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Centro Universitário Tupy – UNISOCIESC Joinville, Santa Catarina, Brasil ISSN 2237-5163 / v. 03, n. 02: p. 336-352, ano 2013 DOI: 10.14521/P2237-5163.2013.0004.0007 Recebido 09/08/2012; Aceito 25/09/2013 336 Caixas de tomate: normalização e ganho produtivo Tomatoes Boxes: Normalization and Productive gain Mauro Alessandro Bruno Pinto (galolaranja@gmail.com, OPET, Paraná, Brasil) • Av. Brasília, 5474, apto. 82 C, Novo Mundo, 81020-010, Curitiba, PR, Brasil Elisangela Lobo Schirigatti (contatoelislobo@gmail.com, UFPR, Paraná, Brasil) Luis Fernando Fonseca Kasprzak (luisfernando.fk@gmail.com, PUCPR, Paraná, Brasil) Silvia Maria Fonseca Kasprzak (silvia.kasprzak@gmail.com, OPET, Paraná, Brasil) Resumo: O presente trabalho visa analisar as embalagens de madeira utilizadas para o transporte de tomate “in natura” no mercado hortícola nacional. O estudo adotou a ferramenta Análise Paramétrica para compor uma análise comparativa das embalagens selecionadas. Entre os aspectos avaliados para identificar a adequação e desempenho das embalagens foram analisadas as conformidades das dimensões da caixa para paletização e unitização adaptado às características físicas do fruto. A caixa de madeira X analisada está em conformidade com a norma conjunta que regulariza o mercado, seu uso não é proibido, porém apresenta algumas limitações. A embalagem de madeira não impede o movimento tangencial entre os frutos e a compressão da própria carga pela sobreposição dos frutos dentro embalagem. A madeira apresenta abrasividade aos frutos durante o transporte e compressão e pode apresentar acúmulo de umidade. Portanto, deve receber tratamento adequado para reduzir sua umidade e apresentar menor rugosidade na superfície das lâminas. Palavras-chave: Parâmetros; Caixas K e M; Abordagem qualitativa. Abstract: This paper aims to analyze wood packaging used in transporting fresh tomato in the national vegetable market. It was adopted the Parametric Analysis tool to make a comparison between selected packages. Among the aspects evaluated to identify suitability and performance of packaging it was analyzed the compliance of box dimensions to palletization and unitization adopted to physical fruit characteristics. The X wood box was analyzed and it is in accordance with the standard regulation of the market, as its use is not prohibited, but there are some limitations. Wood packaging does not prevent tangential movement between fruits, and compression of load itself by overlapping fruits within container. Wood provides abrasiveness to fruits during transportation, besides compression and moisture accumulation. Therefore, it must be treated properly to reduce moisture and roughness on blades’ surface. Keywords: Parameters; Boxes K and M; Qualitative approach. 1. Introdução No Brasil o tomate domina 21% de uma produção nacional de hortaliças, que ocupa uma área de 779 mil hectares com uma produção de 17 milhões de toneladas (CAMARGO Centro Universitário Tupy – UNISOCIESC Joinville, Santa Catarina, Brasil ISSN 2237-5163 / v. 03, n. 02: p. 336-352, ano 2013 DOI: 10.14521/P2237-5163.2013.0004.0007 Recebido 09/08/2012; Aceito 25/09/2013 337 FILHO, 2010). De acordo com as estatísticas dos produtos comercializados no CEASA - PR (2008), 37,99% do tomate é produzido no estado e o restante é procedente de outras unidades federativas, tais como: São Paulo (28,45%), Santa Catarina (16,39%), Rio de Janeiro (7,99%), Minas Gerais (7,62%) e outros (1,57%). O tomate é considerado um produto de baixo custo e de consumo diário com safras sazonais e distribuídas ao longo de todo o ano (SEAB, 2012). Segundo os parâmetros de respiração e firmeza, o tomate possui uma taxa de perecibilidade média e possui alto índice de perda entre a lavoura e a compra pelo consumidor final, que gira em torno de 14% (ABRACEN, 2011). Sendo que, o nível aceitável de perda para esse tipo de produto é de 7% a 9% (APAS, 2013). Para Castro (2004), a perda pode estar relacionada com falhas na fase de produção; colheita fora de época; danos mecânicos; embalagem; manuseio e transporte inadequados; tempo de exposição prolongado em nível de varejo; hábitos prejudiciais de seleção por parte do consumidor; preços desfavoráveis pagos ao produtor e falta de orientação de mercado. Moura e Banzato (2003) ressaltam que, em média, 15% da produção nacional de alimentos é perdida devido ao uso de embalagens defeituosas ou subdimensionadas. Luengo et al. (2003) alertam que no setor hortícola as perdas mais elevadas ocorrem pós-colheita. Portanto, melhorar a eficiência do produtor rural no processo de comercialização do produto se torna um desafio e tema para a discussão sobre questões como logística, paletização e unitização. Técnicas de acondicionamento e embalagens adequadas à cadeia hortifruticultor tornam-se imprescindíveis para o desenvolvimento do setor. Parte importante no processo de comercialização são os canais de distribuição de frutas e hortaliças, onde predominam as centrais de abastecimento, ou CEASAS, e a participação crescente dos supermercados (ABRACEN, 2011). A embalagem é de grande relevância para a redução perdas de produção nestes canais, pois cabe às suas funções básicas: proteção, movimentação, estocagem e transporte garantir a produtividade e a qualidade conquistada nas áreas de cultivo (LUENGO; FURUYA; SILVA, 1997). Além disso, pode ajudar a reduzir perdas ao diminuir riscos de pragas na lavoura e riscos de patogenia pela contaminação dos alimentos e, a preservar a produtividade conquistada nas lavouras e a qualidade dos produtos que chegam ao varejo. Centro Universitário Tupy – UNISOCIESC Joinville, Santa Catarina, Brasil ISSN 2237-5163 / v. 03, n. 02: p. 336-352, ano 2013 DOI: 10.14521/P2237-5163.2013.0004.0007 Recebido 09/08/2012; Aceito 25/09/2013 338 As caixas de madeira ainda são utilizadas em larga escala no mercado hortícola e muito discutidas no ambiente acadêmico e técnico. Alguns documentos e autores discutem sobre legislação (BRASIL, 2002a; BRASIL, 2002b; BRASIL, 2002c), sobre estrutura (PEREIRA; CALBO, 2000; LIMA, 2005; LUENGO et al., 2003), higienização (NIMF 15, 2002; FERNANDO et al., 2009), uso e fatores econômicos (LIMA, 2003; MOURA; BANZATO, 2003; CASTRO, 2004) principalmente direcionadas as caixas K e M. Porém, apesar das caixas de madeira serem consideradas economicamente viáveis para o produtor, poucos estudos abordaram outros tipos de caixas de madeira existentes no mercado interno ou externo na tentativa de explorar novos aprimoramentos. Portanto, o objetivo do trabalho é realizar uma análise comparativa das embalagens de madeira utilizadas no transporte de hortifruti. O conteúdo apresentado é um recorte de uma pesquisa de maior abrangência que utiliza o suporte teórico e a análise em questão para refletir sobre novas propostas de embalagem utilizando a matéria-prima madeira. 2. Materiais e método A pesquisa possui abordagem qualitativa e natureza exploratória, compondo um estudo de caso. Segundo Berto e Nakano (1999) o estudo de caso refere-se à análise aprofundada de um ou mais objetos ou casos, com o uso de múltiplos instrumentos de coleta de dados e interação entre o pesquisador e o objeto de pesquisa. Portanto, a análise do problema não faz uso de procedimentos estatísticos, mas tenta compreender o contexto através da observação e descrição (SAMPIERI, 2007). O objeto de estudo se limitou em analisar três tipos de embalagens de madeira utilizadas no transporte de hortícolas: a caixa K, M e X. Sendo que a caixa X refere-se à embalagem de madeira de um fabricante sediado em Pinhais, município da região metropolitana de Curitiba, no estado do Paraná. As técnicas de coletas empregadas envolveram pesquisa documental e bibliográfica, principalmente no que diz respeito às informações relacionadas às caixas K e M. Para a caixa X, os dados foram coletadospor meio de visita a fábrica, observação indireta, registro fotográfico e entrevista não estruturada com o responsável pelo processo de fabricação. O estudo adotou a ferramenta denominada de Análise Paramétrica como base para compor uma análise comparativa das embalagens selecionadas. A escolha por este tipo de Centro Universitário Tupy – UNISOCIESC Joinville, Santa Catarina, Brasil ISSN 2237-5163 / v. 03, n. 02: p. 336-352, ano 2013 DOI: 10.14521/P2237-5163.2013.0004.0007 Recebido 09/08/2012; Aceito 25/09/2013 339 análise se deu devido esta ser comum na área de desenvolvimento de novos produtos, além das vantagens expressas na praticidade de aplicação da ferramenta, na orientação para a coleta dos dados e na facilidade de interpretação dos resultados. Alguns autores aplicaram essa técnica como referência para a análise de embalagens, utilizando abordagens quantitativas (MENEZES; SILVA, 2012; BARBOSA; OLIVEIRA, 2011) e, abordagem qualitativa (MIRANDA, 2008). Segundo Baxter (2008), este tipo de análise serve para comparar produtos em desenvolvimento com produtos já existentes ou entre produtos concorrentes. Para isso, utilizam-se variáveis conhecidas por parâmetros comparativos. Neste caso, a composição dos parâmetros para a análise considerou as exigências acerca dos aspectos funcionais descritos em documentos legais publicados por órgãos governamentais, tais como: leis, decretos e portarias, entre outros. Incluindo também, aqueles documentos estabelecidos por instituições que normatizam o setor de embalagem para o agronegócio. Compreende-se que as características desejáveis da funcionalidade de um produto, neste caso a embalagem de madeira para transporte de hortícolas, estão relacionadas à qualidade técnica da mesma, ou seja, a sua performance. Sendo que as funções de usabilidade e adequação dos produtos ao usuário estão relacionados à qualidade ergonômica. Dentro deste contexto e para uma melhor organização da pesquisa, os parâmetros envolveram três dimensões considerando os atributos funcionais de uma embalagem descritos por Moura e Banzato (2003): a contenção, a proteção e a comunicação. A primeira dimensão envolve a habilidade da embalagem de conter as unidades de tomates nela acondicionadas. Essa função tem relação direta nos custos envolvidos do material embalado e do feitio da embalagem. São atributos para qualquer embalagem: contenção, a proteção e a comunicação. A proteção permite que a embalagem proteja os frutos dos riscos impostos pela manipulação, movimentação, estocagem, transporte e condições atmosféricas. A proteção pode ser mecânica (choque, vibração, aceleração, compressão) ou físico-química (oxidação, temperatura, umidade). Por fim, a comunicação deve informar, transmitir mensagens, definindo forma, dimensão, cores e símbolos (INMETRO, 2013). Centro Universitário Tupy – UNISOCIESC Joinville, Santa Catarina, Brasil ISSN 2237-5163 / v. 03, n. 02: p. 336-352, ano 2013 DOI: 10.14521/P2237-5163.2013.0004.0007 Recebido 09/08/2012; Aceito 25/09/2013 340 A análise contemplou tanto parâmetros quantitativos quanto qualitativos e de classificação. Os parâmetros de natureza quantitativa envolveram os fatores que podem ser expressos numericamente, entre eles, aqueles relacionados às dimensões do produto, como o volume e o peso (CASTRO, 2004). Os parâmetros qualitativos das caixas para tomates seguiram características físicas que não apresentavam uma medida absoluta e, que permitem garantir a integridade do produto após a colheita, tais como: resistência ao manuseio no carregamento e no descarregamento; a compressão do peso de outras caixas sobrepostas; o impacto e a vibração durante a unitização e transporte; e a resistência à umidade por intempéries e estocagem em câmaras frigoríficas são características exigidas para garantir a integridade dos frutos. Na sequência, os dados coletados foram analisados, organizados e interpretados na forma de texto. Para Roesch (2007), esta é uma maneira comum de trabalhar as informações obtidas no método qualitativo. 3. Resultados e discussão A seguir serão apresentados os resultados conforme legislação, bem como resultados de cada caixa pesquisada. 3.1 Legislação As embalagens direcionadas para a cadeia produtiva de hortífruticolas devem seguir uma série de exigências legais que estão dispostas a seguir para uma melhor compreensão do assunto. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) dispõem, na Instrução Normativa Conjunta nº 9, de 12 de novembro de 2002, sobre a normatização das embalagens de hortifrutícolas. Sendo que as leis referentes à classificação de produtos vegetais que estão em vigor desde 2000 nas regiões Sul e Sudeste do Brasil, são: Lei nº 9.972, de 25 de maio de 2000, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), que trata da classificação e da padronização dos produtos vegetais. A Instrução Normativa Conjunta SARC/ANVISA/INMETRO n° 009/2002, regulamenta as embalagens destinadas ao "acondicionamento, manuseio e comercialização dos produtos hortícolas in natura em embalagens próprias para a comercialização, visando à proteção, conservação e integridade dos mesmos". Estabelece também, que as embalagens de produtos devem ter medidas paletizáveis, ser higienizáveis ou descartáveis e rotuladas. Centro Universitário Tupy – UNISOCIESC Joinville, Santa Catarina, Brasil ISSN 2237-5163 / v. 03, n. 02: p. 336-352, ano 2013 DOI: 10.14521/P2237-5163.2013.0004.0007 Recebido 09/08/2012; Aceito 25/09/2013 341 A Instrução Normativa nº 009/2002 leva em consideração a "necessidade de assegurar a verificação das informações a respeito da classificação dos produtos hortícolas, além da necessidade de assegurar a obrigatoriedade da indicação qualitativa e quantitativa, líquido". Como se trata de uma Instrução Normativa Conjunta significa que há competências fiscalizadoras diferenciadas entre as instituições para garantir a correta utilização da embalagem durante sua cadeia produtiva. Cabe ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), por meio de seu órgão técnico, a verificação da correta classificação dos produtos presentes no rótulo. Para o MAPA as embalagens devem conter em seus rótulos a seguinte classificação para os produtos hortícolas: grupo/subgrupo; classe e categoria. Todas essas informações devem ser acompanhadas com os dados do produtor. Ao Ministério da Saúde cabe à fiscalização garantir o cumprimento das normas fitossanitárias e, ao Instituto Nacional de Metrologia, Normatização e Qualidade Industrial (INMETRO, 2013) garantir que as informações quantitativas da embalagem estão corretas. Toda essa regulamentação vem de encontro às exigências já contidas na Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990, em seu art. 31, em que a oferta e apresentação de produtos ou serviços devem assegurar informações gerais sobre a origem e aquelas necessárias a qualidade do produto, bem como dados sobre os riscos que apresentam à saúde e à segurança dos consumidores (BRASIL, 1990). Nas normas de comercialização internacionais – Norma Internacional de Medidas Fitossanitárias – (art. 9º - NIMF 15) definem que a madeira utilizada na produção das caixas deveria receber tratamento de secagem a 56ºC, durante 30 minutos para reduzir sua umidade relativa para 20%. Segundo a Instrução Normativa Conjunta SARC/ANVISA/INMETRO nº 009, de 12 de novembro de 2002, devem ser devidamente embaladas e rotuladas. Essa medida visa à integridade de todo o processo produtivo e a segurança de que o consumidor recebe produtos saudáveis. Dentre as informações exigidas na rotulagem, informações de como armazenar o produto promovem a agilidade e correta armazenagem. A referida Instrução Normativa Conjunta, definiu as informações exigidas para as embalagens hortícolas. Centro Universitário Tupy – UNISOCIESC Joinville, SantaCatarina, Brasil ISSN 2237-5163 / v. 03, n. 02: p. 336-352, ano 2013 DOI: 10.14521/P2237-5163.2013.0004.0007 Recebido 09/08/2012; Aceito 25/09/2013 342 3.2 Caixas de Madeira K e M No Brasil o uso de caixas de madeira K e M como embalagens pelos hortifruticultores foi amplamente difundido por meio da Portaria no 127, de 14 de outubro de 1991. O documento definiu a utilização do Modelo K para tomates e Modelo M para citros, adotando-as por convenção e normalizando-as como tamanho padrão. Na época a regulamentação reforçou junto aos produtores a definição dessas embalagens como apropriadas para o escoamento e comercialização da produção. Figura 1 – Embalagens tradicionais em madeira utilizadas pelos produtores Fonte: ATOLINE (2003) As caixas de madeira K e M utilizam madeira rústica, o que torna as paredes abrasivas às frutas e às hortaliças. Em geral, são obtidas de cortes de madeira diferentes, dependendo do processo utilizado, que pode ser: serrada, faqueada, multisserrada e laminada. Gritzenco (2006) cita que, na maioria dos casos, as caixas utilizadas pelo mercado hortícola nacional utilizam lâminas de madeira obtidas por corte de serra fita, o que causa as irregularidades na superfície da madeira. A presença de nós nas lâminas de madeira usadas para a fabricação das caixas deve ser evitada, pois torna a embalagem menos resistente. Porém, caso a matéria-prima disponível apresente essa característica, os diâmetros dos nós não devem ser superiores a um terço da largura da lâmina e não devem estar próximas das arestas pregadas ou grampeadas. Entre os problemas apresentados está a secagem inadequada da madeira usada na fabricação das embalagens. Muitas vezes não é respeitado o tempo de secagem, que geralmente é de 45 a 60 dias para que a umidade contida na madeira esteja entre 20 e 30%. O Centro Universitário Tupy – UNISOCIESC Joinville, Santa Catarina, Brasil ISSN 2237-5163 / v. 03, n. 02: p. 336-352, ano 2013 DOI: 10.14521/P2237-5163.2013.0004.0007 Recebido 09/08/2012; Aceito 25/09/2013 343 ideal seria que essas embalagens utilizassem madeiras tratadas, que possuem umidade relativa de 12% e não estão sujeitos a ataques biológicos (MOURA; BANZATO, 2003). As caixas K e M apresentam agressões aos produtos agrícolas acondicionados, não são paletizáveis e apresentam sérios riscos patogênicos. Por isso, não são embalagens retornáveis. Ao contrário das embalagens plásticas e de papelão ondulado, que são opções apontadas como alternativa para o envase de produtos hortícolas e que estão dentro das normas da ANVISA (2013). Entretanto, esses dois últimos apresentam custos mais elevados e fogem da semântica de embalagem conhecida pelo produtor, que vê a caixa de madeira como sinônimo de embalagem para seus produtos. A denominação do modelo K teve origem na palavra inglesa Kerosene, pois a caixa foi utilizada para o transporte de querosene em latas de 20 litros, produto muito utilizado da década de 20 até a II Guerra Mundial para a iluminação pública e casas. Com a mudança da negociação de querosene para venda a granel houve uma grande demanda de caixas vazias, as quais foram reutilizadas para o transporte de produtos agrícolas. Por convenção, as caixas K continuaram a ser fabricadas com as mesmas dimensões especificadas para as latas de querosene: 495 mm x 230 mm x 355 mm (PROHORT, 2013). Estudos realizados por Soares et al., citado por Luengo, et al. (2003, p.704) mediram injúrias mecânicas em tomates acondicionados em caixa K e relataram que houve aumento de 47% nas marcas de abrasões nos frutos que tiveram contato direto com a superfície áspera das ripas de madeira da caixa. Moura e Banzato (2003) avaliaram a percentagem de danos mecânicos causados a frutos de tomate embalados em caixa K; e verificaram que atingiram 11% dos frutos contidos nas 100 caixas. Esses danos ocorreram principalmente durante o fechamento das caixas, enquanto os frutos são comprimidos e feridos pelo contato com as frestas nas laterais da embalagem. As caixas utilizadas para o transporte de tomates seguem o padrão de carga adotado pelos atacadistas e podem ser adaptadas ao pedido do produtor. Esse padrão foi baseado na capacidade das caixas K, que comportam 23kg de frutos. As caixas de tomate de madeira carregadas com tomate chegam a pesar em média 23kg o que fica dentro dos padrões estipulados para as mulheres de 21 a 40 anos. Não se tornando apropriada para mulheres que estejam acima desta faixa etária. Centro Universitário Tupy – UNISOCIESC Joinville, Santa Catarina, Brasil ISSN 2237-5163 / v. 03, n. 02: p. 336-352, ano 2013 DOI: 10.14521/P2237-5163.2013.0004.0007 Recebido 09/08/2012; Aceito 25/09/2013 344 As caixas K não são paletizáveis, são altas e estreitas, o que aumenta a perda pela carga promovida sobre os produtos acondicionados nas camadas inferiores da embalagem. Essas embalagens possuem base estrutural frágil não suportando a compressão por empilhamento de outras caixas. O uso de caixas não paletizáveis, ou seja, aquelas que não possuem medidas que as permitam ser utilizadas em paletes convencionais de 1 metro x 1,20 metros. Portanto, os modelos K e M podem comprometer a integridade física do produto durante o transporte. Além disso, os produtores não dispõem de paletes padronizados. Não tem medidas especificadas pelas normas, possuem intervalos irregulares entre o madeiramento dos estrados, acondicionam incorretamente as embalagens abertas em lugares sujeitos a umidade e amassamento; montam e movem a caixa incorretamente. As embalagens de madeira K e M O volume paralelepipedal é o mais utilizado pela sua fácil movimentação e unitização. Essa característica foi padronizada pelas dimensões adotadas pela Modularization, Unitization and Mechanization – MUM (CASTRO, 2004). As caixas K não são higienizadas, usam madeira áspera, muitas vezes com nós e utilizam pregos em sua confecção. Estes fatores podem prejudicar os produtos por danos mecânicos, ou seja, podem causar corte, abrasão e compressão. Após três ou quatro anos de uso as caixas podem acumular até 100 pregos (CASTRO, 2004). De acordo com o trabalho de Topel, citado por Luengo, et al. (2003, p. 704) “a caixa K resiste em média cinco utilizações, dependendo dos cuidados no manuseio e do tipo de madeira”. Porém, esse conceito de reutilização da caixa de madeira não é mais válido segundo as normas da ANVISA estabelecidas pela Portaria nº 62, de 21 de maio de 2003. As características assimiladas proporcionam uma noção do que a embalagem K compromete a integridade dos frutos transportados. Seu formato estreito e alto permite a caixa o maior acondicionamento dos frutos, porém compromete a integridade de todo o volume devido às injúrias causadas aos frutos citados no estudo de (PEREIRA; CALBO, 2000; CASTRO, 2004; LUENGO, et al., 2003). Segundo Moura e Banzato (2003) a madeira é capaz de suportar cargas de empilhamento continuamente por um ano, sendo necessários dois terços da carga total Centro Universitário Tupy – UNISOCIESC Joinville, Santa Catarina, Brasil ISSN 2237-5163 / v. 03, n. 02: p. 336-352, ano 2013 DOI: 10.14521/P2237-5163.2013.0004.0007 Recebido 09/08/2012; Aceito 25/09/2013 345 empilhada para causar sua ruptura pelo método padrão de ensaio de resistência, no qual levaria apenas alguns minutos para o rompimento. Em 2002, a caixa K correspondia por 27% das embalagens de produtos que chegavam ao CEAGESP e as caixas M correspondiam a 21% do total de embalagens transportadas nesse entreposto (CEAGESP, 2013). Um ano depois Andreuccetti (2003) verificou no mesmo local e dentro de uma amostra representativa de 70%, que todos os comerciantes utilizavam as caixas K para transporte de tomate. Luengo et al. (2003), ao estudarem o preço da embalagem K em comparação a caixa de plástico da EMBRAPA, verificaram que a segunda opçãose torna mais atraente no longo prazo. Visto que a durabilidade da caixa de plástico é de 5 anos calcula-se uma redução de 10,14% no custo de produção e 5,92% no preço do atacado. O modelo M é utilizado por convenção e usado para envase de produtos cítricos há mais de 30 anos (LIMA, 2003). As dimensões para a caixa M, 54 cm x 29 cm x 29 cm permitem que essa embalagem possua maior capacidade de carga que a caixa K, em média 27 Kg. As lâminas utilizadas nas caixas M são feitas de cortes de madeiras com superfícies irregulares como as utilizadas pela caixa K e, portanto, também são abrasivas e retêm umidade. A questão das perdas pós-colheita vista de forma sistêmica permite diagnosticar várias alterações no tomate: mecânicas, fisiológicas e patológicas, desde o processo de colheita até sua compra pelo consumidor final; ou seja, os tomates estão sujeitos a danos durante as etapas de colheita, seleção, transporte e distribuidores. São muitas as características da caixa K que causam perdas de produtividade do tomate na etapa de pós-colheita. O tomate é muito suscetível a perdas por injúrias mecânicas devido ao seu tamanho, forma, alto teor de água e manuseio constante durante a comercialização, como por exemplo, a manipulação (apalpação) que o consumidor faz do produto para analisar o turgor do fruto. A embalagem de madeira do tipo K é produzida de forma rústica, e com formato pouco favorável ao transporte adequado do produto, com fechamento impróprio e de pouca proteção para o conteúdo, principalmente para os frutos próximos às paredes da embalagem, o que causam perdas por impacto, compressão e corte. Centro Universitário Tupy – UNISOCIESC Joinville, Santa Catarina, Brasil ISSN 2237-5163 / v. 03, n. 02: p. 336-352, ano 2013 DOI: 10.14521/P2237-5163.2013.0004.0007 Recebido 09/08/2012; Aceito 25/09/2013 346 O Gráfico 1 apresenta os tipos de caixas e sua utilização. Gráfico 1 – Embalagens Fonte: Os autores (2011) 3.3 Caixa X Para se produzir as embalagens de tomate analisadas (X) são necessárias duas máquinas: uma para a fixação dos grampos aos quadros de esforços, que formam a estrutura da caixa (Figura 2A); e outra máquina que permite a fabricação de fundos com reforços (Figura 2B). As lâminas de madeira são compradas de empresas terceirizadas seguindo as especificações de corte fornecidas pelo fabricante. A produção é semiautomática e são necessários apenas dois operadores. A capacidade de montagem por operador é de aproximadamente 300 caixas por hora. Figura 2 – Máquinas utilizadas para a produção de caixas Fonte: Imagens cedidas. FN EMBALAGENS (2005) Centro Universitário Tupy – UNISOCIESC Joinville, Santa Catarina, Brasil ISSN 2237-5163 / v. 03, n. 02: p. 336-352, ano 2013 DOI: 10.14521/P2237-5163.2013.0004.0007 Recebido 09/08/2012; Aceito 25/09/2013 347 A caixa observada possui como dimensões externas as seguintes medidas: 50cm de comprimento; 30cm de largura; e 28cm de altura; e capacidade de carga para 20kg. Assim embalagem de madeira analisada está dentro das medidas propostas pela MUM (CASTRO, 2004). A embalagem X, segundo Lima (2005) e Moura e Banzato (2003) possui medidas paletizáveis para o padrão utilizado no país: Palete PBR de 1,00 m x 1,20m. A compatibilidade da embalagem analisada com os sistemas de países de mais avançados na aplicação de logística= 50cm comprimento, 30cm de largura, 23cm de altura (CASTRO, 2004). A embalagem é feita em madeira de pinus, cortadas em lâminas de 4mm de espessura e hastes de apoio com 28cm de altura; e grampos de arame de 1,2mm de diâmetro e espessura de grampeamento entre 1 a 8mm (Figura 3). As hastes de pinus formam a estrutura vertical, e atuam como bases de fixação para a formação do quadro da caixa. As lâminas são fixadas às hastes com intervalos de 20mm para permitir a circulação do CO2 liberados pelos frutos. Essas aplicações de uso também são utilizadas para confecção da tampa da caixa. As embalagens produzidas em madeira permitem que sejam paletizadas e unitizadas, sendo que no final da cadeia produtiva, podem ser recicladas ou incineradas, segundo as normas da ANVISA. A fixação das lâminas de madeira na embalagem analisada é feita com grampos dispostos longe das áreas de pega tornando-a segura para o manuseio e para a conservação do produto. A tampa utilizada para a caixa de tomate analisada permite a liberação de gás carbônico (CO2) pelos frutos e não provoca a compressão dos frutos. Além disso, a embalagem é reciclável. As caixas de tomate avaliadas obedecem às medidas indicadas para a paletização exigidas pela norma conjunta que regulariza o uso de embalagens hortícolas. Porém, existem distinções claras referentes à natureza da matéria-prima utilizada na confecção, o que reflete na forma de uso dessas embalagens e dimensionamento de peso para unitização e transporte. No caso do tomate, em especial, a operação de colher embalar ou acondicionar, manipular o recipiente que o recebe já o expõem a condições físicas severas, mas a distribuição física é onde ocorre a maior porcentagem das perdas. Para frutos senescentes como o tomate, o tempo gasto com transporte e a forma de manuseio interferem nas Centro Universitário Tupy – UNISOCIESC Joinville, Santa Catarina, Brasil ISSN 2237-5163 / v. 03, n. 02: p. 336-352, ano 2013 DOI: 10.14521/P2237-5163.2013.0004.0007 Recebido 09/08/2012; Aceito 25/09/2013 348 condições de consumo do produto de forma mais representativa dada as suas propriedades físicas. Portanto, o envasamento do tomate deve seguir alguns cuidados básicos, tais como: utilizar caixas de papelão ou madeira que possuam proteções para a produção chegar intacta ao distribuidor. No caso das caixas com tampas que protejam os frutos da compressão. O peso bruto das caixas, ou seja, o peso da embalagem somado aos frutos nela acondicionados, não deve exceder a 30kg. No caso dos trabalhadores é de 15kg, levando as variações de sexo e idade. Figura 3 – Grampos de fixação da caixa X e o quadro de esforços para pega e manuseio da caixa Fonte: Os autores (2010) A capacidade de empilhamento da caixa X é de 15 caixas, a altura de 420cm, o peso bruto conferido no rótulo é de 20 kg e a compressão por empilhamento de 280 kg. A seguir (Quadro 1) apresentaremos uma análise paramétrica referente sobre cada caixa mencionada no artigo. Quadro 1 – Análise paramétrica Parâmetro Variável Produto concorrente Características Caixa K Peso, dimensões, capacidade. Caixa de papelão ondulado; Embrapa. Madeira com corte irregular, abrasiva e retêm a umidade. Caixa M Peso, dimensões, capacidade. Caixa de papelão ondulado; Embrapa. Madeira com corte irregular, abrasiva e retêm a umidade. Caixa X Material (tipo de madeira), paletização. Caixa de papelão ondulado; Embrapa. Medidas paletizáveis e unitizadas, recicláveis; madeira pinus lixada. Fonte: Os autores (2010) Centro Universitário Tupy – UNISOCIESC Joinville, Santa Catarina, Brasil ISSN 2237-5163 / v. 03, n. 02: p. 336-352, ano 2013 DOI: 10.14521/P2237-5163.2013.0004.0007 Recebido 09/08/2012; Aceito 25/09/2013 349 4. Considerações Finais A cadeia produtiva do tomate apresenta alto índice de desperdício por utilização de embalagens, transporte e unitização inadequadas, fatores que podem onerar o custo do produto. Os produtores conceituam a embalagem como custo adicional de produção e não como investimento em produtividade e aprimoramento comercial. De acordo com os estudos apresentados no desenvolvimento desse trabalho, quase 90% dos produtores de tomates ainda utilizam embalagens de madeira para transporte. Esta prática ocorre devido à matéria-prima possuir um baixo custo para o mercado nacional, apresentar uma semântica de produto muito forte junto à cadeia produtiva e boa resistência material. As perdas nas caixas de tomate ocorrempelos danos físicos e biológicos. Os danos físicos são provocados injúrias mecânicas decorrentes da abrasão dos frutos com as paredes das caixas de madeira e pela compressão entre os frutos acondicionados. Enquanto os danos biológicos ocorrem por fungos e bactérias presentes na própria embalagem ou por ferimento do produto nela acondicionado e falta de circulação de gás CO2 nas embalagens. Outros fatores podem ser relacionados tais como: o transporte impróprio, falta de unitização e paletização e o armazenamento precário; além da falta de classificação no corpo de embalagem para informar o distribuidor e o consumidor. A maior parte desses desperdícios pode ser evitada com embalagens adequadas para os produtos e com custos tangíveis ao pequeno produtor. A embalagem em madeira X oferece uma solução satisfatória para o envase, transporte e armazenamento dos frutos. A resistência de uso de embalagens mais adequadas do que os modelos tradicionalmente utilizados comprometem a produtividade. Dessa forma ao aprimorar a caixa de madeira pode atenuar a tendência de buscar novas formas de embalar os produtos hortícolas e introduzir novos conceitos de embalagem, cadeia produtiva e logística para produtores; explanados em valores econômicos rentáveis. A maioria das embalagens de tomates utilizada no mercado nacional adota a capacidade de carga das caixas K e M. A altura dessas caixas aumenta sua capacidade de carga, torna a embalagem mais pesada, alcançando 23kg em média, o que aumenta a compressão entre os frutos. O peso bruto excessivo reduz a produtividade do manuseio para o Centro Universitário Tupy – UNISOCIESC Joinville, Santa Catarina, Brasil ISSN 2237-5163 / v. 03, n. 02: p. 336-352, ano 2013 DOI: 10.14521/P2237-5163.2013.0004.0007 Recebido 09/08/2012; Aceito 25/09/2013 350 transporte, carga e descarga. Além disso, os modelos K e M, dificultam o transporte e a unitização. A caixa de madeira X analisada está em conformidade com a norma conjunta que regulariza o mercado, seu uso não é proibido, porém apresenta algumas limitações. A embalagem de madeira não impede o movimento tangencial entre os frutos e a compressão da própria carga pela sobreposição dos frutos dentro embalagem. A madeira apresenta abrasividade aos frutos durante o transporte e compressão e pode apresentar acúmulo de umidade. Portanto, deve receber tratamento adequado para reduzir sua umidade e apresentar menos rugosidade na superfície das lâminas. Referências ABRACEN – Associação Brasileira das Centrais de Abastecimento. Manual operacional das CEASAS do Brasil. Brasília: ad2, 2011. ANDREUCCETTI, C. et al. Perfil dos atacadistas quanto a classificação e uso de embalagens na CEAGESP - SP. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA AGRÍCOLA, 33, 2003, Goiânia. Anais. Goiânia, jul./ago. 2003. ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária. 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