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Resenha Texto Jorge Tinoco - Mapa de Danos

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Universidade Paulista – UNIP 
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Fichamento – Mapa de Danos - Recomendações Básicas 
 
 
 
TEXTO MAPA DE DANOS – RECOMENDAÇÕES BÁSICAS – JORGE TINOCO 
 
As edificações sofrem degradações em seus componentes e sistema construtivo 
por vários motivos como: 
 
• Efeito do tempo 
• Intemperismo 
• Uso e interferência do homem e do meio onde está inserido. 
 
- Tudo isso altera e compromete as propriedades físicas e químicas dos materiais e a 
funcionalidade da edificação. 
 
Essas recomendações são procedimentos básicos e fundamentais para garantir qualidade 
nas investigações das patologias e visam também dar aos profissionais envolvidos com 
conservação do patrimônio construído, informações sobre estados e procedimentos de 
documentação referentes ao estado de conservação do bem histórico e elaboração do 
Mapa de Danos da edificação. 
 
1 – Conhecimento das Patologias 
 
- Saber, conhecer e compreender têm entendimentos diferentes. 
 
• Saber – Sabe-se onde se localiza uma edificação desde que se tenha endereço, número, 
bairro, cidade e estado. 
• Conhecer – Para conhecer a edificação a pessoa precisa da experiência do lugar, 
experimentar os sentidos dos ambientes internos e externos. Precisa do toque nos 
elementos e materiais construtivos. 
• Compreender – Vem da experiência e interação com a edificação, da vivência na 
edificação. 
 
- Tinoco diz que para entender as patologias que acometem os sistemas e componentes 
construtivos exige o saber, o conhecer e o compreender para entender os níveis de 
patologias de uma edificação, pode-se entender como cada parte da edificação é 
atingida. Entender a estabilidade da edificação em relação as cargas e aos esforços, 
tanto diretos como indiretos, os tipos e as características das estruturas, alvenarias, 
telhados, pisos, forros, revestimentos, esquadrias, ferragens e entre outros 
 
- Conceitos, definições e vocabulário 
 
• Mapa de Danos: Conjunto de documentos cujo sua representação gráfico-fotográfica 
ilustra e aponta as deteriorações de forma rigorosa e minuciosa. Nele são apontados 
todos os resultados dos levantamentos que foram feitos no mapeamento de danos. O 
mapa de danos só pode ser elaborado com base nas FID’s – Fichas de Identificação de 
Danos. São documentos normalizados com registros e anotações gráficas e fotográficas 
sobre os danos na edificação. Na elaboração destes dois, é comum fazer uso de termos 
da área da medicina para facilitar a compreensão sobre o estado de conservação dos 
edifícios. 
 
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Fichamento – Mapa de Danos - Recomendações Básicas 
 
= A prioridade é conservar – fazer com que as medidas que forem tomadas culminem 
no menor número de alterações pelo maior espaço de tempo possível. Portanto, 
conservar é guardar o edifício de danos e decadência. As medidas a serem tomadas, 
devem ser de caráter corretivo, diferentemente da manutenção que tem caráter 
preventivo. 
 
- Termos usados: 
 
• Patologia – significa investigar os danos (as doenças) que se instalaram na edificação 
para se entender as alterações estruturais e funcionais. 
• Patogenia – é usada na conservação para entender como os agentes naturais e 
artificiais agridem o edifício como um todo. 
• Etiologia – estuda as causas das agreções ao edifício. 
• Anamnese – determina o tipo de procedimento que será feito o diagnóstico. É o 
processo de observação na linha do tempo da edificação para compreender os danos e as 
alterações. 
• Sintomatologia – refere-se aos exames e estudos para identificação dos sintomas, das 
manifestações. Dos efeitos causados pelos agentes patológicos. 
 
= Quando o especialista conservador produzir laudos e confeccionar o mapa de danos, 
deve ser claro e objetivo escolhendo bem sua palavras e colocações para ser 
corretamente transmitido o estado de conservação da edificação, assim como também se 
ter noção da degradação da mesma e de seus elementos. 
 
1.2 – Método de Investigação de Danos 
 
- Existem três métodos para investigar o estado de conservação de uma edificação. 
 
• Direto – feito pelo contato e manipulação direto na edificação. As vezes é feito um 
croqui para que o especialista tenha o contato através dos “olhos das mãos” e não 
somente pelas fotos. 
• Indireto – feito de maneira analítica a partir de documentos escritos, documentos 
gráficos, testemunhos orais, tecnologias e instrumentos especiais. Características não 
destrutivas e interpretativas para se fundamentar hipóteses e conclusões. 
• Misto – feito com explorações invasivas, minimalistas somente executados quando 
forem assegurados os recursos para realização da ação completa. 
 
= Para se ter um mapeamento de danos confiável e com precisão, é preciso se basear na 
procura das respostas para as perguntas no âmbito dos materiais, técnicas e sistemas 
construtivos. 
 
• Isto, o que é? Estas três perguntas têm o objetivo de descrever os materiais 
• Isto, como efeito? as técnicas e os sistemas a serem conhecidos e proporcionar 
• Isto, como funciona? nada além do que o conhecimento da edificação. 
 
- O que realmente levará ao entendimento das respostas, são os porquês. 
 
 
 
 
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Fichamento – Mapa de Danos - Recomendações Básicas 
 
 
= Lichtenstein (1986) – sugere duas maneiras de se obter informações. 
 
1ª – Pelo próprio edifício através da leitura 
2ª – Pela entrevista com o usuário 
 
 “O Mapa de Danos é uma representação gráfico-fotográfica sinóptica, onde são 
discriminados rigorosa e minuciosamente todos os danos ou deteriorações da 
edificação” Jorge Eduardo Lucena Tinoco 
 
- As representações gráficas e fotográficas são feitas para dar suporte às intervenções de 
conservação e restauro do patrimônio. São representações de uma determinada 
realidade. 
 
= FID – Ficha de Identificação de Danos: é usada como base para auxiliar na 
identificação do que deve ser evidenciado e ilustrado no mapa. Representar as partes 
que serão objeto de intervenção. As fichas são os registros principais para a produção de 
um Mapa de Danos. As FID’s são os documentos base para manutenção de uma 
edificação e produção do Mapa de Danos. 
 
- Os modelos de FID e de Mapa de Danos devem ser claros e objetivos, garantidos pela 
qualidade e necessidade de redução e disponibilização das informações indispensáveis à 
comunicação visual dos problemas e suas resoluções. 
 
= Atualização do Mapa de Danos: É importante atualizar após decorrido um longo 
período de tempo de sua produção e uso, para que os dados sejam revisados. Isto é de 
grande importância!

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