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DIREITO DAS OBRIGAÇÕES

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25/05/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 1/23
MÓDULO 1.
 
Do objeto de estudo.
No semestre anterior, estudou-se o surgimento e o desenvolvimento das obrigações, que podem ser
caracterizadas como vínculo jurídico que confere ao credor (sujeito ativo) o direito de exigir do devedor
(sujeito passivo) o cumprimento de determinada prestação.
Como já visto anteriormente, não se pode, contudo, adotar um conceito estático de obrigação, como uma
fotografia que se tira de um momento e que permitiria, então, identificar todos os seus elementos e os
acontecimentos. Antes, a obrigação deve ser vista como um processo, conforme ensinou Clovis do Couto e
Silva. Adota-se, então, um conceito dinâmico ou complexo de obrigação, segundo o qual a obrigação
assemelha-se mais a um “filme”, com começo, meio e fim, sendo que, a cada momento, desenvolve-se de
maneira e com elementos diversos, mas sempre com uma única direção. Destarte, é um conjunto encadeado
de atos que conduz ao adimplemento. Todos os atos desse processo levam em direção ao adimplemento.
Nesse semestre, portanto, o estudo se concentra nos efeitos das relações obrigacionais. Examinaremos os
modos extintivos das obrigações e as consequências de seu inadimplemento.
_____________//___________
Do pagamento.
O pagamento, consistente na realização da prestação devida na relação obrigacional, é o modo normal de
extinção da obrigação. 
Isso quer dizer que toda relação obrigacional serve a um certo programa, ao atingimento de um resultado,
correspondente justamente ao pagamento. Ora, as partes negociam e entram em acordo justamente com
vistas à obtenção de um resultado concreto, seja a aquisição de bem ou de um serviço, seja a omissão
intencional de uma das partes no caso das obrigações de não fazer. Assim, o objetivo principal de qualquer
obrigação é que seja realizada da forma como acordada.
O pagamento, pois, é espécie de adimplemento obrigacional pela via direta, em que a obrigação se extingue
com o cumprimento da prestação almejado pelas partes. É o desempenho voluntário da obrigação, que
extingue a relação jurídica.
Embora a palavra pagamento seja utilizada comumente para referir-se à solução em dinheiro de alguma
dívida, deve-se ter em mente que, em sua acepção jurídica, o vocábulo abrange toda e qualquer espécie de
obrigação. Assim, paga não só aquele que entrega dinheiro, mas também aquele que presta um serviço,
entrega um objeto ou mesmo que omite uma informação relevante.
Ademais, é preciso pontuar que o pagamento se restringe ao cumprimento voluntário da obrigação, não
abrangendo, então, as hipóteses de execução forçada desta. Destarte, na hipótese de o credor só vir a
receber o imóvel adquirido após a execução de sentença judicial condenatória não se pode dizer que houve
efetivamente pagamento, pois não corroborado por um ato voluntário do devedor.
Além disso, do conceito apresentado conclui-se que adimplemento obrigacional e pagamento não são
sinônimos. Adimplemento obrigacional é gênero, do qual o pagamento é uma de suas espécies. 
Enquanto o pagamento restringe-se ao cumprimento voluntário da exata prestação combinada entre as
partes, o adimplemento abrange todos os modos de extinção da obrigação, diretos e indiretos, como a
remissão de dívida, a compensação, a dação em pagamento, a novação etc.
Veja, nesse sentido, que o pagamento, embora, frise-se, consubstancie o principal meio de extinção das
obrigações, nem sempre acarreta essa extinção.
25/05/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 2/23
Basta lembrar dos deveres acessórios que surgem ao lado dos deveres obrigacionais principais por influência
do princípio da boa-fé objetiva. Assim, há uma série de deveres laterais ou acessórios cuja satisfação, ao lado
da obrigação principal, é também imprescindível para a satisfação do credor. 
Esses deveres podem vir expressos no próprio instrumento contratual (ex. dever de sigilo do contador
contratado para realizar a declaração de imposto de renda de uma determinada pessoa), decorrerem de
previsão legal (ex. o art. 32 do CDC impõe ao fornecedor e ao importador o dever de garantir a existência de
peças e equipamentos de reposição por um prazo razoável, de forma a permitir o conserto dos produtos
comprados no país), ou mesmo, como visto, do princípio da boa-fé objetiva (ex. dever de um prestador de
serviço contratado por uma conhecida marca de roupas de não vender os mesmos modelos, porém sem as
etiquetas, para seus concorrentes – dever de lealdade).
Ademais, existem casos em que, embora tenha havido pagamento, este não extingue a obrigação, mas
apenas gera uma substituição de partes, caso da sub-rogação. Como será visto ao longo desse semestre, em
alguns casos, é possível que terceiros realizem o pagamento no lugar do devedor e venham a se sub-rogar
nos direitos do credor, liberando o credor originário, mas mantendo-se a relação obrigacional intacta, com o
terceiro assumindo o lugar do credor originário. Ex. João paga a dívida que José tinha com Pedro. Pedro
recebeu o que lhe era devido, porém ainda permanece a relação obrigacional, sendo que João assume, agora,
o polo do credor e pode continuar a cobrar José.
Além disso, é preciso considerar as hipóteses em que ocorre a extinção da obrigação, porém sem o
pagamento, como no caso de ela se tornar impossível sem culpa do devedor, como já visto no semestre
passado.
Todos esses exemplos servem para indicar que pagamento e adimplemento (ou cumprimento) são palavras
que, embora sejam utilizadas comumente como sinônimas, num sentido técnico-jurídico não se confundem. 
Assim, repetimos: existe pagamento quando realizada voluntariamente a prestação obrigacional. Por outro
lado, haverá adimplemento sempre que a obrigação chegar ao seu fim, mas por outro meio que não o
pagamento.
Por fim, deve-se ressaltar que, atualmente, a melhor concepção de adimplemento das obrigações é aquela
relacionada à ótica do credor. Ou seja, considera-se cumprida a obrigação quando satisfeitos os interesses do
credor.
Adotando-se esta perspectiva, percebe-se que a relação obrigacional não se limita apenas à prestação
principal, mas pode englobar outros interesses (como os deveres anexos já mencionados), sendo que o
credor apenas restará satisfeito quando todos forem preenchidos.
Nas palavras de Judith Martins-Costa (Comentários ao novo Código Civil, v. V, t. I, p. 66): “o adimplemento
se dará quando se realizar o conjunto dos interesses envolvidos na relação. E por conjunto de interesses
envolvidos na relação entende-se não apenas os vinculados direta ou indiretamente à prestação principal,
mas também os derivados dos demais deveres de conduta, de modo especial os vinculados à manutenção do
estado pessoal e patrimonial dos integrantes da relação, advindos do liame de confiança que toda relação
envolve”.
Por fim, deve-se ressaltar que as obrigações geram efeitos entre as partes. Vinculam aos seus efeitos legais
apenas as partes e seus sucessores (que respondem apenas com a força da herança pelas obrigações do de
cujus).
As obrigações personalíssimas, como as obrigações de fazer infungíveis, em que a pessoa do devedor não
pode ser substituída por terceiro, por suas características peculiares, não se transmitem aos sucessores. Por
exemplo, a obrigação de uma bailarina de dançar em certo espetáculo não se transmite aos seus herdeiros.
A promessa de fato de terceiro torna avalista o promitente, pois o terceiro só se vincula pela anuência e, se
negá-la, o promitente arcará com as consequências do inadimplemento.
25/05/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 3/23
Prometer fato de terceiro não é ato ilícito, mas o promitente se compromete a alcançar a venia do terceiro –
obrigação de fazer, sob penade arcar com as perdas e danos.
_____________//___________
Princípios.
Visto o conceito de pagamento, devemos abordar os dois princípios que regem o pagamento.
O primeiro deles é o princípio da boa-fé, o qual, nos termos do art. 422 do Código Civil, aplica-se não só ao
longo do desenvolvimento da relação obrigacional, mas também na fase das tratativas e também na fase pós-
contratual. Assim, é imperativo que as partes se comportem de maneira correta, ética, cooperativa também
na fase de cumprimento das obrigações. 
Como exemplo, tem-se que aquele que se obriga a vender um rebanho, deve alimentá-lo e guarda-lo ao
abrigo do ataque de outros animeis silvestres até a efetiva entrega. Do mesmo modo, aquele que se obriga a
pintar o teto de uma casa, deve tomar as precauções necessárias para cobrir os pisos e os móveis, de forma
a não os danificar. 
O segundo princípio aplicável ao pagamento é o da pontualidade. De acordo com esse princípio, a prestação
deve ser cumprida não só no prazo acordado, mas também de forma exata e integral, conforme previsto, no
lugar e no modo devidos. 
Lembre-se que o credor não é obrigado a receber algo diverso daquilo combinado, ainda que mais valioso
(Art. 313. O credor não é obrigado a receber prestação diversa da que lhe é devida, ainda que mais valiosa.)
e nem pode ser compelido a receber por partes a prestação (Art. 314. Ainda que a obrigação tenha por objeto
prestação divisível, não pode o credor ser obrigado a receber, nem o devedor a pagar, por partes, se assim
não se ajustou.).
Destarte, só paga bem aquele que cumpre a prestação da maneira exata como vem prescrita na relação
obrigacional, no tempo, lugar e modo avençados.
_____________//___________
Natureza jurídica do pagamento
Há muita controvérsia na doutrina acerca da definição da natureza jurídica do pagamento, principalmente
porque se admitem diversos modos de extinção das obrigações. Vamos resumir aqui, de forma didática, as
diferentes teorias mencionadas pelos autores.
1) Fato jurídico: para alguns autores, o pagamento poderia ser classificado como um fato jurídico, ou seja,
um acontecimento do mundo fenomênico relevante para o direito, no caso, algo que extinga uma obrigação.
Crítica: classificação muito ampla. Por óbvio, o pagamento, por implicar na extinção de uma relação jurídica,
é um fato jurídico, mas isso não é suficiente para uma classificação de sua natureza jurídica.
2) Ato jurídico em sentido amplo, da categoria dos atos lícitos: os fatos jurídicos dividem-se em fatos naturais
(decorrentes da natureza) e fatos humanos (ações humanas que criam, modificam, transferem ou extinguem
direitos). Para parte dos autores, o pagamento enquadrar-se-ia nesta última categoria, também denominada
de ato jurídico em sentido amplo. Esta, por sua vez, subdivide-se em atos ilícitos (que, como vimos no
semestre passado, também são fontes das obrigações) e atos lícitos, onde o pagamento é enquadrado. 
Essa é a opinião que parece majoritária e é adotada, dentre outros, por Mário Julio de Almeida Costa, Antonio
Junqueira de Azevedo e Carlos Roberto Gonçalves, para quem “o pagamento tem natureza de um ato jurídico
em sentido amplo, da categoria dos atos lícitos, podendo ser ato jurídico stricto sensu ou negócio jurídico,
bilateral ou unilateral, conforme a natureza específica da prestação” (p. 261 da edição de 2019). 
3) Ato jurídico em sentido estrito: Outros doutrinadores entendem que o pagamento se enquadra
exclusivamente dentre os fatos jurídicos cujo suporte fático prevê uma exteriorização consciente da vontade
que tenha por objeto um resultado juridicamente protegido (ou não proibido) e possível. Parece ser essa a
opinião de Caio Mário.
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4) Contratual: alguns autores, como Roberto de Ruggiero, por sua vez, defenderam que o pagamento, por
envolver sempre uma intenção de solver uma obrigação (animus solvendi) teria natureza contratual, por
assemelhar-se a um contrato (acordo de vontades). Essa teoria traz o inconveniente de considerar que, como
ato de vontade, o pagamento só pode ser realizado por pessoas capazes. De fato, para a maior parte da
doutrina, o pagamento não pode ser analisado no plano da validade.
5) Ato voluntário não contratual (ou negócio jurídico unilateral): nem sempre a vontade de pagar deve ser
declarada e, muitas vezes, sequer é relevante juridicamente.
6) Ato de natureza variável: para Orlando Gomes, por exemplo, a natureza jurídica do pagamento depende
da qualidade da prestação e de quem o efetua sendo, portanto, variável.
7) Ato devido: alguns autores italianos, como Carnelutti e Betti, defenderam que o pagamento deveria ser
entendido como um ato vinculado e não livre, sendo irrelevante a pesquisa acerca da voluntariedade que o
ensejou.
8) Teoria da execução real da prestação: teoria alemã esposada, entre outros, por Larenz, defende que o
pagamento é uma atuação dirigida à produção de um determinado resultado visado pela prestação. Volta-se
não ao estudo das espécies de pagamento, mas à sua finalidade.
O estudo da natureza jurídica do pagamento tem impactos práticos, mas o que realmente importa extrair
dessa exposição do imbróglio doutrinário exposto acima é que se o pagamento, de acordo com a maior dos
autores, não se apresenta como um negócio jurídico, as regras básicas do art. 104 do CC acerca do plano da
validade também só se aplicam quando cabíveis. Ou seja, não é necessário que aquele que paga sempre seja
capaz, por exemplo. 
_________//_____________
Dos elementos do pagamento:
a) Vínculo obrigacional – capaz de justificar o pagamento, sob pena de ocorrer pagamento indevido, ato
unilateral que gera para o accipiens (aquele que recebe) a obrigação de restituir, já que a lei proíbe o
enriquecimento ilícito.
b) Solvens – é a expressão latina utilizada para se referir àquele que paga. Pode ser o próprio devedor (regra
geral), mas também pode ocorrer o pagamento por terceiros (como será visto abaixo), sendo estes
igualmente denominados de solvens. 
c) Accipiens – é a expressão latina utilizada para se referir àquele que recebe. Normalmente, é o próprio
credor, mas há tanto hipóteses em que o credor é proibido de receber o pagamento, quanto hipóteses em que
o pagamento realizado a terceiro será eficaz, conforme será estudado abaixo. Em todos esses casos, aquele
que recebe a prestação será denominado de accipiens.
________________//_________
De quem deve pagar:
Em regra, quem deve pagar é o devedor.
Não se tratando de obrigação personalíssima, contudo, prevê-se a possibilidade de pagamento por terceiro,
nas seguintes circunstâncias:
1. Terceiro interessado – é o terceiro que pode ser juridicamente responsabilizado pelo pagamento, e por isso
tem interesse na extinção do vínculo obrigacional pelo adimplemento.
Trata-se, por exemplo, do fiador, do sublocatário, do avalista, cuja obrigação em pagar não é meramente
natural, mas civil.
Os efeitos da mora podem alcançar essas pessoas, de modo que elas têm interesse em pagar e o direito de
alcançar a quitação. A recusa do credor ensejaria a consignação em pagamento.
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https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 5/23
O pagamento por terceiro interessado leva à sub-rogação do solvens (o terceiro, que pagou) em todos os
direitos do credor. Trata-se de hipótese de sub-rogação legal, em que o terceiro no lugar de mero direito de
reembolso passa a ocupar o lugar do credor originário, para cobrar do devedor o que desembolsou com todos
os acessórios que privilegiavam o credor originário, como a garantia, a cláusula penal, os juros, as ações, os
privilégios, as garantias, etc.
Essa hipótese está prevista no caput do art. 304:
Art. 304. Qualquer interessado na extinção da dívida pode pagá-la, usando, se o credor se opuser, dos
meios conducentes à exoneração do devedor.A respeito do pagamento realizado por terceiro interessado, já decidiu o STJ que além de sub-rogar-se nos
direitos, garantias e privilégios do credor originário, correrá contra este terceiro também o mesmo prazo
prescricional previsto para o credor originário. Confira-se:
Dessa forma, ocorrendo a sub-rogação do fiador nos direitos do credor, em razão do pagamento da
dívida objeto de contrato de locação, permanecem todos os elementos da obrigação primitiva, inclusive
o prazo prescricional, modificando-se tão somente o sujeito ativo (credor), e, também, por óbvio, o
termo inicial do lapso prescricional, que, no caso, será a data do pagamento da dívida pelo fiador, e
não de seu vencimento, em decorrência do princípio da actio nata. Isso posto, aplica-se o prazo
previsto no art. 206, § 3º, I, do Código Civil, o qual dispõe ser de 3 (três) anos "a pretensão relativa a
aluguéis de prédios urbanos ou rústicos", visto que esse dispositivo seria aplicável caso a ação tivesse
sido proposta pelo locador contra os locatários. (STJ. REsp 1.432.999-SP, Rel. Min. Marco Aurélio
Bellizze, 3ª Turma, por unanimidade, j. 16/5/2017).
2. Terceiro não interessado – é a pessoa que, embora não possa ser responsabilizada em juízo pela prestação,
tem interesse moral em solvê-la. Trata-se de hipótese delineada no parágrafo único do art. 304:
Parágrafo único. Igual direito cabe ao terceiro não interessado, se o fizer em nome e à conta do
devedor, salvo oposição deste.
Nesse caso, o terceiro não tem interesse jurídico, daí ser um “não interessado”. É o pai, o noivo, a amiga, a
tia, pessoa que nunca poderá ser processada para cumprir a prestação assumida pelo devedor, mas que tem
interesse sentimental em livrá-lo do ônus o inadimplemento.
Há interesse das partes e da sociedade em que o pagamento seja efetuado. O inadimplemento resulta em
ônus para o devedor e causa insegurança à sociedade, sobrecarregando ainda o Judiciário, com mais uma
demanda.
É por isso que, em regra, o credor não pode se opor ao pagamento realizado por terceiro não interessado. O
referido dispositivo, contudo, permite que o devedor originário se oponha ao pagamento realizado por
terceiro. Também neste caso, se o fizer por mero capricho, sem justo motivo para a oposição, a relação
jurídica se extingue pelo pagamento e o terceiro não interessado tem direito ao reembolso, caso pague em
nome próprio.
O terceiro não interessado que paga em nome do devedor não tem direito de reembolso. Nesse caso houve o
animus donandi.
Caso pague em nome próprio, pode cobrar do devedor (sem direito a sub-rogação, pois a obrigação anterior
se extingue por completo, com todos os seus acessórios) o valor que desembolsou. O fundamento está no
art. 305, CC. Se pagar antes de vencida a dívida, o terceiro não interessado só terá direito ao reembolso no
vencimento, consoante parágrafo único do art. 305, CC.
Art. 305. O terceiro não interessado, que paga a dívida em seu próprio nome, tem direito a
reembolsar-se do que pagar; mas não se sub-roga nos direitos do credor.
25/05/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
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Parágrafo único. Se pagar antes de vencida a dívida, só terá direito ao reembolso no
vencimento.
O reembolso neste caso será pelo menor valor – se pagou menos e o credor aceitou, recebe o valor pago. Se
pagou mais que o valor originário da dívida, receberá somente o valor da dívida, que foi equivalente ao
benefício efetivo do devedor principal.
Ademais, caso o terceiro pague a dívida mesmo que o devedor originário tivesse meios para ilidir eventual
ação do credor (ex. alegação de prescrição, compensação, novação, etc), a oposição terá justo motivo e o
devedor apenas terá de reembolsar o terceiro da parte que venha a aproveitar, se houver.
Art. 306. O pagamento feito por terceiro, com desconhecimento ou oposição do devedor, não
obriga a reembolsar aquele que pagou, se o devedor tinha meios para ilidir a ação.
___________________//________________
Do pagamento efetuado mediante transmissão da propriedade:
Art. 307. Só terá eficácia o pagamento que importar transmissão da propriedade, quando feito
por quem possa alienar o objeto em que ele consistiu.
Parágrafo único. Se se der em pagamento coisa fungível, não se poderá mais reclamar do credor
que, de boa-fé, a recebeu e consumiu, ainda que o solvente não tivesse o direito de aliená-la.
Nem sempre o pagamento consiste na entrega de dinheiro, podendo ser realizado mediante a transferência
de propriedade de algum objeto. 
Neste caso, determina o Código Civil que o pagamento só terá eficácia se realizado por quem tinha
capacidade e legitimação para alienar. Assim, em regra, apenas o titular do bem é que pode transferir sua
propriedade, sob pena de configurar-se a venda a non domino.
Não obstante, caso realizada a entrega por quem não era, à época, titular do bem, esse pagamento poderá
ser convalidado caso o devedor venha a adquirir futuramente o dominío (art. 1.268, §1º). Destarte, em regra,
não posso vender um celular que não é meu. Essa venda é anulável, mas poderá ser convalidada caso, após a
venda, eu compre o celular de um terceiro para entregar ao comprador. 
Por fim, o parágrafo único do art. 307 abre uma exceção e considera eficaz o pagamento quando feito através
da dação com coisa de terceiro, mas fungível, consumível e entregue ao credor de boa-fé que, por erro
escusável, a recebe e consome. Aqui o pagamento é válido, ainda que o solvens (sem capacidade ou sem
legitimação para dar em pagamento tal objeto) tenha que responder perante o prejudicado (proprietário cuja
coisa foi dada em pagamento).
____________________//_________________
Daqueles a quem se deve pagar:
A regra geral é a de que o credor é o accipiens, quem deve receber o pagamento.
O credor, seu representante (legal ou convencional) ou seu sucessor inter vivos ou causa mortis deve ser o
accipiens, sob pena de o solvens ter pago mal e ter de pagar de novo(lembre da regra “quem paga mal, paga
duas vezes”) .
Art. 308. O pagamento deve ser feito ao credor ou a quem de direito o represente, sob pena de
só valer depois de por ele ratificado, ou tanto quanto reverter em seu proveito.
São representantes legais o pai, o tutor e o curador,. São representantes judiciais aqueles nomeados pelo
juiz, como o síndico da massa falida e o inventariante em relação ao espólio.
São representantes convencionais os mandatários, que por contrato receberam poderes do credor, podendo
ou não portar a procuração, instrumento do mandato[1].
25/05/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 7/23
É representante convencional, ainda, o adjectus solutionis causa, ou adjectus solutionis gratia, pessoa
designada nominalmente no próprio título para receber o pagamento, em seu próprio benefício. O poder
desse representante não é revogável, como o do mandatário, e nem se extingue em função da morte do
mandante, porque se trata de uma estipulação em favor de terceiro, quando o beneficiado é como um
cessionário do crédito e tem o direito de receber em lugar do credor.
Também há o caso do mandato presumido por lei, quando o portador da quitação é presumivelmente
(presunção relativa) o mandatário do credor, que se apresenta para receber a dívida. O devedor precisa neste
caso ser diligente, pois a presunção é relativa e, se ficar provado que o erro foi grosseiro, pode ter que pagar
duas vezes (pagar outra vez, ao verdadeiro credor).
Art. 311. Considera-se autorizado a receber o pagamento o portador da quitação, salvo se as
circunstâncias contrariarem a presunção daí resultante.
Das exceções:
1. Pagamento feito ao credor e não válido:
1.1. Se o credor é incapaz, o pagamento deve ser feito a seu representante, ou em juízo. O pagamento ao
incapaz não vale, obrigando o devedor a novo pagamento, salvo se provar que o pagamento se reverteu em
proveito do incapaz (eserá considerado eficaz o pagamento no limite desse benefício) ou se provar erro
escusável, ou seja quenão podia desconfiar da incapacidade do accipiens.
Art. 310. Não vale o pagamento cientemente feito ao credor incapaz de quitar, se o devedor não
provar que em benefício dele efetivamente reverteu.
1.2. Se o credor está sendo executado e o devedor é intimado de penhora sobre o crédito para que não pague
ao credor originário, mas, sim, deposite a quantia em juízo, o pagamento é ineficaz perante o terceiro
exequente ou embargante se realizado diretamente ao credor. Esses terceiros poderão, então, requerer novo
pagamento (quem paga mal, paga duas vezes) (art. 856, §§1º e 2º, CPC). A ideia desse dispositivo é
preservar os direitos desses credores e evitar a burla às garantias que lhes são outorgadas pelo ordenamento.
Art. 312. Se o devedor pagar ao credor, apesar de intimado da penhora feita sobre o crédito, ou
da impugnação a ele oposta por terceiros, o pagamento não valerá contra estes, que poderão
constranger o devedor a pagar de novo, ficando-lhe ressalvado o regresso contra o credor.
1.3. Equipara-se à intimação acerca da penhora pendente sobre o crédito a impugnação feita por terceiro,
seja por meio de protesto, notificação ou interpelação (arts. 726 e ss, CPC). Assim, notificado o solvens
acerca do litígio envolvendo a percepção do crédito, o pagamento ao credor originário também se mostra
ineficaz perante os impugnantes, nos termos do art. 312 do CC.
2. Pagamento feito a terceiro que não o credor ou seu representante ou sucessor e válido:
2.1. Se o credor ratificar o pagamento: Feito o pagamento a um terceiro, este pode vir a ser considerado
eficaz se o accipiens ratificar a quitação. Neste caso, entende-se que oterceiro que recebe no lugar do credor
atua como um gestor de negócio, sendo que a ratificação retroage à data do pagamento, como se houvesse
verdadeiramente um contrato de mandato que autorizasse o terceiro a receber o pagamento. A diferença é
que a gestão de negócio não é contrato, é manifestação unilateral da vontade, com apenas um centro de
interesse, em que o gestor age por conta própria, mas produzindo todos os efeitos do ato (o pagamento
extingue o vínculo obrigacional).
2.2. Quando o credor tira proveito do pagamento: o ônus de provar que o pagamento reverteu integralmente
em favor do credor originário é do solvens (que, em tese, pagou mal). O proveito do credor pode ser direto
(ex. o terceiro deposita o dinheiro na conta do credor) ou indireto (ex. pagamento realizado a credor do
accipiens, que abate esse valor da débito a ser cobrado daquele credor originário).
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Art. 308. O pagamento deve ser feito ao credor ou a quem de direito o represente, sob pena de
só valer depois de por ele ratificado, ou tanto quanto reverter em seu proveito.
2.3. Pagamento ao credor putativo: O credor putativo ou aparente é aquele que aos olhos de todos passa
como verdadeiro credor, mas, na verdade, não o é (teoria da aparência). Para que o pagamento ao credor
putativo seja considerado eficaz, é preciso que o devedor pague de boa-fé e que o erro seja escusável, pois
se o solvens erra grosseiramente, deverá pagar de novo, agora ao verdadeiro credor. Por exemplo: quando o
pagamento é feito à viúva do credor e o devedor não sabe que há filhos do credor; ou quando se paga a
herdeiro que depois é excluído por indignidade por fato desconhecido do solvens à época do pagamento.
Ao verdadeiro credor resta apenas o direito de reclamar do credor putativo a devolução do que este recebeu.
Art. 309. O pagamento feito de boa-fé ao credor putativo é válido, ainda provado depois que não
era credor.
O STJ já aplicou em seus julgados a teoria da aparência esposada no art. 309, CC. Confira-se:
Recurso especial. Civil. Seguro DPVAT. Indenização. Credor putativo. Teoria da aparência. 1. Pela
aplicação da teoria da aparência, é válido o pagamento realizado de boa-fé a credor putativo. 2.
Para que o erro no pagamento seja escusável, é necessária a existência de elementos suficientes
para induzir e convencer o devedor diligente de que o recebente é o verdadeiro credor. 3. É
válido o pagamento de indenização do DPVAT aos pais do de cujus quando se apresentam como
únicos herdeiros mediante a entrega dos documentos exigidos pela lei que dispõe sobre seguro
obrigatório de danos pessoais, hipótese em que o pagamento aos credores putativos ocorreu de
boa-fé. 4. Recurso especial conhecido e provido” (STJ, REsp 1.601.533/MG, Rel. Min. João
Otávio de Noronha, 3.a Turma, j. 14.06.2016, DJe 16.06.2016).
Agravo regimental. Agravo de instrumento. Obrigação securitária. Acordo. Pagamento ao falido.
Credor putativo. Artigo 309 do CC. Provimento. 1. No caso em apreço, a recorrente foi
condenada ao pagamento de seguro e entabulou acordo com a credora, cuja falência fora
decretada anteriormente, sem que tivesse conhecimento do fato nem se consignando eventual
má-fé no acórdão recorrido. 2. Inexistindo, pois, prova da má-fé e elemento que pudesse
cientificar o devedor que o representante da credora não mais detinha poderes de
administração, é de se reputar válido o pagamento feito a credor putativo. Inteligência do artigo
309 do Código Civil. 3. Agravo regimental provido” (STJ, AgRg no Ag 1.225.463/SP, 4.a Turma,
Rel. Min. Maria Isabel Gallotti, j. 11.12.2012, DJe 19.12.2012).
_____________//________________
 
 
________________________________________
[1] A procuração não é obrigatória porque o contrato de mandato é não solene, a sua forma não está
prescrita em lei. A procuração é obrigatória quando o ato a ser praticado pelo mandatário é solene.
 
Exercício 1:
Considerando-se que o pagamento é espécie de adimplemento obrigacional pela
via direta, em que a obrigação se extingue pela morte natural, com o
cumprimento da prestação almejado pelas partes, extinguindo a relação jurídica,
podemos afirmar que:
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A)
Adimplemento obrigacional e pagamento não são sinônimos. Adimplemento
obrigacional é gênero, do qual o pagamento é uma de suas espécies.
B)
O adimplemento abrange todos os modos voluntários de extinção da obrigação,
com exceção da dação em pagamento.
C)
Pagamento e adimplemento obrigacional são sinônimos.
D)
O adimplemento obrigacional pode não extinguir o vínculo obrigacional.
E)
Não é hipótese de adimplemento obrigacional a remissão de dívidas.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A)
Comentários:
A) 
Exercício 2:
Considere as proposições abaixo e assinale a alternativa correta:
I. Os elementos do pagamento são: vínculo obrigacional – capaz de justificar o
pagamento, sob pena de ocorrer pagamento indevido; solvens – aquele que paga;
e accipiens – aquele que recebe.
II. O terceiro não interessado não pode ser obrigado em juízo a efetuar o
pagamento.
III. O terceiro não interessado tem o direito de exigir do accipiens a quitação.
A)
I e II são falsas.
B)
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I e III são falsas.
C)
II e III são falsas.
D)
Todas são falsas.
E)
Todas são verdadeiras.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E)
Comentários:
E) 
Exercício 3:
Considere as afirmações seguintes:
O terceiro não interessado que paga em nome do devedor não tem direito de
reembolso.
PORQUE
Nesse caso entende-se que houve o animus donandi.
É correto afirmar que:
A)
apenas a primeira proposição é correta.
B)
apenas a segunda proposição é correta.
C)
as duas proposições são corretas e a segunda justifica a primeira.
D)
as duas proposições são corretas, mas a segunda não justifica a primeira.
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E)
as duas proposições são falsas.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)
Comentários:
C) 
Exercício 4:
Considere as seguintes proposições e assinale a alternativa correta.
I. O pagamento ao credor não é válido se o credor é incapaz, caso em que o
pagamento deve ser feito a seu representante, ou em juízo. O pagamento ao
incapaz não vale, obrigando o devedor a novo pagamento, salvo se provar que o
pagamento se reverteu em proveito do incapaz ou se provar erro escusável - o
solvens não podia desconfiar da incapacidade.
II. Se o credor está intimado de penhora sobre o crédito e o devedor tem ciência
da penhora, o pagamento é ineficaz se realizado diretamente ao credor; para
preservar os direitos dos credores do credor. Neste caso, o devedor precisa
depositar a prestação em juízo.
III. Há casos em que o pagamento é feito a terceiro que não o credor e é válido,
como na hipótese do credor putativo.
A)
I e II são verdadeiras.
B)
I e III são verdadeiras.
C)
II e III são verdadeiras.
D)
Todas são verdadeiras.
E)
Todas são falsas.
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O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)
Comentários:
D) 
Exercício 5:
Analise as afirmativas abaixo e assinale a alternativa correta:
I. As obrigações geram efeitos entre as partes. Vinculam aos seus efeitos legais
apenas as partes e seus sucessores.
II. Sucessores respondem pelas obrigações deixadas pelo hereditando não apenas
com a força da herança, mas com os bens anteriores ao recebimento da herança.
III. As obrigações personalíssimas, como as obrigações de fazer infungíveis,
transmitem-se aos sucessores.
A)
Somente I é verdadeira.
B)
Somente II é verdadeira.
C)
Somente III é verdadeira.
D)
Todas são verdadeiras.
E)
Todas são falsas.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A)
Comentários:
A) 
Exercício 6:
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Considere as proposições abaixo e assinale a alternativa correta:
A promessa de fato de terceiro torna avalista o promitente, pois o
terceiro só se vincula pela anuência e, se negá-la, o promitente arcará
com as consequências do inadimplemento.
Porque
Prometer fato de terceiro não é ato ilícito, mas o promitente se
compromete a alcançar a venia do terceiro – obrigação de fazer, sob pena
de arcar com as perdas e danos.
A)
As duas são corretas e a segunda justifica a primeira.
B)
As duas são corretas, mas a segunda não justifica a primeira.
C)
Somente a primeira proposição é correta.
D)
Somente a segunda proposição é correta.
E)
As duas proposições são incorretas.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A)
Comentários:
A) 
Exercício 7:
No tocante ao pagamento, assinale a alternativa CORRETA:
A)
o credor não é obrigado a receber prestação diversa da que lhe é devida, salvo se mais
valiosa, pois nesse caso faltará interesse econômico à rejeição.
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B)
quando feito de boa-fé ao credor putativo é eficaz o pagamento, dada a aplicação da
teoria da aparência.
C)
em qualquer hipótese, considera-se autorizado a receber o pagamento o portador da
quitação, pela presunção legal absoluta daí decorrente.
D)
o terceiro não interessado, que paga a dívida em nome do devedor originário, tem direito
a reembolsar-se do que pagar, mas não se sub-roga nos direitos do credor; se pagar
antes de vencida a dívida, só terá direito ao reembolso no vencimento.
E)
o terceiro interessado que paga a dívida em nome próprio, poderá ser reembolsado pelo
devedor originário, porém não se sub-roga nos direitos do credor.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
Comentários:
E) 
D) 
B) 
Exercício 8:
Com relação ao pagamento, assinale a alternativa CORRETA:
A)
com base no conceito estático de obrigação é que se pode dizer que o adimplemento é o
programa da obrigação.
B)
pagamento e adimplemento são termos sinônimos.
C)
o pagamento é o desempenho voluntário da obrigação, que extingue a relação jurídica.
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D)
configura hipótese de pagamento a execução coercitiva de uma prestação.
E)
o termo pagamento apenas se refere à hipótese de solvência de uma obrigação mediante
prestação pecuniária.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)
Comentários:
C) 
Exercício 9:
Assinale a alternativa INCORRETA:
A)
existem casos em que, embora tenha havido pagamento, este não extingue a obrigação,
mas apenas gera uma substituição de partes.
B)
O contador que realiza o serviço contratado (ex. elaboração de livros contábeis da
empresa) paga, não sendo considerado para fins de constatação de inadimplemento a
divulgação de dados sigilosos da situação financeira da empresa em suas redes sociais.
C)
o adimplemento é aferido de acordo com a satisfação dos interesses do credor.
D)
pode ocorrer a extinção da obrigação por outras vias que não o pagamento.
E)
admite-se hipóteses em que o solvens não será o devedor originário e outras em que o
accipiens não será o credor originário da obrigação.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
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Comentários:
B) 
Exercício 10:
Julgue os seguintes itens referentes à natureza jurídica do pagamento como verdadeiros
ou falsos:
I – Não há dúvida de que prevalece na doutrina nacional a adoção da teoria contratual, a
qual defende que o pagamento, por envolver sempre uma intenção de solver uma
obrigação (animus solvendi), teria natureza contratual, por assemelhar-se a um acordo
de vontades entre o accipiens que deve exprimir a vontade de receber a prestação e o
solvens, que deve exprimir a vontade de quitar a prestação.
II – De acordo com a teoria do ato devido, desenvolvida na Alemanha, o pagamento é
uma atuação dirigida à produção de um determinado resultado visado pela prestação,
devendo ser classificado de acordo com seu objetivo e não suas modalidades.
III – Para muitos autores, a natureza jurídica do pagamento pode ser tanto negocial
como não negocial, sendo assim classificado como ato jurídico em sentido amplo, da
categoria dos atos lícitos.
IV – Ainda que haja algum dissenso sobre a natureza jurídica do pagamento, é certo que
os requisitos de validade dos negócios jurídicos previstos no art. 104, CC aplicam-se
apenas no que possível ao pagamento, não havendo total conformação deste ao plano da
validade.
 
São verdadeiros os seguintes itens:
A)
II e III.
B)
apenas I.
C)
I e IV.
D)
III e IV.
E)
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todos os itens.
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Exercício 11:
Examine as afirmativas a seguir e assinale a alternativa correta:
I. O pagamento por terceiro interessado leva à sub-rogação do solvens (o
terceiro, que pagou) em todos os direitos do credor.
II. Com a sub-rogação, o terceiro no lugar de mero direito de reembolso passa a
ocupar o lugar do credor originário, para cobrar do devedor o que desembolsou
com todos os acessórios que privilegiavam o credor originário, como a garantia, a
cláusula penal, os juros etc.
III. Os efeitos da mora podem alcançar terceiros interessados, de modo que eles
têm interesse em pagar e o direito de alcançar a quitação. A recusa do credor
ensejaria a consignação em pagamento.A)
Somente I e II são corretas.
B)
Somente II e III são corretas.
C)
Somente I e III são corretas.
D)
Todas são corretas.
E)
Todas são incorretas.
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Exercício 12:
Assinale a alternativa correta quanto ao pagamento feito ao incapaz:
A)
Jamais será válido, obrigando o devedor a novo pagamento.
B)
É válido com a prova de que o incapaz já estava próximo de completar 16 anos.
C)
É válido provando-se que o pagamento se reverteu em proveito do incapaz ou se
provar erro escusável, quando o solvens não podia desconfiar da incapacidade.
D)
Sempre vale, porque caso contrário ocorreria o enriquecimento ilícito.
E)
Nenhuma das anteriores.
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Exercício 13:
Analise as afirmativas abaixo e assinale a alternativa correta:
I. O solvens é obrigatoriamente o devedor.
II. O terceiro interessado tem mero direito de reembolso quando paga em nome
próprio.
III. O terceiro não interessado se sub-roga nos direitos do credor para cobrar do
devedor principal o que desembolsou.
A)
Somente I e II são falsas.
B)
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Somente II e III são falsas.
C)
Somente I e III são falsas.
D)
Todas são verdadeiras.
E)
Todas são falsas.
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Exercício 14:
Quanto às obrigações personalíssimas, como as obrigações de fazer infungíveis,
em que a pessoa do devedor não pode ser substituída por terceiro, por suas
características peculiares, é correto afirmar que:
A)
Não se transmitem aos sucessores.
B)
Transmitem-se aos sucessores caso sejam herdeiros.
C)
Podem ser transmitidas aos sucessores por força de testamento.
D)
Sempre se transmitem aos sucessores.
E)
Nenhuma das anteriores.
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Exercício 15:
Considere as proposições abaixo e assinale a alternativa correta:
 
A obrigação de uma bailarina de dançar em certo espetáculo não se transmite aos
seus herdeiros.
 
PORQUE
 
As obrigações em geral são personalíssimas, ou seja, podem ser cumpridas
somente por aquele que se incumbiu da prestação originariamente.
 
Pode-se afirmar que:
A)
As duas proposições são verdadeiras, e a segunda justifica a primeira.
B)
As duas proposições são verdadeiras, mas a segunda não justifica a primeira.
C)
Somente a primeira proposição é verdadeira.
D)
Somente a segunda proposição é verdadeira.
E)
As duas proposições são falsas.
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Exercício 16:
Quanto ao pagamento, é incorreto afirmar que:
A)
É espécie de adimplemento obrigacional pela via direta, em que a obrigação se
extingue pela morte natural.
B)
É o cumprimento da prestação almejado pelas partes.
C)
Trata-se do desempenho voluntário da obrigação, que extingue a relação jurídica.
D)
Somente pode ser efetuado através de consignação em pagamento.
 
E)
É válido quando realizado ao credor putativo.
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Exercício 17:
Considere as seguintes afirmativas, classificando-as como verdadeiras ou falsas:
I - O pagamento feito ao credor incapaz de quitar é válido, ainda que ciente o devedor
da incapacidade, desde que fique provado que o pagamento reverteu em benefício do
credor.
II - O pai que não fez parte da relação jurídica obrigacional na qual o filho figurou como
devedor pode, em nome próprio, saldar o débito do filho, subrogando-se nos direitos do
credor.
III - O pagamento feito de boa-fé ao credor putativo é válido, salvo se provado depois
que não era credor ao tempo do pagamento.
IV - É sempre ineficaz o pagamento feito por aquele que não era titular do bem
transmitido à época da sua realização.
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V - Raquel deve a Carla a entrega de duas barras de chocolate. Na data do pagamento,
Raquel entrega as duas barras de doce a Carla, que imediatamente as consome. No dia
seguinte, fica estabelecido que Raquel havia pego as barras de chocolate da mesa de
Ana, a qual pode, então, requisitar de Carla a devolução do valor equivalente aos
produtos consumidos.
Estão corretas as afirmativas:
A)
apenas I.
B)
apenas II.
C)
apenas III.
D)
apenas IV.
E)
apenas V.
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Exercício 18:
Sobre o pagamento, assinale a alternativa CORRETA:
A)
Accipiens é a expressão latina utilizada para designar aquele que realiza a prestação.
B)
Apenas denomina-se solvens o devedor originário da prestação.
C)
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Apenas denomina-se accipiens o devedor originário da prestação.
D)
Solvens é a expressão latina utilizada para designar aquele que realiza a prestação.
E)
Apenas denomina-se accipiens o credor originário da prestação.
Comentários:
C)

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