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SEMANA 7

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TEORIA DO DIREITO CIVIL – CCJ0352
Professora: Natálya Assunção
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TEORIA DO DIREITO CIVIL – CCJ0352
Unidade 1 – Aplicação teórico e prática (Plano de aula 01)
(Cespe - Defensor Público - T0/2013)Acercado Direito Civil, assinale a opção correta.
a. O princípio da eticidade, paradigma do atual direito civil constitucional, funda-se no valor da pessoa
humana como fonte de todos os demais valores, tendo por base a equidade, boa-fé, justa causa e demais
critérios éticos, o que possibilita, por exemplo, a relativização do princípio do pacta sunt servanda, quando
o contrato estabelecer vantagens exageradas para um contratante em detrimento do outro.
b. Cláusulas gerais, princípios e conceitos jurídicos indeterminados são expressões que designam o
mesmo instituto jurídico.
c. A operacionalidade do direito civil está relacionada à solução de problemas abstratamente previstos,
independentemente de sua expressão concreta e simplificada.
d. Na elaboração do Código Civil de 2002, o legislador adotou os paradigmas da socialidade, eticidade e
operacionalidade, repudiando a adoção de cláusulas gerais, princípios e conceitos jurídicos
indeterminados.
e. No Código Civil de 2002, o princípio da socialidade reflete a prevalência dos valores coletivos sobre os
individuais, razão pela qual o direito de propriedade individual, de matriz liberal, deve ceder lugar ao direito
de propriedade coletiva, tal corno preconizado no socialismo real.
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Unidade 2 – Aplicação teórico e prática (Plano de aula 02)
Petrônio, desde novo, possuía um comportamento que fugia dos padrões tradicionais da sociedade
esperados para um menino, pois ele gostava de brincar de bonecas eàs vezes vestia as roupas de
suas tias. Logo na adolescência percebeu que não se sentia confortável com o gênero masculino. Ao
fazer 18 anos, se tornou plenamente capaz com a aquisição da maioridade e, adotou o nome social
Priscilla. No entanto, tal situação lhe causava constrangimentos ao apresentar seus documentos de
identificação. Desta forma, decidiu que o melhor a ser feito seria alterar o seu gênero e seu nome no
Registro Civil. Para isso Priscilla deverá:
a) se submeter a cirurgia de transgenitalização e somente após pleitear em juízo a alteração do seu
registro de nascimento
b) procurar assistência jurídica e ir ao Poder Judiciária pleitear a alteração de seu gênero para
posteriormente requerer a retificação.
c) Dirigir-se diretamente ao Cartório de Registro Civil de Pessoas Naturais e solicitar,
administrativamente, as alterações, independentemente de cirurgia de transgenitalização e
requerimento ao judiciário;
d) propor ação judicial para requerer o reconhecimento do gênero e alteração do nome, bem como
alteração do registro civil.
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Unidade 2 – Aplicação teórico e prática (Plano de aula 03)
No contexto do mencionado artigo, marque a opção CORRETA.
a. A indeterminação do sujeito na oração do art. 12 do Código Civil tem por intuito não confundir
o sujeito do direito da personalidade com o objeto do direito protegido, mas, objetivamente, o
que se protege são somente direitos da personalidade avaliáveis economicamente.
b. Quando o mencionado artigo dispõe sobre a cessação de ameaça ou lesão a direitos da
personalidade, está a referir-se a direitos da personalidade objetivados no Código Civil,
possibilitando a reparação material da lesão.
c. O Código Civil não especifica de modo taxativo os direitos da personalidade. Não havendo
tipificação, tem-se que o art. 12 do Código Civil elege praticamente uma cláusula genérica de
proteção dos direitos da personalidade, que será integrada com os dispositivos constitucionais
de proteção à honra, à imagem, ao direito à privacidade, ao nome, à integridade e à dignidade
da pessoa humana, sem prejuízo da aplicação de leis especiais.
d. Sendo considerados os direitos da personalidade direitos subjetivos, que decorrem de
previsão legal, somente serão considerados como objeto de ameaça ou de lesão direito direitos
tipificados em lei.
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Unidade 2 – Aplicação teórico e prática (Plano de aula 04)
(MPE/MG- Promotor de Justic¸a- MG/2008) As- sinale a alternativa
INCORRETA.
a) O termo personalidade corresponde a` aptidão da pessoa natural adquirir
direitos e contrair obrigações.
b) O nascituro não tem capacidade para exercer direitos, embora a lei lhe
outorgue expectativa de direitos.
c) Personalidade e´ atributo da dignidade do homem, motivo pelo qual a pessoa
jurídica não tem personalidade.
d) A concepção determina o início da existência do ser humano, mas não a sua
personalidade.
e) A lei brasileira não consagra a morte civil; portanto, só´ a morte física
extingue a personalidade.
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Unidade 2 – Aplicação teórico e prática (Plano de aula 05)
Ano:2017. CESPE. MPE-RR Com o advento do Estatuto da Pessoa com
Deficiência, realizaram-se, no texto do Código Civil, alterações relativas à
capacidade civil que revolucionaram a teoria das incapacidades.
Acerca desse assunto, assinale a opção correta.
a. Deixou de ser hipótese de nulidade casamento contraído por enfermo mental
que não possua o necessário discernimento para os atos da vida civil.
b. O referido estatuto ab-rogou determinados artigos do Código Civil.
c. No que se refere à capacidade, no Código Civil, passou-se a valorizar a
dignidade-vulnerabilidade para atender disposições internacionais relacionadas
ao tema.
d. Mesmo diante de incapacidade absoluta, a curatela abrange somente atos
relacionados a direitos de natureza patrimonial.
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Unidade 2 – Aplicação teórico e prática (Plano de aula 06)
(TJDFT - Juiz Substituto- DF/ 2008) Analise as seguintes proposições:
I. o instituto da comoriência incidirá quando, em um desastre, falecer parentes, não sendo possível
estabelecer ordem cronológica de suas mortes;
II. em determinadas situações, como por exemplo, se for extremamente provável a morte de quem
estava em perigo de vida, pode ser declarada a sua "morte presumida sem decretação de ausência;
III. o pseudônimo adotado para atividades lícitas, não sendo nome, não goza da proteção legal dada
para este;
IV. para criar uma associação, o seu instituidor fará dotação especial de bens livres, especificando o
fim a que se destina, e declarando, se quiser, a maneira de administrá-la.
Assinale a alternativa adequada:
a) apenas uma das proposições é verdadeira.
b) apenas uma das proposições é falsa.
c) todas as proposições são verdadeiras.
d) todas as proposições são falsas.
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Unidade 4 - A Pessoa Jurídica.
4.1. Noções Básicas, conceito, natureza jurídica: teorias,
classificação.
4.2. Começo da Existência da Pessoa Jurídica
4.3. Entes despersonalizados: noção básica.
4.4. Pessoa jurídica e direitos de personalidade.
4.5. Nacionalidade e domicílio
4.6. Modificação e Extinção das Pessoas Jurídicas.
4.7. A desconsideração da personalidade da pessoa jurídica
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Unidade 4 - A Pessoa Jurídica.
4.1. Noções Básicas, conceito, natureza jurídica: teorias,
classificação.
As pessoas jurídicas, também denominadas pessoas coletivas,
morais, fictícias ou abstratas, podem ser conceituadas, em regra,
como grupo humano criado na forma da Lei, dotado de
personalidade jurídica própria para a realização de fins
comuns. A pessoa jurídica não se confunde com seus membros,
sendo essa regra inerente à própria concepção da pessoa jurídica.
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Unidade 4 - A Pessoa Jurídica.
4.1. Noções Básicas, conceito, natureza jurídica: teorias,
classificação.
Atualmente é pacífico o entendimento de que as pessoas jurídicas
devem ser classificadas como sujeitos de direito personalizados,justamente por serem entes dotados de capacidade e
personalidade jurídica própria. Logo, têm aptidão genérica para
adquirir direitos e obrigações compatíveis com a sua natureza.
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Unidade 4 - A Pessoa Jurídica.
4.1. Noções Básicas, conceito, natureza jurídica: teorias,
classificação.
Embora subsistam teorias que negam a existência da pessoa
jurídica (teorias ne​​gativistas), há outras, em maior número (teorias
afirmativistas), que procuram explicar esse fenômeno.
Das diversas teorias afirmativistas, dividem-se em dois grupos:
Teorias da Ficção e Teorias da Realidade.
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Unidade 4 - A Pessoa Jurídica.
4.1. Noções Básicas, conceito, natureza jurídica: teorias,
classificação.
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Unidade 4 - A Pessoa Jurídica.
4.1. Noções Básicas, conceito, natureza jurídica: teorias,
classificação.
As Teorias Afirmativistas da Ficção subdividem-se em Teoria da
ficção legal e Teoria da ficção doutrinária.
• Ficção legal: Considera a PJ uma criação artificial da Lei,
sendo somente a Pessoa Natural sujeito da relação jurídica
e titular de direitos subjetivos;
• Ficcção doutrinária: Considera que a PJ não tem existência
real, mas apenas intelectual.
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Unidade 4 - A Pessoa Jurídica.
4.1. Noções Básicas, conceito, natureza jurídica: teorias,
classificação.
As teorias da ficção não são, hoje, aceitas. A crítica que se lhes faz
é a de que não explicam a existência do Estado como pessoa
jurídica.
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Unidade 4 - A Pessoa Jurídica.
4.1. Noções Básicas, conceito, natureza jurídica: teorias, classificação.
As Teorias Afirmativistas da Realidade se subdividem em:
• Teoria da realidade objetiva ou orgânica: A PJ é uma realidade sociológica,
que nasce por imposição das forças sociais, proclamando a vontade pública;
• Teoria da realidade jurídica ou institucionalista: Considera as PJs como
organizações sociais destinadas a um serviço ou ofício e, por isso,
personificadas.
• Teoria da realidade técnica: A personificação das PJs é expediente de ordem
técnica, a forma encontrada pelo direito para reconhecer a existência de
grupos de indivíduos que se unem na busca de fins determinados. A
personalidade jurídica, portanto, é um atributo que o Estado defere a certas
entidades.
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Unidade 4 - A Pessoa Jurídica.
4.1. Noções Básicas, conceito, natureza jurídica: teorias,
classificação.
A Teoria da Realidade Técnica é a adotada pelo direito brasileiro,
conforme se depreende da leitura do Código Civil.
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4.1. Noções Básicas, conceito, natureza jurídica: teorias, classificação.
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Unidade 4 - A Pessoa Jurídica.
4.2. Começo da Existência da Pessoa Jurídica
As pessoas jurídicas de direito público são criadas pela
Constituição Federal ou por meio de Leis específicas.
As pessoas jurídicas de direito privado têm a sua criação regulada
pelo Código Civil.
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Unidade 4 - A Pessoa Jurídica.
4.2. Começo da Existência da Pessoa Jurídica
Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito
privado com a inscrição do ato constitutivo no respectivo
registro, precedida, quando necessário, de autorização ou
aprovação do Poder Executivo, averbando-se no registro todas as
alterações por que passar o ato constitutivo.
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Unidade 4 - A Pessoa Jurídica.
4.2. Começo da Existência da Pessoa Jurídica
A formação da pessoa jurídica exige, em regra, uma pluralidade
de pessoas ou de bens, uma finalidade específica (elementos
de ordem material), bem como um ato constitutivo e respectivo
registro no órgão competente (elemento formal).
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4.2. Começo da Existência da Pessoa Jurídica
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Unidade 4 - A Pessoa Jurídica.
4.2. Começo da Existência da Pessoa Jurídica
O Código Civil, através do art. 45, afirmou que o registro da Pessoa
Jurídica tem natureza constitutiva, com eficácia ex nunc. Logo, a
existência legal da pessoa jurídica inicia com a inscrição do ato
constitutivo no respectivo registro.
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Unidade 4 - A Pessoa Jurídica.
4.3. Entes despersonalizados: noção básica.
Para Maria Helena Diniz, existem entidades que não podem ser submetidas ao
regime legal das PJ disposto no Código Civil, por lhes faltar personalidade.
São entes que se formam independentemente da vontade dos seus membros
ou em virtude de ato jurídico que vincula pessoas físicas em torno de bens que
lhe interessam, sem lhes traduzir o affectio societatis, de onde se infere que os
grupos despersonalizados ou com personificação anômala constituem um
conjunto de direitos e obrigações, de pessoas e de bens sem
personalidade jurídica e com capacidade processual mediante
representação.”
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4.3. Entes despersonalizados: noção básica.
A lei prevê certos casos de universalidades de direito e de massas
de bens inidentificáveis como unidade, que, mesmo não tendo
personalidade jurídica, podem gozar de capacidade processual e
ter legitimidade ativa e passiva para acionar e serem acionadas em
juízo.
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Unidade 4 - A Pessoa Jurídica.
4.3. Entes despersonalizados: noção básica.
O Código de Processo Civil determina a representação processual, dentre
outras: 1) da massa falida pelo administrador judicial; 2) da herança jacente ou
vacante pelo seu curador; 3) do espólio pelo inventariante; 4) da sociedade e
da associação irregulares e outros entes organizados sem personalidade
jurídica pela pessoa a quem couber a administração dos seus bens; e 5) do
condomínio pelo administrador ou pelo síndico (art. 75, V, VI, VII, IX e X).
A jurisprudência também admite que os consórcios e os vários fundos
existentes no mercado de capitais (fundos de ações, de pensão, de imóveis)
possam ser representados em juízo pelos seus administradores.
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4.4. Pessoa jurídica e direitos de personalidade.
A pessoa jurídica é detentora de personalidade jurídica, por
conseguinte, como corolário de sua personalidade, uma
capacidade jurídica para relações patrimoniais, no entanto, não é
titular de direitos da personalidade, o que não impede que seja
alcançada por eles, naquilo que couber.
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Unidade 4 - A Pessoa Jurídica.
4.4. Pessoa jurídica e direitos de personalidade.
Art. 52. Aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a
proteção dos direitos da personalidade.
Enunciado da súmula do STJ: 227: A pessoa jurídica pode
sofrer dano moral.
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4.5. Nacionalidade e domicílio
As pessoas jurídicas podem ser classificadas quanto à
nacionalidade, em sendo Pessoa Jurídica Nacional (organizada
conforme a lei brasileira e que tem no Brasil a sua sede principal e
os seus órgãos de administração) ou Pessoa jurídica Estrangeira
(aquela formada em outro país, e que não poderá funcionar no
Brasil sem autorização do Poder Executivo).
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Unidade 4 - A Pessoa Jurídica.
4.5. Nacionalidade e domicílio
A pessoa jurídica, assim como a pessoa natural, também tem
domicílio, que é a sua sede jurídica, local em que responderá pelos
direitos e deveres assumidos. Essa é a regra que pode ser retirada
do art. 75 do Código Civil.
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Unidade 4 - A Pessoa Jurídica.
Art. 75. Quanto às pessoas jurídicas, o domicílio é:
I - da União, o Distrito Federal;
II - dos Estados e Territórios, as respectivas capitais;
III - do Município, o lugar onde funcione a administração municipal;
IV - das demais pessoas jurídicas, o lugar ondefuncionarem as
respectivas diretorias e administrações, ou onde elegerem
domicílio especial no seu estatuto ou atos constitutivos.
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4.5. Nacionalidade e domicílio
A pessoa jurídica de Direito Privado tem domicílio no lugar onde
funcionam as respectivas diretorias e administrações, ou onde elegerem
domicílio especial nos seus estatutos.
Admite-se a pluralidade de domicílios dessas pessoas jurídicas, sendo
possível desde que a pessoa jurídica de direito privado, como no caso
de uma empresa, tenha diversos estabelecimentos, como as agências
ou escritórios de representação ou administração (art. 75, § 1.º, do CC).
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Unidade 4 - A Pessoa Jurídica.
4.6. Modificação e Extinção das Pessoas Jurídicas.
Existem as seguintes formas de dissolução da pessoa jurídica:
1) Convencional;
2) Administrativa;
3) Judicial.
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Unidade 4 - A Pessoa Jurídica.
4.6. Modificação e Extinção das Pessoas Jurídicas.
A forma de extinção convencional é a mais utilizada pelas
sociedades.
Os próprios sócios convencionam o fim da pessoa jurídica, eles
fazem um distrato.
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Unidade 4 - A Pessoa Jurídica.
4.6. Modificação e Extinção das Pessoas Jurídicas.
A administrativa decorre da cassação da autorização especial que
constituiu a pessoa jurídica, havendo, por óbvio, todas as
prerrogativas do processo administrativo.
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Unidade 4 - A Pessoa Jurídica.
4.6. Modificação e Extinção das Pessoas Jurídicas.
A judicial deriva de um processo, resultando em uma sentença,
como por exemplo, a Lei 11.101/05 – Lei de Falências ou
liquidação.
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4.7. A desconsideração da personalidade da pessoa jurídica
A pessoa jurídica é capaz de direitos e deveres a ordem civil,
independentemente dos membros que a compõem, com os quais não
tem vínculo, ou seja, sem qualquer ligação com a vontade individual das
pessoas naturais que a compõem.
Há uma autonomia da pessoa jurídica em relação aos seus sócios e
administradores. Em regra, os seus componentes somente responderão
por débitos dentro dos limites do capital social, ficando a salvo o
patrimônio individual dependendo do tipo societário adotado.
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Unidade 4 - A Pessoa Jurídica.
4.7. A desconsideração da personalidade da pessoa jurídica
A teoria da desconsideração pretende justificar o afastamento
temporário da personalidade da pessoa jurídica, permitindo que os
credores lesados possam satisfazer os seus direitos no patrimônio
pessoal do sócio ou administrador que cometeu o ato abusivo – há o
cometimento de fraudes ou abuso de direito contra credores,
acarretando-lhes prejuízos.
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Unidade 4 - A Pessoa Jurídica.
4.7. A desconsideração da personalidade da pessoa jurídica
A doutrina e a jurisprudência reconhecem a existência, no direito
brasileiro, de duas teorias da desconsideração. Uma prestigia a
contribuição doutrinária e em que a comprovação da fraude ou do abuso
por parte dos sócios constitui requisito para que o Juiz possa ignorar a
autonomia patrimonial das pessoas jurídicas (Teoria Maior). A outra
considera o simples prejuízo do credor motivo suficiente para a
desconsideração (Teoria Menor).
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Unidade 4 - A Pessoa Jurídica.
4.7. A desconsideração da personalidade da pessoa jurídica
A Teoria Maior, ainda, pode ser dividida em Subjetiva e Objetiva. Para a
primeira, o pressuposto básico da aplicação da desconsideração é a
ocorrência do desvio de função da personalidade jurídica (fraude ou
abuso de direito). Para a segunda, para haver desconsideração, é
necessária a ocorrência da confusão patrimonial, como um pressuposto
objetivo.
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Unidade 4 - A Pessoa Jurídica.
4.7. A desconsideração da personalidade da pessoa jurídica
O STJ já afirmou, em alguns julgados, que a regra geral, no âmbito da
desconsideração, deve ser a teoria maior, que, além da insolvência da
pessoa jurídica, exige também a demonstração do abuso do sócio,
caracterizado pelo desvio de finalidade ou confusão de patrimônio (com
base no artigo 50 do Código Civil, que será adiante estudado).
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4.7. A desconsideração da personalidade da pessoa jurídica
Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo
desvio de finalidade ou pela confusão patrimonial, pode o juiz, a
requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber
intervir no processo, desconsiderá-la para que os efeitos de certas e
determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens
particulares de administradores ou de sócios da pessoa jurídica
beneficiados direta ou indiretamente pelo abuso. (Redação dada pela
Lei nº 13.874, de 2019)
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Unidade 4 - A Pessoa Jurídica.
Não esqueça de realizar as aplicações prático/teórica e
responder aos casos concretos em seu SIA!
Nos vemos no próximo encontro!

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