A METODOLOGIA DO ENSINO DE ARTE

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[footnoteRef:1]MÉTODOS E TÉCNICAS DO ENSINO DE ARTE [1: Acadêmico: Liliane da Paixão Lima.
Tutor: Neumara Maria dos Santos
Centro Universitário Leonardo da Vinci - Pedagogia (PED2572) – Prática Interdisciplinar – Métodos e Técnicas do Ensino da Arte.
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Liliane da Paixão Lima¹
Neumara Maria dos Santos²
	
RESUMO
Nos tempos atuais um dos pontos principais do ensino da arte é o estimulo e discussão da metodologia de ensino da mesma. O objetivo do estudo é apresentar as metodologias a serem trabalhadas por professoras de Arte. O trabalho vem relatar algumas questões sobre o ensino de arte, os estímulos e discussões dirigindo um olhar para a importância dessa disciplina no processo de aprendizagem dos alunos. Tenta contextualizar a arte no mundo em que vivemos, considerando os meios de comunicação e divulgação da arte brasileira. Trazendo uma abordagem do ensino da Arte ajunto a diversos componentes curriculares e também baseando-se nas bases legais de acordo a LDBEN, BNCC e PCN’s que trata do ensino da arte na educação básica, Ensino Fundamental e Médio. Estes trazem uma reflexão sobre como os professores devem trabalhar didaticamente em sala de aula. 
Palavras- chave: Metodologia, Arte, Ensino. 
1. INTRODUÇÃO
 O ensino da arte deve estar acontecendo de forma contextualizada, trazendo aspectos importantes do passado. O trabalho traz a temática sobre a metodologia do ensino da Arte, com o objetivo principal é apresentar as metodologias a serem trabalhadas por professoras de Arte. A sala de aula deve ser atelier do professor, este que vai usar e ousar em suas práticas. É nesse espaço que começa o processo criador, onde professores e alunos o ensino é trabalhado de forma lúdica e viva.
 Compreende-se que o ensino da arte está intimamente ligado ao interesse de quem aprende. Podemos levar este ponto de vista para o fim da exclusão, pois este ensino não se baseia apenas nos estudantes que demonstram talentos ou dons, mas naqueles que demonstram a capacidade de aprender e principalmente da experiência individual de cada um.
 O professor do ensino de Arte deve estimular seus alunos a desenharem, , representar, tocar, cantar, escrever, dentre outras atividades que envolvam a arte. Para que está afirmativa se torne realidade, devemos partir do ponto em que professores trabalhe suas aulas de forma atrativas e interessantes. Pois é, nos espaços educativos que crianças e adolescentes podem efetivamente contribuir com suas expressões artísticas.
 Desta forma compreende-se que a escola é espaço formal de muita aprendizagem em que, e é nele que os alunos estão inseridos nas mais diversas variedades artísticas. Nas artes visuais, no teatro, na dança, na música e também na literatura.
 Embasadas na legalidades o ensino da Arte trata de forma significativa nos (Parâmetros Curriculares Nacionais) PCN’s, Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN 9394/96). Estes trazem em seus escritos metodologias e didáticas orientadoras para o ensino da arte e das diversas disciplinas estudadas na educação básica. 
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
 Arte é área do conhecimento humano, patrimônio histórico e cultural da humanidade. Ela é considerada uma linguagem, bem como um sistema simbólico de representações. O objetivo de conhecimento da arte pode ser considerado o próprio universo da Arte. “É preciso levar a Arte, que está circunscrita a um mundo socialmente limitado a se expandir, tornando-se patrimônio cultural da maioria”. (BARBOSA, 1991).
 A arte partindo do ponto de ensino em relação a disciplinas e componentes curriculares tem como foco os estudos artísticos voltados para a música, a dança, o teatro e as artes visuais. Os PCN’s destaca que a Arte não envolve apenas uma atividade de produção artísticas realizadas pelos alunos, mas também a conquista da significação do que fazem por meio do desenvolvimento da percepção estética, alimentada pelo contato com o fenômeno artístico visto como objeto de cultura por meio da história e como conjunto organizado de relações formais.
 Desta forma, de acordo com as Propostas Curriculares para o Ensino da Educação Artística – SEE/CENP e os Parâmetros Curriculares Nacionais -MEC, são três os eixos articuladores do processo de ensino e aprendizagem em Arte: Produção em Arte: o fazer artístico, Fruição: apropriação significativa da Arte e do universo a ela relacionado e Reflexão: a Arte é produto da história e da multiplicidade das culturas humanas.
 “Na apreciação estética, importa a capacidade do leitor para deixar-se tocar sensivelmente por meio da percepção de qualidades de peso, luz, textura, densidade e cor contidas nas imagens [...]” (BRASIL, 1998, p 33).
 O entendimento da arte enquanto construção humana e como patrimônio cultural foi contemplado pela LDB 9394/96, quando da definição da obrigatoriedade dessa disciplina na organização curricular das escolas. 
 Com a Lei nº 9.394/96 torna-se obrigatório o ensino de Artes e não mais Educação Artística, desta forma abriu-se o espaço para a criação dos PCN’s, com a finalidade de sistematizar o ensino da disciplina. 
[...] referem-se ao modo de realizar as atividades e às intervenções educativas junto dos estudantes nos domínios do conhecimento artístico e estético. São ideias e práticas sobre os métodos e procedimentos para viabilizar o aperfeiçoamento dos saberes dos alunos em Arte. Mas não quaisquer métodos e procedimentos e sim aqueles que possam levar em consideração o valor educativo da ação cultural da arte na escola. As orientações referem-se às escolhas do professor quanto aos conteúdos selecionados para o trabalho artístico em sala de aula. Referem-se aos direcionamentos para que os alunos possam produzir, compreender e analisar os próprios trabalhos e apreender noções e habilidades para apreciação estética e análise crítica do patrimônio cultural artístico (BRASIL, 1997, p. 105).
 Assim como está presente nos documentos oficiais para o ensino da área PCN’s e RCNEI. No entanto, a legalização não implica diretamente em legitimidade na escola, para isso esses documentos devem ser significados e resinificados pela ação dos educadores em seus contextos específicos.
 O PCN- Arte podem ser utilizados para orientação do ensino, trazendo uma linguagem mais profunda em relação a linguagem artística, podendo analisar as condições necessárias para uma prática pedagógica de qualidade. De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais: 
O conhecimento da arte abre perspectivas para que o aluno tenha uma compreensão do mundo na qual a dimensão poética esteja presente: a arte ensina que é possível transformar continuamente a existência, que é preciso mudar referências a cada momento, ser flexível. Isso quer dizer que criar e conhecer são indissociáveis e a flexibilidade é condição fundamental para aprender. (BRASIL, 1997, p. 19)
 Quando partimos para a parte da metodologia do ensino da Arte, focamos aqui os principais atores deste processo, os professores que passam o conhecimento e os alunos que adquirem e refletem na prática do professor um conhecimento significativo no ensino da Arte. Para tanto, o papel do professor como mediador entre a Arte e o aluno é fundamental e muito importante.
 O professor de Arte deve saber o significado real da Arte na educação, tendo principalmente clareza dos objetivos a serem alcançados, assim como que conheça seus alunos. Precisa-se para o ensino da Arte um professor que seja investigador, que instiguem e que alimente no aluno a sede por estar inserido nessa aprendizagem tão fabulosa e encantadora. Aquele que aprofunde a aprendizagem do estudante e que saiba arte, mas que, sobretudo saiba ser professor de Arte. 
 De acordo Martins (2005), devemos lembrar que a mediação realizada pelo professor não deve ser trabalhada com imposição de ideias, e sim provocação, no sentido de levar o aluno a questionamentos, construindo e desconstruindopensamentos e certezas sobre o estudo da arte, bem como levando o conhecimento através dos estímulos e ressignificações. 
 O ensino da Arte na atualidade requer um professor que tenha a capacidade de organizar um trabalho em que seus alunos sejam estimulados e compreendam o significado da arte e porque se deve aprendê-la. 
No Brasil, Ana Mae Barbosa formulou a metodologia da proposta triangular (inspirada em ideias norte-americanas e inglesas, recuperou conteúdos e objetivos que tinham sido abandonados pela escola espontaneísta). Ela mostrou que o professor deveria usar o seguinte tripé em classe: o fazer artístico, a história da arte e a leitura de obras. 
 As experiências vividas pelas atividades que envolvam o ouvir, ver, mover-se, sentir, perceber, pensar, descobrir, fazer e expressar-se. Estas fazem toda a diferença, pois podemos levar em conta o meio em que o estudante está inserido, seus elementos naturais e culturais como influenciadores de sua formação. Desta forma, existe uma possibilidade maior de concretizarmos experiências mais significativas através das descobertas, das produções artísticas, do desenvolvimento de técnicas, da representação da imaginação e da expressividade. 
[...] ao realizarem atividades artísticas, as crianças desenvolvem autoestima e autonomia, sentimento de empatia, capacidade de simbolizar, analisar, avaliar e fazer julgamentos e um pensamento mais flexível; também desenvolvem o senso estético e as habilidades específicas da área artística, tornam-se capazes de expressar melhor ideias e sentimentos, passam a compreender as relações entre partes e todo e a entender que as artes são uma forma diferente de conhecer e interpretar o mundo. [...] ao conhecer e compreender melhor as artes, os alunos tornam-se pessoas mais sensíveis, capazes de perceber de modo acurado modificações no mundo físico e natural, e também de experimentar sentimentos de ternura, simpatia e compaixão. (ALMEIDA, 2009, p. 14-15) 
 Diante disto, o professor deve ser um pesquisador e estudante nato dos conhecimentos que envolvam as artes, precisa conhecer os principais filósofos e metodologias do ensino da Arte. Assim, terá apresentação de boas aulas e colherá resultados significativos. 
Para que isso ocorra nas escolas brasileiras cabe ao professor aprofundar seus estudos sobre os conteúdos da Arte e aprimorar seu senso estético em relação às concepções artísticas modernas e contemporâneas; bem como valorizar a diversidade das manifestações artísticoculturais. Saber articular estes conhecimentos e saberes sobre arte com a realidade dos alunos em seus âmbitos pessoal, regional, nacional e internacional, concorre para que sejam capazes de elaborar uma “cultura estética e artística que expresse com clareza a sua vida na sociedade”. O 16843 professor de Arte é a peça fundamental nesse processo transformador (FUSARI & FERRAZ, 2001, p. 49).
 Conclui-se que é possível perceber que para conseguimos um ensino da Arte de forma satisfatória é necessário nos embasarmos teoricamente na LDBEN 9394/96 e nos PCN- Arte que traz sugestões didáticas e metodológicas para que o professor se oriente em relação ao que ensinar. A Arte deve ser vista como transformação positiva nos espaços escolares e devemos reconhece-la como fundamental para o Ensino da Educação Básica. 
MATERIAIS E MÉTODOS
 O presente artigo é de cunho qualitativo, pois não busca analisar dados quantitativos, mas compreender dados sociais e, portanto, subjetivos, acerca de uma temática. 
 Esse trabalho foi realizado através de uma pesquisa voltada para o estudo da metodologia do ensino de Arte, tendo como professor e alunos como principais articuladores na realização desse processo. Para tanto, foram utilizados como aporte teórico de alguns autores, a LDBEN 9394/96, bem como o PCN –Arte. A partir da fundamentação teórica podemos verificar como poderá acontecer de maneira satisfatória o ensino de Arte na educação básica, principalmente nas modalidades de Educação Infantil e Ensino Fundamental I. 
 As imagens abaixo representam as crianças em idade escola na aula de Arte, estas apresentam momentos diferentes, a primeira uma aula voltada para pintura e criatividade com crianças da Educação Infantil. A segunda imagem está representando uma aula interdisciplinar com arte, escrita e produção textual, onde as crianças estão na criação de um jornal escolar. Estas estão inseridas no Ensino Fundamental I. 
Imagem 1
https://www.pinterest.pt/pin/433260426647567117/
Imagem 2
https://porvir.org/professor-de-artes-cria-redacao-de-jornal-na-sala-de-aula/
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
 O trabalho apresenta um estudo sobre a metodologia no ensino da Arte, baseado em alguns teóricos, LDBEM 9394/96 e nos PCN’s. Estes dão um aparato em relação a lei de obrigatoriedade do ensino da disciplina Arte e das metodologias e didáticas para a orientação de como deve acontecer o ensino, assim como os objetivos a serem alcançados pela disciplina. Compreende-se que o compromisso com o ensino da Arte exige muito do professor para que ele tenha consciência que ele é o mediador do conhecimento e precisa em sua prática entrelaçar a sua prática teórica com a prática artística desenvolvida pelos alunos. 
5. CONCLUSÕES
 Diante a abordagem educativa do ensino de Arte, este leva os professores desta modalidade de ensino a repensarem em suas práticas e que os alunos compreendam a importância de adquirir os conhecimentos a respeito da arte.
 Os professores devem trabalhar metodologicamente com aspectos construtivos, em que os alunos possam ser os principais componentes deste processo. 
 A educação em arte proporciona aos seus alunos o pensamento artístico, onde eles se envolvem nos processos que envolve experiências significativas para a sua atuação na disciplina. O aluno desenvolve a sensibilidade, a percepção , imaginação e criação. A arte ensina que podemos ser flexíveis e que estamos em mudanças a todo o tempo e que esses são momentos propícios a aprender, sobretudo o ensino da Arte.
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Célia Maria de Castro. Concepções e práticas artísticas na escola. In: FERREIRA, Sueli (org.). O ensino das artes: construindo caminhos. 7 ed. Campinas-SP: Papirus, 2009.
BARBOSA, Ana Mae. A imagem do ensino da arte: anos oitenta e novos tempos. São Paulo: Perspectiva, 1991.
__________, Ana Mae (org). Inquietações e mudanças no ensino da arte. São Paulo: Cortez, 2003.
BRASIL Livro Didático 2:. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares Nacionais: arte. Brasília: MEC/SEF, 1997.
_________. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: arte 5ª a 8ª série. Brasília: MEC/SEF, 1998 a.
FUSARI, Maria F. de Rezende; FERRAZ, Maria Heloísa C. de Toledo. Arte na Educação Escolar. 2 ed. São Paulo: Cortez, 2001.
MARTINS, Mirian Celeste et al. Mediação: estudos iniciais de um conceito. In: MARTINS, Mirian Celeste. (Org.). Mediação: provocações estéticas. Universidade Estadual Paulista – Instituto de Artes, Pós-Graduação. São Paulo, v. 1, nº 1, out. 2005. 
_________.; PICOSQUE, G.; GUERRA, M. T. Didática do ensino de arte: a língua do mundo: poetizar, fruir e conhecer arte. São Paulo: FTD, 1998, p. 197.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DO DESPORTO. Secretaria do Ensino Fundamental: Parâmetros Curriculares Nacionais. SEF, 1996. 
PONTES, Gilvânia Maurício Dias de. (org). O ensino de artes de 5ª a 8ª séries. Natal: Paidéia 2005.
 SANTOMAURO, Beatriz. O que ensinar em Arte. Revista Nova Escola. São Paulo, 01 de Março | 2009.
SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas. Proposta Curricular para o ensino da educação artística: 2°Grau. São Paulo: SE/CENP, 1992.
ZAGONEL, Bernadete. Metodologia do Ensino de Arte: Arte na Educação Escolar. Editora Ibpex.