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Direito das Obrigações Modulo 2

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25/05/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 1/23
MÓDULO 2.
No módulo anterior, foram estudados os elementos subjetivos do pagamento, quais sejam, o solvens (quem
paga) e o accipiens (aquele que recebe o pagamento). O presente módulo foca-se, então, no estudo dos
elementos objetivos do pagamento, a saber: seu objeto, seu lugar e o tempo do pagamento.
 
Do objeto do pagamento.
Em regra, a prestação realizada pelo devedor deve corresponder integralmente à prestação devida, sob pena
de configurar-se a mora ou inadimplemento. Trata-se do princípio da identidade ou exatidão do pagamento,
segundo o qual a prestação deve corresponder, quanto ao objeto, modo, local e tempo, àquela pactuada.
Nesse sentido, dispõe o Código Civil que o credor não está obrigado a receber coisa diversa daquela que foi
pactuada, ainda que mais valiosa.
Art. 313. O credor não é obrigado a receber prestação diversa da que lhe é devida, ainda que mais
valiosa.
Não basta, contudo, a identidade da coisa ou serviço prestado, mas deve haver também uma identidade das
qualidades essenciais ou especiais designadas no pacto. Assim, por exemplo, quando se contrata com um
representante comercial a compra de uma máquina para medição dos rolamentos que vão no motor do carro,
o produto entregue deve conter as especificações para realizar essa medição. Se entregue o produto correto,
porém constatado posteriormente que a máquina não é apta a realizar a medição necessária, não houve
pagamento.
Da mesma forma, não pode o produto entregue ou serviço prestado ser viciado.
Alguns autores entendem configurar exceção a esse princípio o caso das obrigações alternativas e facultativas
ou mesmo das obrigações de dar coisa incerta, porquanto não há uma pré-determinação da prestação a ser
entregue. Contudo, em ambos os casos há, sim, a descrição das prestações que podem ser entregues,
havendo apenas a possibilidade de eleição de qual escolher. Veja, se é estabelecida a obrigação de entrega de
um passat ou um corolla, há a possibilidade de se escolher qual desses dois carros entregar, porém não
haverá pagamento se for entregue um fusca. Não se vislumbra, pois, exceção ao princípio geral.
Por outro lado, haverá exceção a esse princípio em alguns outros casos:
Na obrigação decorrente de ato ilícito, determina o Código Civil a possibilidade de redução do montante
da indenização se há desproporção entre o dano causado e o grau de culpa de seu causador (art. 944).
Nesse caso, portanto, pode ser que a indenização efetivamente paga venha a ser menor do que aquela
devida (valor do dano).
Na compra e venda realizada na modalidade ad mensuram (art. 500, caput, CC), O preço é estipulado
com base nas dimensões do imóvel (p. ex. R$ 1.000,00 por m2). De acordo com o princípio da
exatidão, entregue imóvel com área menor à estipulada no contrato, o pagamento estaria incorreto.
Contudo, o §1º do art. 500 do CC estabelece que se a diferença não ultrapassar 5%, o pagamento será
eficaz.
Outro princípio que informa o pagamento é o da integralidade, segundo o qual o credor não está obrigado a
receber em partes o que se convencionou receber por inteiro.
Art. 314. Ainda que a obrigação tenha por objeto prestação divisível, não pode o credor ser obrigado
a receber, nem o devedor a pagar, por partes, se assim não se ajustou.
25/05/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 2/23
Esse princípio, contudo, também sofre exceções:
Caso haja convenção entre as partes para pagamento fracionado (ex. compra e venda parcelada);
No caso de a dívida estar corporificada em título de crédito (art. 902, §1º, CC);
Quando o pagamento parcial decorre do próprio regime típico do contrato avençado (ex. art. 614 –
empreitada; contrato de fornecimento, contrato de prestação continuada, como a locação ou o contrato
de parceria, cujas prestações se prolongam no tempo).
Quando se trata de obrigação divisível a ser prestada a vários credores;
No caso de moratória legal, instituída pelo art. 916 do CPC (Art. 916. No prazo para embargos,
reconhecendo o crédito do exequente e comprovando o depósito de trinta por cento do valor em
execução, acrescido de custas e de honorários de advogado, o executado poderá requerer que lhe seja
permitido pagar o restante em até 6 (seis) parcelas mensais, acrescidas de correção monetária e de
juros de um por cento ao mês.)
No caso de adimplemento substancial.
Essa última exceção decorre do princípio da boa-fé objetiva e determina que se o devedor realiza a prestação
quase por inteiro, sendo irrelevante a parte que falta, o credor não poderá pleitear a extinção da relação
contratual e a devolução do bem. Ao credor restará, então, executar a parte restante da dívida, porém não
poderá solicitar a resolução do contrato com base no inadimplemento.
Ex. Compro imóvel e acordo o pagamento parcelado em 100 vezes. Se pagas 98 parcelas, o devedor atrasa
as duas últimas pelo fato de ter perdido o emprego, não poderá o vendedor solicitar o imóvel de volta, mas
deverá ajuizar a devida ação executiva para cobrar as duas parcelas faltantes.
Assim, no caso do adimplemento substancial, também está o credor legalmente obrigado a receber o
pagamento parcial.
O pagamento em dinheiro merece especial atenção do Código Civil. O Código Civil estabelece em seu art.
315:
Art. 315. As dívidas em dinheiro deverão ser pagas no vencimento, em moeda corrente e pelo valor
nominal, salvo o disposto nos artigos subseqüentes.
Primeiramente, antes de adentrarmos na análise da disposição legislativa, deve-se consignar que o art. 315
diz respeito apenas à dívida em dinheiro, ou seja, aquela cujo objeto da prestação é o próprio dinheiro. Não
abrange, assim, a dívida de valor, cuja prestação é outra coisa que não dinheiro, embora seja paga em
dinheiro (ex. o montante da desapropriação corresponde ao valor da coisa desapropriada, o valor da
indenização corresponde ao valor do dano, o valor do aluguel corresponde ao uso do imóvel, etc).
Pois bem. Esse artigo estabelece o princípio do nominalismo, segundo o qual o devedor se libera da obrigação
ao entregar ao credor a quantia em dinheiro descrita na obrigação, ainda que desvalorizada pela inflação, ou
seja, mesmo que a referida quantia não seja suficiente para a compra dos mesmos bens que podiam ser
adquiridos no momento em que contraída a obrigação. Ex. se se estabelece a compra de um carro por
R$20.000,00 a serem entregues após 60 dias, libera-se o devedor pagando R$20.000,00, ainda que tenha
havido inflação nesse período.
Ademais, o artigo igualmente determina que, nas dívidas em dinheiro, só pode ser realizado o pagamento em
moeda corrente, ou seja, a moeda de curso forçado, no caso, o real, que tem poder liberatório absoluto,
como fator da soberania nacional. Essa previsão vem especificada no art. 318, confira-se:
Art. 318. São nulas as convenções de pagamento em ouro ou em moeda estrangeira, bem como para
compensar a diferença entre o valor desta e o da moeda nacional, excetuados os casos previstos na
legislação especial.
Além do curso forçado da moeda nacional (previsto igualmente na Lei 10.192/2001), o art. 318 consagra
também a proibição expressa à cláusula-ouro.
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Há, contudo, algumas exceções estabelecidas no DL 857/69 (art. 2º), para as quais se admite o
estabelecimento da prestação em moeda estrangeira, podendo-se citar: a) os contratos de exportação e
importação em geral; b) os contratos de compra e venda de câmbio; c) os contratos celebrados com pessoa
residente ou domiciliada no exterior, exceto os contratos de aluguel de imóveis situados no país.
Além disso, a jurisprudência vem abrandando essa proibição e reconhecendo a validade das cláusulas
contratuais que estabeleçamprestações em moeda estrangeira, desde que seja efetuada a conversão para a
moeda nacional por ocasião do pagamento ou de sua cobrança. Nesse sentido:
DIREITO CIVIL. CONTRATO DE EMPRÉSTIMO CELEBRADO EM MOEDA ESTRANGEIRA E INDEXADO AO
DÓLAR. ALEGADA INEXISTÊNCIA DO PACTO. AUSÊNCIA DE INDICAÇÃO DO DISPOSITIVO LEGAL
VIOLADO. PAGAMENTO MEDIANTE CONVERSÃO EM MOEDA NACIONAL. CÁLCULO COM BASE NA
COTAÇÃO DA DATA DA CONTRATAÇÃO.
1. O recurso especial não pode ser conhecido quando a indicação expressa do dispositivo legal violado
está ausente.
2. O art. 1º da Lei 10.192/01 proíbe a estipulação de pagamentos em moeda estrangeira para
obrigações exequíveis no Brasil, regra essa encampada pelo art. 318 do CC/02 e excepcionada nas
hipóteses previstas no art. 2º do DL 857/69. A despeito disso, pacificou-se no STJ o entendimento de
que são legítimos os contratos celebrados em moeda estrangeira, desde que o pagamento se efetive
pela conversão em moeda nacional.
3. A indexação de dívidas à variação cambial de moeda estrangeira é prática vedada desde a entrada
em vigor do Plano Real, excepcionadas as hipóteses previstas no art. 2º do DL 857/69 e os contratos
de arrendamento mercantil celebrados entre pessoas residentes e domiciliadas no País, com base em
captação de recursos provenientes do exterior (art. 6º da Lei 8.880/94).
5. Quando não enquadradas nas exceções legais, as dívidas fixadas em moeda estrangeira deverão,
no ato de quitação, ser convertidas para a moeda nacional, com base na cotação da data da
contratação, e, a partir daí, atualizadas com base em índice oficial de correção monetária.
6. Recurso especial conhecido em parte e parcialmente provido.
(REsp 1323219/RJ, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado em 27/08/2013, DJe
26/09/2013)
De se observar, ainda, que na indenização por ato ilícito ou na restituição de coisas havidas por ato ilícito a
prestação pode ser de devolver moeda estrangeira, ouro ou prata.
Vale notar, por fim, que o art. 6º da Lei 8.880/94 estabelece ser nula a contratação de reajuste vinculado à
variação cambial, exceto quando expressamente autorizado por lei federal e nos contratos de arrendamento
mercantil celebrados entre pessoas residentes e domiciliadas no País, com base em captação de recursos
provenientes do exterior. Assim, via de regra, não se pode reajustar um contrato com base na valorização ou
desvalorização do dólar americano em relação ao real em determinado período.
Não obstante, é possível que as partes estabeleçam uma forma de reequilíbrio do contrato, em exceção ao
princípio do nominalismo.
Art. 316. É lícito convencionar o aumento progressivo de prestações sucessivas.
Trata-se de previsão da cláusula de escala móvel ou cláusula de escalonamento, a qual permite que o valor da
prestação seja reajustado de acordo com os índices oficiais de custo de vida vigentes no país. Aplica-se tanto
às dívidas em dinheiro quanto às dívidas de valor.
Ainda que haja essa permissão legal, é importante observar alguns limites impostos a esse aumento.
Primeiramente, esse comando refere-se unicamente à correção monetária da obrigação, devendo se observar
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os limites impostos pela Lei da Usura. Em segundo lugar, a Lei 10.192/2001 proíbe qualquer estipulação de
reajuste ou correção monetária de periodicidade inferior a um ano (art. 2º, § 1º).
Outra exceção ao princípio do nominalismo é trazida pelo art. 317:
Art. 317. Quando, por motivos imprevisíveis, sobrevier desproporção manifesta entre o valor da
prestação devida e o do momento de sua execução, poderá o juiz corrigi-lo, a pedido da parte, de
modo que assegure, quanto possível, o valor real da prestação.
De acordo com esse dispositivo, que consagra a teoria da imprevisão, o juiz pode corrigir
desproporcionalidade entre as prestações, ou resolver o contrato por onerosidade excessiva, quando se
verificar, por motivo imprevisível e extraordinário, que há uma desproporção entre o que foi ajustada na data
da celebração do ajuste e o valor da prestação na data em que deve ser realizada.
A respeito desse dispositivo, foi editado o Enunciado 17 na I Jornada de Direito Civil: “A interpretação da
expressão "motivos imprevisíveis" constante do art. 317 do novo Código Civil deve abarcar tanto causas de
desproporção não-previsíveis como também causas previsíveis, mas de resultados imprevisíveis”.
____________________//________________
Da prova do pagamento:
Sabendo-se que o pagamento libera o devedor do vínculo obrigacional, é importante que este tenha como
comprovar que efetivamente pagou.
Da quitação.
A principal prova do pagamento é a quitação, que se trata de uma declaração unilateral escrita, emitida pelo
credor, constatando que a prestação foi efetuada e o devedor está liberado.
Trata-se de um direito subjetivo do devedor, que poderá exigir a quitação do credor, sob pena de reter o
pagamento ou consignar o pagamento.
Art. 319. O devedor que paga tem direito a quitação regular, e pode reter o pagamento, enquanto não
lhe seja dada.
Obter a quitação é direito do solvens. Diante da recusa, o solvens tem duas alternativas: reter o pagamento
ou proceder à consignação em pagamento. Caso retenha o pagamento, não estará em mora, pois neste caso
há mora accipiendi (do credor), sem culpa do devedor. A consignação, contudo, é o melhor caminho, por
demonstrar a boa-fé do devedor e isentá-lo da prova da mora creditoris ao ser cobrado da prestação com
juros de mora ou multa.
Da quitação devem constar os seguintes elementos:
Art. 320. A quitação, que sempre poderá ser dada por instrumento particular, designará o valor e a
espécie da dívida quitada, o nome do devedor, ou quem por este pagou, o tempo e o lugar do
pagamento, com a assinatura do credor, ou do seu representante.
Assim sendo, a quitação libera o devedor até o valor reconhecido no escrito.
Note-se que ainda que o contrato deva ser realizado por instrumento público, admite-se que a quitação seja
dada por instrumento particular, desde que por escrito.
Essa previsão é relativizada pelo próprio parágrafo único do art. 320, que estabelece que ainda que não
presentes alguns desses elementos no instrumento de quitação, se dele se puder inferir que houve o
pagamento, o juiz pode relevar, no caso concreto, essa ausência.
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Parágrafo único. Ainda sem os requisitos estabelecidos neste artigo valerá a quitação, se de seus
termos ou das circunstâncias resultar haver sido paga a dívida.
A contrario sensu, se se fizer constar no instrumento de quitação que não foi paga integralmente a dívida,
resta assegurado ao credor cobrar o restante.
Outrossim, ainda que não feita ressalva expressa, tem a jurisprudência admitido a ação de cobrança por
parcelas faltantes ainda que conste do instrumento da quitação a plena e irrevogável quitação, pois esta não
ilide a cobrança de valores devidos por força de lei e não pagos (especialmente em relações de trabalho) ou a
cobrança de outros valores não listados naquele instrumento. Isso evita o enriquecimento sem causa do
devedor e tem assento também no princípio da boa-fé objetiva.
Hoje, é tão comum quanto a quitação o comprovante de depósito feito pela internet, ou o documento ou
recibo bancário que comprova o pagamento, motivo pelo qual foi expedido o Enunciado 18 na I Jornada de
Direito Civil:
 “A "quitação regular" referida no art. 319 do novo Código Civil engloba a quitação dada por meios
eletrônicos ou por quaisquer formas de "comunicação a distância", assim entendida aquela que
permite ajustar negócios jurídicos e praticar atos jurídicos sem a presença corpórea simultânea das
partes ou de seus representantes”.
________________//____________
Da presunção de pagamento.
Em três situações a lei presume o pagamentoainda que não exista a quitação ou documento equivalente.
São casos de presunção juris tantum ou relativa e que, portanto, admitem prova em sentido
contrário.Favorecem, assim, o devedor (a presunção é meio de prova), onerando o credor, que deverá, se
ainda quiser receber, elidir a presunção produzindo prova em sentido contrário, ou seja, caberá ao credor
comprovar que o pagamento não foi feito.
1. Devolução do titulo
Art. 324. A entrega do título ao devedor firma a presunção do pagamento.
Quando a dívida se acha corporificada em nota promissória ou letra de câmbio, a entrega do título de crédito
ao devedor gera a presunção de que o pagamento foi devidamente realizado. Isso porque o título, em
decorrência do princípio da cartularidade, constitui a prova da existência da obrigação e sua devolução ao
devedor leva à presunção de pagamento ou de perdão da dívida
A presunção de pagamento, como já mencionado, é relativa e comprota prova em contrário no prazo de 60
dias. Dessa forma, se o título só foi emprestado ao devedor em confiança, ou se foi furtado, extraviado ou
obtido de outra forma ilícita, pode o credor ilidir a presunção, nos termos do parágrafo único do art. 324.
Parágrafo único. Ficará sem efeito a quitação assim operada se o credor provar, em sessenta
dias, a falta do pagamento.
O prazo é decadencial e se inicia quando o credor toma ciência de que o devedor está na sua posse, quando o
alcançou por ato ilícito; ou quando o credor sabe que o devedor age de má-fé, quando o restituiu por relação
de confiança (o credor devolveu o título porque confiava no pagamento, muitas vezes por se tratar de amigo,
ou irmão, e tem ciência de que o devedor passa a se valer da posse do título para alegar presunção de
pagamento).
Por fim, anote-se que se o título de crédito foi perdido pelo credor, o devedor poderá exigir declaração de que
houve o correto pagamento e solicitar a inutilização do título desaparecido.
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Art. 321. Nos débitos, cuja quitação consista na devolução do título, perdido este, poderá o devedor
exigir, retendo o pagamento, declaração do credor que inutilize o título desaparecido.
 
2. Quitação da última parcela.
Art. 322. Quando o pagamento for em quotas periódicas, a quitação da última estabelece, até prova
em contrário, a presunção de estarem solvidas as anteriores.
A quitação dada ao pagamento da última parcela faz presumir que houve o regular pagamento das parcelas
anteriores. Isso porque o credor, diante de várias prestações em aberto, imputará o pagamento à prestação
vencida anteriormente.
Para que não haja essa presunção, o credor deverá fazer constar do recibo de quitação da última parcela
eventuais pendências em aberto. Não feita a ressalva, opera-se a presunção que, de todo modo, é relativa e
pode ser afastada caso haja prova em contrário.
 
3. Quitação do capital sem reserva de juros Art. 323. Sendo a quitação do capital sem reserva dos juros,
estes presumem-se pagos.
Caso tenha para receber o capital (principal) e mais os juros, não dará o credor quitação do principal, se
houver juros em aberto. É certo que primeiro imputará o valor recebido aos juros, que não rendem frutos,
pois já consistem no fruto do capital. Assim, pela lógica, os juros devem ser pagos em primeiro lugar e,
portanto, dando-se quitação do principal sem qualquer reserva, presumem-se pagos os juros.
_________________//________________
Do lugar do pagamento.
O lugar do pagamento é o lugar da realização da prestação, sendo as partes livres para estabelecerem onde
desejam receber as suas prestações.
De acordo com o local da prestação, as dívidas podem ser classificadas em
Quesível ou quérable: dívida de ir buscar; o credor vai buscar a prestação junto ao devedor.
Portável ou portable: dívidas de ir levar; o devedor deverá levar a prestação ao credor.
Não havendo escolha pelas partes, pode ser que o lugar do pagamento seja determinado por disposição legal
(ex. Art. 328. Se o pagamento consistir na tradição de um imóvel, ou em prestações relativas a imóvel, far-
se-á no lugar onde situado o bem) ou pela natureza da obrigação (ex. as obrigações decorrentes de ato ilícito
devem ser realizadas no domicílio do credor; a entrega de material de construção deve ser feita no local da
obra).
No silêncio das partes, e não se podendo extrair o lugar do pagamento de disposição legal ou da natureza da
obrigação, o Código Civil determina, em regra geral supletiva (art. 327), que o pagamento deve ser realizado
no domicílio do devedor.
Art. 327. Efetuar-se-á o pagamento no domicílio do devedor, salvo se as partes convencionarem
diversamente, ou se o contrário resultar da lei, da natureza da obrigação ou das circunstâncias.
Assim, de acordo com a regra supletiva, as dívidas são quesíveis, uma clara aplicação do princípio do favor
debitoris.
25/05/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
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Sendo o benefício instituído em favor do devedor, em regra, pode ele renunciar, efetuando o pagamento no
domicílio do credor. O próprio CC estabelece a possibilidade de modificação do local do pagamento pela
prática reiterada das partes, uma decorrência do princípio da boa-fé objetiva (suppressio/surrectio).
Art. 330. O pagamento reiteradamente feito em outro local faz presumir renúncia do credor
relativamente ao previsto no contrato.
Nesse caso, não poderá mais o credor exigir o pagamento no local originalmente previsto, pois a prática
reiterada faz surgir a justa expectativa para o devedor de que o pagamento continuará a ser realizado no
local em que sempre foi feito.
Isso é muito comum em contratos de aluguel. Estabelecido no contrato que o aluguel deve ser pago na
residência do credor, se durante 20 meses foi pago na sede da administradora, não pode o credor pretender,
no 21º mês, afirmar que o local do pagamento está incorreto.
Ademais, havendo grave motivo que impeça a prestação no local previamente ajustado (ex. enchente,
doença, greve) pode haver modificação.
Art. 329. Ocorrendo motivo grave para que se não efetue o pagamento no lugar determinado, poderá
o devedor fazê-lo em outro, sem prejuízo para o credor.
Sendo designados dois possíveis locais para pagamento, a escolha cabe ao credor, o qual deverá notificar o
devedor em tempo hábil do local escolhido, sob pena de o pagamento feito em local diverso ser considerado
eficaz.
Art. 327, parágrafo único. Designados dois ou mais lugares, cabe ao credor escolher entre eles.
A definição do local do pagamento é importante, pois é ali que ocorre a transmissão dos riscos referentes à
coisa.
____________________//__________________
Do tempo de pagamento:
É importante saber quando uma prestação pode ser exigida e quando deve ser paga. O Código Civil, ao
disciplinar o tempo do pagamento, traz regras distintas para as obrigações puras e para as condicionais,
assim como para aquelas dívidas cujo vencimento foi previamente fixado entre as partes e aquelas que não
contam com esse ajuste.
1. Das obrigações puras.
As obrigações puras E que contam com estipulação de data para o pagamento devem ser solvidas nessa data,
sob pena de inadimplemento. Assim, previsto no contrato que o pagamento da parcela ocorrerá em 30 dias, o
pagamento só é exigível após este prazo.
A falta de pagamento no prazo avençado constitui em mora o devedor de pleno direito, não sendo necessária
sua interpelação ou notificação.
Por outro lado, não havendo previsão de vencimento nem no ajuste das partes e nem na lei, estabelece-se
como regra geral e supletiva que o pagamento deve ser imediato (princípio da satisfação imediata).
Art. 331. Salvo disposição legal em contrário, não tendo sido ajustada época para o pagamento, pode
o credor exigi-lo imediatamente.
Como exemplos de disposições legais que contenham previsão de prazo, cita-seo art. 581, o qual determina
que não havendo prazo estabelecido para o comodato (empréstimo gratuito), presumir-se-á ser aquele
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necessário para o uso do bem. O art. 592 também disciplina o prazo do mútuo (empréstimo oneroso) na
hipótese de silêncio das partes.
Ademais, ainda que não haja previsão negocial ou legal, pode ser que o pagamento não seja exigível de
imediato como prevê a regra geral supletiva, quando a natureza da prestação não permitir isso. Ex. no
contrato de empreitada, ainda que não haja previsão contratual, não é cabível que se possa exigir do
construtor a entrega imediata de um prédio ou uma casa.
Art. 134. Os negócios jurídicos entre vivos, sem prazo, são exeqüíveis desde logo, salvo se a
execução tiver de ser feita em lugar diverso ou depender de tempo.
Assim, caso a obrigação demande tempo por sua natureza, ou tenha de ser cumprida em lugar diverso, há
concessão tácita de prazo – o tempo razoável para o cumprimento da prestação pactuada.
Em todos esses casos em que não há previsão de vencimento, será preciso constituir o devedor em mora
através de interpelação, nos termos do parágrafo único do art. 397 do CC.
Parágrafo único. Não havendo termo, a mora se constitui mediante interpelação judicial ou
extrajudicial.
Por fim, cabe observar que o prazo se presume estabelecido em favor do devedor, motivo pelo qual não se
permite que o credor exija o pagamento antes de vencido, mas, eventualmente, permite-se que o devedor,
querendo, realize a prestação que lhe incumbe antes da data prevista.
Art. 133. Nos testamentos, presume-se o prazo em favor do herdeiro, e, nos contratos, em proveito
do devedor, salvo, quanto a esses, se do teor do instrumento, ou das circunstâncias, resultar que se
estabeleceu a benefício do credor, ou de ambos os contratantes.
Não obstante, há casos em que o prazo para pagamento é estipulado em favor do credor. Nessas hipóteses,
não é dado ao devedor pagar antecipadamente, pois isso contrariaria os interesses do credor. Ex. não seria
admissível a entrega de um bolo de aniversário ou de casamento uma semana antes da festa.
 
2. Das obrigações a termo ou condicionais.
Sendo aposta condição ou termo suspensivos à obrigação, a prestação, por lógica, só poderá ser exigida após
o seu implemento. 
Art. 332. As obrigações condicionais cumprem-se na data do implemento da condição, cabendo ao
credor a prova de que deste teve ciência o devedor.
O credor, embora não possa exigir antes do prazo a prestação, pode exercer atos conservatórios de seu
direito, como propor ação pauliana.
Se a obrigação é a termo, a chegada do dia do vencimento é interpelação do devedor, que passa a ser
obrigado a arcar com os ônus da mora. Trata-se de uma aplicação da regra dies interpellat pro homine.
Nas obrigações condicionais, por sua vez, cabe ao credor provar a ocorrência da condição suspensiva para
exigir do devedor o pagamento, que estava na dependência de evento futuro e incerto que subordinava a sua
eficácia.
 
Da antecipação do vencimento por força de lei:
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A regra de que a obrigação deve ser cumprida apenas no dia do vencimento ou da ocorrência de evento
futuro sofre três exceções, nos termos do Código Civil. Tratam-se de hipóteses onde se vislumbra a
diminuição das chances de adimplemento por causa da espera, possibilitando-se, então, a cobrança imediata
da prestação, de forma a resguardar o direito do credor.
Art. 333. Ao credor assistirá o direito de cobrar a dívida antes de vencido o prazo estipulado no
contrato ou marcado neste Código:
I - no caso de falência do devedor, ou de concurso de credores;
II - se os bens, hipotecados ou empenhados, forem penhorados em execução por outro credor;
III - se cessarem, ou se se tornarem insuficientes, as garantias do débito, fidejussórias, ou reais, e o
devedor, intimado, se negar a reforçá-las.
Parágrafo único. Nos casos deste artigo, se houver, no débito, solidariedade passiva, não se reputará
vencido quanto aos outros devedores solventes.
 
Essa situações, como visto, refletem casos de insolvência ou pré-insolvência do devedor, as quais fazem
presumir diminuída a possibilidade de pagamento se o credor tiver de aguardar até a data do vencimento ou
do implemento do termo ou condição suspensivos.
A primeira hipótese refere-se à falência ou insolvência do devedor. Nesses casos, será instaurado um
concursos creditório, sendo que o vencimento antecipado da dívida permite ao credor, então, também
habilitar-se para participar do rateio.
A segunda hipótese refere-se à penhora de um bem dado em garantia por outro credor. Nesse caso,
considera-se a dívida vencida antecipadamente de forma a não esvaziar a garantia real concedida ao credor.
Na mesma esteira, a terceira hipótese permite o vencimento antecipado da dívida no caso de cessarem ou se
torarem insuficientes as garantias (reais ou pessoais) antes do vencimento da dívida, desde que o devedor se
recuse a reforçá-las.
Exercício 1:
Quanto ao objeto do pagamento, é correto afirmar que:
A)
Na obrigação de dar coisa certa, o credor não está obrigado a receber coisa
diversa daquela que foi pactuada, ainda que seja mais valiosa.
B)
O credor pode ser obrigado a receber em partes o que se convencionou receber
por inteiro.
C)
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Nas obrigações alternativas ou de dar coisa incerta tem certo privilégio o credor,
que por lei (salvo disposição das partes em sentido contrário) tem a prerrogativa
da escolha.
D)
O juiz não pode corrigir desproporcionalidade entre as prestações, ou resolver o
contrato por onerosidade excessiva.
E)
O pagamento em pecúnia deve ser feito em moeda nacional, que tem poder
liberatório absoluto, como fator da soberania nacional. A moeda estrangeira é
aceita apenas para os contratos de venda e compra.
Comentários:
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Exercício 2:
Leia as afirmações abaixo e responda:
I. A antecipação do vencimento de uma obrigação não pode ocorrer, pois
caracterizaria enriquecimento ilícito do credor.
II. A antecipação de vencimento de uma obrigação pode ocorrer para resguardar
o direito do credor, possibilitando a cobrança imediata da prestação, em casos
previstos em lei de diminuição das chances de adimplemento por causa da
espera.
III. Não há antecipação de vencimento em caso de falência do devedor ou de
concurso de credores.
A)
Apenas I é correta.
B)
Apenas I e II são corretas.
C)
Apenas II é correta.
D)
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Apenas II e III são corretas.
E)
Apenas I e III são corretas.
Comentários:
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Exercício 3:
Assinale a alternativa correta:
A)
Se os bens hipotecados ou empenhados forem penhorados em execução por outro
credor, ocorre antecipação de vencimento da obrigação.
B)
Quando as garantias que asseguram o crédito cessam ou se tornam insuficientes
e o devedor, intimado, se nega a reforçá-las, há vencimento antecipado da
obrigação somente se forem reais as garantias.
C)
O devedor é obrigado a respeitar o prazo fixado para o cumprimento da
obrigação, não podendo antecipar a prestação em nenhuma hipótese.
D)
A presunção de que o prazo para pagamento é fixado em favor do devedor é
absoluta.
E)
Não se pode estabelecer condição para o pagamento.
Comentários:
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Exercício 4:
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Analise as proposições abaixo e assinale a alternativa correta:
I. As presunções de pagamento previstas em lei são absolutas, pois não admitem
prova em sentido contrário.
II. Prestações relacionadas a direito real sobre imóvel, como a tradição e o
registro da hipoteca, são cumpridas obrigatoriamente no foro de situação do bem,
para conferir ao ato a devida publicidade, que é de interesse público.
III. O lugar do pagamento quando as prestações não se relacionam a direito real
sobre imóvel é sempre o foro de domicílio do devedor, por determinação legal que
não admite disposição em sentido contrário.
A)
Somente I é correta.
B)
Somente II é correta.
C)
Somente III é correta.
D)
Somente I e III são corretas.
E)
Todas são corretas.
Comentários:
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Exercício 5:
Assinale a alternativa incorreta:
A)
O credor não está obrigado a receber em partes o que se convencionou receber
por inteiro.
B)
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Nas obrigações alternativas ou de dar coisa incerta tem certo privilégio o devedor,
que por lei tem a prerrogativa da escolha.
C)
O juiz pode corrigir desproporcionalidade entre as prestações, ou resolver o
contrato por onerosidade excessiva.
D)
O pagamento em pecúnia deve ser feito em moeda nacional, que tem poder
liberatório absoluto, como fator da soberania nacional.
E)
A moeda estrangeira não pode ser estabelecida como índice de correção
monetária.
Comentários:
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Exercício 6:
Examine as proposições abaixo e assinale a alternativa correta:
I. Se a obrigação é a termo, a chegada do dia do vencimento é interpelação do
devedor, que passa a ser obrigado a arcar com os ônus da mora.
II. Nas obrigações puras, é preciso interpelar o devedor, que se constitui em mora
a partir da interpelação – exigência judicial do pagamento.
III. Nas obrigações condicionais, cabe ao credor provar a ocorrência da condição
suspensiva, para exigir do devedor o pagamento, que estava na dependência de
evento futuro e incerto que subordinava a sua eficácia.
A)
Somente I e II são corretas.
B)
Somente II e III são corretas.
C)
Somente I e III são corretas.
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D)
Todas são corretas.
E)
Todas são incorretas.
Comentários:
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Exercício 7:
Sobre o objeto do pagamento, analise as seguintes afirmativas:
I – De acordo com o princípio da identidade, o credor não é obrigado a receber prestação
diversa daquela que lhe é devida, exceto se mais valiosa.
II – Para obedecer-se ao princípio da exatidão, basta a identidade entre a coisa entregue
e aquela prevista no contrato, ainda que a primeira não contenha todas as características
descritas no instrumento contratual.
III – João desenvolve uma nova forma de motores elétricos para veículos e investe toda
sua poupança numa fábrica para criação desses produtos. Para uma das etapas de
produção, João precisa de uma máquina que meça, com exatidão de até 5 casas
decimais, uma peça de encaixe do motor. Ao contatar possíveis fornecedores, é
informado que apenas um tipo de máquina, a mais cara, conseguiria fazer a medição com
essa precisão. João compra a máquina, mas, após instalá-la, percebe que ela só fornece
as medidas até 4 casas decimais, o que prejudica o processo produtivo. Nesse caso,
ainda que tenha sido entregue o produto contratado, não foi obedecido o princípio da
identidade.
IV – As obrigações alternativas e facultativas configuram exceção ao princípio da
exatidão.
Está(ão) correta(s) a(s) seguinte(s) afirmativa(s):
A)
apenas II.
B)
apenas III.
C)
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III e IV.
D)
I e III.
E)
I e IV.
Comentários:
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Exercício 8:
Sobre a dívida em dinheiro, assinale a alternativa INCORRETA:
A)
não se aceita, em nenhuma hipótese, o pagamento em moeda estrangeira no Brasil.
B)
em regra, os pagamentos devem ser feitos na moeda de curso forçado no país.
C)
de acordo com o princípio do nominalismo, o devedor se libera da obrigação ao entregar
ao credor a quantia em dinheiro descrita na obrigação, ainda que desvalorizada pela
inflação.
D)
É lícito às partes convencionar o aumento progressivo de prestações sucessivas.
E)
Quando, por motivos imprevisíveis, sobrevier desproporção manifesta entre o valor da
prestação devida e o do momento de sua execução, poderá o juiz corrigi-lo, a pedido da
parte, de modo que assegure, quanto possível, o valor real da prestação.
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Exercício 9:
Assinale a alternativa CORRETA:
A)
A dívida quesível é aquela realizada no local determinado pelo credor.
B)
A dívida portável é aquela realizada no local determinado pelo devedor.
C)
No silêncio das partes, o Código Civil estabelece como regra supletiva que as dívidas
devem ser quesíveis.
D)
O pagamento reiterado em determinado local não presume renúncia do credor
relativamente ao previsto no contrato.
E)
Se designado mais de um local possível para o pagamento, a escolha caberá ao devedor.
Comentários:
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Exercício 10:
Considere as afirmativas abaixo e assinale a alternativa correta:
I. Na obrigação de dar coisa certa o credor não está obrigado a receber coisa
diversa daquela que foi pactuada, ainda que seja mais valiosa.
II. O credor não está obrigado a receber em partes o que se convencionou
receber por inteiro.
III. Nas obrigações alternativas ou de dar coisa incerta tem certo privilégio o
devedor, que por lei (salvo disposição das partes em sentido contrário) tem a
prerrogativa da escolha.
São corretas:
A)
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Somente I e II estão corretas.
B)
Somente II e III estão corretas.
C)
Somente I e III estão corretas.
D)
Todas as proposições estão corretas.
E)
Nenhuma das proposições é correta.
Comentários:
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Exercício 11:
Analise as seguintes afirmativas:
I – A quitação é declaração unilateral escrita, emitida pelo credor, constatando que a
prestação foi efetuada e o devedor está liberado.
II – A quitação será dada a critério e de acordo com a conveniência do credor, sendo que
o devedor nada pode fazer para exigi-la.
III – A quitação deve ser feita na mesma forma que o contrato principal.
IV – Não presentes todos os requisitos essenciais da quitação elencados no art. 320, CC,
não pode o juiz reconhecê-la.
V – a quitação pode ser dada por meio eletrônico (e-mail) ou quaisquer outras formas de
comunicação à distância.
Estão corretas apenas as afirmativas constantes dos itens:
A)
III e IV.
B)
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II e V.
C)
I, III e IV.
D)
I e V.
E)
I, II e V.
Comentários:
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Exercício 12:
Considere as proposições abaixo e assinale a alternativa correta:
I. Chama-se dívida querable aquela em que o credor vai ao domicílio do devedor
para buscar o objeto da prestação.
II. Dívida portable é aquela em que o devedor leva ao domicíliodo credor o objeto
da prestação.
III. Uma dívida pode ter o seu lugar de pagamento modificado pelo
comportamento das partes, de modo portanto tácito, não expresso.
Pode-se afirmar que:
A)
Todas são verdadeiras.
B)
I e II são falsas.
C)
Somente III é falsa.
D)
Todas são falsas.
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E)
Somente I é falsa.
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Exercício 13:
Quando ocorre alteração tácita, não colocada por escrito e nem verbalmente, do
local do pagamento, é correto afirmar que:
A)
O credor pode exigir o pagamento no lugar convencionado originariamente.
B)
 O credor não pode exigir o pagamento no lugar convencionado originariamente.
C)
 Não se pode cogitar uma alteração tácita do local do pagamento.
D)
 O credor pode exigir o pagamento tanto no lugar convencionado originariamente,
quanto no local agora firmado pelo comportamento das partes.
E)
 É legítima a alteração tácita do local de pagamento somente quando se tratar de
cumprimento de obrigação relacionada a direito real sobre imóvel.
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Exercício 14:
O título que constitui a prova da existência da obrigação leva à presunção de
pagamento ou de perdão da dívida quando devolvido, o título, ao devedor. Nesse
caso, é verdadeiro afirmar que:
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A)
A presunção de pagamento, nesse caso, não admite prova em sentido contrário.
B)
Pode ser que o título tenha sido devolvido por confiança, ou que tenha sido obtido
de forma ilícita, de modo que o credor tem o prazo de 60 (sessenta) dias para
provar que não houve o pagamento, embora o devedor esteja na posse do título.
C)
O devedor tem 30 (trinta) dias para demonstrar que já pagou.
D)
O credor tem 30 (trinta) dias para provar que ainda não recebeu.
E)
Nenhuma das anteriores.
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Exercício 15:
Analise as proposições abaixo e assinale a alternativa correta:
Há casos em que mesmo sem prazo ou condição estipulado pelas partes
não é possível o cumprimento imediato da prestação.
PORQUE
Caso a obrigação demande tempo por sua natureza, ou tenha de ser
cumprida em lugar diverso, há concessão tácita de prazo – o tempo
razoável para o cumprimento da prestação pactuada.
A)
As duas proposições são corretas e a segunda justifica a primeira.
B)
As duas proposições são corretas, mas a segunda não justifica a primeira.
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C)
Somente a primeira proposição é correta.
D)
Somente a segunda proposição é correta.
E)
As duas proposições são falsas.
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Exercício 16:
Assinale a alternativa correta, quanto às despesas com a quitação:
A)
As despesas com a quitação correm por conta do credor, por determinação em
norma cogente.
B)
A lei é supletiva – cabe ao devedor arcar com as despesas, incluídas as contas
com contador, medida, pesagem etc.
C)
As despesas com a quitação correm por conta do devedor, por determinação em
norma cogente.
D)
Os acréscimos nas despesas com a quitação correm por conta do devedor, quando
o credor se encontra em local distante ou dificulta a entrega pleiteando que seja
feita em lugar diverso.
E)
Quando o pagamento é realizado a herdeiros, em local diverso do pactuado na
relação obrigacional originária, cabe ao devedor arcar com os acréscimos nas
despesas com a quitação.
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Exercício 17:
Assinale a alternativa CORRETA com relação à teoria do adimplemento substancial:
A)
encontra-se positivada no Código Civil.
B)
independentemente da extensão da parte da obrigação cumprida pelo devedor,
manifestando este a intenção de cumprir o restante do contrato e dando garantia, o
credor não pode pedir a sua rescisão.
C)
reconhecido o adimplemento substancial, o devedor é liberado da obrigação ainda que
haja parcelas pendentes de pagamento.
D)
o cumprimento parcial de um contrato impede sua resolução em qualquer circunstância,
porque a lei exige a preservação do contrato.
E)
A teoria do adimplemento substancial impõe limites ao exercício do direito potestativo de
resolução de um contrato, já que impede que o credor peça a resolução do contrato se já
cumprida a maior parte das prestações, sendo irrelevante a parte que falta.
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Exercício 18:
Assinale a alternativa INCORRETA:
A)
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constitui exceção ao princípio da exatidão do pagamento a possibilidade de redução
judicial do montante devido a título de indenização por ato ilícito caso haja desproporção
entre o dano causado e a culpa do agente.
B)
de acordo com o princípio da integralidade do pagamento, o credor não é obrigado a
receber em partes o que se convencionou receber por inteiro.
C)
caso a dívida seja corporificada em título de crédito, pode haver o pagamento apenas
parcial da dívida.
D)
não pode o juiz autorizar o devedor a pagar o débito parceladamente em até seis
parcelas mensais.
E)
As partes podem convencionar o pagamento fracionado da prestação.
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