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reconhecimento de paternidade afetiva

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Reconhecimento de Paternidade Afetiva
Antes de adentrarmos no tema em questão é importante trazermos em debate um pouco da sistemática do poder jurídico brasileiro.
O nosso pleito será realizado através de um processo judicial cuja especificidade será denominada - Ação de Reconhecimento de Paternidade Afetivo - vejamos abaixo o que significa:
É um tipo de ação judicial onde as partes pleiteiam o reconhecimento da paternidade pelo sistema jurídico, tendo as mesmas que comprovarem a relação paternal por todos os meios possíveis, quais sejam cartas, e-mails, conversas no celular, histórico de chamadas, fotos, testemunhas, dentre outros modos comprobatórios.
O Polo ativo da ação será composto pelas partes DEMANDANTES, no presente caso, o pai (você) e o filho (eu).
O processo não terá polo passivo (demandado/réu), o pleito não será oposto em face de nenhuma pessoa física nem jurídica, o processo não terá litigio algum, será apenas direcionado para um Vara de Família do Fórum do Recife para ser julgado pelo Juiz designado na hora da distribuição da ação.
O tema da paternidade/maternidade vem experimentando notável evolução nos últimos anos, quer em razão dos avanços científicos, que têm oferecido múltiplas oportunidades possibilitando a busca do vínculo biológico com precisão, quer em razão do próprio progresso de nossa sociedade, que buscou afastar tabus como a filiação ilegítima e o casamento homoafetivo.
O direito, como não poderia deixar de ser, também vem buscando adaptar-se a essa nova realidade, passando a tutelar relações antes ignoradas.
O vínculo socioafetivo aparece como uma força jurídica expressiva e, por essa razão, merece atenção e regulamentação, afinal, o artigo 1.593 do Código Civil admite não somente o parentesco consanguíneo, mas também o civil de outra origem.
Art. 1.593. Código Civil. O parentesco é natural ou civil, conforme resulte de consanguinidade ou outra origem.
Nesse contexto, como já é de conhecimento geral, a Corregedoria Nacional do Conselho Nacional de Justiça editou, em 14 de novembro de 2017, o Provimento nº 63 estabelecendo regras para o procedimento do registro extrajudicial da filiação socioafetiva, estipulando na ocasião, dentre outras matérias, que o reconhecimento voluntário da paternidade ou maternidade socioafetiva de pessoa de qualquer idade seria autorizado perante os oficiais de registro civil das pessoas naturais (art. 10).
PROVIMENTO N. 63, DE 14 DE NOVEMBRO DE 2017. CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA
Seção II
Da Paternidade Socioafetiva
Art. 10. O reconhecimento voluntário da paternidade ou da maternidade socioafetiva de pessoa de qualquer idade será autorizado perante os oficiais de registro civil das pessoas naturais.
§ 4º O pretenso pai ou mãe será pelo menos dezesseis anos mais velho que o filho a ser reconhecido.
Art. 15. O reconhecimento espontâneo da paternidade ou maternidade socioafetiva não obstaculizará a discussão judicial sobre a verdade biológica.
____________________________________________________________O que esse provimento do Conselho Nacional de Justiça nos diz? 
1. Faz-se necessário requerimento padrão assinado pelo requerente
2. Faz-se necessário diferença de no mínimo 16 (dezesseis) anos entre o pai e o filho.
3. Se o filho for maior de idade, faz-se necessário o consentimento do mesmo.
4. Desejo irrevogável de ser reconhecido filho.
Os meios comprobatórios para postular em juízo o reconhecimento paterno em questão:
1. Comprovação de União Estável com parceiro. (NÃO SERÁ USADO)
2. Dependência econômica (Escola, plano de saúde) (NÃO SERÁ USADO)
3. Prova fotográfica (SERÁ USADO)
4. Duas testemunhas (SERÁ USADO)
Documentos necessários para dar entrada na ação:
Cópia de RG (documento de identificação)
Cópia do Passaporte
Fotos da família
Declaração escrita, dos 03 (eu, você e minha mãe)
Comprovante de residência

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