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Caixas tipo K e M

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Centro Universitário Tupy – UNISOCIESC 
Joinville, Santa Catarina, Brasil 
ISSN 2237-5163 / v. 03, n. 02: p. 336-352, ano 2013 
DOI: 10.14521/P2237-5163.2013.0004.0007 
 
Recebido 09/08/2012; Aceito 25/09/2013 336 
Caixas de tomate: normalização e ganho produtivo 
Tomatoes Boxes: Normalization and Productive gain 
Mauro Alessandro Bruno Pinto (galolaranja@gmail.com, OPET, Paraná, Brasil) 
• Av. Brasília, 5474, apto. 82 C, Novo Mundo, 81020-010, Curitiba, PR, Brasil 
Elisangela Lobo Schirigatti (contatoelislobo@gmail.com, UFPR, Paraná, Brasil) 
Luis Fernando Fonseca Kasprzak (luisfernando.fk@gmail.com, PUCPR, Paraná, Brasil) 
Silvia Maria Fonseca Kasprzak (silvia.kasprzak@gmail.com, OPET, Paraná, Brasil) 
Resumo: O presente trabalho visa analisar as embalagens de madeira utilizadas para o 
transporte de tomate “in natura” no mercado hortícola nacional. O estudo adotou a 
ferramenta Análise Paramétrica para compor uma análise comparativa das embalagens 
selecionadas. Entre os aspectos avaliados para identificar a adequação e desempenho das 
embalagens foram analisadas as conformidades das dimensões da caixa para paletização e 
unitização adaptado às características físicas do fruto. A caixa de madeira X analisada está 
em conformidade com a norma conjunta que regulariza o mercado, seu uso não é proibido, 
porém apresenta algumas limitações. A embalagem de madeira não impede o movimento 
tangencial entre os frutos e a compressão da própria carga pela sobreposição dos frutos 
dentro embalagem. A madeira apresenta abrasividade aos frutos durante o transporte e 
compressão e pode apresentar acúmulo de umidade. Portanto, deve receber tratamento 
adequado para reduzir sua umidade e apresentar menor rugosidade na superfície das 
lâminas. 
Palavras-chave: Parâmetros; Caixas K e M; Abordagem qualitativa. 
Abstract: This paper aims to analyze wood packaging used in transporting fresh tomato in the 
national vegetable market. It was adopted the Parametric Analysis tool to make a comparison 
between selected packages. Among the aspects evaluated to identify suitability and 
performance of packaging it was analyzed the compliance of box dimensions to palletization 
and unitization adopted to physical fruit characteristics. The X wood box was analyzed and it 
is in accordance with the standard regulation of the market, as its use is not prohibited, but 
there are some limitations. Wood packaging does not prevent tangential movement between 
fruits, and compression of load itself by overlapping fruits within container. Wood provides 
abrasiveness to fruits during transportation, besides compression and moisture accumulation. 
Therefore, it must be treated properly to reduce moisture and roughness on blades’ surface. 
Keywords: Parameters; Boxes K and M; Qualitative approach. 
1. Introdução 
No Brasil o tomate domina 21% de uma produção nacional de hortaliças, que ocupa 
uma área de 779 mil hectares com uma produção de 17 milhões de toneladas (CAMARGO 
Centro Universitário Tupy – UNISOCIESC 
Joinville, Santa Catarina, Brasil 
ISSN 2237-5163 / v. 03, n. 02: p. 336-352, ano 2013 
DOI: 10.14521/P2237-5163.2013.0004.0007 
 
Recebido 09/08/2012; Aceito 25/09/2013 337 
FILHO, 2010). De acordo com as estatísticas dos produtos comercializados no CEASA - PR 
(2008), 37,99% do tomate é produzido no estado e o restante é procedente de outras unidades 
federativas, tais como: São Paulo (28,45%), Santa Catarina (16,39%), Rio de Janeiro (7,99%), 
Minas Gerais (7,62%) e outros (1,57%). 
O tomate é considerado um produto de baixo custo e de consumo diário com safras 
sazonais e distribuídas ao longo de todo o ano (SEAB, 2012). Segundo os parâmetros de 
respiração e firmeza, o tomate possui uma taxa de perecibilidade média e possui alto índice de 
perda entre a lavoura e a compra pelo consumidor final, que gira em torno de 14% 
(ABRACEN, 2011). Sendo que, o nível aceitável de perda para esse tipo de produto é de 7% a 
9% (APAS, 2013). 
Para Castro (2004), a perda pode estar relacionada com falhas na fase de produção; 
colheita fora de época; danos mecânicos; embalagem; manuseio e transporte inadequados; 
tempo de exposição prolongado em nível de varejo; hábitos prejudiciais de seleção por parte 
do consumidor; preços desfavoráveis pagos ao produtor e falta de orientação de mercado. 
Moura e Banzato (2003) ressaltam que, em média, 15% da produção nacional de 
alimentos é perdida devido ao uso de embalagens defeituosas ou subdimensionadas. Luengo 
et al. (2003) alertam que no setor hortícola as perdas mais elevadas ocorrem pós-colheita. 
Portanto, melhorar a eficiência do produtor rural no processo de comercialização do 
produto se torna um desafio e tema para a discussão sobre questões como logística, 
paletização e unitização. Técnicas de acondicionamento e embalagens adequadas à cadeia 
hortifruticultor tornam-se imprescindíveis para o desenvolvimento do setor. Parte importante 
no processo de comercialização são os canais de distribuição de frutas e hortaliças, onde 
predominam as centrais de abastecimento, ou CEASAS, e a participação crescente dos 
supermercados (ABRACEN, 2011). 
A embalagem é de grande relevância para a redução perdas de produção nestes 
canais, pois cabe às suas funções básicas: proteção, movimentação, estocagem e transporte 
garantir a produtividade e a qualidade conquistada nas áreas de cultivo (LUENGO; 
FURUYA; SILVA, 1997). Além disso, pode ajudar a reduzir perdas ao diminuir riscos de 
pragas na lavoura e riscos de patogenia pela contaminação dos alimentos e, a preservar a 
produtividade conquistada nas lavouras e a qualidade dos produtos que chegam ao varejo. 
Centro Universitário Tupy – UNISOCIESC 
Joinville, Santa Catarina, Brasil 
ISSN 2237-5163 / v. 03, n. 02: p. 336-352, ano 2013 
DOI: 10.14521/P2237-5163.2013.0004.0007 
 
Recebido 09/08/2012; Aceito 25/09/2013 338 
As caixas de madeira ainda são utilizadas em larga escala no mercado hortícola e 
muito discutidas no ambiente acadêmico e técnico. Alguns documentos e autores discutem 
sobre legislação (BRASIL, 2002a; BRASIL, 2002b; BRASIL, 2002c), sobre estrutura 
(PEREIRA; CALBO, 2000; LIMA, 2005; LUENGO et al., 2003), higienização (NIMF 15, 
2002; FERNANDO et al., 2009), uso e fatores econômicos (LIMA, 2003; MOURA; 
BANZATO, 2003; CASTRO, 2004) principalmente direcionadas as caixas K e M. Porém, 
apesar das caixas de madeira serem consideradas economicamente viáveis para o produtor, 
poucos estudos abordaram outros tipos de caixas de madeira existentes no mercado interno ou 
externo na tentativa de explorar novos aprimoramentos. Portanto, o objetivo do trabalho é 
realizar uma análise comparativa das embalagens de madeira utilizadas no transporte de 
hortifruti. O conteúdo apresentado é um recorte de uma pesquisa de maior abrangência que 
utiliza o suporte teórico e a análise em questão para refletir sobre novas propostas de 
embalagem utilizando a matéria-prima madeira. 
2. Materiais e método 
A pesquisa possui abordagem qualitativa e natureza exploratória, compondo um 
estudo de caso. Segundo Berto e Nakano (1999) o estudo de caso refere-se à análise 
aprofundada de um ou mais objetos ou casos, com o uso de múltiplos instrumentos de coleta 
de dados e interação entre o pesquisador e o objeto de pesquisa. Portanto, a análise do 
problema não faz uso de procedimentos estatísticos, mas tenta compreender o contexto 
através da observação e descrição (SAMPIERI, 2007). 
O objeto de estudo se limitou em analisar três tipos de embalagens de madeira 
utilizadas no transporte de hortícolas: a caixa K, M e X. Sendo que a caixa X refere-se à 
embalagem de madeira de um fabricante sediado em Pinhais, município da região 
metropolitana de Curitiba, no estado do Paraná. As técnicas de coletas empregadas 
envolveram pesquisa documental e bibliográfica, principalmente no que diz respeito às 
informações relacionadas às caixas K e M. Para a caixa X, os dados foram coletadospor meio 
de visita a fábrica, observação indireta, registro fotográfico e entrevista não estruturada com o 
responsável pelo processo de fabricação. 
O estudo adotou a ferramenta denominada de Análise Paramétrica como base para 
compor uma análise comparativa das embalagens selecionadas. A escolha por este tipo de 
Centro Universitário Tupy – UNISOCIESC 
Joinville, Santa Catarina, Brasil 
ISSN 2237-5163 / v. 03, n. 02: p. 336-352, ano 2013 
DOI: 10.14521/P2237-5163.2013.0004.0007 
 
Recebido 09/08/2012; Aceito 25/09/2013 339 
análise se deu devido esta ser comum na área de desenvolvimento de novos produtos, além 
das vantagens expressas na praticidade de aplicação da ferramenta, na orientação para a coleta 
dos dados e na facilidade de interpretação dos resultados. Alguns autores aplicaram essa 
técnica como referência para a análise de embalagens, utilizando abordagens quantitativas 
(MENEZES; SILVA, 2012; BARBOSA; OLIVEIRA, 2011) e, abordagem qualitativa 
(MIRANDA, 2008). 
Segundo Baxter (2008), este tipo de análise serve para comparar produtos em 
desenvolvimento com produtos já existentes ou entre produtos concorrentes. Para isso, 
utilizam-se variáveis conhecidas por parâmetros comparativos. 
Neste caso, a composição dos parâmetros para a análise considerou as exigências 
acerca dos aspectos funcionais descritos em documentos legais publicados por órgãos 
governamentais, tais como: leis, decretos e portarias, entre outros. Incluindo também, aqueles 
documentos estabelecidos por instituições que normatizam o setor de embalagem para o 
agronegócio. 
Compreende-se que as características desejáveis da funcionalidade de um produto, 
neste caso a embalagem de madeira para transporte de hortícolas, estão relacionadas à 
qualidade técnica da mesma, ou seja, a sua performance. Sendo que as funções de usabilidade 
e adequação dos produtos ao usuário estão relacionados à qualidade ergonômica. Dentro deste 
contexto e para uma melhor organização da pesquisa, os parâmetros envolveram três 
dimensões considerando os atributos funcionais de uma embalagem descritos por Moura e 
Banzato (2003): a contenção, a proteção e a comunicação. A primeira dimensão envolve a 
habilidade da embalagem de conter as unidades de tomates nela acondicionadas. Essa função 
tem relação direta nos custos envolvidos do material embalado e do feitio da embalagem. 
São atributos para qualquer embalagem: contenção, a proteção e a comunicação. A 
proteção permite que a embalagem proteja os frutos dos riscos impostos pela manipulação, 
movimentação, estocagem, transporte e condições atmosféricas. A proteção pode ser 
mecânica (choque, vibração, aceleração, compressão) ou físico-química (oxidação, 
temperatura, umidade). Por fim, a comunicação deve informar, transmitir mensagens, 
definindo forma, dimensão, cores e símbolos (INMETRO, 2013). 
Centro Universitário Tupy – UNISOCIESC 
Joinville, Santa Catarina, Brasil 
ISSN 2237-5163 / v. 03, n. 02: p. 336-352, ano 2013 
DOI: 10.14521/P2237-5163.2013.0004.0007 
 
Recebido 09/08/2012; Aceito 25/09/2013 340 
A análise contemplou tanto parâmetros quantitativos quanto qualitativos e de 
classificação. Os parâmetros de natureza quantitativa envolveram os fatores que podem ser 
expressos numericamente, entre eles, aqueles relacionados às dimensões do produto, como o 
volume e o peso (CASTRO, 2004). 
Os parâmetros qualitativos das caixas para tomates seguiram características físicas 
que não apresentavam uma medida absoluta e, que permitem garantir a integridade do produto 
após a colheita, tais como: resistência ao manuseio no carregamento e no descarregamento; a 
compressão do peso de outras caixas sobrepostas; o impacto e a vibração durante a unitização 
e transporte; e a resistência à umidade por intempéries e estocagem em câmaras frigoríficas 
são características exigidas para garantir a integridade dos frutos. Na sequência, os dados 
coletados foram analisados, organizados e interpretados na forma de texto. Para Roesch 
(2007), esta é uma maneira comum de trabalhar as informações obtidas no método qualitativo. 
3. Resultados e discussão 
A seguir serão apresentados os resultados conforme legislação, bem como resultados 
de cada caixa pesquisada. 
3.1 Legislação 
As embalagens direcionadas para a cadeia produtiva de hortífruticolas devem seguir 
uma série de exigências legais que estão dispostas a seguir para uma melhor compreensão do 
assunto. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) dispõem, na Instrução 
Normativa Conjunta nº 9, de 12 de novembro de 2002, sobre a normatização das embalagens 
de hortifrutícolas. Sendo que as leis referentes à classificação de produtos vegetais que estão 
em vigor desde 2000 nas regiões Sul e Sudeste do Brasil, são: Lei nº 9.972, de 25 de maio de 
2000, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), que trata da 
classificação e da padronização dos produtos vegetais. 
A Instrução Normativa Conjunta SARC/ANVISA/INMETRO n° 009/2002, 
regulamenta as embalagens destinadas ao "acondicionamento, manuseio e comercialização 
dos produtos hortícolas in natura em embalagens próprias para a comercialização, visando à 
proteção, conservação e integridade dos mesmos". Estabelece também, que as embalagens de 
produtos devem ter medidas paletizáveis, ser higienizáveis ou descartáveis e rotuladas. 
Centro Universitário Tupy – UNISOCIESC 
Joinville, Santa Catarina, Brasil 
ISSN 2237-5163 / v. 03, n. 02: p. 336-352, ano 2013 
DOI: 10.14521/P2237-5163.2013.0004.0007 
 
Recebido 09/08/2012; Aceito 25/09/2013 341 
A Instrução Normativa nº 009/2002 leva em consideração a "necessidade de 
assegurar a verificação das informações a respeito da classificação dos produtos hortícolas, 
além da necessidade de assegurar a obrigatoriedade da indicação qualitativa e quantitativa, 
líquido". Como se trata de uma Instrução Normativa Conjunta significa que há competências 
fiscalizadoras diferenciadas entre as instituições para garantir a correta utilização da 
embalagem durante sua cadeia produtiva. Cabe ao Ministério da Agricultura, Pecuária e 
Abastecimento (MAPA), por meio de seu órgão técnico, a verificação da correta classificação 
dos produtos presentes no rótulo. Para o MAPA as embalagens devem conter em seus rótulos 
a seguinte classificação para os produtos hortícolas: grupo/subgrupo; classe e categoria. Todas 
essas informações devem ser acompanhadas com os dados do produtor. 
Ao Ministério da Saúde cabe à fiscalização garantir o cumprimento das normas 
fitossanitárias e, ao Instituto Nacional de Metrologia, Normatização e Qualidade Industrial 
(INMETRO, 2013) garantir que as informações quantitativas da embalagem estão corretas. 
Toda essa regulamentação vem de encontro às exigências já contidas na Lei nº 8.078, 
de 11 de setembro de 1990, em seu art. 31, em que a oferta e apresentação de produtos ou 
serviços devem assegurar informações gerais sobre a origem e aquelas necessárias a qualidade 
do produto, bem como dados sobre os riscos que apresentam à saúde e à segurança dos 
consumidores (BRASIL, 1990). 
Nas normas de comercialização internacionais – Norma Internacional de Medidas 
Fitossanitárias – (art. 9º - NIMF 15) definem que a madeira utilizada na produção das caixas 
deveria receber tratamento de secagem a 56ºC, durante 30 minutos para reduzir sua umidade 
relativa para 20%. 
Segundo a Instrução Normativa Conjunta SARC/ANVISA/INMETRO nº 009, de 12 
de novembro de 2002, devem ser devidamente embaladas e rotuladas. Essa medida visa à 
integridade de todo o processo produtivo e a segurança de que o consumidor recebe produtos 
saudáveis. Dentre as informações exigidas na rotulagem, informações de como armazenar o 
produto promovem a agilidade e correta armazenagem. A referida Instrução Normativa 
Conjunta, definiu as informações exigidas para as embalagens hortícolas. 
 
 
Centro Universitário Tupy – UNISOCIESC 
Joinville, SantaCatarina, Brasil 
ISSN 2237-5163 / v. 03, n. 02: p. 336-352, ano 2013 
DOI: 10.14521/P2237-5163.2013.0004.0007 
 
Recebido 09/08/2012; Aceito 25/09/2013 342 
3.2 Caixas de Madeira K e M 
No Brasil o uso de caixas de madeira K e M como embalagens pelos 
hortifruticultores foi amplamente difundido por meio da Portaria no 127, de 14 de outubro de 
1991. O documento definiu a utilização do Modelo K para tomates e Modelo M para citros, 
adotando-as por convenção e normalizando-as como tamanho padrão. Na época a 
regulamentação reforçou junto aos produtores a definição dessas embalagens como 
apropriadas para o escoamento e comercialização da produção. 
Figura 1 – Embalagens tradicionais em madeira utilizadas pelos produtores 
 
 
Fonte: ATOLINE (2003) 
As caixas de madeira K e M utilizam madeira rústica, o que torna as paredes 
abrasivas às frutas e às hortaliças. Em geral, são obtidas de cortes de madeira diferentes, 
dependendo do processo utilizado, que pode ser: serrada, faqueada, multisserrada e laminada. 
Gritzenco (2006) cita que, na maioria dos casos, as caixas utilizadas pelo mercado hortícola 
nacional utilizam lâminas de madeira obtidas por corte de serra fita, o que causa as 
irregularidades na superfície da madeira. 
A presença de nós nas lâminas de madeira usadas para a fabricação das caixas deve 
ser evitada, pois torna a embalagem menos resistente. Porém, caso a matéria-prima disponível 
apresente essa característica, os diâmetros dos nós não devem ser superiores a um terço da 
largura da lâmina e não devem estar próximas das arestas pregadas ou grampeadas. 
Entre os problemas apresentados está a secagem inadequada da madeira usada na 
fabricação das embalagens. Muitas vezes não é respeitado o tempo de secagem, que 
geralmente é de 45 a 60 dias para que a umidade contida na madeira esteja entre 20 e 30%. O 
Centro Universitário Tupy – UNISOCIESC 
Joinville, Santa Catarina, Brasil 
ISSN 2237-5163 / v. 03, n. 02: p. 336-352, ano 2013 
DOI: 10.14521/P2237-5163.2013.0004.0007 
 
Recebido 09/08/2012; Aceito 25/09/2013 343 
ideal seria que essas embalagens utilizassem madeiras tratadas, que possuem umidade relativa 
de 12% e não estão sujeitos a ataques biológicos (MOURA; BANZATO, 2003). 
As caixas K e M apresentam agressões aos produtos agrícolas acondicionados, não 
são paletizáveis e apresentam sérios riscos patogênicos. Por isso, não são embalagens 
retornáveis. Ao contrário das embalagens plásticas e de papelão ondulado, que são opções 
apontadas como alternativa para o envase de produtos hortícolas e que estão dentro das 
normas da ANVISA (2013). Entretanto, esses dois últimos apresentam custos mais elevados e 
fogem da semântica de embalagem conhecida pelo produtor, que vê a caixa de madeira como 
sinônimo de embalagem para seus produtos. 
A denominação do modelo K teve origem na palavra inglesa Kerosene, pois a caixa 
foi utilizada para o transporte de querosene em latas de 20 litros, produto muito utilizado da 
década de 20 até a II Guerra Mundial para a iluminação pública e casas. Com a mudança da 
negociação de querosene para venda a granel houve uma grande demanda de caixas vazias, as 
quais foram reutilizadas para o transporte de produtos agrícolas. Por convenção, as caixas K 
continuaram a ser fabricadas com as mesmas dimensões especificadas para as latas de 
querosene: 495 mm x 230 mm x 355 mm (PROHORT, 2013). 
Estudos realizados por Soares et al., citado por Luengo, et al. (2003, p.704) mediram 
injúrias mecânicas em tomates acondicionados em caixa K e relataram que houve aumento de 
47% nas marcas de abrasões nos frutos que tiveram contato direto com a superfície áspera das 
ripas de madeira da caixa. Moura e Banzato (2003) avaliaram a percentagem de danos 
mecânicos causados a frutos de tomate embalados em caixa K; e verificaram que atingiram 
11% dos frutos contidos nas 100 caixas. Esses danos ocorreram principalmente durante o 
fechamento das caixas, enquanto os frutos são comprimidos e feridos pelo contato com as 
frestas nas laterais da embalagem. 
As caixas utilizadas para o transporte de tomates seguem o padrão de carga adotado 
pelos atacadistas e podem ser adaptadas ao pedido do produtor. Esse padrão foi baseado na 
capacidade das caixas K, que comportam 23kg de frutos. As caixas de tomate de madeira 
carregadas com tomate chegam a pesar em média 23kg o que fica dentro dos padrões 
estipulados para as mulheres de 21 a 40 anos. Não se tornando apropriada para mulheres que 
estejam acima desta faixa etária. 
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Joinville, Santa Catarina, Brasil 
ISSN 2237-5163 / v. 03, n. 02: p. 336-352, ano 2013 
DOI: 10.14521/P2237-5163.2013.0004.0007 
 
Recebido 09/08/2012; Aceito 25/09/2013 344 
As caixas K não são paletizáveis, são altas e estreitas, o que aumenta a perda pela 
carga promovida sobre os produtos acondicionados nas camadas inferiores da embalagem. 
Essas embalagens possuem base estrutural frágil não suportando a compressão por 
empilhamento de outras caixas. O uso de caixas não paletizáveis, ou seja, aquelas que não 
possuem medidas que as permitam ser utilizadas em paletes convencionais de 1 metro x 1,20 
metros. Portanto, os modelos K e M podem comprometer a integridade física do produto 
durante o transporte. 
Além disso, os produtores não dispõem de paletes padronizados. Não tem medidas 
especificadas pelas normas, possuem intervalos irregulares entre o madeiramento dos 
estrados, acondicionam incorretamente as embalagens abertas em lugares sujeitos a umidade e 
amassamento; montam e movem a caixa incorretamente. As embalagens de madeira K e M O 
volume paralelepipedal é o mais utilizado pela sua fácil movimentação e unitização. Essa 
característica foi padronizada pelas dimensões adotadas pela Modularization, Unitization and 
Mechanization – MUM (CASTRO, 2004). 
As caixas K não são higienizadas, usam madeira áspera, muitas vezes com nós e 
utilizam pregos em sua confecção. Estes fatores podem prejudicar os produtos por danos 
mecânicos, ou seja, podem causar corte, abrasão e compressão. Após três ou quatro anos de 
uso as caixas podem acumular até 100 pregos (CASTRO, 2004). 
De acordo com o trabalho de Topel, citado por Luengo, et al. (2003, p. 704) “a caixa 
K resiste em média cinco utilizações, dependendo dos cuidados no manuseio e do tipo de 
madeira”. Porém, esse conceito de reutilização da caixa de madeira não é mais válido segundo 
as normas da ANVISA estabelecidas pela Portaria nº 62, de 21 de maio de 2003. 
As características assimiladas proporcionam uma noção do que a embalagem K 
compromete a integridade dos frutos transportados. Seu formato estreito e alto permite a caixa 
o maior acondicionamento dos frutos, porém compromete a integridade de todo o volume 
devido às injúrias causadas aos frutos citados no estudo de (PEREIRA; CALBO, 2000; 
CASTRO, 2004; LUENGO, et al., 2003). 
Segundo Moura e Banzato (2003) a madeira é capaz de suportar cargas de 
empilhamento continuamente por um ano, sendo necessários dois terços da carga total 
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Recebido 09/08/2012; Aceito 25/09/2013 345 
empilhada para causar sua ruptura pelo método padrão de ensaio de resistência, no qual 
levaria apenas alguns minutos para o rompimento. 
Em 2002, a caixa K correspondia por 27% das embalagens de produtos que 
chegavam ao CEAGESP e as caixas M correspondiam a 21% do total de embalagens 
transportadas nesse entreposto (CEAGESP, 2013). Um ano depois Andreuccetti (2003) 
verificou no mesmo local e dentro de uma amostra representativa de 70%, que todos os 
comerciantes utilizavam as caixas K para transporte de tomate. 
Luengo et al. (2003), ao estudarem o preço da embalagem K em comparação a caixa 
de plástico da EMBRAPA, verificaram que a segunda opçãose torna mais atraente no longo 
prazo. Visto que a durabilidade da caixa de plástico é de 5 anos calcula-se uma redução de 
10,14% no custo de produção e 5,92% no preço do atacado. 
O modelo M é utilizado por convenção e usado para envase de produtos cítricos há 
mais de 30 anos (LIMA, 2003). As dimensões para a caixa M, 54 cm x 29 cm x 29 cm 
permitem que essa embalagem possua maior capacidade de carga que a caixa K, em média 27 
Kg. As lâminas utilizadas nas caixas M são feitas de cortes de madeiras com superfícies 
irregulares como as utilizadas pela caixa K e, portanto, também são abrasivas e retêm 
umidade. 
A questão das perdas pós-colheita vista de forma sistêmica permite diagnosticar 
várias alterações no tomate: mecânicas, fisiológicas e patológicas, desde o processo de 
colheita até sua compra pelo consumidor final; ou seja, os tomates estão sujeitos a danos 
durante as etapas de colheita, seleção, transporte e distribuidores. 
São muitas as características da caixa K que causam perdas de produtividade do 
tomate na etapa de pós-colheita. O tomate é muito suscetível a perdas por injúrias mecânicas 
devido ao seu tamanho, forma, alto teor de água e manuseio constante durante a 
comercialização, como por exemplo, a manipulação (apalpação) que o consumidor faz do 
produto para analisar o turgor do fruto. 
A embalagem de madeira do tipo K é produzida de forma rústica, e com formato 
pouco favorável ao transporte adequado do produto, com fechamento impróprio e de pouca 
proteção para o conteúdo, principalmente para os frutos próximos às paredes da embalagem, o 
que causam perdas por impacto, compressão e corte. 
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O Gráfico 1 apresenta os tipos de caixas e sua utilização. 
Gráfico 1 – Embalagens 
 
Fonte: Os autores (2011) 
3.3 Caixa X 
Para se produzir as embalagens de tomate analisadas (X) são necessárias duas 
máquinas: uma para a fixação dos grampos aos quadros de esforços, que formam a estrutura 
da caixa (Figura 2A); e outra máquina que permite a fabricação de fundos com reforços 
(Figura 2B). As lâminas de madeira são compradas de empresas terceirizadas seguindo as 
especificações de corte fornecidas pelo fabricante. A produção é semiautomática e são 
necessários apenas dois operadores. A capacidade de montagem por operador é de 
aproximadamente 300 caixas por hora. 
Figura 2 – Máquinas utilizadas para a produção de caixas 
 
Fonte: Imagens cedidas. FN EMBALAGENS (2005) 
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A caixa observada possui como dimensões externas as seguintes medidas: 50cm de 
comprimento; 30cm de largura; e 28cm de altura; e capacidade de carga para 20kg. Assim 
embalagem de madeira analisada está dentro das medidas propostas pela MUM (CASTRO, 
2004). 
A embalagem X, segundo Lima (2005) e Moura e Banzato (2003) possui medidas 
paletizáveis para o padrão utilizado no país: Palete PBR de 1,00 m x 1,20m. A 
compatibilidade da embalagem analisada com os sistemas de países de mais avançados na 
aplicação de logística= 50cm comprimento, 30cm de largura, 23cm de altura (CASTRO, 
2004). 
A embalagem é feita em madeira de pinus, cortadas em lâminas de 4mm de 
espessura e hastes de apoio com 28cm de altura; e grampos de arame de 1,2mm de diâmetro e 
espessura de grampeamento entre 1 a 8mm (Figura 3). As hastes de pinus formam a estrutura 
vertical, e atuam como bases de fixação para a formação do quadro da caixa. As lâminas são 
fixadas às hastes com intervalos de 20mm para permitir a circulação do CO2 liberados pelos 
frutos. Essas aplicações de uso também são utilizadas para confecção da tampa da caixa. 
As embalagens produzidas em madeira permitem que sejam paletizadas e unitizadas, 
sendo que no final da cadeia produtiva, podem ser recicladas ou incineradas, segundo as 
normas da ANVISA. A fixação das lâminas de madeira na embalagem analisada é feita com 
grampos dispostos longe das áreas de pega tornando-a segura para o manuseio e para a 
conservação do produto. A tampa utilizada para a caixa de tomate analisada permite a 
liberação de gás carbônico (CO2) pelos frutos e não provoca a compressão dos frutos. Além 
disso, a embalagem é reciclável. 
As caixas de tomate avaliadas obedecem às medidas indicadas para a paletização 
exigidas pela norma conjunta que regulariza o uso de embalagens hortícolas. Porém, existem 
distinções claras referentes à natureza da matéria-prima utilizada na confecção, o que reflete 
na forma de uso dessas embalagens e dimensionamento de peso para unitização e transporte. 
No caso do tomate, em especial, a operação de colher embalar ou acondicionar, 
manipular o recipiente que o recebe já o expõem a condições físicas severas, mas a 
distribuição física é onde ocorre a maior porcentagem das perdas. Para frutos senescentes 
como o tomate, o tempo gasto com transporte e a forma de manuseio interferem nas 
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condições de consumo do produto de forma mais representativa dada as suas propriedades 
físicas. Portanto, o envasamento do tomate deve seguir alguns cuidados básicos, tais como: 
utilizar caixas de papelão ou madeira que possuam proteções para a produção chegar intacta 
ao distribuidor. No caso das caixas com tampas que protejam os frutos da compressão. 
O peso bruto das caixas, ou seja, o peso da embalagem somado aos frutos nela 
acondicionados, não deve exceder a 30kg. No caso dos trabalhadores é de 15kg, levando as 
variações de sexo e idade. 
Figura 3 – Grampos de fixação da caixa X e o quadro de esforços para pega e manuseio da caixa 
 
Fonte: Os autores (2010) 
A capacidade de empilhamento da caixa X é de 15 caixas, a altura de 420cm, o peso 
bruto conferido no rótulo é de 20 kg e a compressão por empilhamento de 280 kg. 
A seguir (Quadro 1) apresentaremos uma análise paramétrica referente sobre cada 
caixa mencionada no artigo. 
Quadro 1 – Análise paramétrica 
Parâmetro Variável Produto concorrente Características 
Caixa K Peso, dimensões, 
capacidade. 
Caixa de papelão 
ondulado; Embrapa. 
Madeira com corte 
irregular, abrasiva e 
retêm a umidade. 
Caixa M Peso, dimensões, 
capacidade. 
Caixa de papelão 
ondulado; Embrapa. 
Madeira com corte 
irregular, abrasiva e 
retêm a umidade. 
Caixa X Material (tipo de 
madeira), paletização. 
Caixa de papelão 
ondulado; Embrapa. 
Medidas paletizáveis e 
unitizadas, recicláveis; 
madeira pinus lixada. 
Fonte: Os autores (2010) 
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4. Considerações Finais 
A cadeia produtiva do tomate apresenta alto índice de desperdício por utilização de 
embalagens, transporte e unitização inadequadas, fatores que podem onerar o custo do 
produto. Os produtores conceituam a embalagem como custo adicional de produção e não 
como investimento em produtividade e aprimoramento comercial. De acordo com os estudos 
apresentados no desenvolvimento desse trabalho, quase 90% dos produtores de tomates ainda 
utilizam embalagens de madeira para transporte. Esta prática ocorre devido à matéria-prima 
possuir um baixo custo para o mercado nacional, apresentar uma semântica de produto muito 
forte junto à cadeia produtiva e boa resistência material. 
As perdas nas caixas de tomate ocorrempelos danos físicos e biológicos. Os danos 
físicos são provocados injúrias mecânicas decorrentes da abrasão dos frutos com as paredes 
das caixas de madeira e pela compressão entre os frutos acondicionados. Enquanto os danos 
biológicos ocorrem por fungos e bactérias presentes na própria embalagem ou por ferimento 
do produto nela acondicionado e falta de circulação de gás CO2 nas embalagens. Outros 
fatores podem ser relacionados tais como: o transporte impróprio, falta de unitização e 
paletização e o armazenamento precário; além da falta de classificação no corpo de 
embalagem para informar o distribuidor e o consumidor. 
A maior parte desses desperdícios pode ser evitada com embalagens adequadas para 
os produtos e com custos tangíveis ao pequeno produtor. A embalagem em madeira X oferece 
uma solução satisfatória para o envase, transporte e armazenamento dos frutos. A resistência 
de uso de embalagens mais adequadas do que os modelos tradicionalmente utilizados 
comprometem a produtividade. Dessa forma ao aprimorar a caixa de madeira pode atenuar a 
tendência de buscar novas formas de embalar os produtos hortícolas e introduzir novos 
conceitos de embalagem, cadeia produtiva e logística para produtores; explanados em valores 
econômicos rentáveis. 
A maioria das embalagens de tomates utilizada no mercado nacional adota a 
capacidade de carga das caixas K e M. A altura dessas caixas aumenta sua capacidade de 
carga, torna a embalagem mais pesada, alcançando 23kg em média, o que aumenta a 
compressão entre os frutos. O peso bruto excessivo reduz a produtividade do manuseio para o 
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transporte, carga e descarga. Além disso, os modelos K e M, dificultam o transporte e a 
unitização. 
A caixa de madeira X analisada está em conformidade com a norma conjunta que 
regulariza o mercado, seu uso não é proibido, porém apresenta algumas limitações. A 
embalagem de madeira não impede o movimento tangencial entre os frutos e a compressão da 
própria carga pela sobreposição dos frutos dentro embalagem. A madeira apresenta 
abrasividade aos frutos durante o transporte e compressão e pode apresentar acúmulo de 
umidade. Portanto, deve receber tratamento adequado para reduzir sua umidade e apresentar 
menos rugosidade na superfície das lâminas. 
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