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Contabilidade Pública Despesa Pública Material Teórico Responsável pelo Conteúdo: Prof. Ms. Rodrigo Marin Revisão Textual: Profa. Ms. Rosemary Toffoli 5 • Conceito • Estágios da Despesa Pública • A despesa pública e a LRF De forma sintética, despesas públicas representam desembolso efetuado pelos agentes pagadores do Estado, ou mesmo a promessa desse pagamento, em face de serviço prestado ou bem consumido. Não deixe de estudar os estágios da despesa pública, a saber: programação, licitação, empenho, liquidação e pagamento. Participe do Fórum, busque os artigos dispostos nos materiais complementares, realize as atividades de sistematização, enfim, dedique-se o máximo, ok? No setor privado, a despesa é incorrida para que se possa auferir receita, e o confronto (princípio da confrontação da receita e da despesa) entre ambas, num determinado período, apura-se o lucro ou o prejuízo, já no setor público, a receita é auferida independentemente da ocorrência de um gasto. Portanto, enquanto no setor privado é preciso incorrer em gastos para arrecadar, no setor público arrecada-se, necessariamente, para gastar. Nesta Unidade, abordaremos as principais características das despesas públicas e suas particularidades. Despesa Pública • Modalidade de aplicação • Elemento de despesa • Classificação funcional-programática • Despesas Extraorçamentárias • Despesas de Exercícios Anteriores (DEA) 6 Unidade: Despesa Pública Caro(a) aluno(a) segue o artigo: Governo não tem como destinar 10% da arrecadação para Saúde. Nesse artigo, é possível identificarmos que, mesmo havendo a lei que estipula determinados percentuais para cada pasta/departamento no governo, na prática, as decisões são tomadas de uma forma bem diferente. Para você se inteirar dessa questão, sugiro a leitura completa do artigo no link disponível a seguir: • http://exame.abril.com.br/brasil/noticias/governo-nao-tem-como-destinar-10-da- arrecadacao-para-saude Contextualização http://exame.abril.com.br/brasil/noticias/governo-nao-tem-como-destinar-10-da-arrecadacao-para-saude http://exame.abril.com.br/brasil/noticias/governo-nao-tem-como-destinar-10-da-arrecadacao-para-saude 7 Constituem Despesa Pública os gastos fixados na lei orçamentária ou em leis especiais e destinados à: • execução dos serviços públicos e dos aumentos patrimoniais; • satisfação dos compromissos da dívida pública; • restituição ou pagamento de importâncias recebidas a título de cauções, depósitos consignações etc. A despesa pública pode ser definida de duas formas: • Financeira - É a aplicação de recursos voltada para o custeio ou manutenção da máquina pública, bem como para gastos de capital (investimentos públicos); • Econômica - Compreende os gastos ou a promessa de gastos de recursos para possibilitar a realização de serviços que visem atender ao interesse público. A despesa pública também é definida como o gasto ou o compromisso de gasto dos recursos governamentais, devidamente autorizados pelo poder competente, visando atender às necessidades de interesse coletivo, prevista na Lei do Orçamento, representando desembolso efetuado pelo Estado, ou mesmo a promessa desse pagamento, em face de serviço prestado ou bem consumido. A Contabilidade Pública registra os acontecimentos e mostra o que a administração realizou, em termos financeiros; é, sobretudo, retrospectiva, enquanto o orçamento é prospectivo. Estágios da Despesa Pública A Lei nº 4.320/64 classifica as despesas públicas em: • Orçamentárias: são as que, para serem realizadas, dependem de autorização legislativa e que não podem se efetivar sem crédito orçamentário correspondente; • Extraorçamentárias: são pagas à margem do orçamento e independem de autorização do Poder Legislativo, pois constituem reduções do passivo financeiro ou compensatórias de entradas no ativo financeiro. Conceito O orçamento é uma técnica especializada de administração do dinheiro público, por meio do qual se busca a melhor aplicação dos recursos financeiros disponíveis. 8 Unidade: Despesa Pública Ideias Chave Os estágios da despesa pública são: programação, licitação, empenho, liquidação e pagamento: Programação Ocorre após a publicação da lei orçamentária, quando o setor competente, por meio de decretos, estabelece um programa de utilização dos créditos orçamentários aprovados para o exercício. Seu objetivo é assegurar aos órgãos e às entidades do Estado os recursos necessários e suficientes para a melhor execução de suas atividades, assim como para manter, durante o exercício, o equilíbrio entre a receita arrecadada e a despesa realizada, de modo a reduzir ao mínimo eventuais insuficiências financeiras. Licitação A lei de licitação exige uma demonstração de recursos para a realização de despesas de obras e prestação de serviços logo após a emissão da Nota de Reserva, demonstrando que existe recurso para iniciar a despesa, conforme o art. 7º, § 2º, III, da Lei nº 8.666/93, sendo assim, inicia-se a licitação. Licitar significa realizar uma competição, e pode-se definir como procedimento administrativo vinculado, pelo qual a Administração Pública seleciona a melhor proposta para celebração de um contrato, buscando adquirir um produto ou a prestação de um serviço. Conforme o artigo 3º da Lei Federal nº 8.666/93 a licitação destina-se a garantir observância do princípio constitucional da isonomia e a selecionar a proposta mais vantajosa para a administração, e será processada e julgada em estreita conformidade com os princípios básicos da: legalidade, impessoalidade, moralidade, igualdade, publicidade, probidade administrativa, vinculação ao instrumento convocatório (Edital), julgamento objetivo e outros que lhes são correlatos. São modalidades de licitação: Empenho É de fundamental importância para a relação contratual entre o setor governamental e seus fornecedores de bens e serviços. É o ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado obrigação de pagamento, pendente ou não de implemento de condição (art. 58 da lei nº 320/64). Ou seja, o empenho vincula dotações de créditos orçamentários para suprir pagamentos de obrigações assumidas. A dotação ou verba orçamentária refere-se ao detalhamento da despesa incluído num orçamento público, sempre ligado a um programa de governo de uma unidade orçamentária, na qual são estabelecidos o montante da disponibilidade e os limites para sua realização. 9 O art. 60 da Lei nº 4.320/64 estabelece que é vedada a realização de despesa sem prévio empenho. São modalidades de empenho: a) Empenho por estimativa: é utilizado nos casos em que não se possa determinar o montante da despesa. (Ex: gasto total de pessoal, gasto com energia, telefone, entre outros); b) Empenho global: destina-se a atender despesa determinada e quantificada e a ser liquidada e paga parceladamente, em geral em cada mês. (Ex: aquela relacionada a um contrato de aluguel com valor indeterminado); c) Empenho ordinário: é utilizado nos casos em que se conhece o valor do bem ou serviço a ser adquirido e o pagamento ocorre de uma única vez. É a modalidade de empenho mais comum na administração. A Lei nº 4.320/64 somente especifica nos parágrafos 2º e 3º do art. 60 os empenhos por estimativa e o global. Todavia, a doutrina é unânime em aceitar o empenho ordinário. Liquidação Consiste na verificação de direito do credor, tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito. A liquidação terá por base: o contrato, ajuste ou acordo respectivo, a nota de empenho e os comprovantes da entrega do material ou da prestação do serviço. Essa verificação tem por objetivo determinar: a origem e o objeto do que se deve pagar, a importância exata a pagar e a quem se deve pagar a importância para extinguir a obrigação. A- CATEGORIA ECONÔMICA (ART. 12 DA LEI Nº 4.320/64) Despesas Correntes: todas as despesas que não contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de capital.Subdividem-se em: • Custeio: destinadas à manutenção dos serviços anteriormente criados (conservação de escolas, hospitais, coleta de lixo, serviços administrativos). São elementos da despesa de custeio: Despesas com Pessoal, Material de Consumo, Serviços de Terceiros etc. • Transferências Correntes: são as transferências realizadas. Podem ser as transferências intragovernamentais, intergovernamentais, a instituições privadas (Subvenções Sociais, Econômicas, Contribuições Correntes), ou a pessoas (inativos, pensionistas) etc. Despesas de Capital: são aquelas que contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de capital ou adicionar um valor a um bem, já existente, bom como transferir, por meio de compra ou outro meio de aquisição, a propriedade de bem entre entidades do setor público ou de setor privado para o primeiro. • Investimentos: são aqueles que aumentam o patrimônio público do qual resulta um bem ativo, aquisição de imóveis para a realização de obras (§ 4º, art. 12 da Lei nº 4.320/64). • Inversões Financeiras: refere-se à aquisição de um bem de capital já em utilização, aquisição de Imóveis – exceto aqueles necessários à realização de obras. 10 Unidade: Despesa Pública • Transferências de Capital: despesas que vão contribuir para formação ou aquisição de um bem de capital – transferências, amortizações de dívidas, etc. B – GRUPOS DE NATUREZA DA DESPESA Entende-se por grupos de natureza de despesa a agregação de elementos de despesa que representam as mesmas características quanto ao objeto de gasto. 1 – Pessoal e Encargos Sociais 2 – Juros e Encargos da Dívida 3 – Outras Despesas Correntes 4 – Investimentos 5 – Inversões Financeiras 6 – Amortização da Dívida A despesa pública e a LRF De acordo com Araújo, 2009, explanando a LRF, será considerada não autorizada, irregular e lesiva ao patrimônio público a geração de despesa ou assunção de obrigação que não atendam às seguintes regras: a) A criação, expansão ou o aperfeiçoamento de ação governamental que acarrete aumento da despesa será acompanhada de: • estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva entrar em vigor e nos dois subsequentes; • declaração do ordenador da despesa de que o aumento tem adequação orçamentária e financeira com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias. b) Os atos que criarem ou aumentarem despesa obrigatória de caráter continuado – despesa corrente derivada de lei, mediante provisória ou ato administrativo normativo que fixem para o ente a obrigação legal de sua execução por período superior a dois exercícios – deverão ser instruídos com a estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva entrar em vigor e nos dois subsequentes e demonstrar a origem dos recursos para seu custeio, não se aplicando esta regra, contudo, às despesas destinadas ao serviço da dívida nem ao reajustamento de remuneração de pessoal de que trata o inciso X do art. 37 da Constituição Federal. 11 Como um dos principais gastos do Estado é com o funcionalismo, a LRF estabeleceu que as despesas com pessoal, para os fins do disposto no caput do art. 169 da constituição, em cada período de apuração, não poderão exceder os percentuais da receita corrente líquida, a seguir discriminados: • União: 50%; • Estados: 60%; • Municípios: 60%. A repartição dos limites globais descritos não poderá exceder os seguintes percentuais: • na esfera federal: a) 2,5% para o legislativo, incluído o Tribunal de Contas da União; b) 6% para o Judiciário. c) 40,9 % para o Executivo; d) 0,6% para o Ministério Público da União. •na esfera estadual: a) 3% para o Legislativo, incluído o Tribunal de Contas da União; b) 6% para o Judiciário; c) 49% para o Executivo; d) 2% para o Ministério Público dos Estados. • na esfera municipal: a) 6% para o Legislativo, incluído o Tribunal de Contas do Município, quando houver; b) 54% para o executivo. Para possibilitar o controle da despesa total com pessoal, a LRF estabelece que é nulo de pleno direito o ato que provoque aumento da despesa com pessoal e não atenda: • Às exigências da lrf e ao disposto no inciso xiii do art. 37 E no § 1º do art. 169 Da constituição federal; • Ao limite legal de comprometimento aplicado às despesas com pessoal inativo; • Ao prazo de 180 dias anteriores ao final doo mandato do titular do respectivo poder ou órgão. Outro aspecto é que se a despesa total com pessoal exceder 95% do limite, são vedados ao poder ou ao órgão que houver incorrido no excesso: • Concessão de vantagem, aumento, reajuste ou adequação de remuneração a qualquer título, salvo os derivados de sentença judicial ou de determinação legal ou contratual, ressalvada a revisão prevista no inciso x do art. 37 Da constituição federal; 12 Unidade: Despesa Pública • Criação de cargo, emprego ou função; • Alteração de estrutura de carreira que implique aumento de despesa; • Provimento de cargo público, admissão ou contratação de pessoal a qualquer título, ressalvada a reposição decorrente de aposentadoria ou falecimento de servidores das áreas de educação, saúde e segurança; • Contratação de hora extra, salvo no caso do disposto no inciso ii, § 6º do art. 57 Da constituição federal, e as situações previstas na lei de diretrizes orçamentárias. Nas transferências voluntárias, que não podem ser utilizadas em finalidade diversa da pactuada, a lrf exige: • Existência de dotação específica; • Observância do disposto no inciso x do art. 167 Da constituição federal; • Comprovação, por parte do beneficiário, de: a) Que se acha em dia quanto ao pagamento de tributos, empréstimos e financiamentos devidos ao ente transferidor, bem como quanto à prestação de contas de recursos anteriormente dele recebidos; b) Cumprimento dos limites constitucionais relativos à educação e à saúde; c) Observância dos limites das dívidas consolidada e mobiliária, de operações de crédito, inclusive por antecipação de receita, de inscrição em restos a pagar e de despesa total com pessoal; d) Previsão orçamentária de contrapartida. A destinação de recursos para, direta ou indiretamente, cobrir necessidades de pessoas físicas ou déficits de pessoas jurídicas deverá, segundo a LRF, ser autorizada por lei específica, atender às condições estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias e estar prevista no orçamento ou em seus créditos adicionais. Modalidade de aplicação De acordo com Lima e Castro (2007), a modalidade de aplicação indica quem realiza o gasto, servindo para complementar a classificação das despesas. A modalidade de aplicação evidencia se o recurso será investido diretamente, ou se será transferido a outras formas de governo, órgãos ou entidades, observando a seguinte estrutura: • transferência intragovernamentais: despesas realizadas mediante transferência de 13 recursos financeiros a entidades pertencentes à Administração Pública, dentro da mesma esfera de governo; • transferências à União: despesas realizadas pelos Estados, Municípios ou pelo Distrito Federal, mediante transferência de recursos financeiros à União, inclusive para suas entidades da administração indireta; • transferências a Estados e ao distrito Federal: despesas orçamentárias realizadas mediante transferência de recursos financeiros da União dos Municípios aos Estados e ao Distrito Federal, inclusive para suas entidades da administração indireta; • transferências a Municípios: despesas orçamentárias realizadas mediante transferência de recursos financeiros da União ou dos Estados aos Municípios, inclusive para suas entidades da administração indireta; • transferências a instituições privadas sem fins lucrativos: despesas orçamentárias realizadas mediante transferência de recursos financeiros a entidades sem fins lucrativos que não tenham vínculo com a administração pública; • transferência a instituições privadas com fins lucrativos: despesas orçamentárias realizadas mediante transferênciade recursos financeiros a entidades com fins lucrativos que não tenha vínculo com a administração pública; • transferências a instituições multigovernamentais nacionais: despesas orçamentárias realizadas mediante transferência de recursos financeiros a entidades criadas e mantidas por dois ou mais entes da Federação ou por dois ou mais países, inclusive o Brasil; • consórcios públicos: identifica as transferências financeiras feitas pelos entes consorciados a entidades instituídas sob a forma de consórcios públicos, em função da participação do ente no respectivo consórcio; • transferências ao exterior: despesas orçamentárias realizadas mediante transferência de recursos financeiros a órgãos ou entidades governamentais pertencentes a outros países, a organismos internacionais e a fundos instituídos por diversos países, inclusive aqueles que tenham sede ou recebam recursos no Brasil; • aplicações diretas: aplicação direta, pela unidade orçamentária, dos créditos a ela alocados ou oriundos de descentralização de outras entidades integrantes ou não dos Orçamentos Fiscal ou da Seguridade Social: contempla operações nas quais em ambos os lados estão órgãos, fundos, autarquias, fundações, empresas estatais dependentes e outras entidades integrantes dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social; • a definir: modalidade de utilização exclusiva do Poder Legislativo, vedada a execução orçamentária enquanto não houver sua definição, podendo ser utilizada para classificação orçamentária da reserva de contingência. Fonte: Lima Castro (2007) 14 Unidade: Despesa Pública Elemento de despesa Segundo o Manual de despesa nacional (2008, p. 41-42), “o elemento de despesa tem por finalidade identificar objetos de gasto, tais como vencimentos e vantagens fixas, juros, diárias, material de consumo, serviços de terceiros prestados, subvenções sócias, obras e instalações, equipamentos e material permanente, auxílios, amortização e outros que a administração pública utiliza para consecução de seus fins.” Segue relação dos elementos de despesa, conforme numeração definida pelo Manual de despesa nacional: 01 – Aposentadoria do RPPS, Reserva Remunerada e Reforma dos Militares 03 – Pensões, exclusive do Regime Geral de Previdência Social 04 – Contratação por Tempo Determinado 05 – Outros Benefícios Previdenciários do RPPS 06 – Benefício Mensal ao Deficiente e ao Idoso 07 – Contribuição a entidades Fechadas de Previdência 08 – Outros Benefícios Assistenciais 09 – Salário-família 10 – Seguro Desemprego e Abono Salarial 11 – Vencimentos e Vantagens Fixas – Pessoal Civil 12 – Vencimentos e Vantagens Fixas – Pessoal Militar 13 – Obrigações Patronais 14 – Diárias - Civil 15 – Diárias - Militar 16 – Outras Despesas Variáveis – Pessoal Civil 17 – Outras Despesas Variáveis – Pessoal Militar 18 – Auxílio Financeiro a Estudantes 19 – Auxílio-fardamento 20 – Auxílio Financeiro a Pesquisadores 21 – Juros Sobre a Dívida por Contrato 22 – Outros Encargos sobre a Dívida por Contrato 23 – Juros, Deságios e Descontos da Dívida Mobiliária 24 – Outros Encargos sobre a Dívida Mobiliária 25 – Encargos sobre Operações de Crédito pó Antecipação da Receita 26 – Obrigações decorrentes da Política Monetária 27 – Encargos pela Honra de Avais, Garantias, Seguros e Similares 28 – Remuneração de Cotas de Fundos Autárquicos 29 – Distribuição do Resultado de Empresas Estatais Dependentes 30 – Material de Consumo 31 – Premiações Culturais, Artísticas, Científicas, Desportivas e outras. 32 – Material, Bem ou Serviço para Distribuição Gratuita 33 – Passagens e Despesas com Locomoção 34 – Outras Despesas de Pessoal decorrentes de Contratos de Terceirização 35 – Serviços de Consultoria 36 – Outros Serviços de Terceiros – Pessoa Física 37 – Locação de Mão-de-Obra 38 – Arrendamento Mercantil 39 – Outros Serviços de Terceiros – Pessoa Jurídica 41 – Contribuições 42 – Auxílios 43 – Subvenções Sociais 45 – Subvenções Econômicas 15 Classificação funcional-programática Com a necessidade de se estabelecer um esquema de classificação que forneça informações mais amplas sobre as programações de planejamento e orçamento e, ao mesmo tempo, uniformizar a terminologia a níveis do governo da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal, foi elaborada a discriminação da despesa orçamentária por funções, consubstanciada como Classificação Funcional Pragmática. Função é o maior nível de agregação das diversas áreas de despesas que competem ao setor público. 46 – Auxílio-alimentação 47 – Obrigações Tributárias e Contributivas 48 – Outros Auxílios Financeiros a Pessoas Físicas 49 – Auxílio-transporte 51 – Obras e Instalações 52 – Equipamentos e Material Permanente 53 – Aposentadorias do Regime Geral de Previdência Social – Área Rural 54 – Aposentadorias do Regime Geral de Previdência Social – Área Urbana 55 – Pensões do Regime Geral de Previdência Social – Área Rural 56 – Pensões do Regime Geral de Previdência Social – Área Urbana 61 – Aquisição de Imóveis 62 – Aquisição de Produtos para Revenda 63 – Aquisição de Títulos de Crédito 64 – Aquisição de Títulos Representativos de Capital já Integralizado 65 – Constituição ou Aumento de Capital de Empresas 66 – Concessão de Empréstimos e Financiamentos 67 – Depósitos Compulsórios 70 – Rateio pela Participação em Consórcio Público 71 – Principal da Dívida Contratual Resgatado 72 – Principal da Dívida Mobiliária Resgatado 73 – Correção Monetária ou Cambial da Dívida Contratual Resgatada 74 – Correção Monetária ou Cambial da Dívida Mobiliária Resgatada 75 – Correção Monetária da Dívida de Operações de Crédito por Antecipação da Receita 76 – Principal Corrigido da Dívida Mobiliária Refinanciado 77 – Principal Corrigido da Dívida Contratual Refinanciado 81 – Distribuição Constitucional ou Legal de Receitas 91 – Sentenças Judiciais 92 – Despesas de Exercícios Anteriores 93 – Indenizações e Restituições 94 – Indenizações e Restituições Trabalhistas 95 – Indenização pela Execução de Trabalhos de Campo 96 – Ressarcimento de Despesas de Pessoal Requisitado 97 – Aporte para Cobertura do Déficit Atuarial do RPPS 99 – A Classificar 16 Unidade: Despesa Pública Subfunção é uma partição da função, que visa agregar determinado subconjunto de despesa do setor público. Programa são os instrumentos através dos quais se fixam propósitos organicamente articulados para o cumprimento das funções, e a cada programa corresponde um produto final ou certos produtos finais a alcançar com os meios disponíveis no período considerado. Na classificação funcional-programática, as funções e os programas a serem desenvolvidas podem ser identificados como típicas – quando se apresentam classificadas dentro da área que melhor caracteriza suas ações, mas não excluindo a possibilidade de serem identificadas em outras áreas; e como exclusivas – quando são caracterizadas por ações que ocorrem em uma única área. Projeto é um instrumento de programação para alcançar os objetivos de um programa, envolvendo um conjunto de operações limitadas no tempo, das quais resulta um produto final que concorre para a expansão ou o aperfeiçoamento da ação do governo. Atividade é um instrumento de programação para alcançar os objetivos de um programa, envolvendo um conjunto de operações – que se realizam de modo contínuo e permanente – necessárias à manutenção da ação do governo. Despesas Extraorçamentárias São as saídas de numerários que não dependem de autorização legislativa, isto é, aquelas que não correspondem à saída de valores orçamentários. Caracterizam-se por acarretar um aumento no Ativo Circulante (quando a saída de um numerário gerar um direito a ser inscrito nesse subgrupo). Por exemplo: adiantamentos e empréstimos a autarquias, desfalque de numerário, com responsabilização de servidor (nesses casos, as saídas de numerário geram direitos a serem inscritos no Circulante), pagamentos deRestos a Pagar, dos serviços da Dívida a Pagar, amortização do principal de dívidas contraídas em curto prazo, devoluções de cauções, repasse às entidades ou pessoas em favor das quais foram efetuadas retenções na fonte (nesses casos, as saídas de numerário acarretam diminuição do Passivo Circulante). A Despesa Extraorçamentária pode ser também em acréscimo de Ativo Circulante quando permutar do Ativo não Circulante Ex: valores a receber referentes a empréstimos a receber a longo prazo (prazo de resgate superior a 12 meses) quando se tornam curto prazo. Pode acontecer que a Despesa Extraorçamentária vire Receita Orçamentária. Pode-se citar como exemplo a retenção de uma “caução” por parte da Administração Pública em virtude do não cumprimento de cláusula contratual ou, outro exemplo pode ser o cancelamento de restos a pagar (art. 38 da Lei nº 4.320/64). 17 Despesas de Exercícios Anteriores (DEA) São as despesas fixadas, no orçamento, decorrentes de compromissos assumidos em exercícios anteriores àquele em que deva ocorrer o pagamento. Não se deve confundir os DEAs com o Restos a Pagar, tendo em vista que sequer foram empenhados ou, se foram, tiveram seus empenhos anulados ou cancelados. Diz o art. 37 da Lei nº 4.320/64 que “as despesas de exercícios encerrados, para os quais o orçamento respectivo consignava crédito próprio, com saldo suficiente para atendê-las, que não se tenham processado na época própria, bem como os Restos a Pagar com prescrição interrompida e os compromissos reconhecidos após o encerramento do exercício correspondente, poderão ser pagos à conta de dotação específica consignada no orçamento, discriminada por elementos, obedecida, sempre que possível, a ordem cronológica”. Os restos a pagar com prescrição interrompida são as despesas cuja inscrição como restos a pagar tenha sido cancelada em exercício subsequente, mas ainda é vigente o direito do credor. As despesas que não se tenham processado na época são: a) Aquelas cujo empenho tenha sido considerado insubsistente e anulado no encerramento do exercício correspondente, mas que, dentro do prazo estabelecido, o credor tenha cumprido sua obrigação, não incluem as despesas que deveriam ter sido empenhadas no exercício de origem, mas não o foram em função da falta de planejamento ou de recursos financeiros; b) Todos os compromissos reconhecidos após o encerramento do exercício, a obrigação de pagamento criada em virtude de lei, mas somente reconhecido o direito do reclamante após o encerramento do exercício correspondente. (Silva, 2012) O reconhecimento da obrigação de pagamento das despesas com exercícios anteriores cabe à autoridade competente para empenhar a despesa. 18 Unidade: Despesa Pública Caro(a) aluno(a), segue material complementar ao material teórico, sempre visando associar a teoria ao dia a dia de nossa área. O primeiro artigo/link demonstra como o Brasil está educando para inovar, visando às futuras gerações, já no artigo de nº dois, fica demonstrada a importância da licitação em órgão e entidades públicas e, para finalizar este material complementar, fica mais um artigo postado que demostra como pode ficar facilitada a transferência de recursos entre União, Estados e Municípios. • Artigo 1 http://exame.abril.com.br/publicidade/ge/como-o-brasil-esta-educando-para-inovar/?utm_ source=home&utm_medium=maislidas&utm_campaign=ge2808 • Artigo 2 http://g1.globo.com/ceara/noticia/2013/08/deputado-pede-explicacao-sobre-compra-de- helicopteros-sem-licitacao-no-ce.html • Artigo 3 http://www12.senado.gov.br/noticias/materias/2013/08/23/relatorio-final-da-ldo-facilita- transferencia-de-recursos-para-estados-e-municipios Material Complementar http://exame.abril.com.br/publicidade/ge/como-o-brasil-esta-educando-para-inovar/%3Futm_source%3Dhome%26utm_medium%3Dmaislidas%26utm_campaign%3Dge2808 http://exame.abril.com.br/publicidade/ge/como-o-brasil-esta-educando-para-inovar/%3Futm_source%3Dhome%26utm_medium%3Dmaislidas%26utm_campaign%3Dge2808 http://g1.globo.com/ceara/noticia/2013/08/deputado-pede-explicacao-sobre-compra-de-helicopteros-sem-licitacao-no-ce.html http://g1.globo.com/ceara/noticia/2013/08/deputado-pede-explicacao-sobre-compra-de-helicopteros-sem-licitacao-no-ce.html http://www12.senado.gov.br/noticias/materias/2013/08/23/relatorio-final-da-ldo-facilita-transferencia-de-recursos-para-estados-e-municipios http://www12.senado.gov.br/noticias/materias/2013/08/23/relatorio-final-da-ldo-facilita-transferencia-de-recursos-para-estados-e-municipios 19 ARAÚJO, Inaldo da Paixão Santos. Contabilidade pública: da teoria a prática, 2. Ed. Ver. E atualizada. – São Paulo: Saraiva, 2009 KOHAMA, Helio. Contabilidade Pública: teoria e prática, São Paulo: Atlas, 13. Ed. 2013. Lei 4.320/1964 manual de contabilidade aplicada ao setor público parte i – Procedimentos contábeis orçamentários - Aplicado à União, Estados, Distrito Federal e Municípios Válido a partir do exercício de 2013 Portaria Conjunta STN/SOF nº 02/2012 5ª edição QUINTANA, Alexandre C. [et al.]. Contabilidade pública: de acordo com as novas normas brasileiras de contabilidade aplicadas ap setor público e a lei de responsabilidade fiscal, São Paulo: Atlas, 2011 SILVA, Valmir Leôncio da, A nova contabilidade aplicada ao setor público: uma abordagem prática, São Paulo: Atlas, 2012. Referências 20 Unidade: Despesa Pública Anotações www.cruzeirodosulvirtual.com.br Campus Liberdade Rua Galvão Bueno, 868 CEP 01506-000 São Paulo SP Brasil Tel: (55 11) 3385-3000 http://www.cruzeirodosulvirtual.com.br
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