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PÉROLA BARRANCO BRITO
RA 8099575
SÃO PAULO
2020
O manifesto da democracia através dos Conselhos
O texto a seguir, destaca informações pertinentes sobre a relação entre democracia e os Conselhos, no artigo “O Conselho do FUNDEB e as práticas de participação institucionalizadas” de Ubirajara Couto Lima e José Wellington Marinho de Aragão.
A relação entre Estado e a sociedade brasileira é marcada por uma cultura política autoritária, patrimonialista, clientelista e de troca de favores. A luta pela democratização, que tem como marco formal a Constituição Federal de 1988, destacou elementos de uma nova cultura política caracterizada como democrática, autônoma, solidária, igualitária e justa, porém que ainda concomita com uma cultura tradicionalista e antiga.
Na circunstância de universalização de democracia e direitos sociais, entre eles o direito à educação, a Constituição Federal de 1988 e a Lei de Diretrizes e Bases (LDB n°. 9394/96) favorecem e garantem a criação dos conselhos de sistema, incluindo os escolares e, mais especificamente, ao da alimentação escolar e ao do FUNDEF e FUNDEB. Assim, apesar da distância entre as definições legais e a prática cotidiana do exercício dos direitos, historicamente o Brasil favoreceu a criação e formação de colegiados participativos de fato.
Para os Conselheiros entrevistados no artigo, a democracia tem diversos significados, mas todos giram em torno do tema central do direito e da participação. Em um dos depoimentos, é enfatizada a conquista de democratização a exemplo dos espaços como os Conselhos. Também é muito constante nos depoimentos a referência sobre o sentido de democracia enquanto participação, sendo que o mais interessante é que em praticamente todas as citações encontra-se a ideia principal para os teóricos da democracia participativa (PATEMAN, 1992; ROUSSEAU, 1983), apoiada no princípio da soberania popular, ou seja, a participação direta nas decisões.
Ainda sobre a democracia, há depoimentos que transparecem sobre os seguintes pontos: enfrentamento de uma disputa político cultural; o otimismo das mudanças reais relacionadas ao processo de democratização do país; a fragilidade do sistema partidário brasileiro na sua capacidade de mobilização política das pessoas em relação à escolha dos representantes dos Conselhos.
Sobre ser membro participante do Conselho do FUNDBEB, para alguns é uma grande responsabilidade cidadã, enquanto outros expressam sua frustação por ter que lidar com a burocracia dos processos. De forma geral, os Conselheiros citam também, ações que proporcionam a construção de um processo realmente democrático de emancipação, e autonomia: envolvimento, compromisso, responsabilidade social, olhar coletivo, engajamento e partilha. 
Os Conselheiros consideram que está havendo maior participação social e política no país, porém esta atuação estaria relacionada a motivos específicos de ordem individual, social, política e econômica, que dificultaram sua concretização no aspecto abrangente da sociedade. Ainda temos de considerar uma outra realidade brasileira, que é um sistema dicotômica em que vivemos, onde há a parte elitizada que consegue participar da competição política e obter benefícios e a outra pequena parte da população que se constitui através de associações e outras entidades da sociedade civil, sendo que ainda a maior parte da população tem sua atuação restrita às eleições, e por estar desassistida de amparo, é foco acessível da persuasão política, beneficiada pelo clientelismo.
Outro ponto abordado pelos conselheiros no artigo, diz respeito à dificuldade que é o cumprimento da complicada prática de acompanhar e controlar a distribuição, a transferência e a aplicação dos recursos do Fundo, além de inspecionar o senso escolar e a elaboração da proposta orçamentária. Para essas funções contábeis específicas, é necessário um profissional técnico na área, ou uma formação básica mínima que habilite os conselheiros para realizar qualitativamente as suas funções. Há ainda a situação preocupante dos Conselheiros que não sabem o que é FUNDEB e muito menos qual sua função em relação a este Fundo.
De forma geral, o artigo apresenta a realidade paradoxal brasileira, e apesar do ritmo lento da democracia, há uma fresta na janela para a presença da população no exercício da cidadania, participação esta, muitas vezes unilateral e subjetiva, seja ela em suas diversas formas de manifestação, ou por meio dos conselhos, a maior parte restritos à burocracia entre quatro paredes.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
LIMA, U. C.; ARAGÃO, J. W. O Conselho do FUNDEB e as práticas de participação institucionalizados, EDUFBA, Scielo Books, 2010. P. 259 a 273.
	Atividade portfólio 2º. Ciclo
Após a leitura do artigo de LIMA, U. C.; ARAGÃO, J. W. intitulado “O Conselho do FUNDEB e as práticas de participação institucionalizados, EDUFBA, Scielo Books, 2010, responda as questões pontuadas abaixo. Você pode responder “questão por questão” ou mesmo elaborar um texto a partir delas.�1) A Educação do Brasil ao longo da História favoreceu a criação e formação de colegiados participativos de fato, como o Conselho do FUNDEB?�2) O que os Conselheiros entrevistados neste artigo entendem por democracia?�3) O que significa ser membro PARTICIPANTE do Conselho do FUNDEB, para esses membros entrevistados?�4) Que tipo de práticas exercem nesse conselho e o que pensam sobre elas?
	Trabalho apresentado ao curso de COMPLEMENTAÇÃO PEDAGÓGICA, Claretiano Centro Universitário, para a disciplina Gestão financeira e trabalho pedagógico na Educação Escolar e Não-escolar ministrada pelos tutores Juliana Brassolatti Gonçalves e Alexandre José Cruz.

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