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AN02FREV001/REV 4.0 
 1 
PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA 
Portal Educação 
 
 
 
 
 
 
CURSO DE 
ENFERMAGEM EM IMUNIZAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aluno: 
 
EaD - Educação a Distância Portal Educação 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO DE 
ENFERMAGEM EM IMUNIZAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
MÓDULO I 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este 
Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição do 
mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido são 
dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas. 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 3 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
MÓDULO I 
1 A HISTÓRIA DA SAÚDE NO BRASIL 
1.1 A POLÍTICA DE SAÚDE BRASILEIRA 
1.2 ESTRUTURA DO SERVIÇO SANITÁRIO 
1.3 A ERA DOS INSTITUTOS 
1.4 O SANEAMENTO DAS CIDADES 
1.5 A REVOLTA DA VACINA 
2 PROGRAMA NACIONAL DE IMUNIZAÇÕES (PNI) 
3 REDE DE FRIO 
4 SISTEMA DE REFRIGERAÇÃO 
4.1 PRINCÍPIOS DA REFRIGERAÇÃO 
4.1.1 Transferência de calor 
4.2 CONTROLE E MONITORAMENTO DA TEMPERATURA 
4.2.1 Termômetro digital de momento, máximo e mínimo 
4.2.2 Termômetro analógico de momento, máxima e mínima 
4.2.3 Termômetro linear 
4.2.4 Termômetro analógico de cabo extensor 
4.2.5 Termômetro a laser 
4.3 SITUAÇÕES EMERGENCIAIS 
5 EQUIPAMENTOS DA REDE DE FRIO 
5.1 CÂMARAS FRIGORÍFICAS 
5.2 FREEZER OU CONGELADORES 
5.3 REFRIGERADORES OU GELADEIRAS 
5.3.1 Geladeira doméstica 
5.3.2 Refrigerador comercial 
5.4 CAIXAS TÉRMICAS 
5.4.1 Bobinas de gelo reutilizável 
5.4.2 Ambientação da bobina de gelo reutilizável 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 4 
5.5 CAMINHÃO FRIGORÍFICO 
5.6 GELADEIRA A GÁS/ELETRICIDADE 
5.7 GELADEIRA COM PAREDES DE GELO REUTILIZÁVEL 
5.8 GELADEIRA À ENERGIA SOLAR 
6 INSTÂNCIAS DE ARMAZENAMENTO 
6.1 NACIONAL 
6.2 ESTADUAL 
6.3 REGIONAL OU DISTRITAL 
6.4 MUNICIPAL 
6.5 LOCAL 
7 TRANSPORTE DE IMUNOBIOLÓGICOS 
8 IMUNOBIOLÓGICOS SOB SUSPEITA 
 
 
MÓDULO II 
9 SALA DE VACINAS 
9.1 SALA DE VACINAÇÃO: ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO 
9.2 EQUIPAMENTOS BÁSICOS DA SALA DE VACINA 
9.3 MATERIAIS UTILIZADOS NA SALA DE VACINA 
9.4 IMPRESSOS E MANUAIS TÉCNICOS E OPERACIONAIS 
9.5 O FUNCIONAMENTO DA SALA DE VACINAÇÃO 
9.6 LIMPEZA DA SALA DE VACINAS 
10 PROCEDIMENTOS PRELIMINARES À ADMINISTRAÇÃO 
10.1 LAVAGEM DAS MÃOS 
10.2 CUIDADOS BÁSICOS COM MATERIAIS DESCARTÁVEIS 
10.3 CUIDADOS BÁSICOS PARA REMOÇÃO E RECONSTITUIÇÃO DE 
SOLUÇÕES 
10.3.1 Remoção de soluções acondicionadas em ampola de vidro 
10.3.2 Remoção de soluções acondicionadas em frasco-ampola com tampa de 
borracha 
10.3.3 Reconstituição de soluções apresentadas sob a forma liofilizada 
11 CUIDADOS BÁSICOS SEGUNDO AS VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DAS 
VACINAS 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 5 
11.1 VIA ORAL 
11.2 VIA INTRADÉRMICA 
11.3 VIA SUBCUTÂNEA (SC) 
11.4 VIA INTRAMUSCULAR (IM) 
11.5 VIA ENDOVENOSA (EV) 
12 REGISTRO DAS ATIVIDADES E ARQUIVOS DA SALA DE VACINAÇÃO 
12.1 IMPRESSOS PADRONIZADOS EM INSTÂNCIA NACIONAL 
12.1.1 Cartão da Criança 
12.1.2 Cartão de Controle 
12.1.3 Cartão do Adulto 
12.1.4 Cartão da Gestante 
12.1.5 Boletim Diário de Vacinação 
12.1.6 Boletim Mensal de Doses Aplicadas de Vacinas 
12.1.7 Inutilização de imunobiológicos 
12.1.8 Movimento Mensal de Imunobiológicos e Insumos 
12.1.9 Mapa para Controle Diário de Temperatura 
12.1.10 Ficha de Investigação dos Eventos Adversos Pós-Vacinação 
 
 
MÓDULO III 
13 FUNDAMENTOS IMUNOLÓGICOS 
13.1 IMUNIDADE CELULAR 
13.2 IMUNIDADE HUMORAL 
13.3 COMPLEXOS DE HISTOCOMPATIBILIDADE 
13.4 ANTÍGENOS T-DEPENDENTES E T-INDEPENDENTES 
13.5 INTEGRAÇÃO DE MECANISMOS DE IMUNIDADES ESPECÍFICA E 
INESPECÍFICA 
14 AGENTES IMUNIZANTES 
14.1 NATUREZA 
14.2 COMPOSIÇÃO 
14.3 FATORES PRÓPRIOS DAS VACINAS 
14.4 ORIGEM DAS VACINAS 
14.5 CONTROLE DE QUALIDADE 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 6 
14.6 CONSERVAÇÃO 
14.7 VIAS DE ADMINISTRAÇÃO 
14.8 PESSOA A SER VACINADA 
14.9 CONTRAINDICAÇÕES 
14.9.1 Gerais 
14.9.2 Falsas contraindicações 
14.10 ADIAMENTO DE VACINAÇÃO 
14.11 ASSOCIAÇÃO DE VACINAS 
14.12 SITUAÇÕES ESPECIAIS 
14.12.1 Surtos ou epidemias 
14.12.2 Vacinação de escolares 
15 CAMPANHA DE VACINAÇÃO 
16 CALENDÁRIO BÁSICO DE VACINAÇÕES DE ROTINA 
16.1 CALENDÁRIO DE VACINAÇÃO PARA CRIANÇAS COM ATÉ SEIS ANOS 
16.2 CALENDÁRIO DE VACINAÇÃO PARA CRIANÇAS MAIORES DE SETE ANOS 
E PARA ADOLESCENTES 
16.3 CALENDÁRIO DE VACINAÇÃO PARA ADULTOS E IDOSOS 
16.4 CALENDÁRIO DE VACINAÇÃO PARA GESTANTE 
17 VACINAS 
17.1 VACINA CONTRA TUBERCULOSE (BCG) 
17.1.1 Apresentação e composição 
17.1.2 Idade de aplicação 
17.1.3 Indicação 
17.1.4 Via de administração 
17.1.5 Eficácia 
17.1.6 Contraindicações 
17.1.7 Conservação e validade 
17.1.8 Observações durante o preparo e a aplicação da vacina BCG 
17.1.9 Eventos adversos 
17.2 VACINA CONTRA HEPATITE B (RECOMBINANTE) 
17.2.1 Apresentação e composição 
17.2.2 Idade de aplicação 
17.2.3 Via de administração 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 7 
17.2.4 Esquemas de aplicação 
17.2.5 Contraindicações 
17.2.6 Conservação e validade 
17.2.7 Observações durante o preparo e a aplicação da vacina hepatite B 
17.2.8 Eventos adversos 
17.3 VACINA ORAL CONTRA POLIOMIELITE (VOP) E VACINA INATIVADA 
POLIOMELITE (VIP) 
17.3.1 Composição e apresentação 
17.3.2 Idade de aplicação 
17.3.3 Via de administração 
17.3.4 Esquema de aplicação 
17.3.5 Contraindicações VOP e VIP 
17.3.6 Conservação e validade 
17.3.6.1 da VOP 
17.3.6.2 VIP 
17.3.7 Eventos adversos 
17.4 VACINA ORAL DE ROTAVÍRUS HUMANO 
17.4.1 Composição e apresentação, idade de aplicação e via de administração 
17.4.2 Esquema de aplicação 
17.4.3 Contraindicações 
17.4.4 Conservação e validade 
17.5 VACINA CONTRA DIFTERIA, TÉTANO, PERTUSSIS, HEPATITE B E 
HAEMOPHILUS INFLUENZAE TIPO B (VACINA PENTAVALENTE – DTP/HB/Hib) 
17.5.1 Apresentação e composição 
17.5.2 Idade de aplicação e via de administração 
17.5.3 Esquema de aplicação 
17.5.4 Contraindicações 
17.5.5 Conservação e validade 
17.5.6 Eventos adversos 
17.6 VACINA CONTRA DIFTERIA, TÉTANO E COQUELUCHE (DTP) 
17.6.1 Apresentação e composição 
17.6.2 Idade de aplicação 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 8 
17.7 VACINA CONTRA DIFTERIA E TÉTANO (VACINA DUPLA BACTERIANA – 
DT/DT) 
17.7.1 Apresentação e composição 
17.7.2 Via de administração 
17.7.3 Esquema de aplicação 
17.7.4 Contraindicações 
17.7.5 Conservação e validade 
17.7.6 Eventos adversos 
17.8 VACINA CONTRA O TÉTANO (TT) 
17.8.1 Apresentação e composição 
17.8.2 Idade de aplicação e via de administração 
17.8.3 Esquema de aplicação 
17.8.4 Contraindicações 
17.8.5 Conservação e validade e eventos adversos 
17.8.6 Cuidados adicionais na profilaxia do tétano 
17.9 VACINA CONTRA SARAMPO, CAXUMBA, RUBÉOLA E VARICELA (VACINA 
TRÍPLICE VIRAL) 
17.9.1 Apresentação e composição 
17.9.2 Idade de aplicação 
17.9.3 Via de administração e esquema de aplicação 
17.9.4 Contraindicações 
17.9.5 Conservação e validade 
17.9.6 Reações adversas 
17.10 VACINA CONTRA SARAMPO, CAXUMBA, RUBÉOLA E VARICELA (VACINA 
TETRA VIRAL) 
17.10.1 Apresentação e composição 
17.10.2 Idade de aplicação, via de administração e esquema de aplicação 
17.10.3 Contraindicações 
17.10.4 Conservação e validade 
17.10.5 Reações adversas 
17.11 VACINA CONTRA FEBRE AMARELA 
17.11.1 Apresentação e composição 
17.11.2 Idade de aplicação 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 9 
17.11.3 Via de administração e esquema de aplicação 
17.11.4 Contraindicações 
17.11.5 Conservação e validade 
17.11.6 Reações adversas 
17.12 VACINA CONTRA A INFLUENZA (GRIPE) 
17.12.1 Apresentação e composição 
17.12.2 Idade de aplicação 
17.12.3 Via de administração e esquema de aplicação 
17.12.4 Contraindicações 
17.12.5 Conservação e validade 
17.12.6 Eventos adversos 
17.13 VACINA CONTRA PNEUMOCOCO17.13.1 Apresentação e composição 
17.13.2 Idade de aplicação 
17.13.3 Via de administração e esquema de aplicação 
17.13.4 Contraindicação 
17.13.5 Conservação e validade 
17.13.6 Eventos adversos 
17.13.1 Vacina pneumocócica 10-valente (conjugada) 
17.13.1.1 Apresentação e composição 
17.13.1.2 indicação, via de administração e esquema de aplicação 
17.13.1.3 Contraindicação 
17.13.1.4 Conservação e validade 
17.13.1.5 Eventos adversos 
17.14 VACINA E SORO CONTRA RAIVA 
17.14.1 Composição e apresentação 
17.14.2 Idade de aplicação e via de administração 
17.14.3 Esquema de aplicação 
17.14.4 Contraindicações 
17.14.5 Conservação e validade 
17.14.6 Eventos adversos 
17.14.7 Profilaxia da raiva humana 
17.14.7.1 Profilaxia pré-exposição 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 10 
17.14.7.2 Profilaxia pós-exposição 
17.14.8 Reexposição 
17.14.8.1 Profilaxia pré-exposição incompleta 
17.14.8.2 Profilaxia pré-exposição completa 
17.14.9.3 Profilaxia pós-exposição completa 
17.15 VACINA CONTRA FEBRE TIFOIDE 
17.15.1 Apresentação e composição 
17.15.2 Idade de aplicação, via de administração e esquema de aplicação 
17.15.3 Indicações 
17.15.4 Contraindicações 
17.15.5 Conservação e validade 
17.15.6 Eventos adversos 
17.16 VACINA MENINGOCÓCICA A+C 
17.16.1 Composição, apresentação, conservação e validade 
17.16.2 Cuidados de administração 
17.16.3 Efeitos colaterais 
17.16.4 Contraindicações e precauções 
17.17 VACINA MENINGOCÓCICA C 
17.17.1 Apresentação e composição 
17.17.2 Indicações 
17.17.3 Conservação e validade 
17.17.4 Idade de aplicação e via de administração 
17.17.5 Contraindicações 
17.18 VACINAÇÃO DE ROTINA DA GESTANTE 
 
 
MÓDULO IV 
18 EVENTOS ADVERSOS PÓS-VACINAÇÃO 
19 EVENTOS ADVERSOS – CONCEITOS GERAIS 
19.1 PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DE NOVAS VACINAS 
19.2 COMPLICAÇÕES OU REAÇÕES NÃO IMUNOLÓGICAS 
19.3 COMPLICAÇÕES OU REAÇÕES IMUNOLÓGICAS 
19.4 MEDIDAS DE PREVENÇÃO DOS EVENTOS ADVERSOS PÓS-VACINAÇÃO 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 11 
19.5 CAUSAS DOS EVENTOS ADVERSOS PÓS-VACINAÇÃO 
19.6 IDENTIFICAÇÃO DOS FATORES RELACIONADOS AOS VACINADOS 
19.7 ASPECTOS RELACIONADOS AOS COMPONENTES DA VACINA 
19.8 ASPECTOS RELACIONADOS À TÉCNICA DE APLICAÇÃO DA VACINA 
19.9 CONDUTAS DIANTE DE UM EVENTO ADVERSO 
20 SISTEMA NACIONAL DE VIGILÂNCIA DOS EVENTOS ADVERSOS PÓS-
VACINAÇÃO 
20.1 NOTIFICAÇÃO DE UM EVENTO ADVERSO PÓS-VACINAÇÃO 
20.2 ENCAMINHAMENTO DA FICHA DE NOTIFICAÇÃO DOS EVENTOS 
ADVERSOS PÓS-VACINAÇÃO 
20.3 IMPORTÂNCIA DO SISTEMA NACIONAL DOS EVENTOS ADVERSOS PÓS-
VACINAÇÃO 
21 MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES DE VACINAÇÃO 
21.1 ACOMPANHAMENTO DAS ATIVIDADES 
21.1.1 Monitoramento 
21.1.2 Supervisão 
21.1.3 Atribuições do supervisor 
21.1.4 Aspectos específicos da supervisão à atividade de vacinação 
21.1.5 Avaliação de resultados e de impacto 
21.1.6 Acompanhamento das coberturas de vacinação 
21.1.6.1 Método administrativo 
21.1.6.1.1 Avaliação da cobertura 
21.1.6.1.2 Acompanhamento da evolução do programa 
21.6.1.1.3 Cálculo da taxa de abandono do programa 
21.6.1.1.4 Avaliação da utilização das vacinas 
21.6.1.1.5 Vantagens do método administrativo 
21.6.1.1.6 Desvantagens do método administrativo 
21.1.6.2 Método estatístico 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 12 
 
 
MÓDULO I 
 
 
1 A HISTÓRIA DA SAÚDE NO BRASIL 
 
 
A forte tendência idealizadora que marcou a composição das primeiras 
imagens do Brasil durou pouco. Os marinheiros conheciam o Brasil e retornavam a 
sua terra natal com a imagem de um “paraíso tropical”, e isso era anunciado para 
todos. Porém, em pouco tempo este quadro se alterou. A partir do século XVII, o 
Brasil começou a ser identificado como o “inferno”, pois os brancos considerados 
colonizadores e os africanos, que eram os escravos, passaram a ter poucas 
chances de sobrevivência. 
Os conflitos com os índios, as dificuldades para viver na região e, sobretudo, 
as frequentes doenças eram os principais problemas para o estabelecimento dos 
colonizadores no Brasil. Havia poucos médicos e cirurgiões no Brasil e estes 
encontravam muitas dificuldades para exercer a sua profissão, devido à falta de 
recursos básicos. O tamanho do território brasileiro e a pobreza da população 
impediam a realização de um tratamento médico adequado. 
Outro ponto importante era que a população tinha receio de ser submetida 
aos tratamentos, que eram basicamente a administração de purgantes e a 
realização de sangrias, pois julgavam que os pacientes ficavam fracos e causavam a 
morte daqueles em estado grave. As recomendações dos médicos só eram aceitas 
pela população quando alguma epidemia já estava instalada na região, como por 
exemplo, a varíola. 
Como não existiam serviços de saúde eficientes, parte da população não 
confiava na assistência prestada pelos médicos. A varíola, chamada de mal das 
bexigas, era uma doença conhecida desde 3000 a.C. pelos povos africanos e do 
Oriente. Provavelmente, chegou ao continente americano com os escravos trazidos 
da África, tornando-se a principal causa de morte nas cidades e vilarejos brasileiros. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 13 
Das cidades, a doença se disseminava pelos sertões, provocando a morte 
de grande número de índios e de escravos que trabalhavam nos engenhos de 
açúcar do Nordeste e na extração de ouro em Minas Gerais. Nas epidemias, os 
médicos e os curandeiros pouco podiam fazer, já que a varíola não era conhecida, 
assim como as demais doenças infectocontagiosas. A única solução possível na 
época era exigir o afastamento dos doentes do ambiente ocupado pelos indivíduos 
sadios, o que, na maioria das vezes, levava os pacientes doentes a morrerem 
sozinhos, nas matas próximas às vilas e povoados. 
 
 
1.1 A POLÍTICA DE SAÚDE BRASILEIRA 
 
 
A vinda da corte portuguesa para o Brasil, em 1808, determinou mudanças na 
administração pública colonial e a saúde também passou por estas mudanças. Para 
um atendimento constante e organizado das questões sanitárias, era necessário criar 
rapidamente centros de formação médica. Assim, por determinação do rei, foram 
fundadas as academias médicas-cirúrgicas do Rio de Janeiro (1813) e da Bahia 
(1815), logo transformadas nas duas primeiras escolas de medicina do Brasil. 
Surgiu também nesta época a Junta de Higiene Pública, que se mostrou 
ineficiente para atender a demanda de saúde da população. Os médicos não sabiam 
o que fazer para evitar as doenças infecciosas que atingiam a população da capital. 
Estas doenças também foram disseminadas para os índios da região amazônica, 
pois os viajantes circulavam por todo o país. 
A primeira hipótese, nem sempre verdadeira, levantada nos debates 
médicos foi a de que os navios vindos de outros países seriam os principais 
causadores das epidemias no Rio de Janeiro, como as de varíola, febre amarela e 
cólera. Em 1828, foi organizada a Inspetoria de Saúde dos Portos e todas as 
embarcações suspeitas de transportarem passageiros doentes passaram a ser 
obrigatoriamente submetidas à quarentena, em uma ilha próxima à baía de 
Guanabara, no Rio de Janeiro. 
Em seguida, a Junta de Higiene Pública voltou os olhos para a própria 
população da corte, exigindo que todos fossem vacinados contra a varíola. Desde o 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 14 
início do século XIX, a cidade já contava com uma vacina para conter o avanço da 
doença, desenvolvida pelo médico inglês Edward Jenner, em 1796. Era produzida 
com o pus retirado de bovinos infectados pelo vírus da varíola. Essa vacina teve 
rápida aceitação no mundo ocidental como a melhor estratégia para impedir a 
ocorrência de epidemias da doença. 
 
 
1.2 ESTRUTURA DO SERVIÇO SANITÁRIO 
 
 
A necessidade urgente de atualizar a economia e a sociedade, escravistas 
até pouco antes, com o mundo capitalista mais avançado favoreceu a redefinição 
dos trabalhadores brasileiros como capital humano. Com isso, amedicina assumiu o 
papel de auxiliar o Estado para assuntos sanitários, comprometendo-se a garantir a 
melhoria da saúde individual e coletiva e, ainda, a defesa do projeto de 
modernização do país. 
A atuação médica, porém, enfrentaria o choque entre as ideias tradicionais, 
que atribuíam as epidemias aos “ares corrompidos”, e as teorias da medicina 
moderna, baseadas nos conceitos da bacteriologia e da fisiologia desenvolvidos na 
Europa e que tinham em Louis Pasteur e Claude Bernard seus principais 
divulgadores. 
Pouco a pouco, entretanto, começou a ganhar forma no Brasil um novo 
campo do conhecimento, voltado para o estudo e a prevenção das doenças e para o 
desenvolvimento de formas de atuação nos surtos epidêmicos. Definiu-se, assim, 
uma área científica chamada de medicina pública, medicina sanitária, higiene ou 
simplesmente saúde pública. 
A saúde pública era complementada por um núcleo de pesquisa das 
enfermidades que atingiam a coletividade – a epidemiologia. A ideia de que a 
população constituía capital humano e a incorporação dos novos conhecimentos 
clínicos e epidemiológicos às práticas de proteção da saúde coletiva levaram os 
governos republicanos, pela primeira vez na história do país, a elaborar minuciosos 
planos de combate às doenças que reduziam a vida produtiva da população. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 15 
Diferentemente dos períodos anteriores, a participação do Estado na área de 
saúde tornou-se global, ou seja, não se limitava apenas às épocas de surto 
epidêmico, mas estendia-se por todo o tempo e a todos os setores da sociedade. A 
contínua intervenção do Estado nas questões relativas à saúde individual e coletiva 
revela a criação de uma “política de saúde”. 
Essa, por sua vez, não pode existir isolada, devendo articular-se com os 
projetos e as diretrizes governamentais voltados para outros setores da sociedade, 
tais como educação, alimentação, habitação, transporte e trabalho. No conjunto, a 
presença e a atuação do Estado nessas áreas recebem o nome de política social. 
 
 
1.3 A ERA DOS INSTITUTOS 
 
 
Para assegurar a eficiência das tarefas dos higienistas e dos fiscais 
sanitários, o governo paulista organizou vários institutos de pesquisas, articulados à 
estrutura do serviço sanitário. No ano 1892, foram criados os laboratórios 
bacteriológicos, de vacinas, de análises clínicas e farmacêuticas. Em seguida foram 
ampliados e transformaram-se, respectivamente, nos institutos Butantã, Biológico e 
Bacteriológico, sendo este último denominado Instituto Adolfo Lutz. 
A contratação de pesquisadores estrangeiros para orientar as atividades 
iniciais dos institutos paulistas permitiu ainda que, em 1903, fosse inaugurado o 
Instituto Pasteur local, com a função de produzir e comercializar produtos de uso 
médico-veterinário. A eficiência dos médicos e dos institutos inspirados pelas novas 
concepções científicas foi rapidamente colocada à prova. 
No ano de 1902, por exemplo, verificou-se um aumento de mortes por febre 
amarela nas cidades paulistas de Santos, Ribeirão Preto e Sorocaba. O médico 
ligado à teoria miasmática afirmava que a doença era causada pela poluição dos 
ares ou pelo vômito dos enfermos e indicava o isolamento dos infectados como 
forma de combate à enfermidade. 
Emílio Ribas, diretor do Serviço Sanitário de São Paulo, e seu auxiliar Adolfo 
Lutz contestaram essa explicação. Baseando-se em informações vindas da França e 
dos EUA, afirmavam que a doença era causada por um micróbio, veiculado pelo 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 16 
mosquito Aedes aegypti quando picava as pessoas. Para confirmar essa hipótese, 
seis pessoas, inclusive Emílio Ribas e Adolfo Lutz, serviram de cobaias, deixando-se 
picar por mosquitos que tinham sido apanhados junto aos doentes de febre amarela. 
Os seis apresentaram sinais da infecção. Ficou, assim, comprovada a teoria 
moderna do agente disseminador da febre amarela. 
No Rio de Janeiro, o principal centro de pesquisas foi o Instituto Soroterápico 
de Manguinhos, em funcionamento desde 1899, com o objetivo inicial de produzir 
soros e vacinas. Seu primeiro diretor foi o clínico Pedro Afonso, que foi sucedido por 
Oswaldo Cruz. Com esse médico, o instituto diversificou suas atividades, 
transformando-se em poucos anos em um dos mais reputados laboratórios do mundo. 
Reunia destacados cientistas nacionais, entre eles Carlos Chagas, Arthur 
Neiva e Rocha Lima. Em 1908, os laboratórios de Manguinhos tornaram-se o 
Instituto Oswaldo Cruz, que permanece até hoje o principal centro médico-
epidemiológico de pesquisas do país. 
 
 
1.4 O SANEAMENTO DAS CIDADES 
 
 
O Rio de Janeiro foi a cidade brasileira com o maior número de ações 
médicas. Por este motivo, durante o período presidencial de Rodrigues Alves (1902-
1906) a então capital da República passou por uma profunda reforma urbanística e 
sanitária, comandada pelo prefeito da cidade, engenheiro Pereira Passos, e por 
Oswaldo Cruz, diretor geral do Departamento Nacional de Saúde Pública. 
Pereira Passos começou por determinar a expulsão de milhares de 
trabalhadores pobres que viviam nos prédios antigos e decadentes do centro da 
cidade, transformados em cortiços. Sob a alegação de que tais construções eram as 
principais responsáveis pela proliferação dos ratos e dos mosquitos transmissores 
da febre amarela e da peste bubônica, as autoridades sanitárias promoveram a 
derrubada desses prédios. Em seu lugar foram construídas amplas avenidas, 
parques e edifícios com a modernidade arquitetônica. 
Em seguida, Oswaldo Cruz iniciou os trabalhos de higienização da capital, 
montando um esquema de fiscalização das ruas e das casas que abrigavam a 
 
 
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 17 
população do centro carioca. Em poucos meses foi criado um corpo de inspetores 
sanitários que tinha a missão de entrar em todas as residências para localizar 
possíveis ninhos de ratos ou ambientes que servissem de viveiro para os mosquitos. 
Como reflexo dessas transformações, diminuíram os óbitos por doenças 
epidêmicas no Rio de Janeiro. As medidas, em maior ou menor escala, foram 
reproduzidas em outras capitais estaduais e nas principais cidades do interior, 
diminuindo em escala nacional os índices de mortalidade e morbidade por doenças 
que vitimaram as populações urbanas por séculos. Porém, as elites econômicas 
foram as que mais se beneficiaram. 
Apesar das promessas de proteger a saúde de todos os grupos sociais, em 
momentos epidêmicos ficava evidente que os cidadãos mais pobres pouco podiam 
contar com a ajuda oficial. Em 1918, quando uma violenta epidemia, a gripe 
espanhola, se abateu sobre o mundo, no Brasil um grande número de políticos e 
médicos fugiu dos centros urbanos, deixando a população trabalhadora entregue à 
própria sorte. Por vezes, o descaso ou a arrogância das autoridades provocaram 
respostas violentas, como a Revolta da Vacina, ocorrida no Rio de Janeiro em 1904. 
 
 
1.5 A REVOLTA DA VACINA 
 
 
A crescente intervenção médica nos espaços urbanos foi recebida com 
desconfiança e medo pela população. A retirada à força da população dos 
ambientes a serem saneados foi constantemente acompanhada pela vigilância 
policial, pois temiam que o povo se revoltasse, agredindo os agentes sanitários. 
Além disso, muitas vezes, a polícia agia com violência sem motivo, reproduzindo as 
formas repressoras comumente empregadas pelo regime oligárquico contra os 
protestos coletivos, como passeata e greves. 
A situação mais tensa no processo de modernização das cidades ocorreu no 
ano de 1904, na cidade do Rio de Janeiro. Desde o início do ano, Oswaldo Cruz 
vinha forçando o Congresso Nacional a aprovar a lei que tornava obrigatória a 
vacinação contra varíola. O povo, assustado, reagiu contra o programa de vacinação 
em massa não só porque nunca tinha passado por um processo semelhante, mas 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 18 
também por desconhecer a composiçãoe qualidade do material empregado na 
imunização. 
Muitos ainda achavam indecoroso o fato de as moças terem de levantar a 
manga da blusa para um desconhecido encarregado da aplicação da vacina. 
Aproveitando o clamor popular, grupos políticos de oposição passaram a engrossar 
as críticas contra o Estado e sua ação sanitária. Defensores da restauração 
monárquica, militares positivistas e até médicos homeopatas, contrários ao uso de 
vacinas, uniram-se à movimentação do povo, tentando obstruir as discussões 
parlamentares sobre a imunização compulsória. 
No dia 31 de outubro de 1904, finalmente, a lei que estabelecia a 
obrigatoriedade da vacina foi aprovada pelo Congresso Nacional. A agitação nas 
ruas ganhou intensidade maior, ninguém mais querendo se submeter ao “código de 
torturas”, nome dado ao conjunto de medidas sanitárias aplicadas aos habitantes do 
Rio de Janeiro. 
Cinco dias depois foi fundada a Liga Contra a Vacina Obrigatória. A liga 
passou a promover reuniões populares diárias, afirmando que a lei de 31 de outubro 
era inconstitucional. Em 10 de novembro, começaram os confrontos entre populares 
e policiais, dando início à revolta. A sequência de protestos obrigou o comércio a 
cerrar as portas e a polícia a recuar momentaneamente. O povo dominou as áreas 
centrais da cidade, gritando “Viva” para a parte do Exército que apoiava e “Morra” 
para a polícia legalista. 
A morte de um dos revoltosos pelas forças repressoras serviu para colocar 
os protestos em outro plano. Logo, a população começou a tombar e incendiar os 
bondes da Companhia do Jardim Botânico. Enquanto isso, os militares que 
apoiavam os revoltosos tentaram tomar a sede do governo e depor o presidente 
Rodrigues Alves, mas fracassaram. Nos dias seguintes, o conflito foi além das ruas 
do centro, espalhando-se por todo o Rio de Janeiro. Vários manifestantes foram 
mortos à bala, inclusive uma criança. Os acontecimentos alteraram as 
características da revolta de 1904. Aos poucos a ira popular voltou-se contra o 
presidente. Ele e Oswaldo Cruz passaram a ser acusados de serem os únicos 
responsáveis pelo motim. 
Assustados com as dimensões da revolta e com a possibilidade de serem 
presos, os líderes da Liga Contra a Vacina fugiram da cidade, não se importando 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 19 
com o povo nem com a promessa que haviam feito de apoiar o movimento com 
dinheiro, armas e ideias. Enquanto isso, o bairro da Saúde, reduto da gente pobre 
carioca, tornou-se a fortaleza dos revoltosos e o centro dos conflitos com a polícia. 
A resistência popular, ali comandada por um negro apelidado Prata Preta, 
atraiu a atenção das forças governamentais, que concentraram o seu poder de 
ataque no local. A área chegou a ser bombardeada por um navio de guerra. A 
evidente diferença entre as forças em conflito liquidou a revolta. No final do dia 16, o 
bairro da Saúde foi ocupado por forças da Polícia e do Exército. A prisão dos líderes 
populares colocou ponto final na Revolta da Vacina. 
Impressionado e desgastado com os acontecimentos, o governo revogou a 
obrigatoriedade da vacina, tornando-a opcional para todos os cidadãos. Definida 
como “o mais indomável movimento popular ocorrido no Rio de Janeiro”, a revolta 
exigiu que o Estado e a medicina buscassem outras formas de relacionamento com 
a sociedade, testando nos anos seguintes novas formas de organização das ações 
em favor da saúde coletiva. 
 
 
FIGURA 1 - OSWALDO CRUZ 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.fiocruz.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=1084&sid=194>. 
Acesso em: 19 abr. 2011. 
 
 
 
 
 
 
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 20 
 
 
TABELA 1 - HISTÓRIA DA VACINA NO BRASIL 
1804 Introdução da vacina no Brasil. 
1811 Criada a Junta Vacínica da Corte. 
1832 Primeira legislação de obrigatoriedade da vacina no Brasil. 
1834/35 Epidemia de varíola no Rio de Janeiro. 
1846 Criado o Instituto Vacínico do Império a partir da reestruturação da 
Junta Vacínica. 
1872 Nasce Oswaldo Gonçalves Cruz, em São Luís de Paraitinga, São 
Paulo. 
1878 Epidemia de varíola no Rio de Janeiro. 
1886 Extinção do Instituto Vacínico. 
1887 Epidemia de varíola no Rio de Janeiro. Introdução da vacina 
antivariólica animal no Brasil. 
1889 Obrigatoriedade da vacina para crianças de até seis meses de idade. 
1894 Criação do Instituto Vacínico Municipal. 
1900 Criação do Instituto Soroterápico Federal, primeira instituição a 
produzir soro no Brasil. 
1902 Oswaldo Cruz assume a direção. 
1903 Rodrigues Alves nomeia Oswaldo Cruz como diretor-geral de Saúde 
Pública, cargo que corresponde atualmente ao de ministro da Saúde. 
1904 Epidemia de Varíola assola a capital. Aprovada a lei da 
obrigatoriedade da vacinação. Estoura a Revolta da Vacina. 
1907 Febre amarela é erradicada no Rio de Janeiro. 
1908 Epidemia de varíola leva a população em massa aos postos de 
vacinação. 
1909 Oswaldo Cruz deixa a Diretoria-Geral de Saúde Pública, passando a 
dedicar-se apenas ao Instituto de Manguinhos, que passa a se 
chamar Instituto Oswaldo Cruz. 
1917 Morre Oswaldo Cruz 
1919 O Instituto Oswaldo Cruz incorpora em sua estrutura o Instituto 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 21 
Vacínico Municipal, que passa a ser denominado Instituto Vacínico 
Federal. 
1921 Regulamentação do Instituto Vacínico Federal. 
1925 Introduzida a BCG no Brasil. 
1937 Início da produção e utilização da vacina contra a febre amarela 
fabricada no Brasil. 
1939 Discussões sobre a eficácia da vacina contra a febre amarela. 
1940 Reforçada a necessidade de combater o mosquito vetor, Aedes 
aegypti, devido à baixa eficácia da vacina. 
1942 Erradicada a febre amarela urbana no Brasil. 
1948 Realizado o I Congresso Mundial de BCG. 
1953 Epidemias de difteria no Brasil. 
1961 Realizadas as primeiras campanhas com a vacina oral contra a 
poliomielite. 
1962 Instituída a Campanha Nacional Contra a Varíola. 
1966 Criada a Campanha de Erradicação da Varíola. 
1970 Criada a Superintendência de Campanha de Saúde Pública 
(SUCAM), resultado da fusão do Departamento Nacional de 
Endemias Rurais, da Campanha da Erradicação da Varíola e da 
Erradicação da Malária. 
1971 Implantado o Plano Nacional de Controle da Poliomielite. Últimos 
casos de varíola no Brasil. Iniciada a produção do BCG liofilizado 
pelo Butantã. 
1972 Início do Programa de Vacinação Antissarampo. 
1973 Certificação internacional da erradicação da varíola no Brasil. 
Formulado o Programa Nacional de Imunizações, com o objetivo de 
controlar ou erradicar doenças infectocontagiosas e 
imunopreveníveis. 
1974 Criado o Programa Ampliado de Imunizações. Epidemia de meningite 
meningocócica no Brasil. 
1975 Início do sistema de registro de doses de vacinas aplicadas. Instituído 
o Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica e Imunizações. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 22 
Campanha Nacional de Vacinação Contra a Meningite 
Meningocócica. 
1976 Implantado em Manguinhos, unidade da Fiocruz, um centro de 
produção de vacinas contra as meningites meningocócicas A e C. 
1977 Definidas as vacinas obrigatórias para menores de um ano de idade 
em todo o Brasil. Aprovado o modelo de Caderneta de Vacinações. 
1980 Extinta a obrigatoriedade da vacinação contra a varíola. Início dos 
Dias Nacionais Contra a Paralisia Infantil no Brasil. 
1981 Lançada a Campanha Nacional de Conscientização Sobre a Febre 
Amarela. 
1982 Fiocruz lança o primeiro lote da vacina brasileira contra o sarampo. 
1984 Iniciada em todo o país a vacinação de crianças de 0 a 4 anos de 
idade contra poliomielite, sarampo, difteria, coqueluche e tétano. 
1986 Criado o Zé Gotinha, personagem símbolo da Campanha pela 
Erradicação da Poliomielite no Brasil. 
1989 Implantação da vacinação contra hepatite B na Amazônia Legal. 
1990 Extintas a SUCAM e a FSESP, que resultam na FUNASA. 
1992 Campanha Nacional Contra o Sarampo. Implantada a vacina tríplice 
viral. Implantada a vacinaAnti-hepatite B para grupos de risco. 
Lançado o Plano de Eliminação do Tétano Neonatal. 
1994 Certificação internacional da erradicação da poliomielite no Brasil. 
1996 Campanha Nacional de Vacinação Contra a Hepatite B, envolvendo 
escolares e odontólogos. 
1997 Campanha Nacional de Vacinação Contra o Sarampo, em crianças 
menores de cinco anos. 
1998 Vacinação contra a Hepatite B em todo o Brasil. 
1999 Implementado o Plano de Erradicação do Sarampo. Primeiro ano da 
Campanha de Vacinação para a Terceira Idade, com a finalidade de 
imunizá-la. 
2001 Intensificada a vacinação das mulheres em idade fértil, com o intuito 
de zerar a ocorrência do tétano neonatal. 
2002 Implantada a vacina tetravalente (DTP + Hib), para menores de um 
ano. Campanha Nacional de Vacinação Contra a Rubéola, destinada 
às mulheres. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 23 
2003 Jornada Sul-Americana de Vacinação com o propósito de acelerar a 
erradicação do sarampo e o controle de doenças que podem ser 
evitadas por meio de vacinas. 
Assinado pelo Ministério da Saúde acordo para a fabricação da 
vacina tríplice viral contra sarampo, rubéola e caxumba. 
2004 Apresentada pelo Departamento de Ciência e Tecnologia (DCT) as 
seis vacinas prioritárias para desenvolvimento nos próximos três 
anos: pentavalente (contra difteria, coqueluche, tétano, hepatite B e 
Haemofilus Influenzae), contra a raiva humana e canina, imunização 
das meningites A e B, e contra a leishmaniose canina. 
2005 Distribuição da nova Caderneta da Criança por maternidades 
públicas e privadas. 
2006 Incorporada a vacinação contra o rotavírus no Calendário Básico de 
Vacinação da Criança. Instituído o “Dia Nacional de Prevenção da 
Catapora”, celebrado anualmente no dia 5 de agosto, com o objetivo 
de conscientizar a população sobre a importância da vacinação 
contra a doença. 
2007 Investimento de R$ 800 milhões para aquisição de imunobiológicos. 
Avaliação do PNI por consultores externos. 
2008 Campanha Nacional para Eliminação da Rubéola, com 67,9 milhões 
de vacinados, uma cobertura total de 96,5% da população brasileira. 
Pré-qualificação de vacinas pela OMS. 
2009 Governo brasileiro apresenta relatório sobre a campanha de 
vacinação contra rubéola no país. Fortalecimento do processo de 
articulação com a Atenção Básica e outros parceiros. 
2010 Atualização do calendário vacinal. 
2011 Atualização do calendário vacinal. 
FONTE: Disponível em: <http://www.ccms.saude.gov.br/revolta/ltempo.html> 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 24 
 
 
FIGURA 2 - ZÉ GOTINHA 
 
FONTE: Disponível em: 
<http://3.bp.blogspot.com/_jdL3dPYmmHg/S1nbRTGOwaI/AAAAAAAAD68/pr7EA6I6IoM/s400/ze_got
inha.jpg>. Acesso em: 19 abr. 2011. 
 
 
2 PROGRAMA NACIONAL DE IMUNIZAÇÕES (PNI) 
 
 
As ações relacionadas com a vacinação constituem dentre dos 
procedimentos estabelecidos pelo Ministério da Saúde como os que apresentam 
melhor custo benefício. O crescente declínio das taxas de morbimortalidade por 
doenças imunopreveníveis nas últimas décadas, no Brasil e no mundo, mostra o 
grande benefício que as vacinas proporcionam à população. 
O Programa Nacional de Imunização foi criado no ano de 1973 e tinha a 
finalidade de coordenar ações que eram desenvolvidas, até aquele momento, sem 
continuidade, pelo caráter esporádico, e com uma pequena área de cobertura. 
Essas ações eram conduzidas dentro de programas especiais, como por exemplo, o 
programa de erradicação da varíola ou o programa de controle da tuberculose, e 
como atividades desenvolvidas por iniciativa dos governos estaduais, que 
necessitavam de uma coordenação central que lhes proporcionassem sincronia e 
racionalização. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 25 
As competências do Programa, estabelecidas no Decreto nº 78.231, podem 
ser consideradas válidas até o momento: 
 implantar e implementar as ações do Programa, relacionadas com as 
vacinações de caráter obrigatório; 
 estabelecer critérios e prestar apoio técnico e financeiro à elaboração, 
implantação e implementação dos programas de vacinação a cargo das 
secretarias de saúde das unidades federadas; 
 estabelecer normas básicas para a execução das vacinações; 
 supervisionar, controlar e avaliar a execução das vacinações no território 
nacional, principalmente o desempenho dos órgãos das Secretarias de 
Saúde encarregados dos programas de vacinação; 
 centralizar, analisar e divulgar as informações referentes ao Programa 
Nacional de Imunização. 
A Coordenação do Programa Nacional de Imunização tem como objetivo 
principal contribuir para o controle, eliminação e/ou erradicação das doenças 
imunopreveníveis, utilizando estratégias básicas de vacinação de rotina e 
campanhas anuais desenvolvidas de forma hierarquizada e descentralizada. 
O desenvolvimento do Programa Nacional de Imunização é orientado por 
normas técnicas estabelecidas em todo o Brasil, no que se refere à conservação, 
manipulação, transporte e à aplicação dos imunobiológicos, assim como aos 
aspectos de programação e avaliação. 
As normas utilizadas pelo Programa Nacional de Imunização são 
estabelecidas com a participação dos órgãos responsáveis pela operacionalização e 
de outras instituições, assegurando, dessa forma, a sua aceitação e uniformidade de 
uso em todo o país. 
O Programa Nacional de Imunização é integrante do Programa Ampliado de 
Imunizações (PAI), da Organização Pan-Americana de Saúde, com seus objetivos e 
diretrizes técnicas de atuação ajustados a este programa. O Ministério da Saúde 
realiza a aquisição tanto dos produtos nacionais quanto dos produtos importados e 
distribuídos às Secretarias Estaduais de Saúde, a partir da Central Nacional de 
Armazenagem e Distribuição (CENADI), implantada em 1982, no Rio de Janeiro. 
A qualidade dos produtos distribuídos é garantida pela atuação do Instituto 
Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS) da FIOCRUZ, no Rio de 
 
 
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 26 
Janeiro (RJ), criado em 1981, que é o órgão de referência técnica para os 
laboratórios produtores. Amostras de todos os lotes de imunobiológicos, nacionais 
ou importados, são analisadas pelo INCQS antes da distribuição para consumo. 
O Programa é a referência nacional para as ações de imunizações, 
principalmente para os órgãos executores dessas ações: as secretarias estaduais e 
municipais de saúde. 
 
 
3 REDE DE FRIO 
 
 
A Rede de Frio, também denominada de Cadeia de Frio, é o processo de 
armazenamento, conservação, manipulação, distribuição e transporte dos 
imunobiológicos do Programa Nacional de Imunizações. Para que seja efetiva, é 
necessário ter condições adequadas de refrigeração, desde o laboratório que produz 
a vacina até o momento em que a vacina é administrada em qualquer indivíduo, 
independente da localidade que esta pessoa se encontra. 
O objetivo final da Rede de Frio é garantir que todos os imunobiológicos 
administrados mantenham suas características iniciais, conferindo imunidade e 
mantendo a qualidade da vacina. Estes produtos são termolábeis, ou seja, se 
deterioram depois de determinado tempo quando expostos a variações de 
temperaturas inadequadas à sua conservação. O calor acelera o processo de 
inativação dos componentes imunogênicos. 
Sendo assim, é necessário mantê-los constantemente refrigerados, 
utilizando instalações e equipamentos adequados nas instâncias nacional, estadual, 
regional ou distrital e municipal/local. A manipulação inadequada, um equipamento 
que apresente defeito, ou falta de energia elétrica podem interromper o processo de 
refrigeração, comprometendo a eficácia dos imunobiológicos. 
Uma equipe qualificada e equipamentos adequados são os principais 
componentes da Rede de Frio; e estes dois componentes devem estar em harmonia 
constante. 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 27 
 
 
FIGURA 3 - COMPONENTES DA REDE DE FRIO 
 
FONTE: Disponível em: <http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/manual_pni_janeiro_2007.pdf>.Acesso em: 29 abr. 2011. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 28 
 
 
4 SISTEMA DE REFRIGERAÇÃO 
 
 
O sistema de refrigeração tem a finalidade de transferir calor de um corpo, 
ou espaço, para outro e é composto por um conjunto de componentes que são 
unidos entre si. Para que um imunobiológico seja adequadamente conservado, o 
sistema de refrigeração deve estar funcionando corretamente e o enfermeiro deve 
saber como trabalha este sistema, impedindo, assim, que vacinas sejam perdidas ou 
administradas sem suas características iniciais. 
 
 
4.1 PRINCÍPIOS DA REFRIGERAÇÃO 
 
 
O profissional de enfermagem que trabalha com imunização deve possuir 
conceitos básicos sobre o sistema de refrigeração, pois dele dependem todos os 
imunobiológicos que estarão estocados. Esses princípios irão garantir a eficiência e 
a eficácia do imunobiológico que será administrado na população, portanto, a 
responsabilidade de toda a equipe de enfermagem é grande. 
O calor é a nomenclatura atribuída à energia, sendo transferida de um 
sistema a outro exclusivamente em virtude da diferença de temperaturas entre eles. 
Não é correto afirmarmos que um corpo possui mais calor que outro, tampouco é 
correto afirmar que um corpo possui calor, pois os corpos ou sistemas possuem 
energia interna e o conceito de energia interna não deve jamais ser confundido com 
o conceito de calor. 
Quando um corpo recebe ou perde calor pode sofrer os seguintes efeitos: 
 variação de temperatura; 
 mudança do estado físico. 
Existem dois tipos de calor: o sensível, que é a quantidade de calor recebida 
ou perdida por um corpo que sofre variação de temperatura; agora, se houver uma 
mudança de fase, o calor é denominado latente. Um corpo é mais frio que o outro 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 29 
quando possui menor quantidade de energia térmica ou, ainda, quando a sua 
temperatura for inferior ao outro. 
 
 
4.1.1 Transferência de calor 
 
 
A passagem da energia térmica de um corpo com temperatura mais alta 
para outro ou de uma parte para outra de um mesmo corpo com temperatura mais 
baixa é denominada de transferência de calor. Essa transmissão pode se processar 
de três maneiras diferentes: 
 condução – é o processo de transmissão de calor em que a energia 
térmica passa de um local para outro por meio das partículas do meio que os 
separa; 
 convecção – é a forma de transmissão do calor que ocorre 
principalmente nos fluidos, ou seja, nos líquidos e gases. Diferentemente da 
condução, em que o calor é transmitido de átomo a átomo sucessivamente, 
na convecção a propagação do calor se dá por meio do movimento do fluido 
envolvendo transporte de matéria; 
 radiação – é o processo de transmissão de calor por meio de ondas 
eletromagnéticas (ondas de calor). A energia emitida por um corpo (energia 
radiante) se propaga até o outro, por intermédio do espaço que os separa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 30 
 
 
FIGURA 4 - FLUXO DE CALOR NO CONGELADOR (CONVECÇÃO) 
 
FONTE: Disponível em: <http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/manual_pni_janeiro_2007.pdf>. 
Acesso em: 3 maio 2011. 
 
 
A convecção natural é um mecanismo, ou tipo de transporte de calor, no 
qual o movimento do fluido não é gerado por uma fonte externa, como por exemplo, 
uma bomba, ventilador, dispositivo de sucção, mas somente pelas diferenças de 
densidade no fluido devido a gradientes de temperatura. 
Esse princípio é o que acontece com uma caixa térmica horizontal aberta, 
com bobinas de gelo reutilizável ou outro produto em baixa temperatura, pois só 
estará recebendo calor do ambiente por meio da radiação e não pela saída do ar frio 
existente, uma vez que este, sendo mais denso, permanece no fundo da caixa. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 31 
Quando abrimos a porta de uma geladeira vertical haverá a saída de parte do volume 
de ar frio contido dentro da mesma, com sua consequente substituição por parte do ar 
quente situado no ambiente mais próximo do refrigerador. Esse ar frio é mais denso e 
sai por baixo, permitindo a penetração do ar ambiente com calor e umidade. 
 
 
FIGURA 5 - TROCA DE CALOR QUANDO ABRIMOS A PORTA DO 
REFRIGERADOR 
 
FONTE: Disponível em: <http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/manual_pni_janeiro_2007.pdf>. 
Acesso em: 3 maio 2011. 
 
 
Não podemos medir diretamente o calor, mas conseguimos verificar sua 
intensidade utilizando o termômetro. A temperatura de uma substância ou de um 
corpo é a medida de intensidade do calor ou grau de calor existente em sua massa. 
Existem diversos tipos e marcas de indicadores de temperatura. Há diversas escalas 
para medição de temperatura, sendo que as mais comuns são a Fahrenheit (ºF), em 
uso nos países de língua inglesa, e a Celsius (ºC), utilizada no Brasil. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 32 
Nos termômetros em escala Celsius (ºC) ou Centígrados, o ponto de 
congelamento da água é 0ºC e o seu ponto de ebulição é de 100ºC, ambos medidos 
ao nível do mar e à pressão atmosférica. São fatores importantes que interferem na 
manutenção da temperatura no interior das caixas térmicas: 
 temperatura ambiente – quanto maior for a temperatura ambiente, mais 
rapidamente a temperatura do interior da caixa térmica se elevará em virtude 
da entrada de ar quente pelas paredes da caixa; 
 material isolante – o tipo, a qualidade e a espessura do material isolante 
utilizado na fabricação da caixa térmica interferem na penetração do calor. 
Com paredes mais grossas, o calor terá maior dificuldade para atravessá-
las. Já com paredes finas, a facilidade é maior; 
 bobinas de gelo reutilizável – a quantidade de bobinas de gelo 
reutilizável colocada no interior da caixa é importante para a correta 
conservação. Reduzir o espaço interno da caixa para a acomodação de 
maior quantidade de bobinas de gelo fará com que a temperatura interna do 
sistema permaneça baixa por mais tempo. Dispor as bobinas de gelo 
reutilizável nos espaços vazios no interior da caixa, de modo que circundem 
os imunobiológicos, serve ao propósito mencionado acima. 
 
 
FIGURA 6 - CAIXAS TÉRMICAS COM PAREDES GROSSAS 
 
FONTE: Disponível em: <http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/manual_pni_janeiro_2007.pdf>. 
Acesso em: 3 maio 2011. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 33 
 
 
FIGURA 7 - CAIXAS TÉRMICAS COM PAREDES FINAS 
 
FONTE: Disponível em: <http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/manual_pni_janeiro_2007.pdf>. 
Acesso em: 3 maio 2011. 
 
 
FIGURA 8 - ARRUMAÇÃO DAS CAIXAS PARA TRANSPORTE DE VACINAS 
 
FONTE: Disponível em: <http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/manual_pni_janeiro_2007.pdf>. 
Acesso em: 3 maio 2011. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 34 
 
 
4.2 CONTROLE E MONITORAMENTO DA TEMPERATURA 
 
 
A temperatura da Rede de Frio deve ser controlada rigorosamente em todas 
as instâncias de armazenamento, pois assim a qualidade destes imunobiológicos 
estará garantida. Uma forma de assegurar essa qualidade é realizando a verificação 
da temperatura por meio dos termômetros. Há seguir, serão apresentados os tipos 
de termômetros disponíveis hoje. 
 
 
4.2.1 Termômetro digital de momento, máximo e mínimo 
 
 
É constituído de um visor de cristal líquido, com cabo extensor, que mensura 
as temperaturas (do momento, a máxima e a mínima), por meio de seu bulbo 
instalado no interior do equipamento, em um período de tempo. 
 
 
FIGURA 9 - TERMÔMETRO DIGITAL DE MOMENTO, MÁXIMA E MÍNIMA, 
COM CABO EXTENSOR 
 
FONTE: Disponível em: <http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/manual_pni_janeiro_2007.pdf>. 
Acesso em: 3 maio 2011. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 35 
Há disponível ainda um modelo de termômetro que permite a leitura das 
temperaturas de momento, máxima, mínima e do ambiente externo. Nesse 
termômetro existe um dispositivo de alarme que é acionado quando a variação de 
temperatura ultrapassa os limites configurados,ou seja, +2ºC e +8ºC, ou sem 
alarme. É constituído por dois visores de cristal líquido, um para temperatura do 
equipamento e outro para a temperatura do ambiente. 
 
 
FIGURA 10 - TERMÔMETRO DIGITAL DE MOMENTO, MÁXIMA E MÍNIMA, COM 
CABO EXTENSOR E DOIS VISORES 
 
FONTE: Disponível em: <http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/manual_pni_janeiro_2007.pdf>. 
Acesso em: 3 maio 2011. 
 
 
4.2.2 Termômetro analógico de momento, máxima e mínima 
 
 
Nesse termômetro há duas colunas verticais de mercúrio com escalas 
inversas. É utilizado para verificar as variações de temperatura ocorridas em 
determinado ambiente, num período de tempo, fornecendo informações sobre a 
temperatura mais fria, a temperatura mais quente e a temperatura do momento. 
Realiza-se a aferição da seguinte forma: 
 temperatura mínima – é a que está indicada no nível inferior do filete 
azul na coluna da esquerda; 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
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 temperatura máxima – é a que está indicada no nível inferior do filete 
azul na coluna da direita; 
 temperatura do momento – é a que está indicada pela extremidade 
superior da coluna de mercúrio em ambos os lados. 
 
 
FIGURA 11 - TERMÔMETRO ANALÓGICO DE MOMENTO, MÁXIMA E MÍNIMA 
 
FONTE: Disponível em: <http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/manual_pni_janeiro_2007.pdf>. 
Acesso em: 4 maio 2011. 
 
 
O termômetro deve ser fixado entre a primeira e a segunda prateleiras da 
geladeira, em posição vertical na área central do equipamento. Após cada leitura, 
registrar imediatamente no mapa de controle e anular a marcação do termômetro 
pressionando o botão central, até que os filetes azuis se encontrem com a coluna 
de mercúrio. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 37 
Caso seja observada alguma irregularidade, como por exemplo, temperatura 
mínima acima do limite, o profissional responsável pela verificação da temperatura 
deverá anotar no mapa, no item “observações” e, em seguida, comunicar o fato ao 
encarregado, que deverá adotar as medidas indicadas ao caso. 
Se ocorrer a quebra da coluna de mercúrio, recomenda-se expor o 
termômetro à luz solar e quando a coluna líquida começar a se movimentar para 
cima, segurá-lo firmemente e realizar movimentos firmes para baixo, como o 
utilizado para zerar o termômetro clínico, o que fará com que a coluna de mercúrio 
volte a integrar-se. 
 
 
4.2.3 Termômetro linear 
 
 
Esse tipo de termômetro mostra somente a temperatura do momento, por 
isso seu uso deve ser restrito às caixas térmicas de uso diário. Ele deve ser 
colocado no centro da caixa, próximo às vacinas e deve-se tampá-lo. Aguardar meia 
hora para fazer a leitura da temperatura, verificando a extremidade superior da 
coluna. Na caixa térmica da sala de vacina ou para o trabalho externo, a 
temperatura deverá ser controlada com frequência, substituindo-se as bobinas de 
gelo reutilizável quando a temperatura atingir +8ºC. 
Não é recomendada pelo Programa Nacional de Imunização a compra desse 
tipo de termômetro, mas ainda existem lugares que utilizam esse modelo. É 
esperado pelo Programa Nacional de Imunização que sejam investidos recursos nas 
instâncias Municipal, Estadual e Federal na aquisição de termômetros mais precisos 
e de melhor qualidade, ou seja, o termômetro digital de momento, máxima e mínima. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 38 
 
 
FIGURA 12 - TERMÔMETRO LINEAR 
 
FONTE: Disponível em: <http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/manual_pni_janeiro_2007.pdf>. 
Acesso em: 4 maio 2011. 
 
 
4.2.4 Termômetro analógico de cabo extensor 
 
 
É utilizado na verificação da temperatura do momento, no transporte, no 
uso diário da sala de vacina ou no trabalho externo, como campanhas de 
vacinação ou então em alguma situação especial. O uso adequado exige que o 
sensor ou bulbo do termômetro de cabo extensor seja posicionado entre os 
imunobiológicos que estão na caixa térmica. Esta deve ser fechada com o cabo 
extensor passando entre a tampa e a borda da mesma, deixando o visor do lado 
externo, em cima da caixa térmica. 
Após ser realizado esse procedimento, deve-se aguardar 30 minutos para 
fazer a leitura da temperatura, verificando a temperatura na extremidade superior da 
coluna de mercúrio. 
 
 
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 39 
 
 
FIGURA 13 - TERMÔMETRO ANALÓGICO DE CABO EXTENSOR 
 
FONTE: Disponível em: <http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/manual_pni_janeiro_2007.pdf>. 
Acesso em: 4 maio 2011. 
 
 
4.2.5 Termômetro a laser 
 
 
É utilizado principalmente para a verificação de temperatura dos 
imunobiológicos nas caixas térmicas, recebidos ou expedidos em grandes 
quantidades. Tem um formato de uma pistola, com um gatilho que, ao ser 
pressionado, aciona um feixe de raio laser; que ao atingir a superfície das bobinas 
de gelo, registra no visor digital do aparelho a temperatura real do momento. 
Para que seja obtido um registro de temperatura confiável é necessário que 
sejam observados os procedimentos descritos pelo fabricante quanto à distância e 
ao tempo de pressão no gatilho do termômetro. 
 
 
 
 
 
 
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 40 
 
 
FIGURA 14 - TERMÔMETRO A LASER 
 
FONTE: Disponível em: < http://i111.twenga.com/saude-beleza/termometro-infra-vermelho/tir-5000-
termometro-infravermelho-tp_9206000357243657083b.png>. Acesso em: 4 maio 2011. 
 
 
4.3 SITUAÇÕES EMERGENCIAIS 
 
 
Os equipamentos utilizados para conservação dos imunobiológicos podem 
parar de funcionar devido a vários motivos. Para evitar sua perda, precisamos adotar 
certas providências. Quando o fornecimento de energia elétrica for interrompido, 
deve-se manter o equipamento fechado e monitorar a temperatura interna 
rigorosamente com termômetro de cabo extensor. 
Caso o fornecimento da energia elétrica não seja restabelecido no prazo 
máximo em duas horas ou quando a temperatura estiver próxima a +8°C, deve-se 
realizar imediatamente a transferência dos imunobiológicos para outro equipamento 
com temperatura recomendada, como por exemplo, um refrigerador ou uma caixa 
térmica. Esse mesmo procedimento deve ser realizado em situação de falha no 
equipamento. 
 
 
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 41 
O serviço de saúde deverá dispor de bobinas de gelo reutilizável congeladas 
para serem usadas no acondicionamento dos imunobiológicos em caixas térmicas. 
Deve ser identificada no quadro de distribuição de energia elétrica da instituição a 
chave específica do circuito da Rede de Frio ou da sala de vacinação, com um aviso 
em destaque: “NÃO DESLIGAR”. Uma parceria com a empresa local de energia 
elétrica deve ser estabelecida, para que se possa ter informações prévias sobre 
interrupções programadas no fornecimento de energia e com isso programar a 
conduta de conservação do imunobiológico. 
Nas situações emergenciais é necessário que a instituição comunique a 
ocorrência à instância superior imediata para as devidas providências. Os agentes 
responsáveis pela vigilância e segurança das Centrais de Rede de Frio devem ser 
orientados na identificação de problemas que possam comprometer a qualidade dos 
imunobiológicos, realizando a comunicação imediata do técnico responsável, 
principalmente durante finais de semana e feriados. 
 
 
5 EQUIPAMENTOS DA REDE DE FRIO 
 
 
Para que a qualidade dos imunobiológicos seja mantida é necessário que 
existam equipamentos específicos em todas as instâncias. Esses equipamentos são: 
 câmara frigorífica; 
 freezers ou congeladores; 
 refrigeradores tipo doméstico ou comercial; 
 caminhão frigorífico; 
 caixas térmicas; 
 câmara para conservação de imunobiológicos; 
 geladeira a gás/eletricidade; 
 geladeira com paredes de gelo reutilizável; 
 geladeira à energia solar. 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 42 
 
 
5.1 CÂMARAS FRIGORÍFICAS 
 
 
Podem ser denominadas também de quartos frios ou câmaras frias. São 
ambientes projetados para aarmazenagem de produtos predominantemente em 
baixas temperaturas e em grandes volumes. Podem ser reguladas para trabalhar 
mantendo as mais diversas temperaturas, tanto positivas quanto negativas. 
Especificamente para os imunobiológicos, essas câmaras são projetadas para 
operarem em temperatura de +2ºC e -20°C, de acordo com a especificação do 
produtor. 
Os imunobiológicos podem, em algum momento, estar conservados em 
temperatura entre +2°C e +8°C, sem perda da sua capacidade imunogênica, 
observada a data de validade especificada no produto. Em relação à organização 
interna, as câmaras são dotadas de prateleiras, preferencialmente metálicas em 
aço inox, que podem ser substituídas por estrado de plástico resistente e servem 
para armazenar os imunobiológicos de forma que permita a circulação de ar entre 
as mesmas. 
É importante também que o profissional que trabalha na Rede de Frio 
organize os imunobiológicos seguindo as recomendações fornecidas pelo laboratório 
fabricante, apresentação, número de lote e prazo de validade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 43 
 
 
FIGURA 15 - CÂMARA FRIGORÍFICA 
 
FONTE: Disponível em: <http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/manual_pni_janeiro_2007.pdf>. 
Acesso em: 5 maio 2011. 
 
 
São cuidados básicos com as câmaras frigoríficas: 
 na ausência de controle automatizado de temperatura, recomenda-se 
fazer a leitura diariamente, no início da jornada de trabalho, no início da 
tarde e no final do dia, com equipamento disponível, e anotar em formulário 
próprio; 
 testar os alarmes antes de sair, ao final da jornada de trabalho; 
 usar equipamento de proteção individual; 
 não deixar a porta aberta por mais de um minuto ao colocar ou retirar 
imunobiológico e somente abrir a câmara depois de fechada a antecâmara; 
 somente entrar na câmara positiva se a temperatura interna registrada 
no visor externo estiver ≤+5ºC. Essa conduta impede que a temperatura 
interna da câmara ultrapasse +8ºC com a entrada de ar quente durante a 
abertura da porta; 
 
 
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 44 
 verificar, uma vez ao mês, se a vedação da porta da câmara está em 
boas condições, isto é, se a borracha (gaxeta) não apresenta ressecamento, 
não tem qualquer reentrância, abaulamento em suas bordas e se a trava de 
segurança está em perfeito funcionamento. O formulário para registro da 
revisão mensal encontra-se em manual específico de manutenção de 
equipamentos; 
 observar para que a luz interna da câmara não permaneça acesa 
quando não houver pessoas trabalhando em seu interior. A luz é grande 
fonte de calor; 
 ao final do dia de trabalho, certificar-se de que a luz interna foi apagada; 
de que todas as pessoas saíram e de que a porta da câmara foi fechada 
corretamente; 
 a limpeza interna das câmaras e prateleiras é feita sempre com pano 
úmido e, se necessário, utilizar sabão. Adotar o mesmo procedimento nas 
paredes e teto e finalmente secá-los. Remover as estruturas desmontáveis 
do piso para fora da câmara, lavar com água e sabão, enxaguar, secar e 
recolocar. Limpar o piso com pano úmido (pano exclusivo) e sabão, se 
necessário, e secar. Limpar as luminárias com pano seco e usando luvas de 
borracha para prevenção de choques elétricos. Recomenda-se a limpeza 
antes da reposição de estoque. 
 recomenda-se, a cada seis meses, proceder a desinfecção geral das 
paredes e teto das câmaras frias; 
 semanalmente, a Coordenação Estadual receberá do responsável pela 
Rede de Frio o gráfico de temperatura das câmaras e dará o visto, após 
análise dos mesmos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 45 
 
 
5.2 FREEZER OU CONGELADORES 
 
 
São equipamentos destinados, preferencialmente, a estocagem de vacinas a 
-20ºC. Os congeladores devem ser do tipo horizontal, com isolamento de suas 
paredes em poliuretano, evaporadores nas paredes e condensador/compressor em 
áreas projetadas no corpo, abaixo do gabinete. É o equipamento mais eficiente e 
confiável para conservação em temperaturas negativas, principalmente aquele 
dotado de várias portas pequenas na parte superior. 
Os freezers também são usados para congelar as bobinas de gelo reciclável, 
tendo o cuidado de não usar o mesmo equipamento em que estão armazenados os 
imunobiológicos, para não comprometer a conservação destes. 
 
 
FIGURA 16 - FREEZER OU CONGELADOR 
 
FONTE: Disponível em: <http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/manual_pni_janeiro_2007.pdf>. 
Acesso em: 5 maio 2011. 
 
 
A organização interna deve ser realizada de acordo com as especificações do 
fabricante, ocupando no máximo 65% da sua capacidade total. É importante verificar o 
prazo de validade dos imunobiológicos para que sejam distribuídos aqueles com o 
menor prazo de vencimento, evitando assim o desperdício dessas vacinas. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 46 
O acondicionamento das bobinas de gelo reutilizável deve seguir as 
seguintes especificações: 
 dispor primeiramente as bobinas, empilhando-as horizontalmente em 
contato com as paredes laterais do equipamento; 
 após o congelamento, deslocá-las para a parte central do freezer e 
colocar mais bobinas a congelar conforme descrito anteriormente; 
 repetir esse procedimento até completar a carga recomendada (80%) do 
freezer. 
 
 
FIGURA 17 - ORGANIZAÇÃO DAS BOBINAS 
DE GELO REUTILIZÁVEL EM UM FREEZER 
 
FONTE: Disponível em: <http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/manual_pni_janeiro_2007.pdf>. 
Acesso em: 5 maio 2011. 
 
 
São cuidados básicos com freezers ou congeladores: 
 fazer a leitura da temperatura, diariamente, no início da jornada de 
trabalho, no início da tarde e no final do dia; 
 anotar no mapa de registro diário de temperatura; 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 47 
 para os equipamentos sem termômetro de cabo extensor, recomenda-se 
fazer a leitura apenas duas vezes ao dia; 
 não deixar a porta aberta sem necessidade, somente para 
acondicionamento e retirada de imunobiológicos ou bobinas de gelo 
reutilizável; 
 certificar-se de que a porta está vedada adequadamente; 
 fazer degelo a cada 30 dias ou quando a camada de gelo atingir 0,5 cm; 
 usar tomada exclusiva e de localização a 1,30 m do piso para cada 
equipamento; 
 realizar manutenção preventiva e corretiva conforme manual específico. 
 
 
5.3 REFRIGERADORES OU GELADEIRAS 
 
 
São equipamentos de uso doméstico que na Rede de Frio são destinados à 
estocagem de imunobiológicos em temperaturas positivas a +2ºC, devendo, para 
isto, estar regulados para funcionar nesta faixa de temperatura. A vacina pode, em 
algum momento, estar em uma temperatura entre +2ºC e +8ºC sem sofrer perda de 
potência (em armazenamento). 
 
 
5.3.1 Geladeira doméstica 
 
 
As geladeiras, com capacidade a partir de 280 litros, utilizadas pelo 
Programa Nacional de Imunizações, devem ser organizadas de acordo com as 
seguintes recomendações: 
 no evaporador (congelador), colocar gelo reciclável (gelox ou bobinas 
com água) na posição vertical. Essa norma contribui para a elevação lenta 
da temperatura, oferecendo proteção aos imunobiológicos na falta de 
energia elétrica ou defeito do equipamento; 
 
 
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 48 
 na primeira prateleira devem ser colocadas as vacinas que podem ser 
submetidas à temperatura negativa (contra poliomielite, sarampo, febre 
amarela, rubéola, tríplice viral) dispostas em bandejas perfuradas para 
permitir a circulação de ar; 
 na segunda prateleira devem ser colocadas as vacinas que não podem 
ser submetidas à temperatura negativa (dT, DTP, hepatite B, Hib, influenza, 
TT e BCG), também em bandejas perfuradas ou nas próprias embalagens 
do laboratório produtor; 
 na segunda prateleira, no centro, colocar termômetro de máxima e 
mínima na posição vertical, em pé; 
 na terceira prateleira podem-se colocar os diluentes, soros ou caixas 
com as vacinas conservadasentre +2ºC e +8ºC, tendo o cuidado de permitir 
a circulação do ar entre as mesmas, e entre as paredes da geladeira; 
 retirar todas as gavetas plásticas e suportes que existam na parte 
interna da porta, e no lugar da gaveta grande; 
 preencher toda a parte inferior exclusivamente com 12 garrafas de água 
com corante, que contribuem para a lenta elevação da temperatura interna 
da geladeira. Essa providência é de vital importância para manter a 
temperatura da geladeira entre +2ºC e +8ºC quando ocorrer falta de energia 
ou defeito no equipamento. A porta do evaporador (congelador) e a bandeja 
coletora sob este deverão ser mantidas. Não devem ser usadas bobinas de 
gelo reciclável como substitutas das garrafas; 
 a geladeira que não possuir o quantitativo de 12 garrafas de água 
deverá ser abastecida com o número necessário, colocando-se duas 
unidades por dia até atingir o número recomendado (12), evitando-se, dessa 
forma, modificação abrupta de temperatura no interior da geladeira, levando 
as vacinas a choque térmico. As unidades de saúde que dispuserem de 
geladeira para outro fim poderão utilizá-la para refrigerar a água que será 
usada para abastecer as 12 garrafas e em seguida colocá-las na geladeira 
da vacina de uma só vez. Essas garrafas devem ser tampadas para que a 
água não evapore, pois a evaporação acelera a formação de gelo no 
evaporador. 
 
 
 
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 49 
São cuidados básicos que devem ser realizados com a geladeira: 
 fazer a leitura da temperatura, diariamente, no início da jornada de 
trabalho e no final do dia e anotar no formulário de controle diário de 
temperatura; 
 manter afixado na porta aviso para que esta não seja aberta fora do 
horário de retirada e/ou guarda das vacinas; 
 usar tomada exclusiva para cada geladeira, se houver mais de uma; 
 instalá-la em local arejado, distante de fonte de calor, sem incidência de 
luz solar direta, em ambiente climatizado, bem nivelado e afastado 20 cm da 
parede; 
 colocar na base da geladeira suporte com rodas; 
 não permitir armazenar outros materiais (laboratório odontológico, 
alimentos, bebidas, etc.); 
 não armazenar absolutamente nada na porta; 
 certificar-se de que a porta está vedando adequadamente; 
 fazer o degelo a cada 15 dias ou quando a camada de gelo for superior 
a 0,5 cm; 
 não colocar qualquer elemento na geladeira que dificulte a circulação 
de ar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 50 
 
 
FIGURA 18 - ORGANIZAÇÃO INTERNA DO REFRIGERADOR DOMÉSTICO 
 
FONTE: Disponível em: <http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/manual_pni_janeiro_2007.pdf>. 
Acesso em: 5 maio 2011. 
 
 
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 51 
Para manter as condições ideais de conservação dos imunobiológicos, 
proceder à limpeza dos equipamentos a cada 15 ou 30 dias ou quando a camada de 
gelo atingir 0,5 centímetros. Recomenda-se: 
 transferir os imunobiológicos para outra geladeira se houver, ou para 
uma caixa térmica com bobinas de gelo reutilizável, previamente organizada 
com as bobinas e após a estabilização da temperatura recomendada (+2ºC 
a +8ºC) e vedar as caixas com fita adesiva larga; 
 não mexer no termostato; 
 desligar a tomada e abrir a porta ou tampa, inclusive do congelador, até 
que todo o gelo aderido se desprenda; não usar faca ou outro objeto 
pontiagudo para a remoção mais rápida do gelo, pois esse procedimento 
pode danificar os tubos de refrigeração; 
 limpar, interna e externamente, com um pano umedecido em solução de 
água com sabão neutro, ou sabão de coco, por exemplo. Não jogar água no 
interior do equipamento. 
 
Após a limpeza verificar as seguintes recomendações: 
 ligar o refrigerador; 
 recolocar o termômetro, as garrafas e as bobinas de gelo reutilizável e 
fechar a porta; 
 manter a porta fechada pelo tempo necessário até alcançar a 
temperatura recomendada. 
 após a estabilização da temperatura, reorganizar os imunobiológicos. 
 não fazer o degelo e a limpeza às sextas-feiras e vésperas de feriados 
prolongados e/ou final de jornada de trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 52 
 
 
5.3.2 Refrigerador comercial 
 
 
Esses equipamentos são utilizados na Rede de Frio para estocagem de 
imunobiológicos em grande volume, na maioria das vezes na instância regional ou de 
grandes cidades, obedecendo, porém, aos mesmos critérios e cuidados estabelecidos 
para o refrigerador doméstico. Geralmente são entre 600 a 1.200 litros de capacidade, 
equipadas com um pequeno evaporador e quatro ou seis portas. O seu funcionamento 
em relação à geladeira doméstica diferencia na circulação do ar interno, tendo em vista 
que na geladeira comercial o ar é movimentado por um ventilador. A organização 
interna do refrigerador comercial deve seguir as seguintes recomendações: 
 na primeira prateleira armazenar as vacinas que podem ser submetidas 
à temperatura negativa (OPV, SR ou SRC, FA) empilhadas nas próprias 
embalagens (caixas), tendo-se o cuidado de deixar um espaço entre as 
pilhas, permitindo a circulação de ar entre as caixas; 
 ainda na primeira prateleira, colocar nas laterais e no fundo garrafas com 
água, em número suficiente para favorecer a manutenção da temperatura 
interna entre +2ºC e +8ºC. Servirão ainda na recuperação da temperatura 
interna, quando da abertura da porta e de falta de energia; 
 na segunda prateleira armazenar as vacinas que não podem ser 
submetidas à temperatura negativa (dT, DTP, hepatite B, Hib, influenza, 
BCG, Pneumococo, VIP, DTPa, contra a raiva humana) e, portanto, devem 
ser armazenadas em temperatura entre +2ºC a +8ºC, empilhadas nas 
próprias embalagens, com o cuidado de deixar um espaço entre as pilhas, 
permitindo a circulação de ar entre as caixas; 
 na segunda prateleira de cada compartimento, no centro, colocar 
termômetro de máxima e mínima na posição vertical (em pé); 
 na terceira prateleira colocar caixas com soros ou com as vacinas de 
conservação entre +2ºC a +8ºC, empilhadas nas próprias embalagens 
(caixas), tendo-se o cuidado de deixar um espaço entre as pilhas, permitindo 
a circulação de ar entre as caixas; 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 53 
São cuidados básicos com refrigeradores comerciais: 
 fazer a leitura da temperatura diariamente no início da jornada de 
trabalho da manhã e à tarde; e ao final do dia registrar no formulário de 
controle diário de temperatura; 
 manter afixado, em cada porta do equipamento, aviso para que a 
geladeira não seja aberta fora do horário de retirada e/ou guarda dos 
imunobiológicos ou mensuração de temperatura; 
 usar tomada exclusiva para cada equipamento; 
 fazer degelo e limpeza a cada 30 dias ou quando a camada de gelo for 
superior a 0,5 cm. 
 instalar distante de fonte de calor, de incidência de luz solar direta, a 20 
cm da parede e a 40 cm de outro equipamento; 
 instalar bem nivelada, em ambiente climatizado, à temperatura de até 
+18ºC; 
 colocar na base da geladeira suporte com rodas; 
 não permitir armazenar outros materiais; 
 certificar-se de que a porta está vedando adequadamente; 
 não colocar qualquer elemento no refrigerador que dificulte a circulação 
de ar. 
 
 
FIGURA 19 - ORGANIZAÇÃO INTERNA DO REFRIGERADOR COMERCIAL 
 
FONTE: Disponível em: <http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/manual_pni_janeiro_2007.pdf>. 
Acesso em: 5 maio 2011. 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 54 
 
 
5.4 CAIXAS TÉRMICAS 
 
 
Essas caixas são produzidas com material térmico do tipo poliuretano ou 
poliestireno expandido, sendo esta última a mais utilizada no transporte de 
imunobiológicos entre os diversos laboratórios fabricantes até a sala de vacina. 
 
 
FIGURA 20 - CAIXAS TÉRMICAS 
 
FONTE: Disponível em: <http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/manual_pni_janeiro_2007.pdf>. 
Acesso em: 5 maio 2011. 
 
 
É recomendada pelo Programa Nacional deImunização a aquisição de 
caixas térmicas de poliestireno expandido do tipo retangular e com tampas 
perfeitamente ajustadas. A caixa térmica deve ser organizada para manter a 
temperatura de conservação dos imunobiológicos a -20ºC ou entre +2ºC e +8ºC, por 
um determinado período de tempo, de acordo com o imunobiológico a ser 
armazenado ou transportado. 
São cuidados básicos com as caixas térmicas: 
 verificar as condições da caixa, observando se há rachaduras e/ou furos; 
 não utilizar caixas com dreno; 
 
 
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 55 
 lavar e secar cuidadosamente as caixas após cada uso. Manter as 
caixas térmicas abertas, até que estejam completamente secas. Após a 
secagem, armazená-las abertas em local adequado. 
 
Para uso diário da caixa térmica na sala de vacinação, utilizamos uma caixa 
do tipo retangular, com capacidade mínima para 12 litros e com tampa ajustada. 
Deve-se atentar para as seguintes recomendações: 
 manter a temperatura interna da caixa entre +2ºC e +8ºC, monitorando-a 
com termômetro de cabo extensor, de preferência, ou com termômetro 
linear, trocando as bobinas de gelo reutilizável sempre que necessário; 
 usar bobinas de gelo reutilizável ambientadas nas laterais da caixa; 
 arrumar os imunobiológicos no centro da caixa, deixando-os circundados 
pelas bobinas; 
 manter a caixa térmica fora do alcance da luz solar direta e distante de 
fontes de calor; 
 ao final da jornada de trabalho, retornar as bobinas ao 
congelador/freezer. Lavar a caixa térmica, enxugá-la e guardá-la sem tampa. 
 
 
5.4.1 Bobinas de gelo reutilizável 
 
 
FIGURA 21 - BOBINAS DE GELO REUTILIZÁVEL 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.maripesca.com.br/images/GELO-X-RIGIDO-TAM--
P_.jpg?osCsid=1ec0aa50bd99e9545e640dca704f4e9e>. Acesso em: 5 maio 2011. 
 
 
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As bobinas são constituídas de material plástico, contendo gel à base de 
celulose vegetal em concentração não tóxica e água ou apenas água, encontradas 
no mercado em várias dimensões. 
O Programa Nacional de Imunizações recomenda apenas a bobina de gelo 
reutilizável para a conservação de imunobiológicos. 
São cuidados que os profissionais devem ter com as bobinas de gelo 
reutilizável: 
 caso o material plástico seja danificado, deixando vazar seu conteúdo, 
no total ou em parte, a bobina deverá ser desprezada; 
 uma vez terminado o uso da caixa térmica, as bobinas deverão ser 
retiradas, lavadas, enxugadas e retornadas ao congelador ou freezer; 
 todas as instâncias de armazenamento e distribuição de imunobiológicos 
deverão possuir bobinas congeladas em quantidade suficiente ao 
abastecimento do número de caixas térmicas utilizadas; 
 observar o prazo de validade das bobinas, como também 
periodicamente observá-las contra a luz, a fim de se certificar que estas não 
apresentam depósitos ou resíduos em seu interior, o que representaria a 
contaminação do produto. Caso isto ocorra, desprezar imediatamente; 
 no preparo das caixas térmicas para transporte de imunobiológicos 
destinados a locais distantes e de difícil acesso, recomenda-se o uso de 
bobinas possíveis de serem abertas. 
 
 
5.4.2 Ambientação da bobina de gelo reutilizável 
 
 
A ambientação deverá ser feita para o acondicionamento de imunobiológicos 
entre +2ºC e +8ºC, para o transporte ou uso nas atividades de vacinação. Quando 
as bobinas de gelo reutilizável estiverem estocadas em freezer, proceder à retirada 
das bobinas do freezer e colocá-las sobre uma mesa, pia ou bancada, até que 
desapareça a “névoa” que normalmente cobre a superfície externa da bobina 
congelada. 
 
 
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Ao mesmo tempo, colocar uma das bobinas sobre um material isolante 
(tampa da caixa de isopor) e pôr sob ela o bulbo de um termômetro de cabo 
extensor, para indicação de quando as bobinas terão alcançado a temperatura 
mínima de 0ºC. Após o desaparecimento da “névoa” e a confirmação da temperatura 
positiva, por intermédio do termômetro de cabo extensor, mantido em uma das 
bobinas, colocar as bobinas nas caixas. Concomitantemente, recomenda-se 
mensurar a temperatura interna da caixa por meio do termômetro de cabo extensor, 
antes de inserir as vacinas em seu interior. 
 
 
FIGURA 22 - AMBIENTAÇÃO DAS BOBINAS DE GELO REUTILIZÁVEL 
 
FONTE: Disponível em: <http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/manual_pni_janeiro_2007.pdf>. 
Acesso em: 5 maio 2011. 
 
 
5.5 CAMINHÃO FRIGORÍFICO 
 
 
Utilizado para transporte de imunobiológicos entre as instâncias. Os 
profissionais que trabalham na Rede de Frio devem estar atentos às recomendações 
antes do carregamento, durante o carregamento, no descarregamento e na sua 
limpeza. 
 
 
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Algumas recomendações são importantes antes do carregamento, são elas: 
 inspecionar os itens essenciais do veículo e o equipamento de 
refrigeração do baú de acordo com as recomendações do fabricante; 
 verificar se o estrado vazado de plástico resistente encontra-se no 
assoalho; 
 limpar o interior do baú; 
 acionar o sistema de refrigeração do baú e aguardar que a temperatura 
esteja entre +2ºC e +8ºC (aproximadamente 90 minutos). 
 
São recomendações que devem ser observadas no carregamento: 
 organizar as caixas no baú, por fileira, começando pela parede do fundo 
e lateral. Repetir esse procedimento até acondicionar a carga prevista; 
 as vacinas deverão ser transportadas em caixas térmicas devidamente 
fechadas com provisão de bobinas de gelo. As vacinas em temperatura 
negativa deverão ser localizadas no baú o mais próximo possível da porta; 
 o empilhamento máximo das caixas no interior do baú refrigerado deverá 
ficar em uma altura inferior à saída do ar do evaporador, de tal maneira que 
a mesma não fique obstruída; 
 visando promover uma maior inércia e segurança nas caixas de 
imunobiológicos durante o transporte, não deixar espaçamentos maiores que 
5,0 cm entre as caixas; 
 na área da antecâmara do baú refrigerado deve-se tomar o cuidado de 
garantir a imobilidade de qualquer insumo transportado neste espaço. Tendo 
em vista a possibilidade de deslocamento e avaria destes materiais durante 
o transporte. 
 
Durante o descarregamento devem ser observadas as seguintes 
recomendações: 
 estacionar o caminhão onde houver tomada trifásica para alimentação 
do equipamento do baú. Não existindo docas, estacionar o veículo mais 
próximo do local da Central de Rede de Frio. 
 verificar se todas as caixas estão devidamente fechadas e fazer o 
descarregamento o mais rápido possível, não expondo a carga à 
 
 
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temperatura ambiente ou à luz solar direta. Deixar a porta do baú aberta o 
mínimo possível. 
 
 
FIGURA 23 - ORGANIZAÇÃO DAS CAIXAS TÉRMICAS 
NO BAÚ DO CAMINHÃO FRIGORÍFICO 
 
FONTE: Disponível em: <http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/manual_pni_janeiro_2007.pdf>. 
Acesso em: 5 maio 2011. 
 
 
5.6 GELADEIRA A GÁS/ELETRICIDADE 
 
 
Essa geladeira é indicada para os lugares em que existem constantes cortes 
de energia, tendo em vista que dispõe de duas fontes de energia para seu 
funcionamento; sendo elas o gás, que pode ser o butano ou propano, e energia 
elétrica. Seu sistema de refrigeração é do tipo absorção. Sua capacidade varia entre 
170 e 240 litros e o seu consumo é de 0,6 litro de gás em 24 horas de 
funcionamento, a uma temperatura ambiente de 32ºC. 
Uma vez cortada a energia este equipamento leva três horas para ter a sua 
temperatura elevada a 10ºC e a sua capacidade para produção de gelo é de 3,6kg 
por 24 horas de funcionamento. Não apresenta bom funcionamento em localidades 
com altas temperaturas. 
 
 
 
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5.7 GELADEIRA COM PAREDES DE GELO REUTILIZÁVEL 
 
 
Esse tipo de geladeira trabalha acumulando frio ao congelar uma 
determinada quantidade de bobinas de gelo reutilizável na forma padrão ou em 
tubulares,

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