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Infertilidade

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Infertilidade 
Introdução 
o Afeta de 10 - 15% dos casais 
o Ausência de gestação após 1 ano de 
relações sexuais regulares (2 – 
4x/semana), sem proteção contraceptiva 
o Primária → ausência de gestação prévia 
o Secundária → história de gestação prévia, 
mesmo sem nascido vivo 
o Duração da infertilidade → da parada do 
uso do contraceptivo até o registro clínico 
o Esterilidade → incapacidade permanente 
de procriação 
o Fecundabilidade → probabilidade de 
gravidez dentro de um ciclo menstrual 
(20%) 
o Fecundidade → probabilidade de um 
nascido vivo em um ciclo (90% dos casais 
concebem em 1 ano) 
Prevalência varia de acordo com a idade 
reprodutiva da mulher, e a taxa de abortamento 
espontâneo também, sendo crescente com a 
idade 
o A investigação é baseada na 
individualidade dos fatores causais e 
orientação de conduta terapêutica 
Causas da infertilidade 
o Fator masculino: 35% 
o Fator tuboperitoneal: 35% 
o Disfunção ovulatória: 15% 
o Infertilidade se causa aparente: 10% 
o Outros: 5% 
o Quando são considerados somente os 
fatores femininos, temos: fator ovulatório 
(40%), fator tuboperitoneal (40%), 
infertilidade sem causa aparente (10%) e 
causas variadas (10%) 
Início da avaliação do casal 
o Se a mulher tiver mais de 35 anos, deve-se 
individualizar, começando a investigação 
imediatamente ou após 6 meses com 
relação regular sem contracepção, e os 
testes vão além dos testes da 
propedêutica, investigando também HAS 
e DM 
o Se a mulher tiver menos de 35 anos, os 
testes começam após 1 ano 
o Outras situações que estão recomendadas 
a propedêutica precoce são 
oligomenorreia, doença tubária 
conhecida, endometriose, parceiro 
sabidamente subfértil 
o É recomendado que o parceiro sempre 
acompanhe a consulta 
o Primeira consulta envolve uma anamnese 
detalhada → frequência das relações 
sexuais, história menstrual, história 
gestacional, DST, cirurgia de órgãos 
pélvicos, hábitos 
o Se a anamnese masculina tiver alteração, 
deve ser encaminhado para o urologista 
o Exame físico deve ser minucioso → peso, 
altura, IMC, biotipo, avaliação das mamas 
(procura de galactorreia), distribuição dos 
pelos (procura de hiperandrogenismo), 
aferição da PA, palpação da tireoide e 
exame ginecológico completo 
o Solicitar sorologias para toxoplasmose, 
CMV, hepatite B, rubéola, herpes, HTLV e 
HIV 
o Iniciar suplementação do ácido fólico 
Primeiros testes 
1. Espermograma 
2. Dosagens hormonais → FSH, estradiol, 
prolactina, TSH, T4 livre, progesterona 
de 2ª fase 
3. USGTV 
4. Histerossalpingografia 
Propedêutica da infertilidade feminina 
Deve-se levar e consideração o atraso do desejo 
reprodutivo da sociedade atual, sendo isso 
influencia nas reservas ovarianas 
Fisiologia ovariana 
o O ovário é uma glândula de função 
gametogênica e endócrina, regulado pelo 
eixo hipotálamo – hipófise – ovário 
o O hipotálamo libera GnRH, que regula a 
secreção do FSH e LH 
o As gonadotrofinas quando liberam, vão 
pela corrente sanguínea até os ovário, se 
ligando em seus receptores → o FSH induz 
a maturação folicular e produção de 
estrogênio e progesterona e o LH estimula 
a secreção dos andrógenos e a 
luteinização dos folículos pós-ovulatórios 
o O ovário tem 2 compartimentos: 
intersticial (estroma e células da teca 
externa) e folicular (oócito, células da 
granulosa e teca interna) 
o Dentro dessa organização estrutural, tem 
5 fases de desenvolvimento folicular: 
folículos primordiais, folículos primários, 
secundários, terciários e de Graff 
o Um folículo recrutado pode sofrer atresia 
ou evoluir até a ovulação (somente 1 por 
ciclo) 
o Um folículo primário demora 85 dias para 
se tornar pré-ovulatório 
Envelhecimento ovariano 
o A mulher passa por um processo 
ininterrupto de redução de folículos e 
diminuição da qualidade deles 
o A fertilidade tem seu pico aos 25 anos e 
cai consideravelmente após os 35 → 
menos folículos + pico precoce do 
estradiol → pelo aumento do FSH em 
fases precoces e menor produção de 
inibina 
o Aumento do índice de abortamento do 1º 
trimestre, pela maior incidência de 
anormalidades (baixa qualidade do 
oócito) 
Estudo do fator ovulatório 
Primeiro a ovulação deve ser documentada → 
ciclos menstruais regulares e sintomas pré-
menstruais são fortes preditores da presença de 
ovulação 
o A forma mais comum de disfunção 
ovulatória é a SOP, seguida de disfunções 
hipotalâmicas, hiperporlactinemia, idade, 
falência ovariana precoce e extremos de 
peso 
Curva de temperatura basal 
o Paciente registra sua temperatura pela 
manhã, antes de qualquer coisa, em um 
gráfico 
o Deve registrar todo dia 
o Anotar também a hora que houve relação 
sexual 
o A progesterona produzida pelo corpo 
lúteo é termogênica, provocando 
aumento da temperatura em 0,3°C após a 
ovulação, gerando um gráfico bifásico 
o A ovulação ocorre um dia antes do 
aumento da temperatura e o aumento da 
temperatura deve permanecer de 11 a 16 
dias 
< 11 dias: insuficiência do corpo lúteo 
>16 dias: gravidez 
o Se não houver ovulação, a temperatura 
basal não sobe, formando um gráfico 
monofásico 
o A desvantagem é que nem toda mulher 
com gráfico monofásico, deixou de ovular 
o Especificidade e sensibilidade muito 
baixas, não sendo confiável 
Dosagem de progesterona no meio da 
fase lútea 
o A elevação da progesterona é evidência 
indireta e retrospectiva da ovulação 
o Deve dosar no pico sérico do hormônio, 
que é entre o 21º e 24º dia (8º após a 
ovulação) → 1 semana antes da 
menstruação 
> 3 ng/ml no meio da fase lútea confirma a 
ovulação (pelo caráter pulsátil, pode haver níveis 
baixos na coleta, sendo indicada varias coletas) 
o Somente níveis > 10 ng/ml indicam função 
lútea normal 
o Esse método não permite definir a 
qualidade da função lútea com certeza e 
tem pouco valor na documentação da 
ovulação 
Biópsia de endométrio 
o Era o método de eleição para detecção de 
ovulação, porque a histologia endometrial 
tem correlação com a produção de 
progesterona e pode mostrar a 
assincronia entre componete glandular, 
vascular e estromal 
o Por ser invasiva, foi substituída pela 
dosagem de progesterona e USGTV 
seriada e ficou restrita a casos especiais 
(ex: infecção) 
Realizada de 7-10 dias da ovulação (janela de 
implantação), o que diminui a chance de biopsiar 
um útero gravídico (solicitar bHCG antes) 
Ultrassonografia transvaginal 
seriada 
o Demonstra a modificação evolutiva do 
endométrio (trilaminar) e documenta o 
crescimento folicular, identificando o 
folículo dominante e seu desenvolvimento 
o O folículo dominante cresce 2 mm/dia e 
rompe com 25 mm, quando se rompe, 
diminui de volume e da lugar ao corpo 
lúteo, que tem características ecogênicas 
próprias 
o Pode aparecer líquido na pelve → sinal 
indireto de ovulação 
o Deve ser iniciada no 11º dia do ciclo 
o Em ciclos normais, é usada pra programar 
a relação sexual, no ciclo medicado, é 
usada para controle do tratamento e 
programação de necessidade de 
intervenção 
Possui 2 papeis 
1. No 2º - 5º dia do ciclo, é usada para 
avaliar a reserva funcional ovariana, 
pela contagem dos folículos antrais → 
prediz resposta à estimulação 
ovariana controlada (pacientes que 
serão submetidas à indução da 
ovulação ou reprodução assistida) 
2. Controle da progressão da ovulação, 
iniciando no 11º dia 
Insuficiência da fase lútea 
o Produção inadequada de progesterona 
pelo corpo lúteo, na 2ª fase do ciclo e no 
início da gestação 
o Possibilidade desse distúrbio quando a 
progesterona é < 10 ng/ml, no 10º dia 
pós-ovulatório e quando a curva de 
temperatura basal cai com menos de 11 
dias 
o É diagnosticada por biopsia endometrial 
→ atraso de 2 ou mais dias entre a 
histologia endometrial e a cronologia do 
ciclo 
o Atualmente a biopsia não é indicada pois 
não há evidência de que o tratamentoda 
insuficiência lútea melhore as taxas de 
gravidez 
Monitorização do LH 
o A ovulação ocorre 36h após o início do 
pico de LH e 12h após o LH atingir seu 
valor máximo 
o Deve ter elevação de 3x do basal para 
atingir esse pico 
o Tem pouco valor propedêutico 
Avaliação da reserva ovariana 
o A reserva funcional ovariana depende do 
número de folículos primordiais 
o Os testes para sua avaliação devem ser 
realizados do 2º - 5º dia do ciclo 
o Se um teste mostra má reserva ovariana e 
um segundo teste mostra boa, prevalece 
o que tem pior prognóstico 
Indicações: 
1. Antes de iniciar tratamento com 
indução da ovulação 
2. Mulheres > 35 anos 
3. Infertilidade sem causa aparente 
4. História familiar de falência ovariana 
precoce 
5. Cirurgia ovariana prévia 
6. Baixa resposta prévia à estimulação 
com gonadotrofinas 
 
o Melhor preditor de reserva folicular é a 
idade da paciente 
Testes clínicos 
o A duração do ciclo menstrual tem 
correlação com a resposta à estimulação 
por gonadotrofinas em ciclos de FIV e 
injeção intracitoplasmática de 
espermatozoides e com a qualidade 
embrionária 
o Há encurtamento súbito do ciclo 
menstrual da paciente após 35 anos → 
importante colher história menstrual 
o Más respondedoras à estimulação com 
gonadotrofinas → < de 4 oócitos na coleta 
ou na que houve cancelamento de ciclo 
por causa da presença de < 3 folículos 
após estimulação ovariana 
FSH basal 
o Dosagem no 3º dia do ciclo 
o < 10 mUI/ml é bom preditor de reserva 
ovariana e valores > 15 mUI/ml se 
relaciona inversamente com as taxas de 
gravidez e qualidade oócita 
Estradiol basal 
o Menor acurácia 
o Níveis > 75 pg/ml tem pior prognóstico 
Teste do citrato de clomifeno 
o É um antiestrogênio não esteroide deriva 
do ttrifeniletileno que compete com o 
estradiol pelos receptores hipotalâmicos e 
hipofisários 
Dosa o FSH no 3º dia → administra 100 
mg/dia de citrato de clomifeno do 5º - 9º dia 
→ dosa FSH no 10º dia = normal é a soma dos 
2 resultados serem < 25 mUI/ml, sendo que o 
valor do 10º dia deve ser menor que do 3º 
o É menos sensível que a medida isolada de 
FSH → não acrescentou informações 
adicionais à contagem de folículos antrais 
para predição de má resposta 
Teste de Effort 
o Teste de estímulo com gonadotrofinas 
o Raramente usado 
Contagem de folículos antrais 
o A melhor correlação com a idade 
cronológica 
o Realizada pela USGTV na fase folicular 
precoce (3º dia) → os folículos com 2 – 
6mm são elegíveis para serem contados 
o É melhor que o FSH basal para predição 
de resposta ao tratamento e considerado 
teste de escolha antes de um ciclo de 
reprodução assistida 
o Inversamente proporcional com FSH e 
idade da paciente e diretamente 
proporcional com número total de 
folículos, níveis de estradiol e número de 
oócitos coletados 
Normal quando há 6 ou mais folículos antrais em 
cada ovário 
Inibina B 
o Produzidas pelas células da granulosa sob 
estímulo do FSH 
o Faz feedback negativo sobre o FSH 
o Tem correlação negativa com o FSH e 
positiva com o estradiol, número de 
oócitos, número e qualidade de embriões 
e taxa de gravidez 
Hormônio antimulleriano 
o Produzidos pelas células da granulosa dos 
folículos pré-antrais e antrais precoces 
o O HAM do 3º tem maior acurácia 
independente para predizer chance de 
gravidez 
o Altos níveis se relacionam com os 
números de oócitos maduros 
Outras dosagens 
o A hiperprolactinemia é uma desordem 
endócrina causada por aumento da 
secreção de prolactina → galactorreia, 
irregularidade menstrual e infertilidade 
o A dosagem da prolactina é para mulheres 
com sintomas de anovulação, galactorreia 
e tumor hipofisário 
o Disfunção tireoideana pode levar à 
disfunção ovulatória, porém mulheres 
com infertilidade tem o mesmo risco do 
resto da população, de ter distúrbio na 
tireoide → dosagem rotineira não 
recomendada 
o Pacientes com oligo/amenorreia e sinais 
clínicos de hiperandrogenismo 
(hirsutismo, acne) → dosa androgênios 
(pensando em SOP) 
Estudo do fator tuboperitoneal 
o Fatores tubários → DIP, endometriose, 
cirurgias pélvicas, história de apendicite 
o Fatores peritoneais → aderências 
peritubárias ou periovarianas, cirurgias 
prévias, endometriose 
Histerossalpingografia 
o Exame inicial para documentar se a tuba 
está pérvia 
o Realizada após término da menstruação 
(evitar infecção ascendente) 
o Entre o 6º e 11º dia 
São vários RX da pelve, após instilação de 
contraste radiopaco hidrossolúvel pelo colo 
uterino → imagens finas e contrastadas, que 
permitem delinear a cavidade uterina e tubária 
o É eliminado em 30min 
Contraindicações: infecção, emorragia uterina 
grave e gravidez 
o Quando as trompas são pérvias, o 
contraste extravasa para a cavidade 
abdominal bilateralmente → prova de 
Cotte positiva 
o Um exame normal exclui doenças 
tubárias, mas não descarta afecções 
pélvicas 
o É dolorida e é indicado o uso de AINES 
para diminuir a dor 
Histerossonografia 
o Injeção de SF durante realização da 
USGTV 
o Realizada na 1ª fase do ciclo para excluir 
gravidez e diminuir dor 
o O trajeto do SF é acompanhado pelo USG 
até a saída pela cavidade peritoneal 
o Inferior à histerossalpingografia 
Videolaparoscopia 
o Padrão-ouro para diagnóstico de doenças 
tubárias e peritoneais → visualização 
direta 
o Insuflação pélvica com CO2 + introdução 
de sistema óptico → realiza a 
cromotubagem 
Insere um manipulador uterino → injeta azul de 
metileno: e houver permeabilidade tubaria, vê a 
substância passando pelas trompas e caindo na 
cavidade peritoneal (permite também avaliar a 
permeabilidade das trompas) 
o É o último exame a ser realizada: indicada 
quando a histerossalpingografia e a 
histerossonografia mostram alteração e 
quando há evidência de doença pélvica 
(aderências, tumores, endometriose) 
o Utilizada antes de tratamentos empíricos 
agressivos 
Contraindicação absoluta: peritonite 
generalizada, choque hipovolêmico, obstrução 
intestinal, doença cardíaca classe IV 
o Permite conduta imediata (lise, exéreses) 
Estudo do fator uterino 
O corpo uterino faz o transporte dos 
espermatozoides, implantação do embrião, sua 
nutrição e crescimento → qualquer situação que 
interfira nisso repercute na capacidade 
reprodutiva 
Causas: leiomiomas, pólipos, sinéquias, 
endometrite, hiperplasia endometrial e 
adenomiose 
Histerossalpingografia 
o Teste inicial para avaliação da cavidade 
uterina 
o Já explorado na avaliação da cavidade 
tubária 
Histerossonografia 
o Endométrio ecogênico, o SF é anecoico e 
o miométrio é hipoecoico 
o Pólipos → espessamento focal ecogênico 
e homogêneo, de bordas livres 
o Mioma submucoso → massa 
heterogênea, irregular, menos ecogênica 
que o pólipo 
o Sinéquia intrauterina → interrupção do 
ecoendometrial ou afinamento (fino eco 
linear unindo as paredes) 
Histeroscopia 
o Padrão-ouro 
o Distensão uterina + sistema óptico 
o É usado de forma secundária, após a 
USGTV, a histerossonografia e a 
histerossalpingografia mostrarem 
anormalidades 
Afecções uterinas 
1. Malformações → associadas a 
abortamentos de repetição, seu 
diagnóstico é sugerido por USGTV, 
HSG e HSC 
2. Leiomiomas → submucosos e 
intramurais (distorção da cavidade), 
eles tem indicação cirúrgica 
3. Sinéquias → infecções (ATB + HSC em 
60 dias), curetagem e miomectomias 
(HSC cirúrgica) e endometrite 
tuberculosa (esterilidade irreversível 
por destruição da camada basal do 
endométrio) 
Estudo do fator cervical 
o O canal cervical abriga os 
espermatozoides, onde eles terminam sua 
maturação e são gradativamente 
liberados para o trato genital superior 
o O muco cervical protege os 
espermatozoides do pH vaginal ácido e os 
que tem boa motilidade podem progredir 
Teste pós-coito (Sims-Huhner) 
o Avalia a interação espermatozoide-muco 
o Exame do mucocervical pré-ovulatório, 4-
12h após a relação sexual 
o Avalia: quantidade, filância, cristalização, 
quantidade de células e de 
espermatozoides móveis por campo de 
grande aumento 
o Filância → 8-10 cm 
o Cristalização → padrão arboriforme ao 
secar (atividade estrogênica) 
o Se os espermatozoides visualizados 
estiverem mortos, ou não existirem, deve 
ser analisar o esperma e pesquisar 
anticorpos anti-espermatozoide 
o A principal causa de alteração na análise é 
a coleta em momento errado, devendo 
ser repetido no próximo ciclo, se os 
resultados continuarem anormais, deve-
se pensar em outros fatores causadores 
de infertilidade 
o Seu uso rotineiro não é recomendado 
Propedêutica da fertilidade masculina 
o Pico aos 35 anos e queda após os 45 
o Com o envelhecimento, há queda de 
testosterona e aumento de 
gonadotrofinas → menos 
espermatozoides e mais gametas 
anormais 
o O aumento da idade paterna é muito 
associado às trissomias, porém não é tão 
impactante na fertilidade, como é para as 
mulheres 
Fator masculino: 1 ou mais anormalidades na 
análise seminal OU função sexual inadequada OU 
disfunção ejaculatória 
o É investigado concomitantemente com a 
parceira e pode ser mais precoce caso 
tenha fatores de risco conhecidos para 
infertilidade (criptorquidia bilateral) 
Espermograma 
o Primeiro exame 
o A fertilidade do homem só é constatada 
com certeza quando há gestação da 
parceira 
o Avaliação das características objetivas do 
sêmen 
o História de paternidade não exclui a 
necessidade de investigação (pode ter 
adquirido fator de infertilidade) 
o Coleta em quarto privado, próximo do 
laboratório → limita a exposição do 
sêmen à variação de temperatura e 
controla o tempo de coleta e análise (no 
máximo 1h) 
o Abstinência sexual de 3 dias → períodos 
menores podem diminuir a quantidade de 
espermatozoides da amostra e períodos 
maiores podem levar à espermatozoides 
velhos e imóveis 
o A coleta em casa com camisinha especial é 
realizada em caso de impossibilidade de 
masturbação 
Diante de um exame normal, não precisa repetir, 
se anormalidade, repete mais duas amostras, 
com intervalo de 12 semanas (espermatogênese 
demora 3 meses para se completar) → 2 
amostras alteradas indica avaliação pelo 
urologista 
o Outros exames de investigação → 
anamnese, exame físico, análise hormonal 
(testosterona, FSH, estradiol, prolactina) e 
análise genética 
o Biopsia testicular em caso de azoospermia 
o Síndromes associadas → fibrose cística, 
Kartagener, síndrome de Young, Kallman 
(hipogonadismo hipognadotrófico e 
anosmia), Klinefelter 
o Alterações adquiridas → varicocele 
Infertilidade sem causa aparente 
o Diagnóstico de exclusão 
o Fatores genéticos e imunológicos devem 
ser considerados 
o É necessária a avaliação completa do casal 
para dar esse diagnóstico 
Indução da ovulação 
Citrato de clomifeno 
o Droga de primeira escolha no caso de 
anovulação 
o 50 mg/dia, por 5 dias, a partir do 3º - 5º 
dia do ciclo 
Não esteroide, derivado do trifeniletileno, que 
compete por receptores estrogênicos no 
hipotálamo e hipófise, bloqueando o feedback 
negativo dos estrogênios e induzindo a liberação 
de GnRh, FSH e LH 
o Aumenta a amplitude dos pulsos de GnRH 
o Efeitos indesejáveis → efeitos 
antiestrogênicos no muco cervical e 
endométrio, gestações múltiplas, 
hiperestímulo ovariano 
o Contraindicações → cistos ovarianos, 
hepatopatias, tumor hipofisário, disfunção 
adrenal e tireoideana não controladas 
o Monitora o ciclo por USGTV seriadas → 
acompanha crescimento folicular e 
programa o coito 
o Em pacientes com hirsutismo ou 
hiperandrogenismo, pode associar 
dexametasona → diminui pico noturno de 
ACTH, diminuindo os androgênios 
foliculares 
Gonadotrofinas 
Para pacientes que não respondem com doses de 
100-1500mg de citrato de clomifeno 
o Monitoramento do ciclo obrigatório 
o Maior risco de gestação múltipla e 
hiperestímulo ovariano (incidência maior 
em portadoras de SOP) 
o Administra análogos do GnRH antes para 
reduzir chance de abortamento → 
supressão de LH e redução de níveis 
androgênicos 
Metformina 
o Indução da ovulação em pacientes com 
resistência insulínica 
Biguanida que suprime a glicogênese hepática, 
aumentando a sensibilidade periférica à insulina e 
diminuindo a absorção intestinal de glicose → 
reduz testosterona, a função ovulatória cíclica 
volta a acontecer 
o 1.500mg/dia em 3 tomadas 
o A associação com citrato de clomifeno 
traz melhores resultados 
o Incentivar a perda ponderal 
o Efeitos adversos → náuseas, vômitos, 
diarreia, distensão abdominal 
o Não deve ser administrado em mulheres 
com creatinina elevada 
o A metformina ajuda na redução de 
abortamentos → pacientes com 
abortamento precoce tem baixos níveis de 
glicodelina circulante (efeito 
imunomodulador/protetor pro feto) e de 
proteína de ligação à IGF, a metformina 
aumenta os níveis de ambos 
Reprodução assistida 
Procedimentos que usam a alta tecnologia para 
promover o encontro facilitado do óvulo com o 
espermatozoide 
Inseminação intrauterina 
o Injeção no útero de espermatozoides de 
sêmen previamente processado em 
laboratório 
o Contraindicado usar sêmen fresco → o 
sêmen tem prostaglandinas 
(contratilidade uterina e dor) e a cavidade 
uterina é estéril, enquanto o sêmen pode 
ter contaminação 
o A fecundação acontece de maneira 
natural nas tubas e o embrião migra para 
o útero para a implantação 
o Homóloga quando usa sêmen do próprio 
casal e heteróloga quando usa sêmen de 
doador 
o Realizada na ausência de fatores 
tuboperitoneais, em ciclos ovulatórios e 
cavidade uterina normal 
Indicações 
1. Infertilidade sem causa aparente 
2. Endometriose estádio I e II 
3. Fator cervical ou imunológico 
4. Impossibilidade de ejaculação vaginal 
5. Fator masculino leve 
 
o 15% de gravidez por ciclo quando se 
associa com indução da ovulação com 
gonadotrofinas 
o Faz a injeção de 24-36h após a injeção de 
hCG 
o Complicações → infecção pélvica 
(patógenos ascendentes ou presentes no 
sêmen), gestação múltipla (realiza o 
cancelamento do ciclo que tiver mais de 4 
folículos), síndrome do hiperestímulo 
ovariano 
Fertilização in vitro 
o Óvulo fertilizado pelo espermatozoide em 
laboratório 
o Convencional → coloca os oócitos e os 
espermatozoides em uma placa e espera 
eles se encontrarem 
o Micromanipulação de gametas → um 
espermatozoide é injetado dentro do 
óvulo 
Indicações 
1. Fator tubário 
2. Fator masculino 
3. Falência ovariana (óvulo de doadora) 
4. Necessidade de diagnóstico genético 
pré-implantacional 
5. Infertilidade sem causa aparente 
 
o Usa indutores da ovulação, para conseguir 
mais folículos, permitindo mais embriões 
transferidos (risco de gestação múltipla) 
o 24-36h após injeção de hCG, faz a 
aspiração dos folículos (aspiração do 
líquido folicular) → usa o USGTV como 
guia, a paciente precisa estar em jejum e 
em posição de litotomia, sob anestesia, 
em ambiente cirúrgico 
o Realizar a capacitação → separação do 
espermatozoide do plasma seminal 
o Injeta o espermatozoide selecionado 
dentro do óvulo 
o As transferências são feita de 2 a 5 dias da 
coleta ovular → número de embriões 
transferidos vai ser de decisão conjunta 
da equipe e casal, levando em conta os 
fatores da idade da paciente, causa da 
infertilidade e qualidade embrionária (não 
pode ser maior que 4) 
o São transferidos usando USGTV como guia 
o Complicações → gestações múltiplas e 
SHEO (ativação do sistema renina-
angiotensina e liberação de substâncias 
vasoativas pelo ovário, que gera 
extravasamento do líquido para o terceiro 
espaço e hemoconcentração) 
Doação de óvulos 
o Indicações → falência ovariana precoce, 
mulheres na menopausa que queriam 
conceber, agenesia ovariana, 
ooforectomia bilateral, falhas repetidas 
FIV porbaixa qualidade dos oócitos 
o É realizado com ciclos de FIV → precisa 
da sincronização do ciclo da doadora com 
da receptora, para adequado preparo 
endometrial 
o É usado o sêmen do parceiro da receptora 
Doação de sêmen 
o Indicações → azoospermia, 
oligozoospermia grave, doenças 
genéticas, disfunção ejaculatória grave 
não corrigível, mulher Rh negativa 
gravemente imunizada com parceiro Rh 
positivo, falha de fertilização na 
reprodução assistida, infertilidade 
masculina imunológica, 
oligoastenozoospermia grave quando não 
disponível a ICSI

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