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UNIFAA – DIREITO – 2020/1 HISTÓRIA DO DIREITO E DO PENSAMENTO POLÍTICO SOCIALISMOS Ao final desta unidade, você deverá ser capaz de: Contextualizar o socialismo perante a decadência do liberalismo no final do século XIX; Identificar as principais vertentes do pensamento socialista; Compreender o legado da teoria socialista para os direitos sociais e construção de uma sociedade mais justa. Identificar os principais conceitos do socialismo científico; Analisar as experiências socialistas e seu contexto geopolítico; Compreender criticamente o embate atual entre as propostas liberais e as muitas vertentes socialistas; INTRODUÇÃO Socialismo refere-se a qualquer uma das várias teorias de organização econômica, advogando a administração, e a propriedade pública ou coletiva dos meios de produção, e distribuição de bens e de uma sociedade caracterizada pela igualdade de oportunidades/meios para todos os indivíduos, com um método igualitário de compensação. Atualmente, teorias socialistas são partes de posições da esquerda política, relacionadas com as atuações de Estado de bem-estar social. O socialismo é um sistema político e econômico baseado na igualdade. Por isso, o socialismo propõe a distribuição igualitária de renda, extinção da propriedade privada, socialização dos meios de produção, economia planificada e, além disso, a tomada do poder por parte do proletariado. O socialismo visa uma sociedade sem classes onde bens e propriedades passam a ser de todos. O objetivo é acabar com as grandes diferenças econômicas entre os indivíduos, ou seja, a divisão entre pobres e ricos. A QUESTÃO SOCIAL E O DECLINIO DO LIBERALISMO O movimento liberal emerge da crise à legitimidade exclusiva de governo do príncipe como titular do poder político. Passa-se da esfera da legitimidade para a esfera da legalidade, o que significa dizer que o Estado moderno chega a um nível posterior: o do Estado de Direito liberal, sendo fundado sob os pilares da liberdade política e privada e igualdade de participação dos cidadãos no meio político. O século XIX no ocidente foi marcado pelo crescimento das cidades e da população urbana, construção de inúmeras ferrovias, aparecimento de fábricas e das classes sociais da época capitalista: a burguesia, detentora dos meios de produção, e o proletariado, cuja força de trabalho era explorada. A base da mentalidade dos burgueses de tal época era a exploração máxima da classe trabalhadora – o proletariado – de maneira que pudessem garantir o lucro e manter a massa operária dependente. Os trabalhadores, submetidos a esta nova ordem, muito sofreram em busca de melhorias de vida que nunca chegavam, devido ao salário extremamente baixo. Acabavam, assim, realizando seus serviços pela própria subsistência, sob péssimas condições de trabalho, em jornadas extremamente longas – às vezes de 16 horas diárias – trabalhando até o limite das forças e, não raro, tidos por negligentes e insubordinados pelos seus empregadores, ainda que tal se desse pela exaustão física. SOCIALISMO UTÓPICO As idéias do socialismo utópico foram desenvolvidas na primeira metade do século XIX, tinham propostas delineadas por mudanças sociais já muito desejadas na época, para construir uma sociedade justa e igualitária. Porém, ao mesmo tempo em que expressava os seus “sonhos” de sociedade, não descrevia quais meios e ferramentas seriam necessárias para alcançar tais conquistas. Charles Fourier – Idealizou a construção de “falanstérios”, onde proprietários, operários e capitalistas colocariam a propriedade e a força de trabalho sob posse e usufruto comum a todos; Robert Owen – Proprietário de várias fábricas, construiu casas para seus funcionários, concedeu participação nos lucros da sua empresa, reduziu a jornada de trabalho para 10,5 horas, fundou escolas, e tinha a proposta de organizar a sociedade e m cooperativas de operários. Ficou reconhecido como um “patrão esclarecido”; Louis Blanc – Segundo Blanc, o Estado deveria interferir na economia e na sociedade. Planejava criar oficinas nacionais para associar trabalhadores sem a concorrência de empresas; Saint-Simon – O conde Saint-Simon desejava planificar a economia e beneficiar as classes trabalhadoras focando a indústria a atender os mais pobres. ANARQUISMO Pregava a supressão de toda e qualquer forma de governo, defendendo a liberdade de forma geral. O principal precursor desta doutrina é Pierre- Joseph Proudhon, que se vale dos pressupostos do socialismo utópico (sendo considerado um socialista utópico por alguns historiadores ) para criticar os abusos do capitalismo em sua obra O que é a propriedade? (1840). Respeita a pequena propriedade e propõe a criação de cooperativas e de bancos que concedessem empréstimos a juros zero aos empreendimentos produtivos, além de crédito gratuito aos trabalhadores. Proudhon foi o primeiro anarquista auto-proclamado, apesar de ser considerado um socialista utópico pelos marxistas, rótulo que jamais aceitou. Ao propor a criação de uma sociedade sem classes, sem exploração, sem Estado, formada por homens livres e iguais, Proudhon inaugurou o anarquismo. Mikhail Bakunin, que se tornou líder do chamado "anarquismo terrorista“, Defendia que a violência era a única forma de se alcançar uma sociedade livre de Estados e de desigualdades, um mundo de felicidades e liberdades para os operários. O anarquismo, também conhecido como "comunismo libertário", e o socialismo científico de Marx coincidem quanto ao objetivo final: atingir o comunismo, estagio em que não existem mais divisões de classes, exploração, e nem mesmo o Estado. Mikhail Aleksandrovitch Bakunin PENSAMENTO SOCIAL CRISTÃO Durante a Revolução Industrial, uma série de teóricos cristãos, como Robert Lamennais, Adolph Wagner e J.D. Maurice, entre outros, lançaram apelos às classes dominantes para que aliviassem os sofrimentos das classes trabalhadoras. Nasceu, dessa forma, o socialismo cristão, uma tentativa de aplicar os ensinamentos de Cristo sobre amor e de respeito ao próximo aos problemas sociais gerados pela industrialização. A grande mobilização operárias levou a cúpula da Igreja Católica a definir oficialmente seu papel nos novos problemas sociais. Em 1891, o papa Leão XIII lançou a encíclica Rerum Novarum, em que expunha o pensamento social do catolicismo. Nela, reavivava o papel da Igreja como instrumento de reforma e justiça social. Reconhecia o direito à propriedade privada e rejeitava o fortemente ateu socialismo científico de Marx, mas condenava a ganância capitalista e a exploração desumana da força de trabalho. O papa propunha que os empregadores reconhecessem os direitos fundamentais dos proletários, como a limitação da jornada de trabalho, o descanso aos fins de semana, o estabelecimento de salários dignos, as férias remuneradas. SOCIALISMO CIENTÍFICO Contra as idéias utópicas, Karl Marx (1818-1883) e Friedrich Engels (1820-1895) escreveram a teoria socialista, buscavam estudar primeiro o capitalismo em suas origens, a sua acumulação de capital e produção sob os aspectos de suas contradições. Enquanto que os utópicos estudaram somente a idealização da sociedade perfeita. Segundo Marx e Engels, o socialismo seria uma etapa intermediária entre o capitalismo e o comunismo. Meta: compreender a realidade e transformá-la mediante a análise dos mecanismos econômicos e sociais do capitalismo, constituindo, assim, uma proposta revolucionária do proletariado. Daí se origina o termo "científico", uma vez que seus teóricos se baseavam numa análise histórica e filosófica da sociedade, e não apenas nos ideais de justiça social. MATERIALISMO HISTÓRICO Toda sociedade é determinada, em última instância, por suas condições sócio-econômicas, chamada de "infraestrutura".Adaptadas a ela, as instituições, a política, a ideologia ea cultura como um todo compõem o que Marx chamou de "superestrutura". Um exemplo claro da relação entre essas estruturas é a Revolução Francesa: naquele momento, era necessário transformar a ultrapassada ordem político-jurídica do Antigo Regime (a "superestrutura") para manter a "infraestrutura" vigente. A REVOLUÇÃO RUSSA Nos fins do século XIX, começam a ser organizados os partidos operários como o Partido Operário Social-Democrático da Rússia (POSDR), partido de Lênin, que mais tarde se dividiria nas vertentes bolchevique (maioria) e menchevique (minoria). Em 1905, durante a guerra russo-japonesa, irrompeu uma greve de 250 mil trabalhadores reivindicando direitos sociais e políticos. Em 09 de janeiro, mil manifestantes foram mortos pela fuzilaria russa, esse dia é conhecido como Domingo Sangrento. Desde esse episódio, várias greves irrompem pela Rússia, impulsionadas pelo descontentamento com a guerra contra o Japão. Foi nesse período que surgiram os sovietes (conselhos operários). Em 1914, começa a I Guerra Mundial. Inicialmente a população apoiava, mas com o prolongamento da guerra e sucessivas derrotas, o povo começou a se revoltar. Em 09 de janeiro de 1917, uma manifestação em memória do Domingo Sangrento reúne 150 mil trabalhadores em Petrogrado, dando forma à revolução iminente, com o tema “Paz, Terra e Pão”. Em 23 de fevereiro, irrompe a primeira revolução de 1917, a Revolução de Fevereiro, depondo a monarquia czarista e tirando a Rússia da guerra em março de 1918. “Todo poder aos sovietes, tanto na capital como nas províncias”, dizia o lema. Aproveite para pesquisar mais sobre a Revolução Russa: STALIN, Josef. A Formação da União das Repúblicas Soviéticas. Primeiro Congresso dos Sovietes. 1922. Disponível em: www.marxists.org/reference/archive/stalin/works/1922/12/30.htm http://www.marxists.org/reference/archive/stalin/works/1922/12/30.htm http://www.marxists.org/reference/archive/stalin/works/1922/12/30.htm http://www.marxists.org/reference/archive/stalin/works/1922/12/30.htm http://www.marxists.org/reference/archive/stalin/works/1922/12/30.htm http://www.marxists.org/reference/archive/stalin/works/1922/12/30.htm http://www.marxists.org/reference/archive/stalin/works/1922/12/30.htm http://www.marxists.org/reference/archive/stalin/works/1922/12/30.htm http://www.marxists.org/reference/archive/stalin/works/1922/12/30.htm http://www.marxists.org/reference/archive/stalin/works/1922/12/30.htm http://www.marxists.org/reference/archive/stalin/works/1922/12/30.htm http://www.marxists.org/reference/archive/stalin/works/1922/12/30.htm http://www.marxists.org/reference/archive/stalin/works/1922/12/30.htm SUPERESTRUTURA E INFRAESTRUTURA “Esqueleto social: a infraestrutura e a superestrutura (metáfora advinda da construção civil); Revela estar a infraestrutura afastada das percepções sensoriais do homem Os componentes da superestrutura, isto é, a política, a ideologia e o Direito, são captáveis pelos sentidos humanos. INFRAESTRUTURA: Meios de Produção: força de trabalho + tecnologia + terras + conhecimento; As relações sociais de produção, por sua vez, significam as interações entre os indivíduos, ou destes com a natureza. SUPERESTRUTURA Reproduz a a dominação estabelecida na infraestrutura e seria composta por duas instâncias: jurídico-política, que tem por função mediar às relações materiais e tem como expressões máximas: o Direito (demonstração da luta de classes, sendo a lei vista como a consagração da ideologia burguesa) e a Burocracia, definida como um corpo de funcionários orientados a perpetuar as condições vividas na infraestrutura. A outra instância é a ideológica, na qual seriam construídos valores, ideias e representações que afirmariam as discrepâncias entre as classes sociais. IDEOLOGIA – SENTIDO CRÍTICO Karl Marx desenvolveu uma teoria a respeito da ideologia na qual concebe a mesma como uma consciência falsa, proveniente da divisão entre o trabalho manual e o intelectual. Nessa divisão, surgiriam os ideólogos ou intelectuais que passariam a operar em favor da dominação ocorrida entre as classes sociais, por meio de ideias capazes de deformar a compreensão sobre o modo como se processam as relações de produção. Neste sentido, a ideologia (enquanto falsa consciência) geraria a inversão ou a camuflagem da realidade, para os ideais ou interesses da classe dominante. Entretanto, não é apenas em A Ideologia Alemã que Marx trata do tema ideologia e, devido às inconsistências entre seus escritos sobre o tema, não seria correto afirmar-se que Marx possui uma única e precisa definição sobre o significado do termo ideologia. TRABALHO E MAIS-VALIA O trabalho, na concepção marxista, é tido como o processo de participação e objetivação do ser social na e para a vida social. A vida se manifesta como expressão da atividade social e da produção material das condições para a sobrevivência. O trabalho, em seu caráter universal e sócio-histórico é a cooperação existente entre os seres sociais e que produz formas de interação humana como os símbolos, a linguagem, as representações, os costumes, dentre outros componentes denominados por cultura. Nesse sentido, o trabalho permanece como pressuposto da existência humana. É condição necessária e natural do intercâmbio material entre o ser social, a natureza e a sociedade. Porém, na sociedade capitalista, esta premissa ontológica é reduzida à (re)produção de riquezas, bens de consumo e de mercadorias.= A mais-valia Corresponde ao valor não-remunerado do trabalho do operário, que é apropriado pelos capitalistas. Contra a ordem estabelecida pela sociedade burguesa, Marx considerava inevitável a ação política do operariado organizado. É a diferença entre o valor produzido pelo trabalho e o salário pago ao trabalhador, que seria a base do lucro no sistema capitalista. ALIENAÇÃO & REIFICAÇÃO O trabalho humaniza o ser social, porém, no processo alienado e alienante, homens não se reconhecem enquanto humano-genéricos, num processo cada vez maior de desumanidade e empobrecimento dos sentidos. O trabalhador é estranho ao produto de sua atividade, que pertence a outro. O trabalho deixa de ser a “satisfação de uma necessidade, mas apenas um meio para satisfazer necessidades externas a ele”. Com a alienação da atividade produtiva, o trabalhador aliena-se também do gênero humano. A consequência imediata desta alienação do trabalhador da vida genérica, da humanidade, é a alienação do homem pelo homem. Esta alienação recíproca dos homens tem a manifestação mais tangível na relação operário-capitalista. Forma particular de alienação; Característica do modo de produção capitalista. Implica a coisificação das relações sociais, de modo que a sua natureza é expressa através de relações entre objetos de troca. ONTOLOGIA DO SER SOCIAL Ontologia (do grego ontos "ente" e logoi, "ciência do ser"); Disciplina da metafísica que trata da natureza, realidade e existência dos entes. A ontologia trata do ser enquanto ser, isto é, do ser concebido como tendo uma natureza comum que é inerente a todos e a cada um dos seres. Radical historicidade do Ser em Marx - produção da vida material, o Trabalho, é categoria fundante do Mundo dos Homens. Estudar a ontologia do Ser social na perspectiva marxiana e marxista é identificar o homem e a mulher, enquanto um ser real, material, dinâmico e social, ou seja, que se insere ou é inserido em determinados contextos social e historicamente constituídos pelos seres de igual natureza. O Ser social é entendido, como um ser real, concreto, histórico e dialeticamente, constituído na vida, em contraposição a proposta idealista. Este, por sua vez, vive e se, objetiva na vida cotidiana e, na atualidade, numa sociedade dividida pela relação de classe, pelas relações sociais capitalistas e pela exploração “do homem pelo próprio homem”A REVOLUÇÃO Contra a ordem estabelecida pela sociedade burguesa, Marx considerava inevitável a ação política do operariado organizado, a revolução socialista, que iria inaugurar a construção de uma nova sociedade. Num primeiro momento, o controle do Estado ficaria na mão da ditadura do proletariado, quando ocorreria a socialização dos meios de produção através da eliminação da propriedade privada. Numa etapa posterior, a meta seria o comunismo perfeito, onde todas as desigualdades sociais e econômicas, além do próprio Estado, acabariam. O comunismo seria a última fase, onde as pessoas já estivessem tão acostumadas a viver nesse tipo de sociedade que não exigiriam ter mais do que o vizinho. Tais mudanças exigiriam necessariamente uma transformação radical do sistema político. Alguns teóricos postularam a revolução social como único meio de alcançar a nova sociedade. Outros, como os social-democratas, consideravam que as transformações políticas deveriam se realizar de forma progressiva, sem ruptura, e dentro do sistema capitalista. REFORMA – O CAMINHO SOCIAL-DEMOCRATA “Considerada a vertente socialista dos Estados altamente industrializados do norte europeu, como Suécia, Noruega, Finlândia, Alemanha e Dinamarca, a social- democracia surgiu na segunda metade do século XIX, como uma ideologia revisionista do marxismo elaborada por Edward Bernstein (1850- 1932). Embora a ex- pressão revisionismo, com sentido pejorativo, pareça ter sido criada pelos próprios marxistas ortodoxos, como Karl Kautsky (1854-1939), o próprio Lenin e, mais tarde, Mao Tsé-Tung deveriam ser considerados revisionistas por excelência, já que ambos ousaram adaptar a ortodoxia da concepção marxista da revolução aos seus próprios países, ambos estagnados num estágio feudal de desenvolvimento. Ao preconizar a máxima liberdade política, o liberalismo agravou a desigualdade econômica, graças à livre- concorrência absoluta. Reagindo a isso, o socialismo – em todas as suas vertentes – visou corri- gir tal desvio, mediante a abolição dos privilégios da burguesia. Todavia, isso só se- ria possível graças ao sacrifício da liberdade econômica plena. Daí o surgimento da social-democracia, mais precisamente durante a Segunda Internacional Socialista (1889), como alternativa entre o socialismo revolucionário e internacionalista e os princípios da liberal- democracia. Desta síntese exsurge o caráter mais reformista que revolucionário da nova ideologia”. ACQUAVIVA, Marcus Cláudio. Teoria Geral do Estado, 3rd edição. Manole, 01/2010. [Minha Biblioteca]. DITADURA DO PROLETARIADO O termo “ditadura do proletariado” foi usado por Karl Marx e Friederich Engels – e posteriormente por Vladimir Lenin – para descrever o Estado da classe trabalhadora durante a transição ao comunismo, após a derrubada do estado burguês. Para Marx, a existência das classes sociais estava ligada a fases particulares do desenvolvimento de produção. A luta de classes levaria necessariamente à ditadura do proletariado que, por sua vez, constituía apenas uma etapa rumo à abolição de todas as classes e à sociedade sem classes – o comunismo. A ditadura do proletariado seria a etapa transitória posterior à derrubada do Estado burguês. O termo Ditadura do Proletariado nada se assemelha ao conceito de ditadura que existe hoje no entendimento comum como sendo de um regime autoritário e violador de direitos. Marx contrapõe a ditadura do proletariado com a ditadura da burguesia. A sociedade vive hoje a ditadura da burguesia, ou seja, a burguesia está no poder da política e da economia. O que Marx propõe é que o proletariado deve tomar esse poder, controlar o Estado e as instituições sociais e governar em prol do povo trabalhador. O LEGADO SOVIÉTICO Em 30 de dezembro de 1922, a República Socialista Federativa Soviética da Rússia junto com as repúblicas socialistas Transcaucasiana, Ucraniana e a Bielorrussa assinam um tratado formando a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) ou Союз Советских Социалистических Республик (CCCP). Em 1939, começa a 2ª Guerra Mundial. No mesmo ano, às vésperas da guerra, a Alemanha e URSS assinam o pacto de não agressão (MolotovRibbentrop), durando até 1941, ano em que a Alemanha invadiu a URSS. Ocorre em 1942- 43, a Batalha de Stalingrado, a URSS sai vitoriosa e os rumos da guerra mudam graças à rigidez do Exército Vermelho e ao lema “nenhum passo para trás”. Em maio de 1945, o Exército Vermelho vence a Batalha de Berlim, pondo fim à ameaça nazista. Os esforços de guerra dos soviéticos foram determinantes na vitória sobre o nazismo. As figuras de Stalin e da URSS foram essenciais para a derrota nazista. O mundo precisava de um Estado resistente, como o soviético, comandado por um líder forte, como Stalin. Foram essas características que decidiram os rumos da civilização ocidental no século XX, vide ter sido o Exército Vermelho o primeiro a hastear sua bandeira e marchar por Berlim. Aproveite para pesquisar mais sobre a União Soviética ZINÓVIEV, Aleksandr. Staline, a Época de Staline e o Stalinismo. 2003. Disponíve lem: www.hist-socialismo.com/docs/AZinovievEpocaStaline.pdf http://www.hist-socialismo.com/docs/AZinovievEpocaStaline.pdf http://www.hist-socialismo.com/docs/AZinovievEpocaStaline.pdf http://www.hist-socialismo.com/docs/AZinovievEpocaStaline.pdf http://www.hist-socialismo.com/docs/AZinovievEpocaStaline.pdf http://www.hist-socialismo.com/docs/AZinovievEpocaStaline.pdf http://www.hist-socialismo.com/docs/AZinovievEpocaStaline.pdf http://www.hist-socialismo.com/docs/AZinovievEpocaStaline.pdf http://www.hist-socialismo.com/docs/AZinovievEpocaStaline.pdf http://www.hist-socialismo.com/docs/AZinovievEpocaStaline.pdf Para saber se esta Unidade foi significativa para a sua formação, tente responder os seguintes questionamentos: Você identificar alguma relação causal entre ma questão social do século XIX e o surgimento das propostas socialistas? Há diferença entre socialismo e comunismo? Explique: Aponte as principais diferenças entre o marxismo e o socialismo utópico. Material complementar ENGELS, F. Revolução e contrarrevolução na Alemanha. Lisboa: Avante, 1981.... ENGELS, F.; MARX, K. Manifesto comunista. São Paulo: Expressão Popular, 2008 KOSÍK, Karel. Dialects of the Concrete: A Study on Problems of Man and World. Dordrecht: D. Reidel Publishing. LENIN, V. I. O Estado e a revolução. São Paulo: Expressão Popular, 2007. LUKÁCS, G. História e consciência de classe. São Paulo: Martins Fontes, 2003. MARX, K. Manuscritos econômico‐filosóficos. São Paulo: Boitempo, 2004. MERLEAU-PONTY, Maurice. As Aventuras da Dialética. São Paulo:Editora Martins Fontes.2006 ROSDOLSKY, R. Gênese e estrutura de O capital de Karl Marx. Rio de Janeiro: Ed. Uerj/Contraponto, 2001.
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