemas Pode ser visto abaixo, um resumo dos principais atuadores e sensores apresentados e suas funções de transferência: Outros sistemas, atuadores e sensores podem ser encontrados nos livros do Dorf e Bishop, Ogata e Golnaraghi e Kuo.
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