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REAÇÕES CELULARES ÀS AGRESSÕES Sofia Novaes – T65 ● Adaptação, lesão e morte celular Célula normal (homeostasia) → estímulo patológico → adaptação ou lesão (a adaptação pode se transformar em lesão pois a célula perde a capacidade de adaptação) LESÃO CELULAR ↙ ↘ Estímulo nocivo de baixa intensidade estímulo nocivo de alta intensidade e/ou tempo (agressão subletal) e/ou tempo (agressão letal) ↙ ↘ REVERSÍVEL – degeneração IRREVERSÍVEL – morte celular ● Estímulo patológico: mudanças ambientais fora do limite aceitável de normalidade - estresse fisiológico excessivo - fatores levam a mudança no ambiente celular: agentes físicos, agentes químicos, agentes biológicos, demanda de oxigênio, nutricionais, imunológicos, endócrinos, genéticos - o estímulo, para que seja fisiológico ou patológico, depende da intensidade, duração, do tipo e condição celular e do indivíduo. ● Processos adaptativos → alterações do crescimento celular + HIPERPLASIA: aumento do número de células de um tecido -reação a um estímulo -processo reversível -peculiar de células lábeis (proliferação constante) e células estáveis (se prolifera na necessidade) -condições necessárias: fluxo sanguíneo; inervação, integridade morfológica e funcional celular; adequação do estímulo -causas: aumento das exigências funcionais hormonais, papilomavírus, trauma -fisiológica (ex musculo do útero na gravidez) ou patológica (ex infecções e inflamações) *queratina absorve água (saliva) e forma placas brancas; aumenta o espaçamento, ou seja, se distancia dos vasos, aumentando o aspecto esbranquiçado -acantose: hiperplasia da camada espinhosa -hiperqueratose: hiperplasia da camada de queratina -hiperplasia fibrosa inflamatória: o epitélio volta ao normal, mas a queratina não (deve ser remodelada) + HIPERTROFIA: aumento do volume das células -processo reversível -causa: maior exigência ou maior estimulação hormonal -ocorre em células permanentes -Condições necessárias: fluxo sanguíneo; integridade morfológica e funcional celular; adequação do estímulo -pode ser fisiológica (ex músculo de atletas) ou patológia (ex hipertensão) + HIPOTROFIA: diminuição do tamanho e função das células -processo reversível -causas: desuso, inervação (ex diabetes compromete a inervação periférica), falta de nutrientes, isquemia (diminuição do fluxo sanguíneo), envelhecimento -fisiológica ou patológica -local ou generalizada + ATROFIA: diminuição do número de células -diminui a renovação celular e/ou aumenta a destruição -irreversível dependendo do tecido (ex cerebral) -atrofia fica vermelha OBS: hipoplasia e hipotrofia são termos diferentes! Hipoplasia é um termo utilizado para tecido ou orgão com desenvolvimento ou cresimento incompleto, não alcançando tamanhos/formas normais (pode ou não afetar a função) → alteração na diferenciação celular + METAPLASIA: substituição de um tipo celular diferenciado (maduro) por outro igualmente diferenciado - ex refluxo (ácido do estomago no esôfago) -tecido característico da área é substituído por um mais adaptável e resistente -resposta a uma agressão persistente -reversivel, mas pode desenvolver lesão potencialmente maligna → acúmulos intracelulares (degeneração) *causas do acúmulo - a taxa de metabolismo é inadequada para removê-la (ex: esteatose hepática) - defeitos genéticos ou adquiridos no metabolismo, acondicionamento, transporte ou secreção dessas substâncias - a célula não tem maquinaria enzimática para degradá-la (ex: antracose) .permanente ou transitório .inofensivo ou tóxico .citoplasma ou núcleo - Acumulo de lipídios +TRIGLICERÍDIOS (ESTEATOSE) - principalmente no fígado, mas pode atingir coração, músculo esquelético e rim - causas: toxinas (álcool), obesidade, diabetes tipo 2, desnutrição proteica - reversível, mas pode evoluir para um cirrose (irreversível) *adicionar esquema do metabolismo lipídico* - alcoolismo: alto consumo de NAD+ (usado para metabolizar o álcool), inibe o ciclo de Krebs, acumula acetil CoA, que é desviado para a síntese de acido graxo (muito acido no fígado), causando esteatose -desnutrição calórica: não há alimento, o corpo tira ácido graxo do tecido adiposo em excesso -desnutrição proteica: não há apoproteina · Na esteatose hepática, o fígado fica aumentado, amarelo e mole +COLESTEROL -aterosclerose (placa de ateroma) -xantoma: acumulo de colesterol em macrófagos -processo inflamatório e necrose *lesões fundamentais: alterações estruturais no tecido – mancha, placa, nódulo, tumor, pápula, pústula, bolha, vesícula, úlcera. Lesão e morte celular → Etiologia - hipóxia/anóxia, isquemia, desequilíbrios nutricionais, agentes físicos, alterações genéticas, agentes químicos e drogas, reações imunológicas, agentes infecciosos. tipo de agente intensidade DANO---------- duração tipo de célula variações genéticas MIÓCITO NORMAL ↙ ↘ adaptação: resposta ao aumento da demanda lesão celular ↙ ↘ miócito adaptado: hipertrofia alteração reversível → alteração irreversível (morte) · Agente nocivo → alterações bioquímicas → alterações morfológicas. * Alvos celulares .respiração celular, membrana celular, síntese proteica, citoesqueleto, material genético (componentes e funções essenciais da célula .cada agente agressor começa em um lugar → Isquemia e hipóxia - ATP: síntese, degradação, transporte nas membranas - produção: 1- respiração aeróbica (fosforilação oxidativa); 2- glicólise anaeróbica - ↓ aporte sanguíneo ↓ fosforilação oxidativa = ↓ ATP - bomba de sódio e potássio: não tem muito sódio dentro da célula; quando ele entra leva água junto. Se não tiver ATP, vai entrar muito sódio, a célula incha (perda da homeostase iônica e hídrica), o que resulta na degeneração hidrópica. É reversível, precisa tirar a agressão. - ↓ ATP: *redução da atividade da bomba sódio: tumefração celular e dilatação do RER *desprendimento dos ribossomos do RER: redução da síntese proteica *alteração do metabolismo energético: sem O2 ela faz glicólise (acúmulo de ácido lático) e agregação da cromatina. SE CONTINUAR... *dispersão do citoesqueleto: perdas das microvilosidades e formação de bolhas na superfície celular *figuras de mielina intra e extracelulares (oriundas da dissociação das lipoproteínas da membrana *tumefração das mitocôndrias *até esse ponto, o processo é reversível SE CONTINUAR... *tumefração intensa das mitocôndrias *lesão extensa da membrana plasmática (perdas de proteínas, enzimas, coenzimasRNA, metabólitos do ATP, influxo maciço de cálcio – envenenamento permanente de mitocôndrias, desnaturação de proteínas, alteração de algumas enzimas, inativação de outras) *lesão das membranas lisossômicas: digestão enzimática *proteases danificam o citoesqueleto: estiramento e ruptura *intensas alterações nucleares *fragmentação da membrana plasmática. = Ponto de não retorno - membrana prejudicada a ponto de perder a permeabilidade seletiva - respiração celular (mitocôndria): essencial para todas as atividades celulares → Alterações celulares irreversíveis MORTE CELULAR ↙ ↘ sempre patológico fisiológica ou patológica ↙ ↘ necrose apoptose ↓ ↓ Induz processo inflamatório não induz processo inflamatório .grupo de células .células isoladas/poucas = Necrose: lesão celular → digestão enzimática → vai pra MEC = Apoptose: se fragmenta → é fagocitado por macrófagos (por isso não tem inflamação) → Apoptose - eliminação de células indesejáveis pela ativação de uma série de eventos coordenados e programados, executados por um conjunto de produtos gênicos exclusivos – morte celular programada - fisiológica (embriogenese, envelhecimento...) ou patológica (morte de células imunes autorreativas, obstrução ductal, câncer...) - caspases: famílias de proteases que desencadeiam e executam a apoptose; clivagem de proteínas citoesqueléticas e na matriz nuclear; ativa endonucleases. → Necrose . sempre patológica . desencadeia processo inflamatório, pois culmina no rompimento da membrana, induzindo a inflamação . conjunto de alterações morfológicas que sucedem a morte celular em um organismo vivo relutantes da ação degradativa de enzimas e desnaturação proteica Nerose ↓ ↓ desnaturação proteica digestão enzimática → autólise: dissolução pelas enzimas da própria célula → heterólise: “ “ “ oriundas de células inflamatórias → necrose por coagulação - desnaturação ou coagulação das proteínas celulares com inativação das enzimas autolíticas (mais desnaturação que digestão) - geralmente decorrente de isquemia tecidual - tecidos pobres em lisossomos (ex: miocárdio, fígado, rim, baço) - tecido necrótico é firme -aspetos microscópicos - alterações nucleares: .picnose (núcleo de cromatina condensada, volume reduzido e hipercromático .cariorrexe: fragmentação nuclear .cariólise: dissolução da cromatina e perda da coloração do núcleo, o qual desaparece - alterações citoplasmáticas: aspecto granulado, homogêneo vítreo ou vacuolado, eosinofilia, sombras arquiteturais → necrose por liquefação - mais digestão enzimática que desnaturação - geralmente por infecção bacteriana, as vezes fúngica - isquemia em tecidos com lisossomos abundantes (ex cérebro) - pus - dentes com cárie (abcesso) - aspecto microscópico: coleção de neutrófilos (fagocita): quando as enzimas dos neutrófilos extravasam por algum defeito, digere outras estruturas (ex colágeno) → necrose caseosa - semelhante a queijo - frequentemente observada na tuberculose - aspecto microscópico: massa granular amorfa om perda total de arquitetura → gangrena - necrose por coagulação de um membro por isquemia - causas: obstrução das artérias por trombos sobre placas ateromatosas; congelamento das extremidades por frio; traumatismo - seca x úmida (infectado por bactérias – pode levar a septicemia) - amputação + evolução da necrose - absorção através de células fagocitárias seguida de regeneração ou reparação cicatrizal - drenagem do produto necrótico através de vias excretoras normais ou neoformadas - encapsulamento - calcificações.
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