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Unidade IV - Despesa Pública

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Contabilidade Pública
Despesa Pública
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Ms. Rodrigo Marin
Revisão Textual:
Profa. Ms. Rosemary Toffoli
5
• Conceito
• Estágios da Despesa Pública
• A despesa pública e a LRF
De forma sintética, despesas públicas representam desembolso efetuado pelos agentes 
pagadores do Estado, ou mesmo a promessa desse pagamento, em face de serviço prestado 
ou bem consumido.
Não deixe de estudar os estágios da despesa pública, a saber: programação, licitação, 
empenho, liquidação e pagamento.
Participe do Fórum, busque os artigos dispostos nos materiais complementares, realize as 
atividades de sistematização, enfim, dedique-se o máximo, ok?
No setor privado, a despesa é incorrida para que se possa auferir 
receita, e o confronto (princípio da confrontação da receita e 
da despesa) entre ambas, num determinado período, apura-se 
o lucro ou o prejuízo, já no setor público, a receita é auferida 
independentemente da ocorrência de um gasto. Portanto, 
enquanto no setor privado é preciso incorrer em gastos para 
arrecadar, no setor público arrecada-se, necessariamente, para 
gastar. Nesta Unidade, abordaremos as principais características 
das despesas públicas e suas particularidades.
Despesa Pública
• Modalidade de aplicação
• Elemento de despesa
• Classificação funcional-programática
• Despesas Extraorçamentárias
• Despesas de Exercícios Anteriores (DEA)
6
Unidade: Despesa Pública
Caro(a) aluno(a) segue o artigo: Governo não tem como destinar 10% da arrecadação 
para Saúde.
Nesse artigo, é possível identificarmos que, mesmo havendo a lei que estipula determinados 
percentuais para cada pasta/departamento no governo, na prática, as decisões são tomadas de 
uma forma bem diferente. 
Para você se inteirar dessa questão, sugiro a leitura completa do artigo no link disponível a seguir:
• http://exame.abril.com.br/brasil/noticias/governo-nao-tem-como-destinar-10-da-
arrecadacao-para-saude
Contextualização
http://exame.abril.com.br/brasil/noticias/governo-nao-tem-como-destinar-10-da-arrecadacao-para-saude
http://exame.abril.com.br/brasil/noticias/governo-nao-tem-como-destinar-10-da-arrecadacao-para-saude
7
Constituem Despesa Pública os gastos fixados na lei 
orçamentária ou em leis especiais e destinados à:
• execução dos serviços públicos e dos aumentos 
patrimoniais;
• satisfação dos compromissos da dívida pública; 
• restituição ou pagamento de importâncias recebidas a 
título de cauções, depósitos consignações etc.
A despesa pública pode ser definida de duas formas:
• Financeira - É a aplicação de recursos voltada para o custeio ou manutenção da máquina 
pública, bem como para gastos de capital (investimentos públicos);
• Econômica - Compreende os gastos ou a promessa de gastos de recursos para possibilitar 
a realização de serviços que visem atender ao interesse público.
A despesa pública também é definida como o gasto ou o compromisso de gasto dos 
recursos governamentais, devidamente autorizados pelo poder competente, visando atender 
às necessidades de interesse coletivo, prevista na Lei do Orçamento, representando desembolso 
efetuado pelo Estado, ou mesmo a promessa desse pagamento, em face de serviço prestado ou 
bem consumido.
A Contabilidade Pública registra os acontecimentos e mostra o que a administração realizou, 
em termos financeiros; é, sobretudo, retrospectiva, enquanto o orçamento é prospectivo. 
Estágios da Despesa Pública
A Lei nº 4.320/64 classifica as despesas públicas em:
• Orçamentárias: são as que, para serem realizadas, dependem de autorização legislativa 
e que não podem se efetivar sem crédito orçamentário correspondente; 
• Extraorçamentárias: são pagas à margem do orçamento e independem de autorização 
do Poder Legislativo, pois constituem reduções do passivo financeiro ou compensatórias 
de entradas no ativo financeiro.
Conceito
O orçamento é uma 
técnica especializada 
de administração do 
dinheiro público, por 
meio do qual se busca 
a melhor aplicação dos 
recursos financeiros 
disponíveis.
8
Unidade: Despesa Pública
Ideias Chave
Os estágios da despesa pública são: programação, licitação, empenho, liquidação e pagamento:
Programação
Ocorre após a publicação da lei orçamentária, quando o setor competente, por meio de 
decretos, estabelece um programa de utilização dos créditos orçamentários aprovados para o 
exercício. Seu objetivo é assegurar aos órgãos e às entidades do Estado os recursos necessários 
e suficientes para a melhor execução de suas atividades, assim como para manter, durante o 
exercício, o equilíbrio entre a receita arrecadada e a despesa realizada, de modo a reduzir ao 
mínimo eventuais insuficiências financeiras. 
Licitação
A lei de licitação exige uma demonstração de recursos para a realização de despesas de obras 
e prestação de serviços logo após a emissão da Nota de Reserva, demonstrando que existe 
recurso para iniciar a despesa, conforme o art. 7º, § 2º, III, da Lei nº 8.666/93, sendo assim, 
inicia-se a licitação. 
Licitar significa realizar uma competição, e pode-se definir como procedimento administrativo 
vinculado, pelo qual a Administração Pública seleciona a melhor proposta para celebração de 
um contrato, buscando adquirir um produto ou a prestação de um serviço.
Conforme o artigo 3º da Lei Federal nº 8.666/93 a licitação destina-se a garantir observância 
do princípio constitucional da isonomia e a selecionar a proposta mais vantajosa para a 
administração, e será processada e julgada em estreita conformidade com os princípios básicos 
da: legalidade, impessoalidade, moralidade, igualdade, publicidade, probidade administrativa, 
vinculação ao instrumento convocatório (Edital), julgamento objetivo e outros que lhes são 
correlatos. São modalidades de licitação:
Empenho
É de fundamental importância para a relação contratual entre o setor governamental e seus 
fornecedores de bens e serviços. É o ato emanado de autoridade competente que cria para 
o Estado obrigação de pagamento, pendente ou não de implemento de condição (art. 58 da 
lei nº 320/64). Ou seja, o empenho vincula dotações de créditos orçamentários para suprir 
pagamentos de obrigações assumidas.
A dotação ou verba orçamentária refere-se ao detalhamento da despesa incluído num 
orçamento público, sempre ligado a um programa de governo de uma unidade orçamentária, 
na qual são estabelecidos o montante da disponibilidade e os limites para sua realização.
9
O art. 60 da Lei nº 4.320/64 estabelece que é vedada a realização de despesa sem prévio 
empenho. 
São modalidades de empenho:
a) Empenho por estimativa: é utilizado nos casos em que não se possa determinar o 
montante da despesa. (Ex: gasto total de pessoal, gasto com energia, telefone, entre 
outros);
b) Empenho global: destina-se a atender despesa determinada e quantificada e a ser 
liquidada e paga parceladamente, em geral em cada mês. (Ex: aquela relacionada a um 
contrato de aluguel com valor indeterminado);
c) Empenho ordinário: é utilizado nos casos em que se conhece o valor do bem ou serviço 
a ser adquirido e o pagamento ocorre de uma única vez. É a modalidade de empenho 
mais comum na administração. A Lei nº 4.320/64 somente especifica nos parágrafos 2º e 
3º do art. 60 os empenhos por estimativa e o global. Todavia, a doutrina é unânime em 
aceitar o empenho ordinário.
Liquidação
Consiste na verificação de direito do credor, tendo por base os títulos e documentos 
comprobatórios do respectivo crédito. A liquidação terá por base: o contrato, ajuste ou acordo 
respectivo, a nota de empenho e os comprovantes da entrega do material ou da prestação do 
serviço. Essa verificação tem por objetivo determinar: a origem e o objeto do que se deve pagar, 
a importância exata a pagar e a quem se deve pagar a importância para extinguir a obrigação. 
A- CATEGORIA ECONÔMICA (ART. 12 DA LEI Nº 4.320/64)
Despesas Correntes: todas as despesas que não contribuem, diretamente, para a formação ou 
aquisição de um bem de capital.Subdividem-se em:
• Custeio: destinadas à manutenção dos serviços anteriormente criados (conservação de escolas, 
hospitais, coleta de lixo, serviços administrativos). São elementos da despesa de custeio: Despesas 
com Pessoal, Material de Consumo, Serviços de Terceiros etc.
• Transferências Correntes: são as transferências realizadas. Podem ser as transferências 
intragovernamentais, intergovernamentais, a instituições privadas (Subvenções Sociais, 
Econômicas, Contribuições Correntes), ou a pessoas (inativos, pensionistas) etc.
Despesas de Capital: são aquelas que contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de 
um bem de capital ou adicionar um valor a um bem, já existente, bom como transferir, por meio de 
compra ou outro meio de aquisição, a propriedade de bem entre entidades do setor público ou de 
setor privado para o primeiro. 
• Investimentos: são aqueles que aumentam o patrimônio público do qual resulta um bem ativo, 
aquisição de imóveis para a realização de obras (§ 4º, art. 12 da Lei nº 4.320/64).
• Inversões Financeiras: refere-se à aquisição de um bem de capital já em utilização, aquisição 
de Imóveis – exceto aqueles necessários à realização de obras. 
10
Unidade: Despesa Pública
• Transferências de Capital: despesas que vão contribuir para formação ou aquisição de um 
bem de capital – transferências, amortizações de dívidas, etc.
B – GRUPOS DE NATUREZA DA DESPESA
Entende-se por grupos de natureza de despesa a agregação de elementos de despesa que representam 
as mesmas características quanto ao objeto de gasto.
1 – Pessoal e Encargos Sociais
2 – Juros e Encargos da Dívida
3 – Outras Despesas Correntes 
4 – Investimentos
5 – Inversões Financeiras
6 – Amortização da Dívida
A despesa pública e a LRF
De acordo com Araújo, 2009, explanando a LRF, será considerada não autorizada, irregular e 
lesiva ao patrimônio público a geração de despesa ou assunção de obrigação que não atendam 
às seguintes regras:
a) A criação, expansão ou o aperfeiçoamento de ação governamental que acarrete aumento 
da despesa será acompanhada de:
• estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva entrar em 
vigor e nos dois subsequentes;
• declaração do ordenador da despesa de que o aumento tem adequação orçamentária e 
financeira com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias.
b) Os atos que criarem ou aumentarem despesa obrigatória de caráter continuado – despesa 
corrente derivada de lei, mediante provisória ou ato administrativo normativo que fixem 
para o ente a obrigação legal de sua execução por período superior a dois exercícios – 
deverão ser instruídos com a estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício 
em que deva entrar em vigor e nos dois subsequentes e demonstrar a origem dos recursos 
para seu custeio, não se aplicando esta regra, contudo, às despesas destinadas ao serviço 
da dívida nem ao reajustamento de remuneração de pessoal de que trata o inciso X do art. 
37 da Constituição Federal.
11
Como um dos principais gastos do Estado é com o funcionalismo, a LRF estabeleceu que as 
despesas com pessoal, para os fins do disposto no caput do art. 169 da constituição, em cada 
período de apuração, não poderão exceder os percentuais da receita corrente líquida, a seguir 
discriminados:
• União: 50%;
• Estados: 60%;
• Municípios: 60%.
A repartição dos limites globais descritos não poderá exceder os seguintes percentuais:
• na esfera federal:
a) 2,5% para o legislativo, incluído o Tribunal de Contas da União;
b) 6% para o Judiciário.
c) 40,9 % para o Executivo;
d) 0,6% para o Ministério Público da União.
•na esfera estadual:
a) 3% para o Legislativo, incluído o Tribunal de Contas da União;
b) 6% para o Judiciário;
c) 49% para o Executivo;
d) 2% para o Ministério Público dos Estados.
• na esfera municipal:
a) 6% para o Legislativo, incluído o Tribunal de Contas do Município, quando houver;
b) 54% para o executivo.
Para possibilitar o controle da despesa total com pessoal, a LRF estabelece que é nulo de 
pleno direito o ato que provoque aumento da despesa com pessoal e não atenda:
• Às exigências da lrf e ao disposto no inciso xiii do art. 37 E no § 1º do art. 169 Da 
constituição federal;
• Ao limite legal de comprometimento aplicado às despesas com pessoal inativo;
• Ao prazo de 180 dias anteriores ao final doo mandato do titular do respectivo poder ou 
órgão.
Outro aspecto é que se a despesa total com pessoal exceder 95% do limite, são vedados ao 
poder ou ao órgão que houver incorrido no excesso:
• Concessão de vantagem, aumento, reajuste ou adequação de remuneração a qualquer 
título, salvo os derivados de sentença judicial ou de determinação legal ou contratual, 
ressalvada a revisão prevista no inciso x do art. 37 Da constituição federal;
12
Unidade: Despesa Pública
• Criação de cargo, emprego ou função;
• Alteração de estrutura de carreira que implique aumento de despesa;
• Provimento de cargo público, admissão ou contratação de pessoal a qualquer título, 
ressalvada a reposição decorrente de aposentadoria ou falecimento de servidores das 
áreas de educação, saúde e segurança;
• Contratação de hora extra, salvo no caso do disposto no inciso ii, § 6º do art. 57 Da 
constituição federal, e as situações previstas na lei de diretrizes orçamentárias.
Nas transferências voluntárias, que não podem ser utilizadas em finalidade diversa da 
pactuada, a lrf exige:
• Existência de dotação específica;
• Observância do disposto no inciso x do art. 167 Da constituição federal;
• Comprovação, por parte do beneficiário, de:
a) Que se acha em dia quanto ao pagamento de tributos, empréstimos e financiamentos 
devidos ao ente transferidor, bem como quanto à prestação de contas de recursos 
anteriormente dele recebidos;
b) Cumprimento dos limites constitucionais relativos à educação e à saúde;
c) Observância dos limites das dívidas consolidada e mobiliária, de operações de crédito, 
inclusive por antecipação de receita, de inscrição em restos a pagar e de despesa total 
com pessoal;
d) Previsão orçamentária de contrapartida.
A destinação de recursos para, direta ou indiretamente, cobrir necessidades de pessoas físicas 
ou déficits de pessoas jurídicas deverá, segundo a LRF, ser autorizada por lei específica, atender 
às condições estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias e estar prevista no orçamento ou 
em seus créditos adicionais.
Modalidade de aplicação
De acordo com Lima e Castro (2007), a modalidade de aplicação indica quem realiza o 
gasto, servindo para complementar a classificação das despesas. A modalidade de aplicação 
evidencia se o recurso será investido diretamente, ou se será transferido a outras formas de 
governo, órgãos ou entidades, observando a seguinte estrutura:
• transferência intragovernamentais: despesas realizadas mediante transferência de 
13
recursos financeiros a entidades pertencentes à Administração Pública, dentro da mesma 
esfera de governo;
• transferências à União: despesas realizadas pelos Estados, Municípios ou pelo Distrito 
Federal, mediante transferência de recursos financeiros à União, inclusive para suas 
entidades da administração indireta;
• transferências a Estados e ao distrito Federal: despesas orçamentárias realizadas 
mediante transferência de recursos financeiros da União dos Municípios aos Estados e ao 
Distrito Federal, inclusive para suas entidades da administração indireta;
• transferências a Municípios: despesas orçamentárias realizadas mediante transferência 
de recursos financeiros da União ou dos Estados aos Municípios, inclusive para suas 
entidades da administração indireta;
• transferências a instituições privadas sem fins lucrativos: despesas orçamentárias 
realizadas mediante transferência de recursos financeiros a entidades sem fins lucrativos 
que não tenham vínculo com a administração pública;
• transferência a instituições privadas com fins lucrativos: despesas orçamentárias 
realizadas mediante transferênciade recursos financeiros a entidades com fins lucrativos 
que não tenha vínculo com a administração pública;
• transferências a instituições multigovernamentais nacionais: despesas 
orçamentárias realizadas mediante transferência de recursos financeiros a entidades 
criadas e mantidas por dois ou mais entes da Federação ou por dois ou mais países, 
inclusive o Brasil;
• consórcios públicos: identifica as transferências financeiras feitas pelos entes consorciados 
a entidades instituídas sob a forma de consórcios públicos, em função da participação do 
ente no respectivo consórcio;
• transferências ao exterior: despesas orçamentárias realizadas mediante transferência de 
recursos financeiros a órgãos ou entidades governamentais pertencentes a outros países, a 
organismos internacionais e a fundos instituídos por diversos países, inclusive aqueles que 
tenham sede ou recebam recursos no Brasil;
• aplicações diretas: aplicação direta, pela unidade orçamentária, dos créditos a ela 
alocados ou oriundos de descentralização de outras entidades integrantes ou não dos 
Orçamentos Fiscal ou da Seguridade Social: contempla operações nas quais em ambos os 
lados estão órgãos, fundos, autarquias, fundações, empresas estatais dependentes e outras 
entidades integrantes dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social;
• a definir: modalidade de utilização exclusiva do Poder Legislativo, vedada a execução 
orçamentária enquanto não houver sua definição, podendo ser utilizada para classificação 
orçamentária da reserva de contingência.
Fonte: Lima Castro (2007)
14
Unidade: Despesa Pública
Elemento de despesa
Segundo o Manual de despesa nacional (2008, p. 41-42), “o elemento de despesa tem por 
finalidade identificar objetos de gasto, tais como vencimentos e vantagens fixas, juros, diárias, 
material de consumo, serviços de terceiros prestados, subvenções sócias, obras e instalações, 
equipamentos e material permanente, auxílios, amortização e outros que a administração 
pública utiliza para consecução de seus fins.”
Segue relação dos elementos de despesa, conforme numeração definida pelo Manual de 
despesa nacional: 
01 – Aposentadoria do RPPS, Reserva 
Remunerada e Reforma dos Militares
03 – Pensões, exclusive do Regime Geral de 
Previdência Social 
04 – Contratação por Tempo Determinado
05 – Outros Benefícios Previdenciários do RPPS
06 – Benefício Mensal ao Deficiente e ao Idoso
07 – Contribuição a entidades Fechadas de 
Previdência
08 – Outros Benefícios Assistenciais
09 – Salário-família
10 – Seguro Desemprego e Abono Salarial
11 – Vencimentos e Vantagens Fixas – Pessoal 
Civil
12 – Vencimentos e Vantagens Fixas – Pessoal 
Militar
13 – Obrigações Patronais
14 – Diárias - Civil
15 – Diárias - Militar
16 – Outras Despesas Variáveis – Pessoal Civil
17 – Outras Despesas Variáveis – Pessoal Militar 
18 – Auxílio Financeiro a Estudantes 
19 – Auxílio-fardamento
20 – Auxílio Financeiro a Pesquisadores
21 – Juros Sobre a Dívida por Contrato
22 – Outros Encargos sobre a Dívida por 
Contrato
23 – Juros, Deságios e Descontos da Dívida 
Mobiliária
24 – Outros Encargos sobre a Dívida Mobiliária
25 – Encargos sobre Operações de Crédito pó 
Antecipação da Receita
26 – Obrigações decorrentes da Política 
Monetária
27 – Encargos pela Honra de Avais, Garantias, 
Seguros e Similares
28 – Remuneração de Cotas de Fundos 
Autárquicos
29 – Distribuição do Resultado de Empresas 
Estatais Dependentes
30 – Material de Consumo
31 – Premiações Culturais, Artísticas, Científicas, 
Desportivas e outras.
32 – Material, Bem ou Serviço para Distribuição 
Gratuita
33 – Passagens e Despesas com Locomoção
34 – Outras Despesas de Pessoal decorrentes de 
Contratos de Terceirização
35 – Serviços de Consultoria
36 – Outros Serviços de Terceiros – Pessoa Física
37 – Locação de Mão-de-Obra
38 – Arrendamento Mercantil
39 – Outros Serviços de Terceiros – Pessoa 
Jurídica
41 – Contribuições
42 – Auxílios
43 – Subvenções Sociais
45 – Subvenções Econômicas
15
Classificação funcional-programática
Com a necessidade de se estabelecer um esquema de classificação que forneça informações 
mais amplas sobre as programações de planejamento e orçamento e, ao mesmo tempo, 
uniformizar a terminologia a níveis do governo da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito 
Federal, foi elaborada a discriminação da despesa orçamentária por funções, consubstanciada 
como Classificação Funcional Pragmática.
Função é o maior nível de agregação das diversas áreas de despesas que competem ao setor 
público.
46 – Auxílio-alimentação
47 – Obrigações Tributárias e Contributivas
48 – Outros Auxílios Financeiros a Pessoas 
Físicas 
49 – Auxílio-transporte
51 – Obras e Instalações
52 – Equipamentos e Material Permanente
53 – Aposentadorias do Regime Geral de 
Previdência Social – Área Rural 
54 – Aposentadorias do Regime Geral de 
Previdência Social – Área Urbana
55 – Pensões do Regime Geral de Previdência 
Social – Área Rural
56 – Pensões do Regime Geral de Previdência 
Social – Área Urbana
61 – Aquisição de Imóveis
62 – Aquisição de Produtos para Revenda
63 – Aquisição de Títulos de Crédito
64 – Aquisição de Títulos Representativos de 
Capital já Integralizado
65 – Constituição ou Aumento de Capital de 
Empresas
66 – Concessão de Empréstimos e 
Financiamentos
67 – Depósitos Compulsórios
70 – Rateio pela Participação em Consórcio 
Público
71 – Principal da Dívida Contratual Resgatado
72 – Principal da Dívida Mobiliária Resgatado
73 – Correção Monetária ou Cambial da Dívida 
Contratual Resgatada
74 – Correção Monetária ou Cambial da Dívida 
Mobiliária Resgatada
75 – Correção Monetária da Dívida de Operações 
de Crédito por Antecipação da Receita
76 – Principal Corrigido da Dívida Mobiliária 
Refinanciado
77 – Principal Corrigido da Dívida Contratual 
Refinanciado
81 – Distribuição Constitucional ou Legal de 
Receitas
91 – Sentenças Judiciais
92 – Despesas de Exercícios Anteriores
93 – Indenizações e Restituições
94 – Indenizações e Restituições Trabalhistas
95 – Indenização pela Execução de Trabalhos 
de Campo
96 – Ressarcimento de Despesas de Pessoal 
Requisitado
97 – Aporte para Cobertura do Déficit Atuarial 
do RPPS
99 – A Classificar
16
Unidade: Despesa Pública
Subfunção é uma partição da função, que visa agregar determinado subconjunto de despesa 
do setor público.
Programa são os instrumentos através dos quais se fixam propósitos organicamente 
articulados para o cumprimento das funções, e a cada programa corresponde um produto final 
ou certos produtos finais a alcançar com os meios disponíveis no período considerado.
Na classificação funcional-programática, as funções e os programas a serem desenvolvidas 
podem ser identificados como típicas – quando se apresentam classificadas dentro da área que 
melhor caracteriza suas ações, mas não excluindo a possibilidade de serem identificadas em 
outras áreas; e como exclusivas – quando são caracterizadas por ações que ocorrem em uma 
única área.
Projeto é um instrumento de programação para alcançar os objetivos de um programa, 
envolvendo um conjunto de operações limitadas no tempo, das quais resulta um produto final 
que concorre para a expansão ou o aperfeiçoamento da ação do governo.
Atividade é um instrumento de programação para alcançar os objetivos de um programa, 
envolvendo um conjunto de operações – que se realizam de modo contínuo e permanente – 
necessárias à manutenção da ação do governo. 
Despesas Extraorçamentárias
São as saídas de numerários que não dependem de autorização legislativa, isto é, aquelas 
que não correspondem à saída de valores orçamentários. Caracterizam-se por acarretar um 
aumento no Ativo Circulante (quando a saída de um numerário gerar um direito a ser inscrito 
nesse subgrupo). Por exemplo: adiantamentos e empréstimos a autarquias, desfalque de 
numerário, com responsabilização de servidor (nesses casos, as saídas de numerário geram 
direitos a serem inscritos no Circulante), pagamentos deRestos a Pagar, dos serviços da Dívida 
a Pagar, amortização do principal de dívidas contraídas em curto prazo, devoluções de cauções, 
repasse às entidades ou pessoas em favor das quais foram efetuadas retenções na fonte (nesses 
casos, as saídas de numerário acarretam diminuição do Passivo Circulante).
A Despesa Extraorçamentária pode ser também em acréscimo de Ativo Circulante quando 
permutar do Ativo não Circulante Ex: valores a receber referentes a empréstimos a receber a 
longo prazo (prazo de resgate superior a 12 meses) quando se tornam curto prazo.
Pode acontecer que a Despesa Extraorçamentária vire Receita Orçamentária. Pode-se citar 
como exemplo a retenção de uma “caução” por parte da Administração Pública em virtude do 
não cumprimento de cláusula contratual ou, outro exemplo pode ser o cancelamento de restos 
a pagar (art. 38 da Lei nº 4.320/64).
17
Despesas de Exercícios Anteriores (DEA)
São as despesas fixadas, no orçamento, decorrentes de compromissos assumidos em 
exercícios anteriores àquele em que deva ocorrer o pagamento. Não se deve confundir os DEAs 
com o Restos a Pagar, tendo em vista que sequer foram empenhados ou, se foram, tiveram seus 
empenhos anulados ou cancelados. 
Diz o art. 37 da Lei nº 4.320/64 que
“as despesas de exercícios encerrados, para os quais o orçamento respectivo 
consignava crédito próprio, com saldo suficiente para atendê-las, que não 
se tenham processado na época própria, bem como os Restos a Pagar 
com prescrição interrompida e os compromissos reconhecidos após o 
encerramento do exercício correspondente, poderão ser pagos à conta de 
dotação específica consignada no orçamento, discriminada por elementos, 
obedecida, sempre que possível, a ordem cronológica”.
Os restos a pagar com prescrição interrompida são as despesas cuja inscrição como restos a 
pagar tenha sido cancelada em exercício subsequente, mas ainda é vigente o direito do credor.
As despesas que não se tenham processado na época são:
a) Aquelas cujo empenho tenha sido considerado insubsistente e anulado 
no encerramento do exercício correspondente, mas que, dentro do prazo 
estabelecido, o credor tenha cumprido sua obrigação, não incluem as 
despesas que deveriam ter sido empenhadas no exercício de origem, mas 
não o foram em função da falta de planejamento ou de recursos financeiros;
b) Todos os compromissos reconhecidos após o encerramento do exercício, a 
obrigação de pagamento criada em virtude de lei, mas somente reconhecido 
o direito do reclamante após o encerramento do exercício correspondente. 
(Silva, 2012)
O reconhecimento da obrigação de pagamento das despesas com exercícios anteriores cabe 
à autoridade competente para empenhar a despesa.
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Unidade: Despesa Pública
Caro(a) aluno(a), segue material complementar ao material teórico, sempre visando associar a 
teoria ao dia a dia de nossa área. O primeiro artigo/link demonstra como o Brasil está educando 
para inovar, visando às futuras gerações, já no artigo de nº dois, fica demonstrada a importância 
da licitação em órgão e entidades públicas e, para finalizar este material complementar, fica mais 
um artigo postado que demostra como pode ficar facilitada a transferência de recursos entre 
União, Estados e Municípios.
• Artigo 1
http://exame.abril.com.br/publicidade/ge/como-o-brasil-esta-educando-para-inovar/?utm_
source=home&utm_medium=maislidas&utm_campaign=ge2808
• Artigo 2
http://g1.globo.com/ceara/noticia/2013/08/deputado-pede-explicacao-sobre-compra-de-
helicopteros-sem-licitacao-no-ce.html
• Artigo 3
http://www12.senado.gov.br/noticias/materias/2013/08/23/relatorio-final-da-ldo-facilita-
transferencia-de-recursos-para-estados-e-municipios
Material Complementar
http://exame.abril.com.br/publicidade/ge/como-o-brasil-esta-educando-para-inovar/%3Futm_source%3Dhome%26utm_medium%3Dmaislidas%26utm_campaign%3Dge2808
http://exame.abril.com.br/publicidade/ge/como-o-brasil-esta-educando-para-inovar/%3Futm_source%3Dhome%26utm_medium%3Dmaislidas%26utm_campaign%3Dge2808
http://g1.globo.com/ceara/noticia/2013/08/deputado-pede-explicacao-sobre-compra-de-helicopteros-sem-licitacao-no-ce.html
http://g1.globo.com/ceara/noticia/2013/08/deputado-pede-explicacao-sobre-compra-de-helicopteros-sem-licitacao-no-ce.html
http://www12.senado.gov.br/noticias/materias/2013/08/23/relatorio-final-da-ldo-facilita-transferencia-de-recursos-para-estados-e-municipios
http://www12.senado.gov.br/noticias/materias/2013/08/23/relatorio-final-da-ldo-facilita-transferencia-de-recursos-para-estados-e-municipios
19
ARAÚJO, Inaldo da Paixão Santos. Contabilidade pública: da teoria a prática, 2. Ed. Ver. 
E atualizada. – São Paulo: Saraiva, 2009
KOHAMA, Helio. Contabilidade Pública: teoria e prática, São Paulo: Atlas, 13. Ed. 2013.
Lei 4.320/1964 manual de contabilidade aplicada ao setor público parte i – 
Procedimentos contábeis orçamentários - Aplicado à União, Estados, Distrito Federal e 
Municípios Válido a partir do exercício de 2013 Portaria Conjunta STN/SOF nº 02/2012 5ª 
edição
QUINTANA, Alexandre C. [et al.]. Contabilidade pública: de acordo com as novas normas 
brasileiras de contabilidade aplicadas ap setor público e a lei de responsabilidade 
fiscal, São Paulo: Atlas, 2011
SILVA, Valmir Leôncio da, A nova contabilidade aplicada ao setor público: uma 
abordagem prática, São Paulo: Atlas, 2012.
Referências
20
Unidade: Despesa Pública
Anotações
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Campus Liberdade
Rua Galvão Bueno, 868
CEP 01506-000
São Paulo SP Brasil 
Tel: (55 11) 3385-3000
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