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SEMANA 2 E 3

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TEORIA DO DIREITO CIVIL – CCJ0352
Professora: Natálya Assunção
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TEORIA DO DIREITO CIVIL – CCJ0352
Unidade 1 – Aplicação teórico e prática
(Cespe - Defensor Público - T0/2013)Acercado Direito Civil, assinale a opção correta.
a. O princípio da eticidade, paradigma do atual direito civil constitucional, funda-se no valor da
pessoa humana como fonte de todos os demais valores, tendo por base a equidade, boa-fé, justa
causa e demais critérios éticos, o que possibilita, por exemplo, a relativização do princípio do pacta
sunt servanda, quando o contrato estabelecer vantagens exageradas para um contratante em
detrimento do outro.
b. Cláusulas gerais, princípios e conceitos jurídicos indeterminados são expressões que
designam o mesmo instituto jurídico.
c. A operacionalidade do direito civil está relacionada à solução de problemas abstratamente
previstos, independentemente de sua expressão concreta e simplificada.
d. Na elaboração do Código Civil de 2002, o legislador adotou os paradigmas da socialidade,
eticidade e operacionalidade, repudiando a adoção de cláusulas gerais, princípios e conceitos
jurídicos indeterminados.
e. No Código Civil de 2002, o princípio da socialidade reflete a prevalência dos valores
coletivos sobre os individuais, razão pela qual o direito de propriedade individual, de matriz liberal,
deve ceder lugar ao direito de propriedade coletiva, tal corno preconizado no socialismo real.
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Unidade 2 - Personalidade Jurídica e os Direitos da Personalidade.
2.1. A personalidade jurídica conceito e aquisição. Espécies de Pessoas
2.2. Teoria dos Direitos da Personalidade.
2.3. Introdução aos Direitos da personalidade na Constituição de 1988 e no
Código Civil Brasileiro. Principais questionamentos.
2.4. Nome Civil e Considerações em relação a alguns direitos da
personalidade: Direito ao nome, direito à identidade pessoal, à imagem, honra,
integridade psicofísica, liberdade de expressão, pensamento e religiosa, direito
à felicidade.
2.5. Proteção da personalidade do morto e as pessoas indiretamente lesadas.
2.6. Tutela dos direitos da personalidade.
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Unidade 2 - Personalidade Jurídica e os Direitos da Personalidade.
2.1. A personalidade jurídica conceito e aquisição. Espécies de Pessoas
• Pessoal natural: A etimologia da palavra pessoa indica que os
indivíduos possuem um papel a representar na sociedade. Este papel
se expressa pela personalidade de cada ser. Pessoa natural é o
nome que o direito civil atribui ao ser da espécie humana,
considerado enquanto sujeito de direito e obrigações. Para ser
pessoa natural, basta existir, enquanto ser da espécie humana.
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Unidade 2 - Personalidade Jurídica e os Direitos da Personalidade.
2.1. A personalidade jurídica conceito e aquisição. Espécies de Pessoas
• Personalidade jurídica: Embora esteja localizada no primeiro capítulo
do Título I, que se refere às “Pessoas Naturais”, esclarece-se, desde
já, tratar-se de instituto que é aplicável, também, às pessoas jurídicas.
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Unidade 2 - Personalidade Jurídica e os Direitos da Personalidade.
2.1. A personalidade jurídica conceito e aquisição. Espécies de Pessoas
• Personalidade jurídica: A personalidade civil ou jurídica é a aptidão
genérica para ser sujeito de direitos e deveres, aptidão esta que
poderá ser exercida a partir do seu nascimento com vida e dura até a
sua morte.
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Unidade 2 - Personalidade Jurídica e os Direitos da Personalidade.
2.1. A personalidade jurídica conceito e aquisição. Espécies de Pessoas
Personalidade jurídica, portanto, para a Teoria Geral do Direito Civil, é a
aptidão genérica para titularizar direitos e contrair obrigações, ou, em
outras palavras, é o atributo para ser sujeito de direito.
Adquirida a personalidade, o ente passa a atuar, na qualidade de sujeito
de direito (pessoa natural ou jurídica), praticando atos e negócios
jurídicos dos mais diferentes matizes.
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Unidade 2 - Personalidade Jurídica e os Direitos da Personalidade.
2.1. A personalidade jurídica conceito e aquisição. Espécies de Pessoas
Art. 1º Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil.
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Unidade 2 - Personalidade Jurídica e os Direitos da Personalidade.
2.1. A personalidade jurídica conceito e aquisição. Espécies de Pessoas
A pessoa natural, para o direito, é, portanto, o ser humano, enquanto
sujeito/destinatário de direitos e obrigações, e, o seu surgimento,
segundo a dicção legal, ocorre a partir do nascimento com vida.
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Unidade 2 - Personalidade Jurídica e os Direitos da Personalidade.
2.1. A personalidade jurídica conceito e aquisição. Espécies de Pessoas
Art. 2º A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida;
mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro.
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Unidade 2 - Personalidade Jurídica e os Direitos da Personalidade.
2.1. A personalidade jurídica conceito e aquisição. Espécies de Pessoas
Art. 2º A personalidade civil da pessoa [...]
Em nosso ordenamento jurídico, existe a pessoa natural (pessoa física) e a pessoa jurídica. A
personalidade é a qualidade inerente à pessoa, é a condição de pessoa, ou seja, é uma
situação jurídica subjetiva, uma qualidade reconhecida pelo direito ao ser humano
(pessoa física ou natural) e a certas organizações humanas, tais como a sociedade, as
organizações, as fundações e entidades políticas.
A pessoa jurídica é uma ficção do direito, ficção esta para representar um grupo de pessoas
(físicas, físicas e jurídicas ou jurídicas) que se reúnem para exercício de determinada atividade
econômica ou somente com interesso social.
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2.1. A personalidade jurídica conceito e aquisição. Espécies de Pessoas
Art. 2º A personalidade civil da pessoa [...]
Quanto à Pessoa Natural ou Pessoa Física: art. 2º, CC
Quanto à Pessoa Jurídica: arts. 45 e 985, CC
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2.1. A personalidade jurídica conceito e aquisição. Espécies de Pessoas
Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com
a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando
necessário, de autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se no
registro todas as alterações por que passar o ato constitutivo.
Art. 985. A sociedade adquire personalidade jurídica com a inscrição, no
registro próprio e na forma da lei, dos seus atos constitutivos (arts. 45 e 1.150 ).
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Unidade 2 - Personalidade Jurídica e os Direitos da Personalidade.
2.1. A personalidade jurídica conceito e aquisição. Espécies de Pessoas
Art. 2º A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida [...]
No instante em que principia o funcionamento do aparelho
cardiorrespiratório, clinicamente aferível pelo exame de docimasia
hidrostática de Galeno, o recém-nascido adquire personalidade jurídica,
tornando-se sujeito de direito, mesmo que venha a falecer minutos
depois.
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Unidade 2 - Personalidade Jurídica e os Direitos da Personalidade.
2.1. A personalidade jurídica conceito e aquisição. Espécies de Pessoas
Art. 2º A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida;
mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro.
O nascituro é o ser já concebido, aquele que está por nascer. Nascituro
é o ser humano em estágio fetal que se mantém vivo e ligado à sua
mãe, aguardando que elalhe dê à luz.
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2.2. Teoria dos Direitos da Personalidade.
O homem não deve ser protegido somente em seu patrimônio, mas,
principalmente, em sua essência. Uma das principais inovações da Parte
Geral do Código Civil de 2002 é, justamente, a existência de um capítulo
próprio destinado aos direitos da personalidade.
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2.2. Teoria dos Direitos da Personalidade.
Conceituam-se os direitos da personalidade como aqueles que têm por objeto
os atributos físicos, psíquicos e morais da pessoa em si e em suas projeções
sociais. Trata-se da esfera extrapatrimonial do indivíduo, em que o sujeito tem
reconhecidamente tutelada pela ordem jurídica uma série indeterminada de
valores não redutíveis pecuniariamente, como a vida, a integridade física, a
intimidade, a honra, entre outros.
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2.2. Teoria dos Direitos da Personalidade.
Todos os direitos da personalidade encontram fundamento no princípio da
dignidade da pessoa humana, consagrado no inciso III do art. 1º da
Constituição Federal de 1988 (“A República Federativa do Brasil).
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos
Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado
Democrático de Direito e tem como fundamentos: [...] III - a dignidade da
pessoa humana;
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2.2. Teoria dos Direitos da Personalidade.
Em análise histórica dos elementos da Teoria dos Direitos da Personalidade,
deve-se ressaltar: a) O advento do cristianismo, em que se ressalta a ideia de
dignidade do homem como filho de Deus, reconhecendo a existência de
um vínculo interior e superior, acima das circunstâncias políticas que
determinavam em Roma os requisitos para o conceito de pessoa; b) A
Escola do Direito Natural, que assentou a concepção de direitos inatos ao
ser humano, correspondentes à sua própria natureza, e a ela unidos de
forma absoluta e preexistente ao reconhecimento estatal; e c) A filosofia
iluminista, que realçou a valorização do indivíduo em face do Estado.
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2.2. Teoria dos Direitos da Personalidade.
Os direitos da personalidade têm por objeto as projeções físicas, psíquicas e
morais do homem, considerado em si mesmo, e em sociedade. Diante dos
fundamentos jurídicos desses direitos, há a incidência de duas correntes:
a) corrente positivista;
b) corrente jusnaturalista.
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2.2. Teoria dos Direitos da Personalidade.
• corrente positivista: toma por base a ideia de que os direitos da
personalidade devem ser somente aqueles reconhecidos pelo Estado, que
lhes daria força jurídica.
• corrente jusnaturalista: destaca que os direitos da personalidade
correspondem às faculdades exercitadas naturalmente pelo homem,
verdadeiros atributos inerentes à condição humana.
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2.3. Introdução aos Direitos da personalidade na Constituição de 1988 e no
Código Civil Brasileiro. Principais questionamentos.
Com a promulgação da Constituição da República Federativa do Brasil de
1988 ficaram consagradas as garantias de ordem pessoal, a proteção aos
direito da personalidade conseguiu destaque.
O artigo 5º da CRFB/88 enumera uma longa série de direitos e garantias
individuais. Tais direitos são privados fundamentais, que devem ser
respeitados como conteúdo mínimo para permitir a existência e a convivência
dos seres humanos.
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2.3. Introdução aos Direitos da personalidade na Constituição de 1988 e no
Código Civil Brasileiro. Principais questionamentos.
O Código Civil Brasileiro de 2002 introduziu um capítulo dedicado aos direitos
da personalidade, reconhecendo-se como parte de um ordenamento cujo valor
máximo é a proteção da pessoa humana.
Logo, os princípios dos direitos da personalidade são expressos de forma
genérica em dois níveis. Na CRFB/88, que aponta sua base, com
complementação no CC/2002, que enuncia de forma específica.
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2.3. Introdução aos Direitos da personalidade na Constituição de 1988 e no
Código Civil Brasileiro. Principais questionamentos.
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2.3. Introdução aos Direitos da personalidade na Constituição de 1988 e no
Código Civil Brasileiro. Principais questionamentos.
Os direitos da personalidade são dotados de características especiais, na
medida em que destinados à proteção eficaz da pessoa humana em todos os
seus atributos de forma a proteger e assegurar sua dignidade como valor
fundamental.
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2.3. Introdução aos Direitos da personalidade na Constituição de 1988 e no
Código Civil Brasileiro. Principais questionamentos.
O nosso Código Civil faz as seguintes características dos Direitos da
Personalidade:
1) Intransmissibilidade;
2) Irrenunciabilidade;
3) Indisponibilidade.
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2.3. Introdução aos Direitos da personalidade na Constituição de 1988 e no
Código Civil Brasileiro. Principais questionamentos.
A doutrina nacional aponta a existência de diversas características comuns
aos direitos da personalidade. Em especial, afirma-se que são inatos,
vitalícios, absolutos, ilimitados, extrapatrimoniais, imprescritíveis,
intransmissíveis, indisponíveis ou relativamente disponíveis, irrenunciáveis e
inexpropriáveis.
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2.3. Introdução aos Direitos da personalidade na Constituição de 1988 e no
Código Civil Brasileiro. Principais questionamentos.
Conveniente ressaltar a classificação dos direitos da personalidade a partir da
tricotomia corpo/mente/espírito, de acordo com a proteção à:
a) vida e integridade física (corpo vivo, cadáver, voz);
b) integridade psíquica e criações intelectuais (liberdade, criações intelectuais,
privacidade, segredo);
c) integridade moral (honra, imagem, identidade pessoal).
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2.3. Introdução aos Direitos da personalidade na Constituição de 1988 e no
Código Civil Brasileiro. Principais questionamentos.
Quanto a categoria vida e integridade física, ressalta-se os artigos 13, 14 e 20,
todos do Código Civil.
No que tange a integridade psíquica e criações intelectuais, vê-se a previsão
do artigo 21 deste mesmo diploma civil.
E, quanto a integridade moral, o artigo 5º da CRFB/88 tutela os direitos dessa
categoria.
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2.3. Introdução aos Direitos da personalidade na Constituição de 1988 e no
Código Civil Brasileiro. Principais questionamentos.
Art. 13. Salvo por exigência médica, é defeso o ato de disposição do próprio
corpo, quando importar diminuição permanente da integridade física, ou
contrariar os bons costumes.
Parágrafo único. O ato previsto neste artigo será admitido para fins de
transplante, na forma estabelecida em lei especial.
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Art. 13. Salvo por exigência médica, é defeso o ato de disposição do próprio
corpo, quando importar diminuição permanente da integridade física, ou
contrariar os bons costumes.
Parágrafo único. O ato previsto neste artigo será admitido para fins de
transplante, na forma estabelecida em lei especial.
Art. 14. É válida, com objetivo científico, ou altruístico, a disposição gratuita do
próprio corpo, no todo ou em parte, para depois da morte.
Parágrafo único. O ato de disposição pode ser livremente revogado a qualquer
tempo.
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Art. 20. Salvo se autorizadas, ou se necessárias à administração da justiça ou
à manutenção da ordem pública, a divulgação de escritos, a transmissão da
palavra, ou a publicação, a exposição ou a utilização da imagem de uma
pessoa poderão ser proibidas, a seu requerimento e sem prejuízo da
indenização que couber, se lhe atingirem a honra, a boa fama ou a
respeitabilidade, ou se se destinarem a fins comerciais.
Parágrafo único. Em se tratando de morto ou de ausente, são partes legítimas
para requerer essa proteção o cônjuge, os ascendentes ou os descendentes.
Art. 21. A vida privada da pessoa natural é inviolável, e o juiz, a requerimento
do interessado, adotará as providências necessárias para impedir ou fazer
cessar ato contrário a esta norma.
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2.4. Nome Civil e Considerações em relação a alguns direitos da
personalidade: Direito ao nome, direito à identidade pessoal, à imagem, honra,
integridade psicofísica, liberdade de expressão, pensamento e religiosa, direito
à felicidade.
Adquirindo a personalidade – que consiste no conjunto de caracteres próprios
da pessoa, sendo a aptidão para deter direitos e assumir deveres –, a pessoa
humana ganha a possibilidade de defender o que lhe é próprio, como sua vida,
sua integridade físico-psíquica, seu próprio corpo, sua carga intelectual, sua
moral, sua honra subjetiva ou objetiva, sua imagem, sua intimidade.
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2.4. Nome Civil e Considerações em relação a alguns direitos da
personalidade: Direito ao nome, direito à identidade pessoal, à imagem, honra,
integridade psicofísica, liberdade de expressão, pensamento e religiosa, direito
à felicidade.
Os direitos da personalidade estão previstos no Capítulo II do Título I do
Código Civil de 2002, nos arts. 11 a 21, que traçam as diretrizes básicas para
a aplicação da defesa da personalidade.
TEORIA DO DIREITO CIVIL – CCJ0352
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2.4. Nome Civil e Considerações em relação a alguns direitos da
personalidade: Direito ao nome, direito à identidade pessoal, à imagem, honra,
integridade psicofísica, liberdade de expressão, pensamento e religiosa, direito
à felicidade.
Os direitos da personalidade estão previstos no Capítulo II do Título I do
Código Civil de 2002, nos arts. 11 a 21, que traçam as diretrizes básicas para
a aplicação da defesa da personalidade.
TEORIA DO DIREITO CIVIL – CCJ0352
Unidade 2 - Personalidade Jurídica e os Direitos da Personalidade.
2.4. Nome Civil e Considerações em relação a alguns direitos da
personalidade: Direito ao nome, direito à identidade pessoal, à imagem, honra,
integridade psicofísica, liberdade de expressão, pensamento e religiosa, direito
à felicidade.
Para que o sujeito de direitos e deveres seja identificável, torna-se
imprescindível que exista segurança quanto aos modos pelos quais ele poderá
ser encontrando na sociedade. Os principais elementos de individualização da
pessoa natural são: a) o nome civil; b) o estado civil; e c) o domicílio civil.
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2.4. Nome Civil e Considerações em relação a alguns direitos da
personalidade [...]
• Nome Civil:
O nome é elemento individualizador da pessoa natural.
Nome é a designação pela qual a pessoa identifica-se no seio da família e da
sociedade.
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2.4. Nome Civil e Considerações em relação a alguns direitos da
personalidade [...]
• Nome Civil:
Toda pessoa natural tem direito à identidade civil. O nome civil é um direito da
personalidade da pessoa natural. O nome civil é composto por duas partes,
sendo mencionado pelo Código Civil em “prenome” e “sobrenome”.
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2.4. Nome Civil e Considerações em relação a alguns direitos da
personalidade [...]
CAPÍTULO II
Dos Direitos da Personalidade
Art. 16. Toda pessoa tem direito ao nome, nele compreendidos o prenome e o sobrenome.
Art. 17. O nome da pessoa não pode ser empregado por outrem em publicações ou
representações que a exponham ao desprezo público, ainda quando não haja intenção
difamatória.
Art. 18. Sem autorização, não se pode usar o nome alheio em propaganda comercial.
Art. 19. O pseudônimo adotado para atividades lícitas goza da proteção que se dá ao
nome.
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2.4. Nome Civil e Considerações em relação a alguns direitos da
personalidade [...]
• Nome Civil:
O nome civil é regido pelo princípio da imutabilidade, o que implica concluir de
modo geral que o sistema jurídico não admite requerimentos de mudança do
nome, sem uma justificativa legal plausível, em casos excepcionais, como
veremos neste estudo.
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2.4. Nome Civil e Considerações em relação a alguns direitos da
personalidade [...]
• Nome Civil:
De acordo com a orientação do Superior Tribunal de Justiça, a motivação para
alteração do nome é legítima quando a pessoa: a) deseja acrescer ou excluir
sobrenome de genitores ou padrastos; b) é conhecida no meio social por outro
prenome, o qual pretende acrescer, ou c) provar que esteja sofrendo
constrangimentos ou situações ridicularizantes por homônimo depreciativo .
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2.4. Nome Civil e Considerações em relação a alguns direitos da
personalidade [...]
• Estado Civil:
Trata-se da soma das qualificações da pessoa na sociedade, hábeis a produzir
efeitos jurídicos. É o seu modo particular de existir.
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2.4. Nome Civil e Considerações em relação a alguns direitos da
personalidade [...]
• Estado Civil:
De acordo com Carlos Roberto Gonçalves, a soma das qualificações de uma
pessoa na sociedade, que indicariam o modo peculiar inerente à pessoa,
constitui o estado civil, ou status como deriva do latim, e distingue-se na
ordem: a) individual; b) familiar; e c) política.
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2.4. Nome Civil e Considerações em relação a alguns direitos da
personalidade [...]
• Domicílio Civil
O domicílio civil é o ponto no qual o sujeito de direitos e obrigações se permite
ser localizado, onde reside, ou mora.
É no domicílio que a pessoa se presume presente para dar cumprimento aos
seus atos e negócios jurídicos.
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2.4. Nome Civil e Considerações em relação a alguns direitos da
personalidade: Direito ao nome, direito à identidade pessoal, à imagem, honra,
integridade psicofísica, liberdade de expressão, pensamento e religiosa, direito
à felicidade.
• Direito à imagem – art. 20, CC;
• Direito à privacidadee direito à intimidade – art. 21, CC;
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2.5. Proteção da personalidade do morto e as pessoas indiretamente lesadas.
O código civil brasileiro, denota que a personalidade inicia-se com o
nascimento com vida do indivíduo, acompanhando-o por esta, encerrando-se
com sua morte. Logo, extingue-se a personalidade jurídica da pessoa natural
quando esta vier a morrer.
A morte da pessoa natural pode ser real ou presumida.
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2.5. Proteção da personalidade do morto e as pessoas indiretamente
lesadas.
Art. 6º A existência da pessoa natural termina com a morte; presume-se
esta, quanto aos ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura
de sucessão definitiva.
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2.5. Proteção da personalidade do morto e as pessoas indiretamente
lesadas.
O Código Civil prevê o princípio da reparação integral nos casos de
lesão a direitos da personalidade, e, ainda que a personalidade jurídica
encerre-se com a morte, a própria Lei prevê o direito do de cujus.
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2.5. Proteção da personalidade do morto e as pessoas indiretamente lesadas.
CAPÍTULO II
Dos Direitos da Personalidade
Art. 12. Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito da
personalidade, e reclamar perdas e danos, sem prejuízo de outras sanções
previstas em lei.
Parágrafo único. Em se tratando de morto, terá legitimação para requerer a
medida prevista neste artigo o cônjuge sobrevivente, ou qualquer parente em
linha reta, ou colateral até o quarto grau.
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2.5. Proteção da personalidade do morto e as pessoas indiretamente lesadas.
Sobre o tema ainda, há o enunciado n. 5 da I Jornada de Direito Civil do CJF:
5 – Arts. 12 e 20: 1) As disposições do art. 12 têm caráter geral e aplicam-se,
inclusive, às situações previstas no art. 20, excepcionados os casos expressos
de legitimidade para requerer as medidas nele estabelecidas; 2) as
disposições do art. 20 do novo Código Civil têm a finalidade específica de
regrar a projeção dos bens personalíssimos nas situações nele enumeradas.
Com exceção dos casos expressos de legitimação que se conformem com a
tipificação preconizada nessa norma, a ela podem ser aplicadas
subsidiariamente as regras instituídas no art. 12.
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2.6. Tutela dos direitos da personalidade.
A proteção dos direitos da personalidade pode ser de forma preventiva (aquela
feita por meio de ajuizamento de ação judicial com multa cominatória, com a
finalidade de evitar a concretização da ameaça de lesão ao direito da
personalidade); ou repressiva (através da imposição de sanção civil –
pagamento de indenização – ou sanção penal – perseguição penal – em caso
de a lesão já haver ocorrido).
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2.6. Tutela dos direitos da personalidade.
• Medidas preventivas
As medidas preventivas ou inibitórias têm por objetivo influir de forma eficaz na
vontade daquele que possa vir a violar direitos da personalidade.
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2.6. Tutela dos direitos da personalidade.
• Medidas reparatórias
As medidas reparatórias têm por objetivo amenizar as consequências da
violação ao direito da personalidade (em observância do princípio da
satisfação compensatória).
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2.6. Tutela dos direitos da personalidade.
• Legitimidade para requerer a proteção e a reparação
Trata-se daquele que pode requerer a tutela jurisdicional de proteção ou de
reparação a direito da personalidade é o próprio lesado.
O lesado direto é a pessoa que está sofrendo a lesão em seus direitos da
personalidade. Há previsibilidade, ainda, do lesado indireto, quando fala-se em
direitos da personalidade de pessoa morta, que têm legitimidade o cônjuge
sobrevivente e qualquer parente em linha reta e colateral até o quarto grau.
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Não esqueça de realizar as aplicações prático/teórica e
responder aos casos concretos em seu SIA!
Nos vemos no próximo encontro!

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